Você está na página 1de 48

Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE

Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
2° ano do Ensino Médio

História1
Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
(EM13CHS105) Identificar, contextualizar e criticar tipologias
(EM13CHS105) evolutivas (populações nômades e sedentárias, entre outras) e
oposições dicotômicas (cidade/campo, cultura/ natureza,
civilizados/bárbaros, razão/emoção, material/virtual etc.),
explicitando suas ambiguidades.

Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 2° ano ___

O que é Cultura?

CONCEITO DE CULTURA:

O termo cultura possui hoje diversos conceitos. Para se ter ideia da sua
abrangência, estudiosos de diferentes áreas do conhecimento como Antropologia, a
Sociologia e a Psicologia, por exemplo, já dedicaram parte do seu trabalho ao estudo
específico do termo sem, no entanto, chegarem a um consenso. Originalmente, esta
expressão vem do latim – colere – e significa cultivar. Com os romanos, na Antiguidade, a
palavra cultura foi usada pela primeira vez no sentido de destacar a educação aprimorada
de uma pessoa, seu interesse pelas artes, pela ciência, filosofia, enfim, por tudo aquilo
que o aspecto, a abrangência do termo tornou-se, de lá até nossos dias, cada vez maior,
sendo aplicado nas mais diversas situações, ou seja, desde o plantio de um produto

1
A divisão da carga horária por componente curricular deve ser registrada de acordo com o horário de aula da
respectiva unidade escolar.
1
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
agrícola, do cultivo da pesca, criação de animais etc., até o trabalho científico realizado
por pesquisadores das Universidades. A todas essas atividades, portanto, podemos
aplicar o termo cultura.
Apenas para ilustrar, no Novo Dicionário de Língua Portuguesa, de Aurélio Buarque
de Holanda Ferreira, aparecem nada menos que oito conceitos diferentes de cultura. De
todos, vale a pena destacar o terceiro, que parece ser o mais abrangente e o mais
completo:
Cultura é:
O complexo dos padrões de comportamento, das crenças, das instituições e de
outros valores espirituais e materiais transmitidos coletivamente e característicos de uma
sociedade; civilização: a cultura ocidental: a cultura dos esquimós.
Assim, e conforme o conceito acima – o que podemos entender por cultura?
Cultura, quando aplicada ao nosso estilo de vida, ao convívio social, nada tem a ver com
a leitura de um livro ou aprender a tocar um instrumento, por exemplo. Na realidade, o
trabalho do antropólogo, estudioso da cultura humana, começa pela investigação de
culturas, ou seja, pelo modo de vida, padrões de comportamento, sistema de crenças,
que são característicos de cada sociedade. Em outras palavras, pode-se dizer que
nenhuma sociedade, nenhum povo, seja ele atrasado ou desenvolvido, primitivo ou
civilizado, jamais agirá de forma idêntica aos demais. Poderá haver, isso sim, algumas
semelhanças. O monoteísmo, por exemplo, tornam semelhantes às sociedades, os povos
que acreditam em um só deus. Mas assemelha-os, apenas. A forma de cultuar esse deus,
seu significado, o que ele representa, enfim, todo o sistema de crenças é diferente de um
povo para outro.
No Brasil, as mesmas formas de conduta e os padrões culturais mudam
nitidamente de uma região para outra, embora formalmente haja unidade cultural
determinada principalmente pela unicidade do idioma português e da religião católica. Na
prática, porém, a situação é outra. Há uma cultura regional no Norte do nosso país, que
bem caracteriza o estilo de vida do homem da Amazônia e o diferencia literalmente do
habitante do Sudeste e Sul.
Não bastassem os usos e costumes diferentes, o nortista (assim como o gaúcho e
o nordestino) criou algumas expressões que lhes são próprias. É o que acontece com a
palavra palhaço. Enquanto no Sudeste e Sul ela é sistematicamente usada para xingar,
dirigir insultos, no Norte ela mantém apenas o significado original, ou seja, o artista de
circo que faz rir. Curioso notar que, nesse caso, a pessoa a quem foi dirigida a expressão

2
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
fica até lisonjeada e orgulhosa por ter sido comparada a um artista.
O fato significativo, no entanto, é sabermos que jamais encontraremos duas
comunidades com culturas iguais. É preciso notar que a sociedade é formada por um
contingente organizado de pessoas, regidas pelo mesmo conjunto de normas e leis, que
de alguma forma aprenderam a viver e a trabalhar juntas para a própria manutenção
dessa sociedade. Uma cultura, por outro lado, é também um grupo organizado de
padrões culturais, normas, crenças, leis naturais, convenções, entre outras coisas, em
constante processo de transformação. Assim, apesar da inter-relação cultura e sociedade
ser muito estreita e ininterrupta, de serem mesmo imprescindíveis uma à outra, temos de
ter sempre em mente o seguinte aspecto: são duas coisas distintas que apresentam
dinâmicas diferentes.
Nesses termos, é claro, nada impede, por exemplo, que a sociedade brasileira
tenha uma cultura que abranja todo o seu território e, ao mesmo tempo, coexista com
essa cultura a nível nacional e uma outra regional. Até porque a própria dinâmica da
cultura, seu processo de transformação, permite, ao longo do curso da história, a
aquisição de novos elementos e o abandono (quase sempre por desuso) de outros. Esse
fenômeno é universal e tem influências no folclore de qualquer sociedade. Com o advento
dos veículos de comunicação de massa, vamos notar que esse processo, em parte, tende
a se homogeneizar.
Significado de Diversidade Cultural
A diversidade cultural está diretamente ligada à pluralidade da expressão, à
variedade dos costumes e às maneiras de diferenciação. De uma forma bastante simples,
a diversidade delimita e exalta uma dada cultura.
Os processos de colonização de séculos passados criaram uma maior
homogeneização. Extinguindo inúmeras culturas, a diversidade chega para representar e
destacar as que ainda sobrevivem.
A miscigenação cultural, no entanto, possibilita que um pouco da diversidade
cultural da Ásia resida na América. Que uma parcela da África esteja na Europa, e assim
por diante.
A globalização não só abrangeu o mundo no campo da economia e da
comunicação. Ela também possibilitou uma troca de experiências; uma vazão da
diversidade cultural que pouco se via em alguns lugares, e agora se espalha pelo mundo.

3
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE

Diversidade Cultural no Brasil


Figura:Hibricultura

Fonte: http://tresdemaionews.blogspot.com/2012/11/

O Brasil é um país de tamanho continental. Consequentemente, uma diversidade


cultural imensa é observada.
Não é necessário pensar muito para lembrar de como os costumes no Rio Grande
do Sul são diferentes dos costumes do Nordeste. Dois estados de muita tradição que
abrangem o mesmo território, e, ainda assim, de diferenças enormes nos costumes
observados.
Assim, o Brasil, por ter essa imensa extensão territorial, compreende costumes
diversos ao longo do país. Desde as diferenças climáticas, como econômicas, sociais,
gastronômicas e culturais.
Os responsáveis principais por essa variada e enriquecida cultura está ligada às:
- Colonizações europeias a partir dos anos 1500.
- Migração europeia ocorrida no final do século XIX e início do século XX.
- Escravos oriundos da África.
- População indígena nativa.
Além disso, uma forte política global tem inserido costumes dos próprios Estados
Unidos e Reino Unido (e Irlanda) no Brasil. O feriado de Halloween e o dia de São Patrício
são exemplos desta influência recente.
A globalização como um risco à diversidade cultural
Muitos pesquisadores e observadores da expoente globalização recente têm
manifestado preocupações quanto a mesma. Isso porque, segundo apontamento, ela

4
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
distanciaria a diversidade entre culturas ao aproximar nações em demasia. Pensando
nisso, a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura
(UNESCO) tem um trabalho digno. O intuito é o de preservação das riquezas culturais,
bem como na manutenção de culturas, sobretudo isoladas
A UNESCO emitiu uma Declaração sobre a Diversidade Cultural. Reconhecendo
as inúmeras culturas do mundo como uma ―herança em comum da sociedade‖. A
humanidade, assim, estaria na responsabilidade de proteger e promover a diversidade
cultural.
O objetivo é o de manutenção das culturas e a permanência da identidade cultural
das diferentes nações.

Desafio de História

Figura 3: Operários

Disponível em
<https://br.pinterest.com/pin/396387204677451992/?nic_v1=1auxl4djVHMzJbXGCKHAYo7B0cccynrxj3LZtb
mp3IySuXh9C5Zw80rs6dbRXt9%2Bc%2F>. Acesso em: 9 abr. 2020.

1. Ao observar a figura I responda:


a) O que você observa na imagem?
b) Todas as pessoas são iguais?
c) Você já imaginou o mundo se todas as pessoas fossem iguais?
d) Escreva um pequeno texto sobre o significado da diversidade humana e o porque
de termos que respeitar ao outro.
e) Você conhece grupos culturais diferentes do seu? Se conhece, descreva quais as
diferenças percebidas e como se sentiu.
f) Descreva qual sua concepção sobre patrimônio cultural?

5
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
2. Responda a alternativa correta:
[ENEM] A recuperação da herança cultural africana deve levar em conta o que é próprio
do processo cultural: seu movimento, pluralidade e complexidade. Não se trata, portanto,
do resgate ingênuo do passado nem do seu cultivo nostálgico, mas de procurar perceber
o próprio rosto cultural brasileiro. O que se quer é captar seu movimento para melhor
compreendê-lo historicamente (MINAS GERAIS, 1988).
Com base no texto, a análise de manifestações culturais de origem africana, como a
capoeira ou o candomblé, deve considerar que elas
a) Permanecem como reprodução dos valores e costumes africanos.
b) Perderam a relação com o seu passado histórico.
c) Derivam da interação entre valores africanos e a experiência histórica brasileira.
d) Contribuem para o distanciamento cultural entre negros e brancos no Brasil atual.
e) Demonstram a maior complexidade cultural dos africanos em relação aos
europeus.

