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1.1 O crivo retorna uma lista com todos os números primos ímpares até 2n+1.

Fá-lo, criando uma lista com os valores resultantes de multiplicar todos os números não
removidos no processo por 2 e somar ainda 1.

Os tais números removidos são todas as soluções de i+j+2ij, com 0<i<=j<=n.

1.2 Sabemos que, sendo Pi(n) a função que dá o número de primos até n, Lim n->Inf Pi(n) *
Log(n) /n =1

Sendo que o Crivo de Sundaram calcula o número de primos ímpares até 2n+1, podemos
considerar o tamanho da lista calculada pelo Crivo como Pi(2n+1)-1 (ainda temos que excluir o
2).

Deste modo:

Lim Length(Sundaram[n])*Log[n]/n = Lim Pi(2n+1)-1* Log[n]/n = Lim Pi(2n+1)* Log[n]/n -


Log[n]/n = Lim Pi(2n+1)* Log[n]/n - Lim Log[n]/n = (limite notável)

= Lim Pi(2n+1)* Log[n]/n – 0 = Lim Pi(2n+1)* Log[n]/n * Log[2n+1]/(2n+1) * (2n+1)/ Log[2n+1]=

=Lim Pi (2n+1) * Log[2n+1]/(2n+1) * (Log[n]*(2n+1))/( Log[2n+1]*n)= (limite notável)

= Lim 1 * (Log[n]*2n)/( Log[2n+1]*n) + (Log[n]/( Log[2n+1]*n)=

= Lim (Log[n]*2)/Log[2n+1] + (Log[n]/( Log[2n+1]*n) = (L´hopital)

= Lim (2/n) / (2/(2n+1)) + (Log[n]/n * 1/Log[2n+1]) = Limite notável

= Lim (2n+1)/n + 0 = Lim 2+ 1/n = 2

O gráfico mostra exatamente o que esperávamos: o limite tende para 2 por valores superiores
(1/n é positivo, para valores de n positivos).

1.3. Para implementar a função pretendida, apenas retirámos do código original as linhas de
código correspondentes a colocar os números na lista e adicionámos uma variável que
aumenta em 1 sempre que se vai remover um número que já foi antes removido.

A função redundância[n], para valores muito grandes, tem um comportamento semelhante à


bissetriz dos quadrantes ímpares. De facto, calculando a regressão linear com 6 pontos a igual
abcissa uns dos outros entre 100 mil e 1.2 milhões, obtivemos a reta
y=−31522.725+ 0.937 x

1.4 Para perceber o crivo de Sundaram até um certo n, note-se que este começa por arranjar
as soluções de i+j+2ij, com 0<i<=j<=n e tanto i como j naturais.

Para as descobrir, criemos uma tabela com entradas i+j+2ij, sendo estas números pertencentes
a progressões aritméticas de razão ímpar=i (i será também o número da linha da tabela e j será
a coluna).
Na primeira linha, sendo i=1, teremos 1+j+2*1*j = 3j+1. Para as próximas linhas, aumentando
em 1 o valor de i, aumentamos em 2 a razão (na linha 2, por exemplo, ficaríamos com
2+j+2*2*j = 3j+2), continuando esta ímpar, havendo na tabela tanto números pares como
ímpares (passamos para a próxima linha quando i+j+2ij for superior a n).

O primeiro termo de cada linha, sendo j=1, será 1+i+2*1*i = 3i+1 (concluímos até que o
primeiro elemento da linha i será o j-ésimo elemento da linha 1).

Uma vez que sempre que passamos para a linha seguinte aumentamos em 2 a razão e a razão
na primeira linha é 3, percebemos que a razão em função da linha (chamemos-lhe agora L e à
coluna C, por questões de legibilidade) é dada por 2.L +1.

Assim, o C-ésimo elemento, pertencente a L-ésima linha é (3L +1) + (C −1)(2L +1):

Sendo (3L+1) o primeiro termo, (2L+1) a razão dessa linha e (C-1) quantas ordens temos que
aumentar para chegar ao termo pretendido.

Simplificando, (3L +1) + (C −1)(2L +1) = 3L +1 + 2CL -2L +C -1= 2CL + L + C =( 2C +1)L + C

No entanto, o crivo não termina aqui. Para descobrir cada primo ímpar é preciso multiplicar
por dois cada número da tabela e somar-lhe um:

Seja a= (2C +1)L + C, o correspondente número primo será 2a+1 = 2(( 2C +1)L + C)+1=

2(2CL+L+C) + 1= (4CL +2L +2C +1) = (2C+1)(2L+1)

Sendo C e L números naturais, por corresponderem à linha e coluna do número “a” na tabela,
(2C+1) e (2L+1) serão números ímpares, ou seja (2C+1)(2L+1) será produto de números
ímpares maiores ou iguais a 3.

Fazendo m e L percorrer todos os valores possíveis (enquanto C+L+2CL não for superior a n),
encontramos todos os produtos de números ímpares até 2n+1. Acrescentando a essa lista os
produtos de dois naturais com pelo menos um número par (por serem divisíveis por 2 já não
serão primos), temos todos os números não-primos até 2n+1 e ainda o dois.

Escolhendo todos os outros números até 2n+1, encontram-se os números primos ímpares até
2n+1.

Por outro lado, o crivo de Eratóstenes apresenta os primeiros n números, começando no


número dois e tirando todos os seus múltiplos até n. O número seguinte não eliminado (3) será
primo. Repete-se o mesmo processo, desta vez começando nesse tal número seguinte não
eliminado.

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