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É importante desmistificar o termo “poder” que, por conta do uso em nosso cotidiano, pode
parecer negativo.
O poder também é visto como um fator inerente à natureza das relações humanas, necessário
à organização dessas relações e que sua conotação, positiva ou negativa, depende do uso que
se faz dele.
Assim, o poder está presente nas organizações como um sistema social e a forma como é
exercido está diretamente ligada à sua cultura:
A discussão sobre “poder” é bastante ampla e complexa, pois envolve diferentes perspectivas
de análise que, relacionam-se com outros fatores existentes no cotidiano das organizações,
como: a cultura organizacional e a liderança, além da política e da justiça organizacional.
A definição de poder - a discussão teórica tem origem nas Ciências Sociais (Sociologia, Ciência
Política e Antropologia), posto que seu foco está na compreensão das relações humanas e
práticas sociais
Pioneiros
French e Raven (1959): “começaram a desenvolver uma teoria sobre o poder social, na qual
defendiam que as relações entre as pessoas se baseavam em trocas sociais e que estas trocas
tinham como base relações de influência”
Max Weber: definiu poder como “um processo e uma capacidade relacional desigualmente
distribuída, destinada a criar e manter estruturas complexas de interdependência e
coordenação social”
Griffin e Moorhead entendem que “poder é uma habilidade potencial de uma pessoa ou de
um grupo para exercer controle sobre outra pessoa ou grupo”.
o poder nas organizações exige uma forma de combinar interesses, metas e objetivos
diversos, muitas vezes, conflitantes.
Perspectivas de Pagès
poder e articulações no ambiente organizacional
Alienação econômica - simbolizada pela luta entre capital e trabalho (baseadas na ideologia de
Karl Marx);
Bases de Poder
Robbins, Judge e Sobral assumem a definição de poder como “a capacidade que A tem de
influenciar B, de maneira que B aja de acordo com a vontade de A”.
Essa definição pressupõe a existência de, pelo menos, dois elementos na relação de poder, o
influenciador (A) e o influenciado (B).
Poder x Liderança
French e Raven definiram cinco bases de poder nas quais uma pessoa se apoiava para exercer
poder sobre a outra:
Poder coercitivo – baseia-se na expectativa do influenciado (B) de que pode ser punido caso
não aceite as ordens, determinações ou opinião do influenciador (A).
Poder legítimo – ocorre quando na percepção do influenciado (B) ele pode, deve ou tem
obrigação de reconhecer a legitimidade do influenciador (A). Tem como um dos principais
fundamentos os valores culturais, como idade, inteligência, classe social e características
físicas. Nas organizações, é “natural” o superior hierárquico exercer poder sobre o
subordinado, pois isso está prescrito nas normas sociais.
podemos reconhecer que algumas bases de poder dependem mais do perfil do gestor, o que é
reconhecido como poder pessoal.
O comportamento político nas organizações pode ser entendido como um jogo no qual os
influenciadores buscam obter ou usar o poder para satisfazer às suas próprias necessidades ou
aos interesses organizacionais, que estão ameaçados.
1) Jogos de rebeldia ou resistência – fazem parte dos jogos a resistência à autoridade, à perícia
ou à ideologia, quando estes pretendem provocar qualquer mudança nas funções
organizacionais.
3) Jogos para construir bases de poder – que incluem a busca por patrocínio (junto aos
superiores), construção de alianças (entre pares), construção de impérios (aumentando o
número de subordinados ou unidades), orçamento (buscando obter mais recursos), perícia
(aumentando conhecimentos e habilidades), dominação (uso da autoridade).
4) Jogos para derrotar rivais – que se referem a um conflito clássico entre o poder formal e o
informal (gestores e especialistas) nas tomadas de decisão ou entre grupos diferentes.
5) Jogos para efetivar as mudanças organizacionais – o ponto central está nos processos de
tomada de decisão sobre os rumos da organização e que envolvem recursos financeiros
significativos. Abrangem estratégias como: a escolha de candidatos estratégicos para liderar as
mudanças; denúncia, quando o “jogador” acredita que um comportamento está infringindo
alguma norma social e a denuncia a um poder externo à organização; rebelião ou revolução,
quando a intenção é uma mudança tão profunda que todo o poder legítimo é questionado.
O comportamento político pode ter diferentes dimensões: legítimo, aquele que ocorre no dia a
dia da organização, como reclamar com o chefe ou ultrapassar a cadeia de comando; ilegítimo,
quando viola as regras do jogo, como sabotagens, denúncias de colegas ou boicotes
Justiça Organizacional
Os estudos sobre justiça tiveram origem na Psicologia Social, a partir do trabalho de Adams, ao
evidenciar que os indivíduos pesam seus investimentos e retornos em suas relações sociais e
decidem permanecer na relação se percebem que existe justiça, ou seja, que os investimentos
que fazem na relação são equivalentes ao investimento do outro
3) Justiça interpessoal – refere-se ao grau de justiça que as pessoas percebem na forma como
são tratadas pelos outros na organização, ou seja, a equidade nos tratamentos.
