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UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS


DISCIPLINA: CIÊNCIA POLÍTICA
PROF.: GUSTAVO GOMES DA COSTA

QUESTÕES:
PODER, POLÍTICA & ESTADO

(ALUNAS)

KAROLLYNE RAFFAELA GOMES PIMENTEL


MÁRIO CÉSAR RAMOS GOMES

RECIFE, SETEMBRO DE 2018


1. O QUE É PODER?
2. O QUE É POLÍTICA E QUE SENTIDOS ESSE TERMO TEM ASSUMIDO NO
COTIDIANO?
3. QUAIS ASPECTOS SÃO MAIS RELEVANTES NAS DEFINIÇÕES DE PODER
POLITICO APRESENTADAS POR HOBBES, WEBER E HANNA ARENDT?

Consoante Hobbes o poder é entendido como sendo a detenção de meios


(recursos) para consecução de um objetivo. Por conseguinte o poder estaria fora do indivíduos
e a posse destes recursos (materiais, tecnológicos, econômicos, simbólicos) é que
determinariam o exercício do poder. Esta noção também é relacional, uma vez que a noção de
poder implica uma dicotomia dominante-dominados como faces indissociáveis de uma
mesma moeda.
O poder politico é ainda entendido em Hobbes como sendo indissociável a
conotação do exercício da força, ou mais especificamente ainda, pelo uso da violência como
forma de hegemônica de supremacia de um indivíduo sobre o outro.
Na sociedade, é o soberano que detém o monopólio do uso da força. Logo,
este poder não se encontra difuso na sociedade e sim concentrado em uma pessoa ou grupo
reduzido de pessoas. A fim de se autopreservar, cada indivíduo se aliena do exercício
individual do poder. Está é uma forma de a sociedade não viver constantemente diluida em
conflitos difusos, uma vez que o soberano age pelas pessoas e até mesmo contra elas.
Segundo Hobbes são três as principais fontes de discordâncias existentes
entre os homens. A primeira diz respeito a “competição por benefícios”. Numa sociedade
onde os bens e recursos são escassos, os seres humanos estão em constante luta por, cada qual,
conseguirem o melhor quinhão de benefício próprio. Por esses recursos serem escassos, o ter
mais para uns significa ter menos para outros. Esta competição por mais e melhores bens
materiais se não for arbitrada por um ente superior acabaria por gerar o caos na sociedade.
A segunda fonte de permanente discórdia entre os homens da qual Hobbes
disserta se constitui como desdobramento da primeira: “A desconfiança do potencial
agressor”. Aqui está implícito o conceito de propriedade privada, pois, uma vez que os
homens competem entre si por bens e recursos, uma vez obtidos esses bens, há uma ameaça
perene deste bem ser subtraído por outrem. O mais elementar dos bens é o próprio direito a
vida e por extensão, o direito à propriedade dos bens adquiridos. Aqui, mais uma vez, se faz
necessária a existência de um soberano que garanta a propriedade privada e o direito à vida.
Por fim, há ainda, segundo Hobbes, uma terceira razão pela qual os homens
estariam em constante estado de conflito: “a busca incessante pela glória”. Esta dimensão,
embora possua uma carga psicológica, ou aquilo que mais modernamente chamamos de
“poder simbólico”, este, contudo, quase sempre se realiza mediante a detenção de recursos
materiais. A fama, o prestígio e a admiração alheia coroam, por vezes, o poder econômico ou
militar.
Por todas estas razões o ser humano estaria consumado num estágio
permanente de conflito, logo seria necessário, segundo Hobbes, “abrir mão da liberdade
individual em nome da autopreservação.
Já para Max Weber o poder politico seria aquele legalmente constituído que
exerce este poder sobre os indivíduos dentre de um determinado território. Esta noção
pressupõe a existência de um povo e de um território, ou mais especificamente, os estados
nação. Para Weber este poder é exercido por meio da coerção física que é exercido de forma
consentida.
Contudo, para Weber esse poder não é exercido de forma arbitrária, mas,
estaria regido em função de contratos previamente definido por ambas as partes, ou seja, por
leis que definiriam antecipadamente os limites do exercício desse poder.
Nesta perspectiva a política seria, para Weber, nada mais que a disputa pela
distribuição do exercício do poder. As eleições, os partidos, os grupos de interesses
constituiriam essa disputa.
Por fim é Hanna Arendt quem primeiro desvincula a noção de exercício do
poder político das categorias de dominação e violência. Para ela a “Esfera Pública”
representaria uma superação da relação primitiva de dominação e violência e possibilitaria um
exercício do poder sem uso destes artifícios.
Uma vez que a própria comunidade elabora as leis nas quais se submete e
também elege e destitui os mandatários do poder político, logo esse poder, por emergir de
iguais não caberia as categorias de dominação e violência de outrora.
4. QUAIS AS CARACTERÍSTICAS CENTRAIS DO ESTADO MODERNO?