B) A concepção de democracia racial no Brasil acaba por ocultar as discriminações


sofridas diariamente pelos(as) negros(as) e indígenas, pois imaginamos uma sociedade
em que brancos(as), negros(as) e indígenas convivem harmoniosamente e não há
discriminação étnico-racial.
Sobre a democracia racial no Brasil, é correto afirmar que:
a) As desigualdades entre brancos (as), negros(as) e indígenas é histórica e podem
ser verificadas pelos dados, por exemplo, de desemprego, renda e escolaridade.
b) Vivemos em um país democrático e sem nenhum tipo de distinção que provoque
desigualdades.
c) Nascemos livres e iguais e depende dos indivíduos a conquista econômica,
educacional e cultural.
d) Negros (as) e indígenas têm historicamente as mesmas oportunidades que os(as)
brancos(as).
C) Nos últimos anos o conceito de islamofobia ganhou força no cenário mundial. O
termo pode ser designado pela: ―estigmatização de todos os muçulmanos, e que se define
como uma atitude generalizada e um discurso do medo através do qual as pessoas
julgam, sem conhecimento de causa, o Islã como sendo o inimigo, o ―outro‖, um bloco
monolítico perigoso e imutável que é o objeto natural da justa hostilidade dos ocidentais‖
(ZÚQUETE, 2012).

6
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
Sobre o conceito de islamofobia, é correto afirmar:
a) Uma das causas da islamofobia está no fato do islamismo não possuir qualquer
tipo de relações com o judaísmo ou com o cristianismo.
b) Como o preconceito normalmente é consequência de generalizações, a
islamofobia tem causado intolerância e hostilidades.
c) As causas da islamofobia podem ser explicadas pelo histórico diálogo e ausência
de guerras entre cristãos e mulçumanos.
d) No decorrer dos séculos não é possível identificar um crescimento do islamismo,
causando choques religiosos através da islamofobia com o Estado Islâmico.
e) O islamismo surgiu na Arábia, portanto, pode-se afirmar que todos os árabes são
muçulmanos, justificando a islamofobia.

A outra história do descobrimento do Brasil


Parece absurdo, mas é isso o que aprendemos na escola: os portugueses
descobriram o Brasil, onde já viviam os índios. Ficamos tão acostumados a pensar assim,
que não nos perguntamos como isso é possível. Os historiadores também não
costumavam fazer essa pergunta. Sabiam que os índios viviam aqui antes da chegada de
Cabral, mas falavam do descobrimento como se o Brasil fosse uma terra virgem. Será
possível que um lugar já habitado possa ser virgem, isto é, intocado? Bem, só se ele não
for habitado por pessoas. Quando falamos em floresta virgem, por exemplo, não estamos
dizendo que ela não é habitada por animais, mas, sim, que ela não foi alterada pelo
homem. Quando afirmamos que "essas terras virgens foram descobertas por Cabral",
estamos tratando seus habitantes originais, os índios, como se eles não fossem pessoas,
mas, sim, parte da paisagem natural. A palavra 'descobrimento', portanto, está no lugar de
outro termo que não costumamos utilizar: 'conquista'. Na verdade, as terras que viriam a
ser o território do Brasil não foram descobertas, mas conquistadas pelos portugueses aos
povos indígenas.
Quando os europeus chegaram à costa brasileira, encontraram diversos grupos
indígenas, cujos costumes e línguas eram muito parecidos. No conjunto, esses grupos
ficaram conhecidos como Tupi-Guarani, embora possamos distinguir dois grandes blocos:
os Tupi, que dominavam o litoral desde o sul do estado de São Paulo até, pelo menos, o
Ceará; e os Guarani, que viviam mais ao sul, na bacia dos rios Paraná-Paraguai e em
nossa costa meridional. Não se deve pensar, porém, que os Tupi e os Guarani formavam,
cada qual, uma grande nação. Ao contrário, eles estavam divididos em diferentes grupos,

7
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
geralmente inimigos entre si. E os europeus souberam bem se aproveitar das brigas
internas dos Tupi-Guarani, unindo-se a alguns grupos para atacar outros.
A aliança entre brancos e índios dava-se pela oferta de presentes (como machados
de metal, facas, espelhos, tecidos trocados por farinha, caça, filhotes de animais e
madeira), pela participação comum em atividades de guerra, dentre outros. Muitas vezes,
os conquistadores estimulavam a inimizade entre os índios para dominar o território com
mais facilidade. Mesmo quando os Tupi conseguiam reunir um número considerável de
aldeias para atacar áreas sob domínio português, tinham de enfrentar índios fiéis aos
colonizadores. Assim, embora fossem maioria, os índios acabaram sendo derrotados.
Não foi só como parceiros na guerra e na troca que os europeus encontraram um lugar no
mundo indígena. Talvez porque chegassem pelo mar, em grandes navios, trazendo
objetos desconhecidos, como armas de fogo e ferramentas de metal, os Tupi associaram
os europeus a seus grandes pajés, que andavam de aldeia em aldeia, curando,
profetizando e falando de uma terra de abundância. Esses pajés eram chamados pelos
Tupi de Caraíba e os europeus ficaram conhecidos por esse nome. Até hoje, muitos
grupos indígenas chamam os não índios de Caraíba. Os jesuítas - padres enviados ao
Brasil com a missão de convencer os índios a se tornarem católicos - aproveitaram-se
dessa associação do europeu com os grandes pajés nativos, para facilitar seu trabalho.
O discurso e as práticas dos padres, como José de Anchieta, concorriam com os
dos pajés. Muitos grupos indígenas foram convencidos a abrigar-se nos aldeamentos
jesuítas sob a proteção espiritual dos missionários. Outros fugiram para o interior, para
escapar tanto dos padres como dos soldados portugueses. Esse medo tinha razão de
existir. Alguns autores estimam que havia cerca de um milhão de índios na costa
brasileira, em 1500. Um século depois, essa população havia praticamente desaparecido.
A maior parte morreu nas guerras de conquista, por maus-tratos e pelas doenças trazidas
pelos conquistadores. O despovoamento do Brasil. Nem todos os habitantes da costa
morreram. Muitos fugiram para o interior; este, porém, já estava povoado. Tanto a
Amazônia, como o Brasil Central estavam ocupados por diversos grupos indígenas, a
maioria deles com costumes e línguas muito diferentes dos Tupi. Essa fuga para o
interior provocou uma reação em cadeia (como quando derrubamos peças de dominó
enfileiradas). Ao invadir os territórios de outros povos, os Tupi do litoral causavam novas
guerras e transmitiam as novas doenças adquiridas no contato com os europeus.
Os portugueses, por sua vez, passaram a buscar escravos cada vez mais longe da
costa. As famosas bandeiras paulistas e os bandeirantes são os representantes mais

8
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
conhecidos desse processo de colonização violenta do interior, que levou não ao
povoamento do Brasil, como se costuma dizer, mas a seu despovoamento, matando e
escravizando dezenas de milhares de índios. Entre 1580 e 1640, as expedições paulistas
concentraram-se na captura dos Guarani - que viviam no interior dos atuais estados de
São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul - para forçá-los a trabalhar na
lavoura. Com o esgotamento dessa fonte de mão-de-obra, os paulistas voltaram-se para a
região dos rios Araguaia e Tocantins, que já vinham explorando irregularmente desde o
começo daquele século.
As mortes causadas pelas doenças serviam de combustível às expedições de
escravização. Criava-se um círculo vicioso: a falta de mão-de-obra indígena nas
imediações das vilas aumentava as ações de escravização no interior; a escravização
expunha cada vez mais as populações indígenas às epidemias; com as epidemias,
tornava-se necessário a realização de novas expedições no interior. Foi assim que o
Brasil foi sendo despovoado. Ali, onde havia uma população indígena numerosa, foram-se
criando vazios populacionais, territórios livres para serem ocupados pelos colonizadores.
Mas não pense que isto tudo é passado. Ainda hoje, os cerca de 300 mil índios vivendo
no Brasil têm de lutar para garantir a posse de suas terras - estes colonizadores dos
nossos dias, que descobriram novos métodos para retirar os índios de suas terras e as
riquezas que nelas existem.

Sugestão de vídeo aula: Disponível em: <https://youtu.be/32yOeie37Z0>. Acesso em: 14


abr. 2020.

Desafio de História

1. O estudante deve ler o texto A outra história do descobrimento do Brasil e responder as


questões propostas:
a) O autor do texto considera um absurdo falar de ―descobrimento do Brasil‖. Que
argumentos ele utiliza para justificar esse posicionamento? Você concorda? Justifique.
b) Quais foram os primeiros povos indígenas com os quais os portugueses tiveram
contato quando chegaram ao Brasil? Onde se localizavam?
c) Quem eram os jesuítas? Segundo o autor do texto, qual foi o papel deles na
colonização do Brasil?

9
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
d) O que aconteceu com os índios que habitavam a costa do litoral brasileiro e que foram
os primeiros a manter contato com os portugueses?
e) De acordo com o autor, qual foi o significado das bandeiras e dos bandeirantes para
os indígenas que viviam no interior do Brasil? Antes de responder a questão, busque o
significado do termo bandeiras.
f) Para o autor, os bandeirantes foram responsáveis não pelo povoamento, mas pelo
despovoamento do Brasil. O que ele quis dizer com isto? Explique.
g) Explique a relação entre os termos ―terras virgens‖ e ―terras habitadas‖?

2. (Fuvest-SP) Os primitivos habitantes do Brasil foram vítimas do processo colonizador.


