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➔ MONOSSACARÍDEOS
Estrutura molecular
Vimos que as proteínas são formadas pela junção de centenas e mesmo
milhares de estruturas menores simples, os aminoácidos. O mesmo ocorre com os
carboidratos, que são formados a partir de estruturas simples. Para os carboidratos,
estas estruturas são chamadas monossacarídeos.
Os monossacarídeos, ou açucares simples, são moléculas com cadeia
carbônica entre 3 e 7 carbonos. Cada carbono, com exceção de um deles, está ligado
a um radical – OH. Assim, um monossacarídeo com 3 carbonos possui 2 radicais OH,
um com 4 carbonos irá possuir 3, e assim por diante... A presença desses radicais
OH, como vimos em funções orgânicas, é característica de álcoois. Por possuir mais
de um radical OH, monossacarídeos são poliálcoois.
No entanto, o grupo álcool não é o único presente na estrutura dos
monossacarídeos. O único carbono da estrutura que não se encontra ligado a um OH,
estará ligado a um oxigênio por ligação dupla: = O. Observe os radicais OH e = O
ligados aos carbonos de dois monossacarídeos abaixo (glicose e hidroxiacetona):
- Glicose
Presente no “açúcar comum” ou “açúcar de mesa”, é produzida nas plantas, no
processo da fotossíntese. Trata-se da principal fonte de energia em humanos e
maioria dos animais, através da respiração celular. Nesse processo, a glicose é
oxidada, o que leva a uma grande liberação de energia (na forma de ATP), a ser
utilizada pelo corpo. Este processo pode se dar em presença de oxigênio (aeróbio) ou
na ausência do mesmo (anaeróbio), sendo o primeiro muito mais eficiente em termos
energéticos.
Galactose
Presente no açúcar do leite (lactose), possui estrutura muito similar a glicose,
sendo a única diferença residindo na direção do radical –OH ligado ao 4º carbono da
cadeia.
Frutose
➔ Dissacarídeos
Dois monossacarídeos cíclicos unidos formam um dissacarídeo. São
usualmente utilizados para o transporte de açucares (glicose, frutose, galactose entre
outros) pelos tecidos da planta ou animal. Em geral, ingerimos o açúcar na forma de
dissacarídeo, que posteriormente serão quebrados em monossacarídeos quando
precisarem ser utilizados para obtenção de energia.
Por exemplo, o açúcar de mesa (açúcar comum) que ingerimos trata-se do
dissacarídeo sacarose, formado pela junção de glicose e frutose. A lactose, que
ingerimos ao beber leite e derivados, é formada por glicose e galactose.
➔ Polissacarídeos
Os polissacarídeos são macromoléculas formadas pela união de centenas até
milhares de monossacarídeos. Muitos deles têm como função principal armazenar
moléculas de açucares simples (glicose, frutose, galactose...) que serão utilizadas
pelas células quando necessitarem de energia. Assim, essas moléculas possuem
função de armazenamento energético. Porém, existem polissacarídeos com outras
funções, como manter a estrutura ou auxiliar na sustentação de plantas, animais e
bactérias.
AMIDO
O amido é a principal fonte de armazenamento de monossacarídeos em
vegetais, sobretudo tubérculos, como a batata, e em sementes. É formado por
milhares de glicose unidas. Quando as células vegetais necessitam de energia, o
amido é quebrado em moléculas de glicose, que podem entrar nas células e participar
dos processos energéticos.
Glicogênio
Também formado por polímeros de glicose, como o amido, porém o glicogênio
é o principal polissacarídeo de armazenamento de energia em animais e algumas
bactérias. Muito abundante no fígado, pode ser utilizado pelos músculos para
fornecimento de energia durante a contração muscular. Já no fígado, ele pode ser
quebrado em glicose, a ser utilizado pelas células de outras partes do corpo para
realização de atividades que demandam energia, sendo assim responsável pelo
controle da glicemia.
Celulose
Muito fibrosa e resistente, possui função estrutural e de sustentação em
plantas, presente sobretudo em caules, troncos, na madeira e algodão.
Na indústria, sua característica fibrosa a torna interessante na produção de
papelão, celofane, linho, algodão, seda etc.
Não podem ser digeridas pelos animais vertebrados, pois não possuímos
enzimas para isso. Alguns invertebrados, no entanto, possuem tais enzimas, como os
cupins.
Quitina
Muito fibrosa e resistente, é o principal constituinte do exoesqueletos de
insetos, estando associado com a sustentação e proteção desses animais. Também
é indigestas para seres humanos.