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JURISDIÇÃO, PROCESSO E DECISÃO JUDICIAL

JURISDIÇÃO, PROCESSO E DECISÃO JUDICIAL

Organizadores

José Orlando Ribeiro Rosário


Yanko Marcius de Alencar Xavier
Luiz Felipe Monteiro Seixas

Manaus, 2019
Editor
José Helito Lima de Araújo Júnior

Capa
XXXXXXXXXXXXXXXXX

Editoração eletrônica
José Helito Lima de Araújo Júnior

AL474p

Alves, Fabrício Germano


Práticas abusivas não previstas no Código de Defesa do Consumidor / Fabrício Germano Alves,
Yanko Marcius de Alencar Xavier & Leonardo Cartaxo Trigueiro – 1. Ed. – Manaus – AM:
Elucidare, 2018.
259 p. – (Série Direito das Relações de Consumo, v. 3).

Inclui Bibliografia
ISBN 978-85-54220-01-3

1. Direito. 2. Direito das Relações de Consumo. 3. Consumidor. 4. Fornecedor. 5. Práticas


abusivas. I. Xavier, Yanko Marcius de Alencar. II. Trigueiro, Leonardo Cartaxo. III. Título.

CDD 342.5
CDU 343.215:342.5981

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CONSELHO CIENTÍFICO

Erivaldo Moreira Barbosa


(Universidade Federal de Campina Grande)
Fabrício Germano Alves
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
José Orlando Ribeiro Rosário
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Juan Manuel Velázquez Gardeta
(Universidad del País Vasco/Euskal Herriko Unibertsitatea)
Orione Dantas de Medeiros
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Patrícia Borba Vilar Guimarães
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Ricardo Sabastián Piana
(Universidad Nacional de La Plata)
Roberto Muhájir Rahnemay Rabbani
(Universidade Federal do Sul da Bahia)
Robson Antão de Medeiros
(Universidade Federal da Paraíba)
Valfredo de Andrade Aguiar Filho
(Universidade Federal da Paraíba)
Yanko Marcius de Alencar Xavier
(Universidade Federal do Rio Grande do Norte)
Apresentação DA OBRA

A relação jurídica de consumo tem por natureza uma desigualdade in-


trínseca entre fornecedor e consumidor. Este se encontra presumidamente em si-
tuação de vulnerabilidade perante aquele. Trata-se de uma característica inerente
a esse tipo de relação. Entretanto, algumas práticas existentes no mercado de con-
sumo acentuam tal desigualdade. Essas condutas adotadas pelos fornecedores de
produtos e/ou serviços que se aproveitam ou exploram demasiadamente a situação
de vulnerabilidade dos consumidores no mercado de consumo são consideradas
práticas abusivas.
Em razão da referida desigualdade o legislador enumerou no artigo 39 do
Código de Defesa do Consumidor (Lei Federal nº 8.078/1990) algumas práticas
que são consideradas abusivas. No entanto, o rol instituído no referido artigo do
Código possui natureza exemplificativa. Isso quer dizer que outras práticas, dife-
rentes das que foram previstas no mencionado dispositivo, podem vir a ser consi-
deradas abusivas.
Nesse contexto, a presente obra trata de práticas que são frequentemente
observadas no mercado de consumo e que, embora não tenham sido elencadas
expressamente no rol do artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor, podem
ser consideradas abusivas por diversos fatores que serão explanados e discutidos em
cada Capítulo.
O primeiro Capítulo trata sobre a prática referente à cobrança do couvert
artístico em bares e restaurantes, analisando as implicações que esse tipo de cobran-
ça traz ao consumidor e as abusividades cometidas pelos fornecedores que optam
por esse tipo de conduta, especialmente em cotejo com a prática intitulada “venda
casada” (prevista no Artigo 39, inciso I do Código de Defesa do Consumidor).
Em seguida, o segundo Capítulo traz uma análise sobre a prática extre-
mamente comum no mercado que consiste em fornecer informações de maneira
abusiva no âmbito das relações de consumo. Esse tipo de prática atenta contra
diversos princípios consumeristas, dentre eles, a boa-fé, transparência, lealdade,
confiança e especialmente o da informação, que é transmitida de forma lesiva ao
consumidor.
Logo depois, o terceiro Capitulo discorre sobre uma prática que impõe
ao consumidor um limite chamado “consumação mínima”. No texto, além de sua
conceituação, serão discutidas algumas leis e projetos de lei existentes sobre o as-
sunto, e também será demonstrado como esse tipo de prática se torna abusiva,
igualmente em comparação com a prática intitulada “venda casada” (prevista no
Artigo 39, inciso I do Código de Defesa do Consumidor).
O quarto Capítulo analisa a prática de imposição de multa por perda ou
extravio da comanda de consumo. Mediante o estudo dos contornos atuais sobre a
maneira como essa imposição vem ocorrendo na prática, será demonstrada como
se configura a abusividade do fornecedor quando este transfere para o próprio con-
sumidor a responsabilidade pelo controle das vendas realizadas no estabelecimento
comercial.
O Capítulo cinco trata de tema que está presente na imensa maioria dos
estabelecimentos que trabalham no setor alimentício, que é a cobrança da taxa dos
dez por cento dos garçons. Após a abordagem das principais nuances históricas so-
bre a referida cobrança, A partir de uma fundamentação respaldada principalmente
no Código de Defesa do Consumidor, se buscará delimitar a postura mais coerente
(tanto dos consumidores quanto dos próprios garçons) diante da obrigatorieda-
de – ou não – do pagamento dessa taxa pelos serviços prestados pelos garçons,
considerando que há uma falta de regulamentação uniforme sobre o assunto no
ordenamento jurídico brasileiro.

Os organizadores
SUMÁRIO

Reflexões metodológicas sobre discurso: identificação das relações


de poder em decisões judiciais.................................................................13

Guilherme de Negreiros Diógenes Reinaldo

O dever de análise de questão constitucional levantada pela parte


como elemento da jurisdição satisfativa....................................................37

Melquiades Peixoto Soares Neto

O dever de fundamentação das decisões judiciais e o neoconstitu-


cionalismo.....................................................................................57

Marcus Vinícius de Medeiros

A Constituição é o que os juízes dizem que é: uma reflexão em tempos


de desconstrução constitucional...................................................................79

Jólia Lucena da Rocha Melo

A Reserva de Jurisdição como Limite ao Auxílio Direto


Extrajudicial...............................................................................105

Paulo Hemetério Aragão Silva


Fernanda Lopes de Freitas Rodrigues

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