O europeu, com visão de mundo calcada em preconceitos, menosprezou o indígena e sua
cultura. A acreditar nos viajantes e missionários, a partir de meados do século XVI, há um
decréscimo da população indígena, que se agrava nos séculos seguintes. Marque a
Alternativa correta quanto aos fatores que mais contribuíram para o citado decréscimo:
a) ( ) a captura e a venda do índio para o trabalho nas minas de prata do Potosí.
b) ( ) as guerras permanentes entre as tribos indígenas e entre índios e brancos.
c) ( ) o canibalismo, o sentido mítico das práticas rituais, o espírito sanguinário, cruel e
vingativo dos naturais.
d) ( ) as missões jesuíticas do vale amazônico e a exploração do trabalho indígena na
extração da borracha.
e) ( ) as epidemias introduzidas pelo invasor europeu e a escravidão dos índios.

3. (Fuvest) No século XVII, os fatores que contribuíram para a penetração do interior


brasileiro foram
a) ( ) o apresamento de indígenas e a procura de riquezas minerais.
b) ( ) o desenvolvimento da cultura de cana-de-açúcar e a cultura de algodão.
c) ( ) a necessidade de defesa e o combate aos franceses.
d) ( ) o fim do domínio espanhol e a restauração da monarquia portuguesa.
e) ( ) a Guerra dos Emboabas e a transferência da capital da colônia para o Rio de
Janeiro.

4. Quando começaram a surgir as primeiras imagens de indígenas utilizando celulares,


máquinas fotográficas e laptops na imprensa, na internet, e em outros meios de
comunicação no Brasil, muitas pessoas viram estas cenas como uma situação inusitada,

10
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
uma curiosa contradição em ter o tradicional e o moderno, finalmente, o sinal definitivo da
transformação dos ―índios‖ em ―brancos‖.

Figura: Índio e Tecnologia

Fonte: http://biracijryawanawa.blogspot.com/2011/02/indio-e-tecnologia.html
Passado o choque dos primeiros contatos, os povos indígenas estão procurando
entrar em novas relações com os ―brancos‖, não contra eles, mas através destes,
apropriando-se dos seus objetos a dando a eles significados particulares, utilizando-os
para seus próprios projetos de reproduzirem-se como sociedades e de continuidade de
suas culturas, reaproximando parentes, unificando forças, preservando memórias,
técnicas, pinturas corporais, cantos, mitos e rituais. A apropriação de novas tecnologias
pelos os povos indígenas têm se tornado um poderoso instrumento em seus projetos de
sociedade e de continuidade (que é bem diferente de continuação) cultural-indissociáveis
das relações que estabelecem com o meio ambiente em seus territórios. Em troca, os
povos indígenas estão indicando aos ―brancos‖, que estão fazendo sua parte em favor do
equilíbrio ambiental e do planeta, trabalhando, também, em favor da continuidade da
própria existência humana.
Fonte: Disponível em: <http://biracijryawanawa.blogspot.com/2011/02/indio-e-tecnologia.html>. Acesso em:
14 abr. 2020.

Considerando o enunciado acima, responda:


a) Qual a relevância das novas tecnologias na aproximação e ampliação do conhecimento
de grupos culturais diferentes do seu?
b) Você utiliza os meios tecnológicos para divulgar os elementos culturais do seu grupo
de pertencimento cultural? Comente sua resposta.

11
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE

Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
2° ano do Ensino Médio

Geografia2
Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
(EM13CHS105) Identificar, contextualizar e criticar tipologias
(EM13CHS105) evolutivas (populações nômades e sedentárias, entre outras) e
oposições dicotômicas (cidade/campo, cultura/ natureza,
civilizados/bárbaros, razão/emoção, material/virtual etc.),
explicitando suas ambiguidades.

Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 2° ano ___

Recursos hídricos brasileiros


Caro estudante, como sabemos a água é um mineral indispensável em nossas
vidas, que tal sabermos como ela se encontra distribuída no território brasileiro?
O território brasileiro detém a maior reserva de água doce do planeta. Em virtude
de seu clima, da extensão territorial e da localização geográfica, a rede hidrográfica
brasileira concentra aproximadamente cerca de 12% de toda água doce existente no
mundo. Levando em consideração o continente americano, as reservas hídricas
brasileiras correspondem a 34% do total e na América do Sul, a 56% (dados da Agência
Nacional de Águas – ANA).
Entretanto os recursos hídricos brasileiros não estão distribuídos de forma
homogênea em seu território, justamente as áreas menos povoadas do país é que
concentram a maior parte dos recursos hídricos, confira na tabela abaixo.
Distribuição dos recursos hídricos e densidade demográfica ano Brasil

2
A divisão da carga horária por componente curricular deve ser registrada de acordo com o horário de aula da
respectiva unidade escolar.
12
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE

Fonte:https://mundoeducacao.uol.com.br/geografia/distribuicao-agua-no-
brasil.htm.

Os rios brasileiros Figura: Rio Perene

Vamos agora aprender as principais características dos


rios brasileiros.
A rede hidrográfica brasileira é caracterizada por rios
caudalosos e perenes, ou seja, que não secam. Dentre os rios
perenes brasileiros podemos destacar o rio Amazonas, o
Paraná, o Tocantins e o São Francisco. Observe na imagem
ao lado a foto de um rio perene.
Também existem rios intermitentes, aqueles que secam
Fonte: Google, 2020.
durante a estiagem, como podemos observar na imagem ao lado.

Figura: Rio intermitente

Fonte: Google, 2020.

13
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE

O território brasileiro possui em sua maior parte rios perenes com sistema de
alimentação pluvial tropical, ou seja, são abastecidos pelas águas das chuvas,
principalmente no período correspondente ao verão, com períodos de cheias nessa
estação e vazante no período do inverno quando o índice pluviométrico diminui. Com
exceção de alguns rios nordestinos cujas cheias ocorrem entre as estações do outono e
Figura: Rio Perene
inverno.
Na porção setentrional do sertão nordestino estão localizados os rios intermitentes,
do território brasileiro, em uma região de clima semi-árido tendo como característica
principal o regime irregular de chuvas, sendo este um dos maiores responsáveis pela
existência destes rios nesta região. Seu desaparecimento temporário no período de seca
ocorre devido o lençol freático se tornar mais baixo do que o nível do canal do rio, e
cessando sua alimentação, devido ao período de estiagem.
Grande parte dos rios brasileiros apresenta a foz em forma de estuário. Um
estuário é o ambiente aquático de transição entre um rio e o mar. O estuário sofre a
influência das marés e apresenta fortes gradientes ambientais, desde águas doces
próximos da sua cabeceira, águas salobras, e águas marinhas próximo da sua
desembocadura.
Figura: Estuário do Rio São Francisco

Fonte: google.com. (2020).

Mas existem exceções, há rios em forma de delta. Na


geografia, designa-se por delta a foz de um rio formada por
vários canais ou braços do leito do rio. Esse tipo de foz é
comum em rios de planícies, devido à pequena declividade e,
consequentemente, pequena capacidade de descarga de
água, o que favorece o acúmulo de areia e aluviões na foz do
Fonte. Google. 2020.
14
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
rio. Como pode observar na imagem ao lado.
O sistema de drenagem dos rios brasileiros em sua grande maioria é exorreica, ou
seja, suas águas fluem do interior do continente para os oceanos. Grande parte destes
rios estão localizados em regiões de planalto, apresentando encachoeiramento e
permitindo seu aproveitamento para hidrelétricas, pois quanto maior for o desnível do
planalto, maior será o potencial hidrelétrico. Já os rios de planície não apresentam
grandes declives acentuados ou expressivos em seu curso o que favorece a navegação.

Bacias hidrográficas brasileiras

Bacia hidrográfica corresponde a uma


área drenada por um rio principal, seus
afluentes e subafluentes. A topografia do
terreno é responsável pela drenagem da água,
além de ser responsável por delimitar as
bacias, ou seja, as partes mais altas do relevo
determinam para onde as águas da chuva irão
escoar. A hidrografia Brasileira está dividida
em oito bacias, de acordo com a imagem ao lado. (Imagem disponível em
<http://murilocardoso.com/2012/01/23/mapas-regioes-hidrograficas-bacias-hidrograficas-e-sub-bacias-do-
brasil>. Acesso em 09 abr. 2020).

Regiões hidrográficas brasileiras

A Divisão Hidrográfica Nacional, instituída pelo Conselho Nacional de Recursos


Hídricos (CNRH), estabelece as doze Regiões Hidrográficas brasileiras. São regiões
hidrográficas: bacias, grupo de bacias ou sub-baciais hidrográficas próximas, com
características naturais, socais e econômicas similares. Esse critério de divisão das
regiões visa orientar o planejamento e gerenciamento dos recursos hídricos em todo o
país. (Fonte: Disponível em: <https://www.ana.gov.br/aguas-no-brasil/panorama-das-aguas>. Acesso em: 9
abr. 2020. Figura: As 12 Regiões Hidrográficas Brasileiras
google.com. (2020).

15
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE

Fonte: ana.gov.br. ( 2020).

Desafio de Geografia

1. Leia os versos da música Sobrinho, composta por Sá e Guarabira, se refere a


Barragem (represa de água) de Sobradinho situada no rio São Francisco.

O homem chega, já desfaz a natureza


Tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar
O São Francisco lá pra cima da Bahia
Diz que dia menos dia vai subir bem devagar
E passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o Sertão ia alagar
O sertão vai virar mar, dá no coração
O medo que algum dia o mar também vire sertão

Que consequências sociais e ambientais podem estar relacionadas à construção da


barragem de uma hidrelétrica?

2. O Brasil é detentor das maiores reservas de água doce do planeta, com cerca de
12% do total mundial. Descreva como ocorre a distribuição desses recursos no
território nacional.