4) Justiça informacional – diz respeito à percepção sobre a justiça nas informações utilizadas
para a tomada de decisão.
Aula 2
A tomada de decisão: É definida como “um processo de escolha entre várias alternativas”
5) realizar a escolha.
Tipos de decisão:
• Decisão programada - aquela que se repete com frequência suficiente para que uma regra de
decisão seja desenvolvida.
• Decisão não programada - decisão que se repete com pouca frequência e para as quais não
há regras de decisão previamente estabelecidas.
2) identificar os critérios para a decisão, o que significa definir o que é importante levar
em conta na decisão;
3) atribuir pesos específicos a cada um desses critérios, já que podem ter pesos
diferentes;
• Líderes liberais - deixam o grupo tomar suas próprias decisões sem interferências.
Vantagem: grupos oferecem excelente veículo para a realização de diversas etapas do processo
de tomada de decisões. São fonte de coleta mais ampla e profunda de informações.
Bem-estar psicológico no trabalho (BEP) - “um produto de sentimentos positivos que, por sua
vez, são consequência do fazer algo que é encarado pelo colaborador, como positivo, vantajoso
e merecedor de investimento pessoal”.
Pereira (2002) destaca algumas ações que os gestores podem desenvolver para tornarem-se
verdadeiramente líderes, como:
Aula 3
Para Griffin e Moorhead “a comunicação é o processo social em que duas ou mais partes
trocam informações e compartilham significados”.
Processo de Comunicação
Fonte ou Emissor – aquele que pretende transmitir uma informação ou mensagem a outra
pessoa;
Canal – a forma como a mensagem será transmitida, que implica na escolha da mídia que será
utilizada, como: pessoalmente, por telefone, meio eletrônico;
Decodificação – tradução da mensagem pelo receptor, quando a mensagem recebida deve ser
compreendida;
Feedback – que é a resposta que o emissor transmite ao receptor, possibilitando a confirmação
(ou não) de que a mensagem foi recebida e compreendida.
Comunicação eficaz
Cintra e Ozaki (2010, p. 62), destacam que a comunicação eficaz implica na “capacidade de
transmitir uma informação com a certeza de que o outro lado (interlocutor) entenda a
mensagem (conteúdo, conceito) que estamos transmitindo e nos dê uma resposta (feedback)”.
Exemplo: quando um gerente diz a seu chefe o que ele pensa que seu chefe quer ouvir,
ele está filtrando informação.
Defesa – quando a informação é percebida como ameaça, o receptor tende a tomar uma
atitude de defesa, reduzindo a capacidade de entendimento mútuo. Ex: “Reunião na sexta
feira, se programem!”
Canais ou redes informais - transmitem informações de maneira espontânea, que são geradas
e repassadas entre os colaboradores.
Fluxo de informações
Descendente – é aquela que vem dos níveis hierarquicamente mais altos para os níveis mais
baixos. Serve para a influenciar estratégias, objetivos, tarefas, instruções, políticas e
procedimentos e fornecer feedback. Ela mantém os colaboradores informados sobre as
decisões, o posicionamento da empresa frente às questões organizacionais e o que se espera
de seus colaboradores.
Ascendente – tem origem nos níveis mais hierárquicos mais baixos e se destina aos níveis mais
altos. Serve para informar problemas, resultados, pedir orientações, encaminhar solicitações e
fornecer feedback dos colaboradores aos seus gestores. Ela mantém os gestores informados
sobre como os colaboradores se sentem em relação ao seu trabalho, aos colegas e a
organização como um todo.
Motivação – age na facilitação da motivação ao esclarecer ao funcionário o que deve ser feito,
expectativas de desempenho, orienta para melhoria, recompensa os progressos e as
conquistas dos colaboradores.
Expressão emocional – age na interação social, abrindo espaços para a expressão de
sentimentos e satisfação das necessidades sociais, através de manifestações de apoio e suporte
no dia a dia. Essa função pode ser exercida em todos os níveis da organização.
Aula 4
Avaliação de Desempenho
Avaliação de Desempenho
Desempenho ineficiente
• Elementos básicos:
Objetivo: A entrevista de avaliação tem como “objetivo essencial iniciar um diálogo que ajude o
funcionário a aprimorar seu desempenho, fazendo com que seja um participante ativo na
discussão. Tal participação está fortemente relacionada com a satisfação do funcionário com o
feedback da avaliação”.
Feedback: o mito!
As críticas podem ser positivas (quando objetiva reforçar um comportamento ou atitude, que é
considerado adequado) ou negativas (quando objetiva a mudança de comportamento ou
atitude, que é considerado inadequado). Ainda é necessário compreender a diferença entre
críticas construtivas e destrutivas.
DESTRUTIVOS: Fazer uma crítica destrutiva significa apontar erros, buscar culpados e
Feedback efetivo
b) é seletivo em seu conteúdo de modo que a pessoas não se perca em um número muito
grande de informações;
Recrutamento e Seleção: servirá como subsídio para identificação de perfis adequados aos
profissionais a serem contratados no futuro. Caso os resultados da avaliação de desempenho
mostrem uma discrepância importante, cabe rever os processos seletivos.