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A Teoria Comportamental da Administração tem o seu início com Herbert Alexander Simon.
Chester Barnard, Douglas McGregor, Rensis Likert, Chris Argyris são autores importantíssimos
dessa teoria. Dentro do campo da motivação humana salientam-se Abraham Maslow, Frederick
Herzberg e David McClelland.
1. A oposição ferrenha e definitiva da Teoria das Relações Humanas (com sua profunda ênfase
nas pessoas) em relação à Teoria Clássica (com sua profunda ênfase nas tarefas e na estrutura
organizacional) caminhou lentamente para um segundo estágio: a Teoria Comportamental. Essa
passou a representar uma nova tentativa de síntese da teoria da organização formal com o
enfoque das relações humanas.
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4. Com a Teoria Comportamental deu-se a incorporação da Sociologia da Burocracia, ampliando
o campo da teoria administrativa. A Teoria Comportamental mostra-se muito crítica,
principalmente no que se refere ao "modelo de máquina" que aquela adopta para representar a
organização.
A Teoria Comportamental surge no final da década de 1940 com uma redefinição total de
conceitos administrativos: ao criticar as teorias anteriores, o behaviorismo na Administração não
somente reescalona as abordagens anteriores como amplia seu conteúdo e diversifica sua
natureza.
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MASLOW, Abraham H. (1908-1970), um dos maiores especialistas em motivação humana.
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1. Necessidades fisiológicas. Constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas,
mas de vital importância. Nesse nível estão as necessidades de alimentação, de sono e repouso,
de abrigo, o desejo sexual etc. As necessidades fisiológicas estão relacionadas com a
sobrevivência.
2. Necessidades de segurança. Constituem o segundo nível das necessidades humanas. São
necessidades de segurança: a estabilidade, busca de proteção contra ameaça ou privação e fuga
do perigo. Surgem no comportamento quando as fisiológicas estão relativamente satisfeitas.
Quando o indivíduo é dominado por necessidades de segurança, o seu organismo no todo age
como um mecanismo de procura de segurança e elas funcionam como elementos organizadores
quase exclusivos do comportamento.
3. Necessidades Sociais. Surgem no comportamento, quando as necessidades mais baixas
(fisiológicas e de segurança) encontram-se relativamente satisfeitas. Dentre as necessidades
sociais estão a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos
companheiros, de troca de amizade, de afeto e de amor. Quando as necessidades sociais não
estão suficientemente satisfeitas, o indivíduo torna-se resistente, antagônico e hostil em relação
às pessoas que o cercam.
4. Necessidades de estima. São as necessidades relacionadas com a maneira pela qual o
indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a autoapreciação, a autoconfiança, a necessidade de
aprovação social e de respeito, de status, de prestígio e de consideração.
5. Necessidades de auto-realizacao. São as necessidades humanas mais elevadas e que estão no
topo da hierarquia. São as necessidades de cada pessoa realizar o seu próprio potencial e
continuamente autodesenvolver-se. Essa tendência geralmente se expressa por meio do impulso
que a pessoa tem para tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser.
Auto-realizacao
Necessidades Secundárias
Estima (Ego)
Sociais (amor)
Segurança
Necessidades Primárias
Fisiológicas
Factores Higiénicos ou extrínsecos: são contextuais relacionados com o meio ambiente onde as
pessoas actuam e são da responsabilidade da organização, estão fora do controlo das pessoas, são
chamados de higiénicos por serem considerados preventivos, ou seja, evitam a insatisfação mas
não levam a satisfação.
Estilos de Administração
A Teoria Comportamental oferece uma variedade de estilos de administração à disposição do
administrador. A administração das organizações em geral (e das empresas em particular) é
condicionada pelos estilos com que os administradores dirigem, dentro delas, o comportamento
das pessoas. Por sua vez, os estilos de administração dependem das convicções que os
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HERZBERZ, Frederick (n. 1923), psicólogo e consultor americano, professor de Administração da Universidade
de Utah.