Hidreletricidade

Os rios que apresentam declividade acentuada em seu curso em geral possuem


potencial hidrelétrico, principalmente se seu suprimento de água for garantido por clima
ou hidrografia favoráveis. Para gerar eletricidade a partir da água dos rios, é necessário
que haja desníveis onde barragens possam ser construídas de maneira que uma represa
seja criada. Trata-se de uma forma considerada não poluente, relativamente barata e
16
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
renovável de obtenção de energia, embora o alagamento de grandes áreas, por causa da
construção das barragens e do represamento da água, cause profundos impactos
socioambientais. Observe nas ilustrações a seguir que, em terrenos mais planos, ocorre
inundação de extensas áreas. Já em terrenos que possuem desnível mais acentuado a
superfície inundada é menor. A energia tende a ser produzida com maior eficiência
quanto maior for a diferença de altura obtida entre o nível de água e a turbina. Em
terrenos com maior declividade é possível obter maiores desníveis, com menor superfície
de água represada. Embora gere energia elétrica mais limpa e barata do que outras
fontes e melhore o abastecimento de água, a construção de uma hidrelétrica gera,
necessariamente, impactos, como o desalojamento de populações, o alagamento de
vegetação nativa ou de áreas agrícolas, além da alteração na vazão dos rios, entre outros
impactos socioambientais. Por isso, deve ser precedida de minucioso estudo das
consequências ambientais, sociais e arqueológicas, para mensurar a viabilidade técnica,
social, ambiental e econômica do represamento.

Figura: Topografia e represamento

Na prática, a produção de energia hidrelétrica depende da energia solar, pois a


água, em seu ciclo, é transportada para compartimentos mais elevados do relevo pela
evaporação e posterior precipitação. Por isso, os países de relevo ondulado, grande
extensão territorial (portanto, maior área de insolação) e muitos rios, em geral,
apresentam grande potencial hidráulico. É o caso do Brasil, do Canadá, dos Estados
Unidos, da China, da Rússia e da Índia. Observe, na tabela abaixo, que o Brasil ocupa
posição importante na produção total de energia hidrelétrica em escala global,

17
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
destacando-se também entre os países que possuem maior participação da
hidroeletricidade no total da energia elétrica gerada.

Hidrelétricas no Brasil*
A energia elétrica atende cerca de 92% dos domicílios no país. As hidrelétricas no
Brasil correspondem a 90% da energia elétrica produzida no país. A instalação de
barragens para a construção de usinas iniciou-se no Brasil a partir do final do século XIX,
mas foi após a Segunda Grande Guerra Mundial (1939-1945) que a adoção de
hidrelétricas passou a ser relevante na produção de energia brasileira.
Apesar de o país apresentar o terceiro maior potencial hidráulico do mundo (atrás
apenas de Rússia e China), o Brasil importa parte da energia hidrelétrica que consome.
Isso porque a maior hidrelétrica das Américas e segunda maior do mundo, a Usina de
Itaipu, não é totalmente brasileira. Por se encontrar na divisa do país com o Paraguai,
50% da produção da usina pertence ao país vizinho que, na incapacidade de consumir
esse montante, vende o excedente para os brasileiros. Além do mais, o Brasil também
compra energia produzida pelas hidrelétricas argentinas de Garabi e Yaceritá.
O país está entre os que possuem a maior estrutura de recursos naturais para
geração de energia do mundo:
1) Usina Hidrelétrica de Itaipu: Estado:Paraná|Rio: Paraná|Capacidade:14.000 MW
2) Usina Hidrelétrica de Belo Monte: Estado:Pará|Rio: Xingú|Capacidade: 11.233 MW
3) Usina Hidrelétrica São Luíz do Tapajós: Estado:Pará|Rio:Tapajós|Capacidade:8.381
MW
4) Usina Hidrelétrica de Tucuruí:Estado: Pará | Rio: Tocantins| Capacidade: 8.370 MW

18
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
5) Usina Hidrelétrica de Santo Antônio:Estado: Rondônia|Rio: Madeira|Capacidade:
3.300 MW
6) Usina Hidrelétrica de Ilha Solteira:Estado:São Paulo|Rio: Paraná|Capacidade: 3.444
MW
7) Usina Hidrelétrica de Jirau: Estado: Rondônia|Rio: Madeira|Capacidade: 3.300 MW
8) Usina Hidrelétrica de Xingó: Estados: Alagoas e Sergipe| Rio:São Francisco|
Capacidade: 3.162 MW
9) Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso IV: Estado: Bahia|Rio: São
Francisco|Capacidade: 2.462 MW
10) Usina Hidrelétrica Jatobá: Estado: Pará|Rio: Tapajós| Capacidade: 2.338 MW

Sugestão de vídeo aula: Hidrelétricas. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=a49KBqhOzss>. Acesso em: 15 abr. 2020.

Desafio de Geografia

Após leitura dos textos ―hidroeletricidade‖ e ―hidrelétricas no Brasil‖, responda as questões


abaixo:
1. Que tipos de rios apresentam elevado potencial hidrelétrico? Marque a opção correta.
a) ( ) Os que apresentam uniformidade acentuada em seu curso geral.
b) ( ) Os que apresentam declividade acentuada em seu curso em geral.
c) ( ) Os localizados em áreas de extensas planícies.
d) ( ) Os localizados em áreas com baixa declividade.
e) ( ) Os localizados em áreas com facilidade de inundação

2. Embora gere energia elétrica mais limpa e barata do que outras fontes e melhore o
abastecimento de água, a construção de uma hidrelétrica gera, necessariamente,
impactos. Quais são exemplos desses impactos?
a) ( ) O desalojamento de populações, o alagamento de áreas de vegetação nativa ou de
áreas agrícolas, além da alteração na vazão dos rios, entre outros impactos
socioambientais.
b) ( ) O aumento na produção agrícola e, consequentemente, na exportação desses
produtos para os países desenvolvidos.
c) ( ) Expansão das regiões de colonização agrícola e diminuição do desmatamento.
d) ( ) Ampliação da oferta do desemprego nas regiões próximas desse hidrelétrica.

19
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
e) ( ) Redução considerável na emissão de CO2 e, consequentemente, melhoria nos
índices de conforto térmico.

3. Apesar de o país apresentar o terceiro maior potencial hidráulico do mundo (atrás


apenas de Rússia e China), o Brasil importa parte da energia hidrelétrica que consome.
Marque a opção correta:
a) ( ) Isso decorre em função de que o Brasil exporta boa parte de seu excedente de
energia hidrelétrica aos países do Mercosul.
b) ( ) A produção de energia hidrelétrica é consumida pela maioria dos estados da Região
Norte do Brasil.
c) ( ) A maior parte de suas hidrelétricas estão localizados nos países fronteiriços com
Roraima, Amazonas e Amapá.
d) ( ) A produção de energia hidrelétrica é direcionada principalmente para as indústrias
da Região Nordeste.
e) ( ) Isso porque, a Usina de Itaipu (a segunda maior do mundo), não é totalmente
brasileira. Por se encontrar na divisa do país com o Paraguai, 50% da produção da usina
pertence ao país vizinho que, na incapacidade de consumir esse montante, vende o
excedente para os brasileiros.

4. Por que na prática, a produção de energia hidrelétrica depende da energia solar?


Marque a Alternativa correta.
a) ( ) Em função da ação das correntes marítimas que proporcionam elevadas taxas de
precipitação nas proximidades dos rios.
b) ( ) Devido a ação de frentes frias que provocam o deslocamento de umidade para as
áreas com usinas hidrelétricas.
c) ( ) Em razão de que a água, em seu ciclo, é transportada para compartimentos mais
elevados do relevo pela evaporação e posterior precipitação nos rios que irrigam as usina
hidrelétricas.
d) ( ) A energia solar proporciona a diminuição nas taxas de umidade presente no ar.
e) ( ) As precipitações estão sempre associadas ás horas de insolação registradas.

5. O que deve sempre preceder a implantação de uma usina hidrelétrica? Marque a opção
correta.
a) ( ) Estudos que mostrem a viabilidade econômica e geração de empregos;

20
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
b) ( ) A necessidade da produção de energia para atender a demanda da sociedade.
c) ( ) Os benefícios resultantes dessa implantação para as indústrias e o comércio.
d) ( ) Estudo das consequências ambientais, sociais e arqueológicas, para mensurar a
viabilidade técnica, social, ambiental e econômica do represamento.
e) ( ) A possibilidade de exportação do excedente de energia para outras regiões.

21
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE

Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
2° ano do Ensino Médio

Filosofia3
Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
(EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes
(EM13CHS101) fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas
(EM13CHS103) à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos
históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais
e culturais.
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e
compor argumentos relativos a processos políticos, econômicos,
sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na
sistematização de dados e informações de diversas naturezas
(expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos,
documentos históricos e geográficos, gráficos, mapas, tabelas,
tradições orais, entre outros).
Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 2° ano ___

TEXTO 1:
Figura: Império de Axum
Recebe o nome de Império de Axum o antecessor natural
do Império da Etiópia, que existiu por volta do século IV a.C. até o
primeiro século da atual era. Este, por sua vez, foi o sucessor de
um reino localizado na Eritreia e norte da Etiópia, conhecido como
Diamat, que existiu por volta de 700 até 400 a.C. Como o próprio
nome indica, a capital do reino estava localizada na cidade de
Axum, bem ao norte do atual estado africano, famosa por ali ser
apontado
Fonte: como
pt.wikipedia.org o lugar onde é guardada por monges ortodoxos etíopes a Arca da
Aliança. [...]
O império Axumita teve importância definitiva no comércio entre o Império
Romano e o subcontinente indiano, servido de "ponte" para a troca de produtos entre o
ocidente e o oriente. Prova da import ncia deste antigo reino africano é atestado pela
cunhagem de inúmeras moedas de ouro e prata, durante a administração de v rios
3
A divisão da carga horária por componente curricular deve ser registrada de acordo com o horário de aula da
respectiva unidade escolar.

