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Abordagem

Comportamental

PROF. ME. ANTONIO VITOR RIBEIRO DOS SANTOS


Abordagem Comportamental

 A Teoria Comportamental (ou Teoria Behaviorista) da Administração trouxe uma


nova concepção e um novo enfoque dentro da teoria administrativa: a abordagem
das ciências do comportamento, o abandono das posições normativas e prescritivas
das teorias anteriores e a adoção de posições explicativas e descritivas. A ênfase
permanece nas pessoas, mas dentro do contexto organizacional mais amplo;
 Seguidores da Abordagem Comportamental:
 Kurt Lewin;
 Herbert Simon;
 Douglas McGregor;
 Cris Argyris;
 Abraham Maslow;
 Frederick Herzberg.
Origens da Teoria Comportamental

 1 – A oposição ferrenha da Teoria das Relações Humanas à Teoria Clássica,


influenciou o nascimento da Teoria Comportamental;
 2 – A Teoria Comportamental representa um desdobramento da Teoria das
Relações Humanas, com a qual se mostra eminentemente crítica e severa;
 3 – A Teoria Comportamental critica a Teoria Clássica, havendo autores que veem
no behaviorismo a verdadeira antítese à teoria da organização formal;
 4 – Com a Teoria Comportamental deu-se a incorporação da Sociologia da
Burocracia, ampliando o campo da teoria administrativa. Também em relação à
Teoria da Burocracia a Teoria Comportamental mostra-se muito crítica;
 5 – Em 1947, surge um livro que marca o início da Teoria Comportamental na
Administração: “O Comportamento Administrativo” de Herbert Simon.
Abordagem Comportamental
 A Abordagem Comportamental fundamenta-se no
comportamento individual das pessoas. Torna-se
necessário o estudo mais aprofundado da motivação
humana. Assim um dos temas fundamentais para a
Teoria Comportamental da Administração é a
motivação humana. Maslow apresentou uma teoria da
motivação segundo a qual as necessidades humanas
estão organizadas e dispostas em níveis, visualizada
por meio de uma pirâmide.
Abordagem Comportamental

 1 – Necessidades Fisiológicas: Constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas,


mas de vital importância. Nesse nível estão as necessidades de alimentação, sono, repouso etc.
São necessidades relacionadas à sobrevivência do indivíduo.
 2 – Necessidades de Segurança: Constituem o segundo nível e são relacionadas à segurança,
estabilidade, busca de proteção contra ameaças ou privação e fuga do perigo. Surgem após as
necessidades fisiológicas estarem satisfeitas.
 3 – Necessidades Sociais: Estão relacionadas a aceitação por parte de um grupo, participação,
troca, cooperação, amizade, afeto. Surgem após as necessidades de segurança estarem
satisfeitas. Quando um indivíduo não satisfaz as suas necessidades sociais, torna-se resistente,
antagônico e hostil em relação às pessoas que o cercam.
 4 – Necessidades de Estima: São relacionadas à maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia.
Envolvem a auto-apreciação, autoconfiança, aprovação social, respeito, status, prestígio e
consideração.
 5 – Necessidades de auto-realização: São as necessidades humanas mais elevadas e estão
relacionadas com a realização do próprio potencial e autodesenvolvimento contínuo
Abordagem Comportamental
Teoria dos Dois Fatores de Herzberg

 1 – Fatores Higiênicos ou fatores extrínsecos: São fatores administrados e


decididos pela empresa, por isso, estão fora do controle das pessoas. Os principais
fatores são: salário, benefícios sociais, tipo de chefia ou supervisão, condições
físicas e ambientais de trabalho, políticas e diretrizes da empresa, clima de
relacionamento entre a empresa e os funcionários, regulamentos internos, etc.
 2 – Fatores Motivacionais ou fatores intrínsecos: São fatores que estão sob o
controle dos indivíduos, pois estão relacionados com aquilo que
ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento individual,
reconhecimento profissional e auto-realização.
 Os fatores higiênicos e motivacionais são independentes e não se vinculam entre si.
 A satisfação no cargo depende dos fatores motivacionais a insatisfação no cargo
depende dos fatores higiênicos
Teoria X e Teoria Y

 McGregor compara dois estilos opostos e antagônicos de administrar: de um lado,


um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (a que deu nome de
Teoria X), e, de outro, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do
comportamento humano (a que denominou Teoria Y).
 Teoria X – É a concepção tradicional de administração e baseia-se em convicções
errôneas e incorretas sobre o comportamento humano. Reflete um estilo de
administração rígido e autocrático e que faz as pessoas trabalharem dentro de
esquemas e padrões planejados e organizados, tendo em vista o alcance dos objetivos
organizacionais. As pessoas são consideradas meros recursos ou meios de produção.
 Teoria Y – Baseia-se em concepções e premissas atuais e sem preconceitos da
natureza humana. Mostra um estilo de administração aberto, dinâmico, participativo
e democrático, por meio do qual administrar torna-se um processo de criar
oportunidades, liberar potenciais, remover obstáculos, encorajar o crescimento
individual e proporcionar orientação quanto a objetivos organizacionais.
Teoria X e Teoria Y
Concepções sobre a natureza humana
Sistemas de Administração de Likert