Por “Estado” entende-se como sendo conceito do século XVI em que o


poder máximo é baseado no comando organizado sobre um território. O estado moderno seria,
por conseguinte, caracterizado como uma instituição centralizada de poder em um território.
Para consecução de tais atribuições o poder se decomporia em mais outros.
O primeiro deles é a capacidade de legislar sobre este povo e território. A
criação de leis pressupõe igualdade entre dominados e dominantes. Depois, e em decorrência
deste, surge a necessidade de tributar. As necessita de alguém para julgar e a justiça, para ser
isenta, não pode ser privada, logo a tributação surge como necessidade primária de
sustentação do estado moderno para garantia da propriedade privada e a legislação dos
problemas decorrentes destas. Também é mister administrar bens comuns ou na linguagem
econômica, os “bens públicos puros”, isto é, aqueles bens sobre os quais incidem interesses
difusos (pontes, estradas, espaços públicos).
Outra característica inerente ao Estado Moderno é o caráter impessoal e
racional que este precisa ter para se constituir. O próprio conceito de “república” carrega em
si a conotação de “coisa pública”, implicando uma clara separação entre as coisas do soberano
e os bens públicos. A racionalidade é era característica que decorre desta primeira. Os bens,
por serem públicos, e escassos, precisam ser utilizados com racionalidade e obedecendo a
interesses públicos e não pessoais.
Ainda nesta perspectiva de separação entre o público e o privado surge o
caráter do estado moderno de separar, também, o religioso da esfera política. Logo, a
laicidade do estado se torna imprescindível a garantia das liberdades individuais. O Estado,
por ser laico, nem é ateu nem é religioso, a assim sendo garante o exercício da livre
manifestação religiosa individual. Só há liberdade religiosa em por conseguinte, liberdade de
pensamento, em um estado laico.
Dentre as teorias que justificam o exercício do poder pelo estado
encontraremos nos contratualistas a ideia base segundo a qual cada indivíduo abre mão do
exercício de sua própria autoridade para que o soberano possa se estabelecer e exercer a
autoridade em nome de todos.
Em Hobbes, esse contrato se justifica em nome da garantia da ordem social,
evitando assim um estado de anomia e guerra permanente entre os indivíduos.
Já para Lock, outro contratualista, o exercício do poder pelo Estado se
justificaria pela necessidade de existir um ente superior capaz de assegurar a existência dos
direitos naturais do homem, notadamente, a propriedade privada e assegurar a própria vida.
Já para Rousseau o Estado moderno deveria, além da garantia da liberdade
individual defendidas em Lock, deveria, também assegurar a igualdade entre os indivíduos.
Esta liberdade, que pode ser tanto econômica, política ou jurídica, atribuiria ao Estado
Moderno o papel central na dissolução dos conflitos e disputas por interesses entre as diversas
classes existentes na sociedade.
Por conseguinte, para Marx, o Estado Moderno se caracterizaria coadunação
da hegemonia de uma classe sobre a outra. Logo, para Marx, o Estado seria burguês, uma vez
que representa os valores e os interesses da classe dominante de uma época.
5. COMO AS TEORIAS CONTRATUALISTAS, MARXISTAS E WEBERIANAS
CONCEBEM O ESTADO?
FORMATAÇÃO
Fonte Times New Roman
Fonte Tamanho 12
Espaçamento entre linhas 1,5
Margem esquerda e superior de 3 cm.
Margem direita e inferior de 2 cm.
A numeração é colocada em algarismos arábicos no canto superior direito da folha.
As citações com mais de 3 linhas devem ser destacadas do parágrafo com recuo de 4
cm da margem esquerda. Para tal citação, usar: fonte tamanho 10; sem aspas; espaço simples.
As citações diretas, no texto, de até 3 linhas, devem estar contidas entre aspas duplas.
Exemplos: Barbour (2006, p. 2) define ironia “como uma forma implícita de heterogeneidade
mostrada”.

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