22
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
monarcas locais, e que traziam inscrições em Ge ez a língua do império) e grego, prova
de que este antigo estado tinha proeminência no comércio internacional de seu tempo (o
grego era a língua preferencial para qualquer contato internacional). Foi aliás nesta época
que se criou a escrita Ge'ez, ainda hoje utilizada, um dos poucos sistemas de escrita
exclusivamente africano.
Ainda durante a existência do estado de Axum, o povo etíope adotou a religião
cristã, durante o reinado de Ezana (cerca de 320 da era Cristã), adaptando-a à sua
realidade e tornando-a uma forma de identificação de sua nacionalidade. Apesar disso, a
igreja ortodoxa etíope ficaria subordinada à igreja copta egípcia desde o início até 1959,
quando finalmente estes dois ramos do cristianismo com seus ritos particulares se
separaram. Antes de sua conversão ao cristianismo, o povo adotava uma religião própria
que tinha nos elementos da natureza o alvo de seu culto (o símbolo desta religião aparece
nas moedas do reino, uma lua crescente, com as pontas para cima). Uma porcentagem
considerável dos súditos de Axum cultuava ainda o judaísmo, praticado na Etiópia atual
por menos de 1% da população total.
Axum chegará ao fim devido à expansão muçulmana e a pressão de reinos
vizinhos. A população do Império foi forçada a se isolar no interior de seu território,
causando consequente declínio de sua cultura e comércio, apagando aos poucos os
traços desta distinta sociedade. O Império Axumita seria sucedido pelo Estado constituído
pela dinastia Zagwe, que floresceu por volta do século XI.

FILOSOFIA

Figura: Aristóteles

Fonte: giulianofilosofo.blogspot.com. (2009).


23
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE

Orientação para a leitura: tenha em mão um dicionário ou acesso a internet para


consultar as palavras que você não compreende o significado. É importante que copie a
palavra e o significado dela no caderno ou em suas anotações.
O filósofo Aristóteles4 sustenta que a virtude é um hábito e, portanto, não só pode,
mas também deve ser ensinada, constituindo-se talvez numa das tarefas mais
importantes da educação do homem.
Como já vimos, há duas espécies de excelência: a intelectual e a moral. Em grande
parte, a excelência intelectual deve tanto o seu nascimento quanto o seu desenvolvimento
à instrução (por isto ela requer experiência e tempo); quanto a excelência moral, ela é o
produto do hábito, razão pela qual seu nome é derivado, com uma ligeira variação, da
palavra ―h bito‖. É evidente, portanto, que nenhuma das v rias formas de excelência
moral se constitui em nós por natureza, pois nada que existe por natureza pode ser
alterado pelo hábito. Por exemplo, a pedra, que por natureza se move para baixo, não
pode ser habituada a mover-se para cima, ainda que alguém tente habituá-la jogando-a
dez mil vezes para cima; tampouco o fogo pode ser habituado a mover-se para baixo,
nem qualquer outra coisa que por natureza se comporta de certa maneira pode ser
habituada a comportar-se de maneira diferente. Portanto, nem por natureza nem
contrariamente à natureza a excelência moral é engendrada em nós, mas a natureza nos
dá a capacidade de recebê-la, e esta capacidade se aperfeiçoa com o hábito. Além disto,
em relação a todas as faculdades que nos vêm por natureza recebemos primeiro a
potencialidade, e somente mais tarde exibimos a atividade (isto é claro no caso dos
sentidos, pois não foi por ver repetidamente ou repetidamente ouvir que adquirimos estes
sentidos; ao contrário, já os tínhamos antes de começar a usufruí-los, e não passamos a
tê-los por usufruí-los); quanto às várias formas de excelência moral, todavia, adquirimo-
las por havê-las efetivamente praticado, tal como fazemos com as artes. As coisas que
temos de aprender antes de fazer, aprendemo-las fazendo-as — por exemplo, os homens
se tornam construtores construindo, e se tornam citaristas tocando cítara; da mesma
forma, tornamo-nos justos praticando atos justos, moderados agindo moderadamente, e
corajosos agindo corajosamente. Esta asserção é confirmada pelo que acontece nas
cidades, pois os legisladores formam os cidadãos habituando-os a fazerem o bem; esta é

4
Texto extraído do autor: MARCONDES, Danilo. Textos básicos de filosofia: dos pré-socráticos a
Wittgenstein. 6.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2000.

24
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
a intenção de todos os legisladores; os que não a põem corretamente em prática falham
em seu objetivo, e é sob este aspecto que a boa constituição difere da má.
Ademais, toda excelência moral é produzida e destruída pelas mesmas causas e
pelos mesmos meios, tal como acontece com toda parte, pois é tocando a cítara que se
formam tanto os bons quanto os maus citaristas, e uma afirmação análoga se aplica aos
construtores e a todos os profissionais; os homens são bons ou maus construtores por
construírem bem ou mal. Com efeito, se não fosse assim não haveria necessidade de
professores, pois todos os homens teriam nascido bem ou mal dotados para as suas
profissões. Logo, acontece o mesmo com as várias formas de excelência moral; na
prática de atos em que temos de engajar-nos dentro de nossas relações com outras
pessoas, tornamo-nos justos ou injustos; na prática de atos em situações perigosas, e
adquirindo o hábito de sentir receio ou confiança, tornamo-nos corajosos ou covardes. O
mesmo se aplica aos desejos e à ira; algumas pessoas se tornam moderadas e amáveis,
enquanto outras se tornam concupiscentes ou irascíveis, por se comportarem de
maneiras diferentes nas mesmas circunstâncias. Em uma palavra, nossas disposições
morais resultam das atividades correspondentes às mesmas. É por isto que devemos
desenvolver nossas atividades de uma maneira predeterminada, pois nossas disposições
morais correspondem às diferenças entre nossas atividades. Não será pequena a
diferença, então, se formarmos os hábitos de uma maneira ou de outra desde nossa
infância; ao contrário, ela será muito grande, ou melhor, ela será decisiva.

Sugestão de vídeo aula: ―Ética a Nicômaco‖. Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=Cls6BYhGpyc>. Acesso em: 14 abr. 2020.

Desafio de Filosofia

Depois de ter realizado a leitura do fragmento de texto da obra ―Ética a Nicômaco‖, do


filósofo Aristóteles, responda as questões abaixo.

1) Quais são as duas espécies de excelência para Aristóteles? Assinale a opção correta:
a) ( ) a intelectual e social
b) ( ) a moral e a individual
c) ( ) a intelectual e a moral
d) ( ) a social e comunitária

2) Em relação a excelência intelectual é correto afirmar que:

25
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
a) ( ) a excelência intelectual deve tanto o seu nascimento quanto o seu desenvolvimento
à instrução.
b) ( ) a excelência intelectual não deve tanto o seu nascimento quanto o seu
desenvolvimento à instrução.
c) ( ) a excelência intelectual deve em parte tanto o seu nascimento quanto o seu
desenvolvimento à instrução.
d) ( ) a excelência intelectual deve tanto o seu nascimento quanto o seu desenvolvimento
das forças vitais.

3) Analise a afirmativa abaixo em relação à excelência moral:


A excelência moral é constituída pelo hábito, e não por natureza, ou seja, não nascemos
com tal desenvolvimento moral, pois segundo Aristóteles a natureza nos fornece a
capacidade recebê-la e de aperfeiçoá-la com a prática.
Em relação à excelência moral, a afirmativa está Verdadeira ou Falsa?
a) ( ) Verdadeiro
b) ( ) Falso

26
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE

Aprendizagem Conectada
Atividades Escolares
2° ano do Ensino Médio

Sociologia5 - Carga horária mensal 05 horas


Códigos das Habilidades Objetos de conhecimentos
Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos
EM13CHS103 relativos a processos políticos, econômicos, sociais, ambientais,
culturais e epistemológicos, com base na sistematização de
dados e informações de diversas naturezas (expressões
artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos
e geográficos, gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre
outros).
Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 2° ano ___

Poder e Estado: Democracia representativa

Figura: MARX; WEBER; DURKHEIM

Fonte: Google. (2020).

As teorias sociológicas clássicas sobre o Estado

Marx, Durkheim e Weber, os três autores clássicos da Sociologia, tiveram, cada um


a seu modo, uma vida política intensa e fizeram reflexões importantes sobre o Estado e a
democracia de seu tempo. Vamos ver o que pensavam sobre esses temas.
Karl Marx. Tendo escrito sobre as questões que envolvem o Estado num período

5
A divisão da carga horária por componente curricular deve ser registrada de acordo com o horário de aula da
respectiva unidade escolar.
27
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
em que o capitalismo ainda estava em formação, Marx não formulou uma teoria
específica sobre o Estado e o poder. Num primeiro momento, ele se aproximou da
concepção anarquista, definindo o Estado como uma entidade abstrata, em contradição
com a sociedade. Seria uma comunidade ilusória, que procuraria conciliar os interesses
de todos, mas principalmente daqueles que dominavam economicamente a sociedade.

Figura: Marx e Engels

(Fonte: Google. (2020).


