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1. Introdução..........................................................................................................................................2
1.1. Conceito de poder:..........................................................................................................................3
1.2. Componentes do poder...................................................................................................................3
1.3. O poder nas Organizações..............................................................................................................4
1.4. Conceito de Mudança.....................................................................................................................7
1.5. Mudança social...............................................................................................................................7
1.5.1. Características..........................................................................................................................7
1.6. Mudança Organizacional................................................................................................................8
1.6.1. Tipos de mudança organizacional............................................................................................8
1.6.2. Principais dimensões das mudanças organizacionais...............................................................9
2. Conclusão........................................................................................................................................10
3. Referências Bibliográficas...............................................................................................................11
1. Introdução
Este trabalho tem como tema poder e mudança. Tem como objectivo explicar de forma
resumida o tema em alusão no contexto dos conflitos e mudanças estruturais. É importante,
antes porém que se perceba o significado de poder como um meio que um indivíduo ou grupo
tem, de fazer com que as coisas sejam realizadas por outros indivíduos ou grupos e quanto a
mudança como o acto de mudar, trocar ou alterar uma determinada coisa.
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Um dos mais importantes processos sociais é a capacidade que possuem os indivíduos e
grupos sociais, entre os quais, as organizações, de modificarem o comportamento de outro
grupo ou pessoas. A maior parte dos cientistas sociais compartilham da ideia de que o poder é
a capacidade de afectar o comportamento dos outros.
O poder pode ser considerado como um meio que um indivíduo ou grupo tem, de fazer com
que as coisas sejam realizadas por outros indivíduos ou grupos.
Para Max Weber (1991), “poder significa toda probabilidade de impor a própria vontade
numa relação social, mesmo contra resistências, seja qual for o fundamento dessa
probabilidade” (p. 33).
O poder de uma maneira geral, implica sempre a possibilidade, para alguns indivíduos ou
grupos, de actuar sobre outros indivíduos ou grupos. Deste modo, actuar sobre o próximo é
entrar em relação com ele; é nesta relação onde se desenvolve o poder de uma pessoa A sobre
uma pessoa B, assim sendo, o poder é uma relação e não um atributo dos actores (p. 50).
Em suma, o poder é uma relação de força da qual um pode obter mais vantagem que o outro,
mas na qual, por outro lado, esse depende do outro que se submete.
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Max Webber identificou três (3) tipos de autoridade: a burocrática (ou racional),
tradicional e a carismática.
Autoridade burocrática ou racional-legal, é baseada no cargo ou posição
formalmente instituída, é a autoridade investida no cargo que o indivíduo ocupa. Ele
só tem essa posição enquanto estiver a ocupar o cargo;
Autoridade tradicional – é baseada na crença, normas e tradições sagradas que as
pessoas obedecem em virtude da tradição. Não há necessidade de legislação, a
obediência a autoridade é devida a tradição e aos costumes.
Autoridade carismática, é baseada nas qualidades pessoais excepcionais do
indivíduo (líder). A respeito da pessoa, o acto heróico e o carácter exemplar de uma
pessoa pode obedecer uma função de carisma.
O problema do poder na interacção entre indivíduos era ignorado pela teoria racionalista
clássica, pois “o modelo mecanicista da conduta humana em que se apoiava, excluía as
relações complicadas e ambíguas que se desenvolvem em torno das relações de poder”. (p.
10).
Levando-se em consideração essa questão do poder, podemos falar numa organização como
uma estrutura hierárquica de poder. Sendo este compreendido como a capacidade que
possuem os indivíduos de modificarem o comportamento de outro (ou de outros), teremos na
base da organização aqueles que apresentam pouco poder, seja pessoal ou institucional, e no
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topo aqueles que apresentam maior poder, este sendo institucional, mas também pessoal (pois
permitiu ao seu possuidor acesso ao poder institucional).
Para Crozier e Friedberg, o poder é um comportamento que sempre apresenta dois aspectos.
Um, ofensivo, que é aproveitar as oportunidades para melhorar situação e, outro, defensivo,
que consiste em manter e ampliar sua margem de autonomia e, consequentemente, sua
capacidade de actuar. Para estes autores, as características estruturais de uma organização
delimitam ou restringem o exercício do poder entre seus membros e definem as condições nas
quais estes podem negociar entre si. A organização permite o desenvolvimento de relações de
poder e lhes dá um carácter permanente.
O poder coercitivo é aquele cuja base é a capacidade de punição e está baseado na crença
daqueles que se submetem de que devem assim proceder para evitar a punição. Pode-se
expressar, por exemplo, na capacidade para despedir um empregado que esteja abaixo de
determinado nível de produção. Num outro exemplo, um professor pode acenar com a
possibilidade de levar à directoria da escola aqueles que não adoptarem um determinado
comportamento.
O poder legítimo é aquele baseado numa autoridade legítima que foi eleita, escolhida ou
indicada para a posição. Pode ser associado ao conceito de autoridade racional-legal ou
tradicional de Weber. Exemplo: a posição de professor já confere numa instituição de ensino
autoridade legítima, reconhecida pela sociedade a uma pessoa para direccionar o
comportamento dos alunos.
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O poder do especialista é o que possui quem detém conhecimento, competência ou
habilidade especial sobre determinado assunto ou modo de fazer as coisas. Exemplo: o
professor; pelo conhecimento que possui, pode utilizá-lo em argumentos, para direccionar a
turma de alunos para a adopção de condutas que considera desejáveis.