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administradores têm a respeito do comportamento humano na organização. Essas convicções
moldam não apenas a maneira de conduzir as pessoas, mas também a maneira pela qual se divide
o trabalho, se planea, se organiza e se controla as actividades. As organizações são projectadas e
administradas de acordo com certas teorias administrativas. Cada teoria administrativa baseia-se
em convicções sobre a maneira pela qual as pessoas se comportam dentro das organizações.
Teoria X e Teoria Y
Douglas McGregor, um dos mais famosos autores behaviorista da administração, preocupa-se
em comparar dois estilos opostos e antagónicos de administração: a Teoria X e a Teoria Y.
Sistemas de Administração
A Teoria de Rensis Likert considera a administração um processo relativo, no qual não existem
normas e princípios universais válidos para todas as situações. Em cada organização, a
administração pode assumir feições diferentes, dependendo das condições internas e externas.
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Diante disso, há quatro variáveis de modelo de administração: processo decisorial; sistema de
comunicações; relação Interpessoal e; sistema de recompensas/punições.
Likert propôs 4 modelos administrativos estereotipados, os quais ele chamou de sistemas e nos
quais essas variáveis se apresentam de maneira diferente, conforme a tabela seguinte:
Sistema Sistema Sistema Sistema
Varia- Autoritário Autoritário consultivo Participativo
Veis Coercivo Benevolente
principais
Processo Totalmente Centralizado na Consulta aos Totalmente
decisorial centralizado na cúpula, mas níveis inferiores, descentralizado A
cúpula da permite alguma permitindo cúpula define
organização. delegação, de participação e políticas e
carácter rotineiro delegação. controla os
resultados.
Sistema de Muito precário. Relativamente A cúpula procura Sistemas de
comunicações Somente precário, facilitar o fluxo no comunicação
comunicações prevalecendo senti vertical eficiente são
verticais e comunicações (descendente e fundamentais
descendentes descendentes sobre ascendente) e para o secesso da
carregando as ascendentes. horizontal. empresa.
ordens.
Relações Provocam São toleradas, com Certa confiança Trabalho em
interpessoais desconfiança. condescendência. nas pessoas e nas equipas.
Organização Organização relações. A cúpula Formação de
informal é informal é facilita a grupo é
vedada e incipiente e organização importante.
considerada considerada uma informal sadia. Confiança mútua,
prejudicial. ameaça à empresa participação e
Cargos envolvimento
confinam as grupal intensos.
pessoas.
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Sistemas de Utilização de Utilização de Utilização de Utilização de
recompensas punições e punições e recompensas recompensas
e punições medidas medidas materiais sociais e
disciplinares. disciplinares, mas (principalmente recompensas
Obediência com menor salários). materiais e
estrita aos arbitrariedade. Recompensas salariais.
regulamentos Recompensas sociais ocasionais. Punições são
Internos. Raras salariais, mas raras Raras punições ou raras e, quando
recompensas recompensas castigos. ocorrem, são
(estritamente sociais. definidas pelas
salariais). equipes.
Fonte: Adaptado de Chiavenato, 2004, p. 342.
Processo Decisorial
A teoria das decisões nasceu com Herbert Simon, que a utilizou como base para explicar o
comportamento humano nas organizações. As pessoas são processadoras de informações,
criadoras de opiniões e tomadoras de decisões. Dessa forma, a Teoria Comportamental concebe a
organização como um sistema de decisões no qual cada pessoa participa consciente e
racionalmente, escolhendo e decidindo. Para tanto, segue um curso de acção ou estratégia que é
influenciada por suas preferências pessoais, personalidade, motivação e atitudes.
Decisão é o processo de análise e escolha entre alternativas disponíveis de cursos de acção que a
pessoa devera seguir. Toda decisão envolve necessariamente seis elementos:
1. Tomador de decisão, a pessoa que faz uma escolha entre varias alternativas de acção é o
agente que esta a frente de alguma situação.