No livro A ideologia alemã, escrito em 1847 em parceria com Friedrich Engels,
Marx identificou a divisão do trabalho e a propriedade privada, geradoras das classes
sociais, como a base do surgimento do Estado, que seria a expressão jurídico-política da
sociedade burguesa. A organização estatal apenas garantiria as condições gerais da
produção capitalista, não interferindo nas relações econômicas. Em 1848, no Manifesto
Comunista, Marx e Engels afirmaram que os dirigentes do Estado moderno funcionavam
como um comitê executivo da classe dominante (burguesia).
Nos livros escritos entre 1848 e 1852, As lutas de classe na França e O dezoito
brumário de Luís Bonaparte, analisando uma situação histórica específica, Marx declara
que o Estado nasceu para refrear os antagonismos de classe, e, por isso, é o Estado da
classe dominante. Mas existem momentos em que a luta de classes é equilibrada e o
Estado se apresenta com independência entre as classes em conflito, como se fosse um
mediador.
Analisando a burocracia estatal, Marx afirma que o Estado pode estar acima da luta
de classes, separado da sociedade, como se fosse autônomo. É nesse sentido que pode
haver um poder que não seja exercido diretamente pela burguesia. Mesmo dessa forma,
o Estado continua criando as condições necessárias para o desenvolvimento das relações
capitalistas, principalmente o trabalho assalariado e a propriedade privada.
No livro A guerra civil na França, escrito em 1871, Marx analisa a Comuna de
Paris e volta a olhar a questão do Estado de uma perspectiva que se aproxima da
anarquista. O desaparecimento do Estado seria resultante da transferência do poder para
a federação de associações dos trabalhadores. Para Karl Marx o Estado é, portanto, uma
organização cujos interesses são os da classe dominante na sociedade capitalista: a
28
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
burguesia.
Émile Durkheim. Ao analisar a questão da política e do Estado, Durkheim teve
como referência fundamental a sociedade francesa de seu tempo. Como sempre esteve
preocupado com a coesão social, inseriu-a de forma clara na questão. Para ele, o Estado
é fundamental numa sociedade que fica cada dia maior e mais complexa, devendo estar
acima das organizações comunit rias. Durkheim dizia que o Estado ―concentrava e
expressava a vida social‖. Sua função seria eminentemente moral, pois ele deveria
realizar e organizar o ideário do indivíduo e assegurar-lhe pleno desenvolvimento. E isso
se faria por meio da educação pública voltada para uma formação moral sem fins
conceituais ou religiosos.
De acordo com o filósofo, o Estado não é antagônico ao indivíduo. Foi o Estado
que emancipou o indivíduo do controle despótico e imediato dos grupos secundários,
como a família, a Igreja e as corporações profissionais, dando-lhe um espaço mais amplo
para o desenvolvimento de sua liberdade.
Para Durkheim, na relação entre o Estado e os indivíduos, é importante saber
como os governantes se comunicam com os cidadãos, para que estes acompanhem as
ações do governo. A intermediação deve ser feita por canais como os jornais e a
educação cívica ou pelos órgãos secundários que estabelecem a ponte entre governantes
e governados, principalmente os grupos profissionais organizados, que são a base da
representação política e da organização social.
Quando se refere aos sistemas eleitorais, Durkheim critica os aspectos numéricos
do que se entende por democracia. Tomando como exemplo as eleições de 1893 na
França, declara que havia no país, naquele ano, 38 milhões de habitantes. Tirando as
mulheres, as crianças, os adolescentes, todos os que eram impedidos de votar por
alguma razão, apenas 10 milhões eram eleitores. Desses 10 milhões, foram votar em
torno de 7 milhões. Os deputados eleitos, ou seja, os vencedores das eleições somaram 4
592 000 de votos e os que não venceram tiveram 5 930 000 de votos, número superior ao
dos vencedores.
Conclui Durkheim: ―[...] se nos ativermos às considerações numéricas, ser preciso
dizer que nunca houve democracia‖. Para Durkheim, portanto, o Estado é uma
organização com um conteúdo inerente, ou seja, os interesses coletivos.
Max Weber. Cinquenta anos depois da publicação do Manifesto Comunista, por
Marx e Engels, num momento em que o capitalismo estava mais desenvolvido e
burocratizado, Weber escreveu sobre as questões do poder e da política. Questionava:

29
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
como será possível o indivíduo manter sua independência diante dessa total
burocratização da vida?
Esse foi o tema central da Sociologia política weberiana. Se Durkheim tinha como
foco a sociedade francesa, Weber manifestava uma preocupação específica com a
estrutura política alemã, mas levava em conta também o sistema político dos Estados
Unidos e da Inglaterra. Além disso, estava atento ao que acontecia na Rússia,
principalmente após a revolução de 1905.
Para ele, na Alemanha unificada por Otto von Bismarck, o Estado era
fundamentado nos seguintes setores da sociedade: o Exército, os junkers (grandes
proprietários de terras), os grandes industriais e a elite do serviço público (alta
burocracia). Em 1917, escrevendo sobre Bismarck, dizia que este havia deixado uma
nação sem educação e sem vontade política, acostumada a aceitar que o grande líder
decidisse por ela.
Ao analisar o Estado alemão, Weber afirma que o verdadeiro poder estatal está
nas mãos da burocracia militar e civil. Portanto, para ele, o ―Estado é uma relação de
homens dominando homens‖ mediante a violência, considerada legítima, e ―uma
associação compulsória que organiza a dominação‖. Para que essa relação exista, é
necessário que os dominados obedeçam à autoridade dos que detêm o poder. Mas o que
legitima esse domínio? Para Weber há três formas de dominação legítima: a tradicional, a
carismática e a legal.
A dominação tradicional é legitimada pelos costumes, normas e valores tradicionais
e pela ―orientação habitual para o conformismo‖. É exercida pelo patriarca ou pelos
príncipes patrimoniais. A dominação carismática está fundada na autoridade do carisma
pessoal o ―dom da graça‖), da confiança na revelação, do heroísmo ou de qualquer
qualidade de liderança individual. É exercida pelos profetas das religiões, líderes militares,
heróis revolucionários e líderes de um partido.
A dominação legal é legitimada pela legalidade que decorre de um estatuto, da
competência funcional e de regras racionalmente criadas. Está presente no
comportamento dos ―servidores do Estado‖.
Para Max Weber, portanto, o Estado é uma organização sem conteúdo inerente;
apenas mais uma das muitas organizações burocráticas da sociedade.

30
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE

Figura: Democracia, representação e partidos políticos

Fonte: Google. (2020).

Democracia, representação e partidos políticos.

As diversas formas que o Estado assumiu na sociedade capitalista estiveram


ligadas à concepção de soberania popular, que é a base da democracia. Mas tal
soberania só se torna efetiva com a representação pelo voto. Para ampliar o número de
pessoas com direito de votar e ser votadas foram necessárias muitas lutas. Isso significa
que o liberalismo só se tornou democrático porque foi forçado a isso. Na época do
liberalismo clássico, somente o homem adulto economicamente independente tinha
instrução e era considerado capaz de discernimento para tomar decisões políticas. Desse
modo, a representação durante muito tempo foi bastante restrita.
Tomemos como exemplo a Inglaterra, a pátria do parlamentarismo e da
democracia moderna. Logo após a chamada Revolução Gloriosa (1688), que limitou os
poderes do rei e atribuiu ao Parlamento autoridade sobre o governo, somente 2% da
população tinha direito de voto. Em 1832, quase 150 anos depois, após uma reforma
eleitoral, esse índice subiu para 5%. As mulheres só conquistariam o direito de votar em
1928.
Podemos entender muito melhor a ―igualdade política‖ defendida pelo pensamento
liberal, que é a base ideológica do sistema capitalista, quando lemos o que disseram
grandes pensadores liberais, como Benjamin Constant (1787-1874), Immanuel Kant
(1724-1804) e Edmund Burke (1729-1797).
O pensador francês Benjamin Constant afirmava que as pessoas condenadas pela
penúria ao trabalho diário e a uma situação de eterna dependência não estavam mais
bem informadas acerca dos assuntos públicos que uma criança; por isso, não podiam
desfrutar o direito eleitoral. Era necessário ter o tempo livre indispensável para adquirir os
conhecimentos e os critérios justos. Só a propriedade proporcionava esse tempo livre e

31
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
deixava os indivíduos em condições de exercitar os direitos políticos.
Immanuel Kant, filósofo alemão, afirmava que para exercer os direitos políticos era
necessário não ser criança ou mulher. Mas não bastava a condição de homem; era
preciso ser senhor de uma propriedade que lhe desse sustento. O dependente, o criado e
o operário não podiam ser membros do Estado e não estavam qualificados para serem
cidadãos.
Edmund Burke, pensador inglês de visão conservadora, ao analisar os perigos da
Revolução Francesa para a sociedade burguesa, afirmava que somente uma elite tinha o
grau de racionalidade e de capacidade analítica necessária para compreender o que
convinha ao bem comum. Afirmava ainda que a propriedade garantia a liberdade, mas
exigia a desigualdade. Essas ideias ainda estão presentes nos dias de hoje, expressando-
se, por exemplo, quando se afirma que o povo não sabe votar, que para ser deputado,
senador ou mesmo presidente da República são necessários determinados atributos que,
normalmente, só os membros das classes proprietárias possuem, como nível
universitário, experiência administrativa, etc. A ação e o discurso contra a presença de
trabalhadores, ou daqueles que defendem seus direitos, no Parlamento ou em cargos
executivos, é algo muito antigo, mas está presente na sociedade contemporânea em
geral, e muito claramente no Brasil.
Muitas pessoas também pensam que só se pode fazer política institucional por
meio dos partidos políticos. Mas os partidos nasceram por causa da pressão exercida por
quem não tinha acesso ao Parlamento. No início do Estado liberal, a ideia de partido era
inaceitável, pois se considerava que o Parlamento devia ter unidade de formação e
pensamento, não comportando divisões ou ―partes‖ o que a palavra partido expressa).
Votavam e eram votados, na prática, apenas os que possuíam propriedades e riqueza, ou
seja, aqueles que podiam viver para a política, já que não precisavam se preocupar com
seu sustento. Assim, o Parlamento reunia os proprietários. Estes discutiam as leis que
regeriam a sociedade como um todo com base na visão deles.
Somente quando outros setores da sociedade começaram a lutar por participação
na vida política institucional, principalmente os trabalhadores organizados, os partidos
políticos começaram a aparecer e a defender interesses diferentes: de um lado, o
daqueles que queriam mudar a situação e, de outro, o daqueles que queriam mantê-la.
Pelas razões expostas, o pensador francês Claude Lefort, em seu livro A invenção
democrática (1983), afirma que é uma aberração considerar a democracia uma criação da
burguesia. Essa classe sempre procurou impedir que o liberalismo se tornasse

32
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
democrático, limitando o sufrágio universal e a ampliação de direitos, como os de
associação e de greve, e criando outras tantas artimanhas para excluir a maior parte da
população da participação nas decisões políticas. Por isso, para ele, a democracia é a
criação contínua de novos direitos. Não é apenas consenso, mas principalmente a
existência de dissenso.
O sociólogo português Boaventura de Sousa Santos propõe outros elementos para
analisar a questão da democracia e da representação. Ele afirma que a democracia no
mundo contemporâneo nos oferece duas imagens muito contrastantes. Por um lado, a
democracia representativa é considerada internacionalmente o único regime político
legítimo. Por outro, existem sinais de que os regimes democráticos, nos últimos vinte
anos, traíram as expectativas da maioria da população, principalmente das classes
populares.
As revelações mais frequentes de corrupção permitem concluir que alguns
governantes legitimamente eleitos usam o mandato para enriquecer à custa do povo e
dos contribuintes. Há também o desrespeito dos partidos por seus programas eleitorais
logo após as eleições, o que faz os cidadãos sentirem-se pessimamente representados e
acreditarem cada vez menos na democracia representativa.