Ai
A
B
C
Nas modernas organizações empresariais burocratizadas predominou ao longo do século XX
o modelo piramidal. Tal como vimos na pirâmide acima apresentada, nos níveis de A e B, as
pessoas apresentam algum tipo de autoridade decrescente, por delegação do dirigente
máximo da organização (Ai). As pessoas que se encontram no nível C, por outro lado, não
possuem nenhum tipo de autoridade formalmente estabelecido (embora possam ter autoridade
carismática ou tradicional).
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1.4. Conceito de Mudança
Mudança é o acto de mudar, trocar ou alterar. Pode se referir tanto a uma mudança de casa,
de cidade ou a uma transformação ocorrida a nível emocional ou físico. Qualquer alteração
de um estado ou situação anterior a outra é uma mudança. As mudanças podem ocorrer de
forma planeada ou repentinamente. Normalmente o acto de mudar supõe alterações
importantes na vida do ser que sofre a mudança (Que Conceito 2019).
Contudo implica uma preparação própria para que as mudanças sejam recebidas sem
prejudicar de alguma maneira a vida da colectividade envolvida. Tendo em conta que tudo
está em constante mudança. Porque o crescimento das cidades resulta no desenvolvimento
que efectua as mudanças na sua estrutura.
Porém, as mudanças sociais não se ficam pelas alterações nas estruturas sociais, pois também
operam mudanças nos comportamentos, nas atitudes e nos sistemas de valores. Assim sendo,
as mudanças sociais são também mudanças culturais. Antes de prosseguir, convém referir que
só estamos perante uma mudança social quando esta obedece a determinados pressupostos,
que podem ser enumerados da seguinte maneira: Ser um fenómeno colectivo, que pode ser
identificável no tempo, marca, portanto, uma época, ter carácter de permanência e envolver
complexidade, na medida em que só se estabelece depois de proceder a uma prévia
desorganização da ordem anterior (Castro, 2006).
1.5.1. Características
Quanto a característica essencial das mudanças, segundo Rocher (1971), deve-se a tentar para
os seguintes aspectos:
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a) Fenómeno colectivo: abrange um sector significativo de uma colectividade afectando as
condições ou as formas de vida de seus componentes, nos aspectos material, espiritual e/ou
psicológico.
b) Mudança de estrutura: isto é, altera certos componentes da organização social ou sua
totalidade. É necessário identificar os elementos estruturais ou culturais da organização social
que sofreram alterações.
c) Identificação no tempo: é preciso identificar um ponto de referência a partir do qual o
conjunto de transformação possa ser localizado no tempo.
d) Permanência: as transformações, observadas e analisadas, devem ter certo carácter de
durabilidade, ou melhor, não devem ser passageiras nem superficiais.
e) Interferência no curso da história de uma sociedade: decorrente das características
anteriores.
f) Histórica: tanto a organização social como a mudança são produtos das actividades dos
componentes de uma sociedade, que operam no sentido de originar, acentuar, diminuir ou
impedir as modificações de partes ou da totalidade da organização social.
Por sua vez, Maciver e Page(1972; cit. em Lakatos & Marconi, 1990) consideram que, ao se
falar de mudança social, não se chega "a assinalar nenhuma teoria, nenhuma lei, nenhuma
direcção, inclusive nenhuma continuidade"(p. 284).
O autor procura explicar que as expectativas e necessidades, antes difíceis de atender, tornam-
se cada dia mais acessíveis, contudo as mudanças organizacionais têm vários aspectos
fundamentais mas importa destacar o Tecnológico e Administrativo.
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Contínua - Mudança constante, cumulativa e evolutiva. Podem ser pequenos avanços que
ocorrem quotidianamente em toda organização, cujo acúmulo pode propiciar uma mudança
significativa na organização;
Descontínua - Mudança do padrão existente, que ocorre em períodos de desequilíbrio e
envolve uma ou várias reestruturações de características da empresa;
Incremental / Contínua - Continuidade do padrão existente. Pode ter dimensões diferentes,
mas é realizada dentro do contexto actual da empresa;
Intencional - Quando um agente de mudança estabelece condições e circunstâncias diferentes
das actuais e então busca realizá-las por meio de um conjunto de acções e intervenções, com
ou sem a colaboração de outras pessoas; e
Não intencional - Não é gerada deliberadamente ou conscientemente. Manifestam-se como
efeitos colaterais, acidentes, efeitos secundários ou consequências inesperadas da acção.
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2. Conclusão
Concluímos que o poder e a mudança de princípio encontram-se em várias estruturas sociais,
onde o poder é a capacidade que um individuo tem de impor a própria vontade numa relação
social, por mais que haja contraposições da outra parte e, a mudança é qualquer alteração que
se pode verificar na sociedade. Ou seja o poder encontra-se em uma cadeia de relações
sociais, o qual todos os indivíduos não conseguem esquivar-se, ou melhor, nenhum consegue
escapar de serem de alguma maneira ou situação dominantes e dominados. E a mudança é um
elemento presente nas organizações e, afecta como um todo, a própria estrutura de qualquer
organização privada ou governamental. Como aspirantes de mais conhecimentos sistemáticos
estamos cientes que não trouxemos toda matéria, aceitando desde já críticas e uma avaliação
do esforço empreendido pelo grupo para a elaboração do trabalho.
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3. Referências Bibliográficas
De Souza, M & Santos, S (2014). Gestão da Mudança Organizacional: Uma Revisão Teórica. Rio de
Janeiro: Centro de Formacao académica e pesquisa.
French, J. R. P. & Raven, B. (1975) As bases do poder social. . Sao Paulo: CARTWRIGHT
Lakatos, E. M.& Marconi, M. A. (1990). Sociologia Geral. (6ª Ed.). São Paulo: Atlas.
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