2. Objectivos, são os objectivos que o tomador de decisão pretende alcançar com suas
acções.
3. Preferências: são os critérios que o tomador de decisão usa para fazer escolha pessoal.
4. Estratégia, o curso de acção que o tomador de decisão escolhe para atingir seus
objectivos. O curso de acção é o caminho escolhido e depende dos recursos de que pode
dispor.
5. Situação, são os aspectos do ambiente que envolve o tomador de decisão, alguns deles
fora do seu controlo, conhecimento ou compreensão e que afectam sua escolha.
6. Resultado. é a consequência ou resultante de uma dada estratégia.
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Sendo assim todo tomador de decisão está inserido em uma situação, pretende alcançar
objectivos, tem preferências pessoais e segue estratégias. O processo decisorial é complexo e
depende tanto das características pessoais do tomador de decisões quanto a situação em que esta
envolvido e a maneira como percebe essa situação. A rigor o processo decisorial se desenvolve
em sete etapas a saber:
1. Percepção da situação que envolve algum problema.
2. Análise e definição do problema.
3. Definição dos objetivos.
4. Procura de alternativas de solução ou de cursos de acção.
5. Escolha (selecção) da alternativa mais adequada ao alcance dos objectivos.
6. Avaliação e comparação das alternativas.
7. Implementação da alternativa escolhida.
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Comportamento Organizacional
Comportamento organizacional é o estudo do funcionamento e da dinâmica das organizações e
de como os grupos e os indivíduos se comportam dentro delas. É uma ciência interdisciplinar,
como a organização é um sistema cooperativo racional, ela somente pode alcançar seus
objectivos se as pessoas que a compõem coordenarem seus esforços a fim de alcançar algo que
individualmente jamais conseguiriam, por essa razão, a organização se caracteriza por uma
racional divisão do trabalho e por uma determinada hierarquia.
A organização espera que o emprego obedeça a sua autoridade e o empregado espera que a
organização se comporte correctamente com ele e opere com justiça. Ambas as partes do
contracto de interacção estão orientadas por directrizes que definem o que é correcto e o que é
equitativo. Os sociólogos se referem a uma norma de reciprocidade, enquanto os psicólogos
chamam isso de contracto psicológico.
Sempre existe um relacionamento de intercâmbio entre os indivíduos e a organização. O modo
pelo qual os objectivos individuais são satisfeitos determina sua percepção do relacionamento.
Esse relacionamento poderá ser percebido como satisfatório para as pessoas que percebem que as
suas recompensas excederam as demandas feitas sobre elas. O individuo ingressa na organização
e nela permanece quando espera que suas satisfações pessoais sejam maiores que seus esforços
pessoais. Se ele acreditar que seus esforços pessoais ultrapassam as satisfações, eles se tornam
propenso a abandonar a organização se possível.
Negociação
Para os behavioristas, o administrador trabalha geralmente em situações de negociação. A
negociação ou barganha é o processo de tomar decisões conjuntas quando as partes envolvidas
têm preferências ou interesses diferentes. A negociação apresenta as seguintes características:
1. Envolve pelo menos duas partes.
2. As partes envolvidas apresentam conflito de interesses a respeito de um ou mais tópicos.
3. As partes estão temporariamente unidas em um tipo de relacionamento voluntário.
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4. Esse relacionamento está voltado para a divisão ou troca de recursos específicos ou resolução
de assuntos entre as partes.
5. A negociação envolve a apresentação de demandas ou propostas por uma parte, a sua
avaliação pela outra parte e, em seguida as concessões e as contrapropostas. A negociação é um
processo, uma actividade sequencial e não simultânea.
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Para perceber cada uma das criticas leia a obra de Chiavenato (2004, pp. 359-363) que consta do plano de
Introdução à Gestão.
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