A sociedade disciplinar e a sociedade de controle

Até aqui vimos análises sobre o poder e a política que privilegiam suas relações
com o Estado. Mas existem pensadores que analisam a questão do poder e da política de
modo diferente: não dão primazia às relações com o Estado, mas a elementos que estão
presentes em todos os momentos de nossa vida. Entre eles, destacamos os franceses
Michel Foucault (1926-1984) e Gilles Deleuze (1925-1995).
Foucault se propôs analisar a sociedade com base na disciplina no cotidiano. Para
ele, todas as instituições procuram disciplinar os indivíduos desde que nascem. Assim
acontece na família, na escola, nos quartéis, nos hospitais, nas prisões, etc., pois o
fundamental é distribuir, vigiar e adestrar os indivíduos em espaços determinados. Diz ele
que, além dos aspectos institucionais ou até jurídicos dessas instituições, esse poder
desenvolve-se por meio de gestos, atitudes e saberes. É o que chama de ―arte de
governar‖, entendida como a racionalidade política que determina a forma de gestão das
condutas dos indivíduos de uma sociedade.
Nesse sentido, em seu livro Microfísica do poder, ele afirma: ―nada é político, tudo

33
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
é politizável, tudo pode tornar-se político‖. Seguindo as pistas de Foucault, Deleuze
declara que vivemos ainda numa sociedade disciplinar, mas já estamos percebendo a
emergência de uma sociedade de controle. A sociedade disciplinar é a que conhecemos
desde o século XVIII. Ela procura organizar grandes meios de confinamento: a família, a
escola, a fábrica, o exército e, em alguns casos, o hospital e a prisão. O indivíduo passa
de um espaço fechado para outro e não para de recomeçar, pois em cada instituição deve
aprender alguma coisa, principalmente a disciplina específica do lugar.
Na sociedade disciplinar, a fábrica, por exemplo, é um espaço fixo e confinado
onde se produzem bens. A fábrica concebe os indivíduos como um só corpo, com a dupla
vantagem de facilitar a vigilância por parte dos patrões, que controlam cada elemento na
massa, e de facilitar a tarefa dos sindicatos, que mobilizam uma massa de resistência.
O que nos identifica, na escola, no exército, no hospital, na prisão ou nos bancos, é
a assinatura e o número na carteira de identidade e na carteira profissional, além de
diversos outros documentos. A sociedade de controle está aparecendo lentamente, e
alguns de seus indícios j são perceptíveis. Ela é como uma ―prisão ao ar livre‖, na
expressão do filósofo e sociólogo alemão Theodor Adorno. Os métodos de controle
utilizados são de curto prazo e de rotação rápida, mas contínuos e ilimitados. São
permanentes e de comunicação instantânea. Como não têm um espaço definido, podem
ser exercidos em qualquer lugar. Exemplos de modos de controlar as pessoas
constantemente são as avaliações permanentes e a formação continuada.
Outra forma de controle contínuo são os ―conselhos‖ a respeito da saúde que estão
presentes em todas as publicações, na televisão e na internet: ―Não coma isso porque
pode engordar ou aumentar o nível de colesterol ruim. Faça exercícios pela manhã ou
pela tarde, desta ou daquela maneira, para ter uma vida mais saudável. Tome tal remédio
para isso, mas não tome para aquilo‖. Os controles nos alcançam em todos os momentos
e lugares. Não há possibilidade de fuga. Se na sociedade disciplinar o elemento central
de produção é a fábrica, na de controle é a empresa, algo mais fluido. Se a fábrica já
conhecia o sistema de prêmios, a empresa o aperfeiçoou como uma modulação para
cada salário, instaurando um estado de eterna instabilidade e desafios. Se a linha de
produção é o coração da fábrica, o serviço de vendas é a alma da empresa.

34
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
Figura: Poder, Política e Estado

Fonte: Google. (2020).

O marketing é agora o instrumento de controle social por excelência — possui


natureza de curto prazo e rotação rápida, mas também contínuo e ilimitado, ao passo que
a disciplina é de longa duração, infinita e descontínua. O lugar do marketing em nossa
sociedade é evidente, uma vez que somos todos vistos como consumidores. O
convencimento é ao mesmo tempo externo (pela recepção da mensagem) e interno (pela
própria natureza do convencimento).
Ao ser interiorizada, a coerção afinal aparece como um imperativo. Se tudo pode
ser comprado e vendido, por que não as consciências, os votos e outras coisas mais? A
corrupção em todos os níveis ganhou nova potência. O que nos identifica cada vez mais é
a senha. Cada um de nós é apenas um número, parte de um banco de dados de
amostragem. A quantidade de senhas de que necessitamos para nos relacionar
virtualmente com as pessoas ou com instituições é enorme e, sem elas, ficamos isolados.
Se na sociedade disciplinar há sempre um indivíduo vigiando os outros em várias
direções num lugar confinado, na sociedade de controle todos olham para o mesmo lugar.
A televisão é um bom exemplo disso, pois milhares de pessoas estão sempre diante do
aparelho. Na final do campeonato mundial de futebol em 2006, cerca de um bilhão e meio
de pessoas estavam conectadas ao jogo.

Desafio de Sociologia

1. Texto para discussão:


É possível superar o autoritarismo?

No passado, a elite cultural latino-americano registrou frequentemente a força do


patrimonialismo e a ineficácia da liberal-democracia. Sem negar ambas as tendências, eu
penso que a consciência critica da situação deve levar as analises mais longe. É preciso

35
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
meditar não apenas sobre o processo político tal qual ele ocorre, mas sobre como nos
parece que ele deve vir a ser. Dessa forma, a identificação de forças virtuais de
inconformismo com respeito à tendência ―natural‖ ao burocratismo e a apatia,
especialmente entre as massas urbanas, e a reafirmação de ideais capazes de
contraporem-se ao rolo compressor da ―falta de tradução urbana‖ ou da ―tendência ao
compromisso‖ torna-se essencial para uma possível dinamização da vida política. A
ativação da sociedade urbano-industrial requer, mais do que nada, a substituição da
ideologia do compromisso por outra que rotinize o conflito e que permita legitimar
socialmente a ideia de que sem movimento, luta e tensão será impossível fazer uma
genuína transformação política.
Para que as transformações sociais não se estiolem numa pseudo-reforma das
estruturas controladas por elites que se pensam iluminadas pela técnica e pela ciência
risco inerente às ―reformas burguesas‖, mas não ausente nas reformas socialistas) é
preciso que ―nossa revolução‖ venha de baixo, como h quase 40 anos dizia um escritor
brasileiro ao fazer a critica ao fascismo nascente daquela época.
Sem a reativação das bases populares e sem uma ideologia antiburocrática
baseada na responsabilidade individual e na consciência das necessidades sociais, o
salto do patrimonialismo ao corporativismo tecnocrático pode levar os povos latino-
americanos a reviver na ―selva das cidades‖ a barb rie tão temida pelos socialistas do
século XIX. Se não houver a reativação da sociedade por meio de vigorosos movimentos
sociais, forçando a participação política e a definição de novas formas de controle das
empresas, das cidades, do Estado e das instituições sociais básicas, há o risco da criação
de um horroroso mundo novo que substituirá a cidade – antigo foro da liberdade –por
―Alphavilles‖ plenamente aparelhados, através da tecnologia das comunicações de massa
e da apatia, para reproduzir um estilo de ―sociedade congelada‖. (CARDOSO, 1975)
Questão: Segundo o autor, onde se situam as forças que poderiam derrotar o
autoritarismo? Explique: _____________________________________________.

Organização social do trabalho e o cenário atual: desemprego, subemprego e


tempo livre

O trabalho, de uma forma ou de outra, está sempre presente na vida cotidiana.