 Sistema 1 – Autoritário e Coercitivo: é um sistema autocrático e forte, coercitivo e


arbitrário, que controla rigidamente tudo o que ocorre
dentro da organização. É o sistema mais duro e fechado.
 Sistema 2 – Autoritário e Benevolente: é um sistema administrativo
autoritário que constitui uma variação atenuada do Sistema 1. No
fundo é um Sistema 1 mais condescendente e menos rígido.
 Sistema 3 – Consultivo: é um sistema que pende mais para o lado
participativo do que para o lado autocrático e impositivo, como nos
dois sistemas anteriores. Representa um gradativo abrandamento da
arbitrariedade organizacional.
 Sistema 4 – Participativo: é um sistema administrativo democrático por
excelência. É o mais aberto de todos os sistemas. Likert acredita que
quanto mais o estilo administrativo da empresa se aproximar deste
sistema, maior será a probabilidade de alta produtividade.
Teoria das Decisões

 Herbert Simon a utilizou como base para explicar o comportamento humano nas
organizações. Ele concebe a organização como um sistema de decisões. Nesse sistema,
cada pessoa participa racional e conscientemente, escolhendo e tomando decisões
individuais a respeito de alternativas racionais de comportamento. Assim, a
organização está permeada por decisões e de ações. Decisão é o processo de análise e
escolha entre as alternativas disponíveis de cursos de ação que a pessoa deverá seguir.
Toda decisão envolve seis elementos:
 1. Tomador de decisão – a pessoa;
 2. Objetivos – que pretende alcançar;
 3. Preferências – critérios para a escolha;
 4. Estratégia – ação/ações para atingir os objetivos;
 5. Situação – aspectos do ambiente;
 6. Resultado – a conseqüência da estratégia.
Etapas do Processo Decisorial

 O processo decisorial é complexo e depende das características pessoais do


tomador de decisões, da situação em que está envolvido e da maneira como
percebe a situação. São sete as etapas que envolvem o processo decisorial:
 1. Percepção da situação que envolve algum problema;
 2. Análise e definição do problema;
 3. Definição dos objetivos;
 4. Procura de alternativas de solução ou de cursos de ação;
 5. Escolha (Seleção) da alternativa mais adequada ao alcance dos objetivos;
 6. Avaliação e comparação das alternativas;
 7. Implementação da alternativa escolhida.
Comportamento Organizacional

 É o estudo da dinâmica das organizações e como os


grupos e indivíduos se comportam no espaço corporativo.
Teoria do equilíbrio organizacional:
 Incentivos feitos pela organização aos seus participantes (salários, benefícios,
prêmios, gratificações etc.);
 Utilidade dos incentivos, pois cada incentivo possui um valor de utilidade que
varia de indivíduo para indivíduo, de acordo com as suas necessidades
pessoais;
 Contribuições que cada participante efetua à sua organização (trabalho,
dedicação, esforço, lealdade,assiduidade etc.);
 Utilidade das contribuições é o valor que cada contribuição tem para a
organização.
Teoria da Aceitação de Autoridade

 Barnard desenvolveu uma teoria a respeito da autoridade que se


contrapõe aos ensinamentos da Teoria Clássica. Chegou a
conclusão de que a autoridade não repousa no poder de quem a
possui: ela não flui de cima para baixo, ao contrário, a
autoridade repousa na aceitação ou consentimento dos
subordinados. Nesta visão a autoridade é um fenômeno psicológico, por meio do
qual as pessoas aceitam as ordens e decisões dos superiores sob certas condições.
O subordinado aceita a ordem quando quatro condições ocorrem
simultaneamente:
 a. entende ou compreende a ordem;
 b. Julga-a compatível com os objetivos da organização;
 c. julga-a compatível com os seus objetivos pessoais;
 d. é mental e fisicamente capaz de cumpri-la
Novas Proposições sobre Liderança

 A liderança transformadora é a nova visão deste elemento importante para a


administração, na Teoria Comportamental. Para eles as organizações precisam de
líderes transformadores (liderança transacional – Burns).

Likert aborda quatro estilos de liderança:
 1. Autoritário explorador: Típico da gerência baseada na punição e no medo;
 2. Autoritário benevolente: Típico da gerência baseada na hierarquia, com mais
ênfase na premiação do que na punição;
 3. Consultivo: Baseado na comunicação vertical descendente e ascendente, com a
maioria das decisões vindas do topo;
 4. Participativo: baseado no processo decisório em grupos de trabalho que se
comunicam entre si, por meio de indivíduos (elos de ligação), líderes de equipes ou
outros que também fazem parte de um ou mais grupos
 EXERCíCIO A função do consultor de empresas o que leva os funcionários a
dedicarem-se ao trabalho, vestirem a camisa da empresa e a lutarem por ela?
 o que faz com que dêem o máximo possível para ajudar a empresa a ser realmente
competitiva? Pensando em como motivar seu pessoal, o presidente da
Corporation, Baltazar Figueira contratou um consultor de empresas para
assessorá-lo nessa empreitada. Como o consultor poderia explicar a Baltazar as
novas
proposições sobre a motivação humana e como utilizá-Ias adequadamente na sua
empresa?

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