Nesta aula, veremos como a organização social do trabalho é pensada pela Sociologia e
como esta organização influencia a dinâmica da vida social e da relação entre os
indivíduos. Com o desenvolvimento cada vez mais rápido da tecnologia, surgem novas

36
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
configurações nas relações trabalhistas que podem acarretar o aumento de desempregos
e subempregos.
Quando compramos e utilizamos um produto como uma simples calça jeans, por
exemplo, nem sempre paramos para pensar em todo o processo de produção. Para
produzi-la, foi necessário o cultivo do algodão nos campos e fazendas, sua transformação
em um tecido, o corte e costura para transformá-lo em calça jeans, o transporte até as
lojas para, finalmente, a roupa ser vendida para você. Quanto trabalho envolvido numa
única peça de roupa, não é mesmo? Hoje em dia, podemos até comprar essa peça de
roupa via internet, o que requer outros tipos de trabalho envolvidos até o produto chegar
até você.
Quando pensamos na produção de um determinado produto, além do que cerca os
trabalhos formais, no presente podemos verificar outras condições que derivam do
processo de produção de bens materiais. Esse é o caso de subempregos, empregos
informais e desemprego. Mas, será que as coisas sempre foram assim?
Em algumas sociedades antigas já havia a hierarquização entre os diferentes
trabalhos, que eram utilizados como forma de diferenciar e classificar as pessoas. O
trabalho braçal, por exemplo, era entendido como uma atividade repugnante e, muitas
vezes, associado à servidão e escravidão. Enquanto isso, o trabalho intelectual era mais
valorizado. A partir da chamada Idade Moderna, com o estabelecimento do capitalismo
como principal forma de sistema de produção, a organização social do trabalho sofreu
transformações profundas que ainda reverberam nos dias atuais.
Para o sociólogo alemão Max Weber, a explicação da transformação dos
entendimentos acerca da ideia de trabalho – antes visto de forma negativa – está na
ascensão do protestantismo, pois o movimento religioso considerava o trabalho como
algo que dignifica o ser humano.
Conforme Weber afirma em seu famoso livro ―A ética protestante e o espírito do
capitalismo‖, o protestantismo pregava que o caminho para a salvação espiritual era uma
vida regrada e voltada para o trabalho. Além disso, a religião condenava a preguiça, o
ócio e o luxo. Sendo assim, o sucesso no trabalho era sinônimo de boa conduta e
desenvolvimento espiritual e, portanto, de salvação. A ideologia protestante ainda
indicava a acumulação dos frutos do trabalho no lugar do consumo, o que, para Weber,
foi fundamental para o desenvolvimento do capitalismo.
Nos diferentes momentos históricos do processo de desenvolvimento do
capitalismo, é possível constatar a transformação das relações trabalhistas vigentes.

37
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
Devemos considerar que as relações de trabalho estabelecidas em um dado momento da
história influenciam e determinam diretamente a vida cotidiana, assim como as relações
sociais existentes entre os indivíduos.
Importante destacar que é no âmbito da organização social do trabalho nas
sociedades capitalistas que podemos diferenciar as ideias de trabalho e emprego, sendo
esse último entendido como a relação contratual estabelecida entre quem organiza o
trabalho e quem realiza o trabalho.
Para o alemão Karl Marx, é o modo de produção que determina a divisão entre os
indivíduos de uma sociedade. Isso significa dizer que a organização social em classes é
definida pelo posicionamento dos indivíduos no processo de produção. Na sociedade
capitalista, esta divisão é verificada entre os proprietários dos meios de produção (donos
de fábricas e terras) e os não proprietários (trabalhadores e camponeses) chamados,
respectivamente, de burgueses e proletários.
Para Marx, na sociedade capitalista o trabalho passa a servir para produzir uma
mercadoria que gera o lucro para a burguesia em detrimento da exploração da força de
trabalho do proletariado. Para o autor, a transformação de uma matéria-prima por meio do
trabalho agrega valor a este produto.
O trabalho, por sua vez, pode ser visto como uma mercadoria – vendida pelo
trabalhador e comprada pelo burguês. O valor pago por esta mercadoria, no entanto, não
é adequado. A diferença entre a quantidade de trabalho utilizada para produzi-la e o valor
pago ao trabalhador é apropriada pelos donos dos meios de produção na forma de lucro.
A organização social do trabalho na sociedade capitalista, portanto, teria por
consequência a desigualdade social, já que o aumento da produtividade (e, portanto, o
aumento do trabalho) não garante melhores condições de vida ao trabalhador. Ao mesmo
tempo, a dinâmica aumenta o lucro dos burgueses.

Sugestão de vídeo aula: Quem é Max Weber? Disponível em:


<https://www.youtube.com/watch?v=25NSWMwZV4o>. Acesso em: 14 abr. 2020.

Desafio de Sociologia

1. Em seu famoso livro ―A ética protestante e o espírito do capitalismo‖, Max Weber


postula a afinidade entre a ética religiosa e as práticas capitalistas. Com base no seu
material de apoio de sociologia, descreva como se mostra essa relação.
38
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
2. (Escola Bahiana de Medicina e Saúde Pública/2017) A Consolidação das Leis do
Trabalho, em 1º de maio de 1943, unificou toda a legislação trabalhista então existente no
Brasil e foi um marco por inserir, de forma definitiva, os direitos trabalhistas na legislação
brasileira. Seu objetivo principal é regulamentar as relações individuais e coletivas do
trabalho, nela previstas, tendo sido instituída como uma necessidade constitucional, após
a criação da Justiça do Trabalho. Disponível em: <http://www.tst.jus.br/web/70-anos-clt/historia>.
Acesso em 26 set. 2016. (Adaptado).
Marque a opção que completa corretamente a assertiva: O contexto histórico que
produziu a CLT em 1943 e o contexto histórico das atuais discussões sobre modificações
na legislação original diferenciam-se
a) nas estruturas sociais: sociedade predominantemente racista e extinção de
comportamentos de discriminação racial, respectivamente.
b) nas políticas de inclusão social: combate à pobreza como política de Estado e política
de inclusão rejeitada pelos sindicatos pelegos, respectivamente.
c) nas diretrizes da política externa: definição nazifascista nas relações com a Europa e
isolamento das comunidades e das instituições pan-americanas, respectivamente.
d) nos contextos econômicos: expansão da industrialização e do mercado de trabalho e
recessão econômica e avanço do desemprego, respectivamente.
e) nas organizações partidárias: pluripartidarismo e bipartidarismo, respectivamente.

39
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 2º Ano do Ensino Médio

Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 2° ano ___

História

ATIVIDADE COMPLEMENTAR DE HISTÓRIA – 2° ANO DO ENSINO MÉDIO


Olá estudantes, tudo bem com vocês? Vamos retomar os nossos estudos de História!
Neste momento iremos relembrar algumas atividades estudadas na 1ª e 2ª semana de
estudos. Vamos lá!
Estudamos na primeira semana que o termo cultura possui hoje diversos conceitos
e que no Novo Dicionário de Língua Portuguesa, Aurélio Buarque de Holanda Ferreira,
aparecem nada menos que oito conceitos diferentes de cultura. Sendo assim, a cultura
pode ser entendida como o modo de vida, padrões de comportamento, sistema de
crenças, que são característicos de cada sociedade, ou seja, pode-se dizer que nenhuma
sociedade, nenhum povo, seja ele atrasado ou desenvolvido, primitivo ou civilizado,
jamais agirá de forma idêntica aos demais.
1. Com base em tudo que você estudou responda as questões abaixo, colocando V para
as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
A ( ) A cultura é tudo aquilo que aprendemos em contato com o meio natural e vamos
transmitindo de geração em geração.
B ( ) A língua, a religião e a música são elementos materiais da cultura de um povo.
C ( ) A cultura de um povo é formada por elementos imateriais como a escultura, o
vestuário e a pintura.
D ( ) Os diferentes modos de vida da população dependem principalmente do meio
natural e do nível de desenvolvimento do individuo.
E ( ) A identidade cultural corresponde a um padrão cultural próprio de uma região.

2.Marque a opção correta


Que conceito se aplica a um grupo de indivíduos que apresentam um conjunto de
características culturais comuns?
a) ( ) raça
b) ( ) povo
40
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
c) ( ) etnia
d) ( ) população
e) ( ) grupo

3.Complete as frases abaixo com as opções corretas.


A língua e a religião são um dos principais elementos da _______________ de um povo.
A religião influência a forma de agir dos ______________ e a língua são essenciais para
a construção da _______________ de um povo.
Opções:
a) economia, povos, música.
b) cultura, indivíduos, identidade.
c) alimentação, sujeitos, tecnologia.
Disponível em:https://novamente_geografando.blogs.pt/exercicios-sobre-a-diversidade-
cultural-359006 (Acesso em 09/07/2020 às 20h)

Querid@ estudante na segunda semana vocês estudaram sobre a outra história do


descobrimento do Brasil, vimos que a palavra 'descobrimento', está no lugar de outro
termo que não costumamos utilizar: 'conquista'. Na verdade, as terras que viriam a ser o
território do Brasil não foram descobertas, mas conquistadas pelos portugueses.
Agora responda a seguinte questão: MACKENZIE/2018)
“[…] Neste dia, a horas de véspera, houvemos vista de terra! Primeiramente dum monte,
mui alto e redondo; e doutras serras mais baixas ao sul dele; e de terra chã, com grandes
arvoredos: ao monte alto o capitão pôs o nome – o Monte Pascoal, e à terra – a Terra de
Vera Cruz.”
CAMINHA, Pero Vaz de. ―Carta. In: Freitas a el -rei D. Manuel‖.In FREITAS, Gustavo de.
900 textos e documentos de história. Lisboa: Plátano, 1986. V. II, p. 99-100.
O texto acima é parte da carta do escrivão, Pero Vaz de Caminha, tripulante a bordo da
armada de Pedro Álvarez Cabral, ao rei português D. Manuel, narrando o descobrimento
do Brasil. Essa expedição marítima pode ser entendida no contexto socioeconômico da
época, como uma
a) tentativa de obtenção de novas terras, no continente europeu, para ceder aos nobres
portugueses, empobrecidos pelo declínio do feudalismo, verificado durante todo o século
XIV.
b) consolidação do poder da Igreja junto às Monarquias ibéricas, interessada tanto em
reprimir o avanço mulçumano no Mediterrâneo, quanto em cristianizar os indígenas do
Novo Continente.
41
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
c) busca por ouro e prata no litoral americano, para suprir a escassez de metais preciosos
na Europa, o que prejudicava a continuidade do comércio com o Oriente.
d) conquista do litoral brasileiro e sua ocupação, garantindo que a coroa portuguesa
tomasse posse dos territórios a ela concedidos, pelo Tratado de Tordesilhas, em 1494.
e) tomada oficial das terras garantidas a Portugal, pelo acordo de Tordesilhas, e o
controle exclusivo português da rota atlântica, dando-lhes acesso ao lucrativo comércio de
especiarias.
Disponível em:
https://www.vestibulandoweb.com.br/educacao/historia/questoes-descobrimento-do-brasil/
(Acesso em 10/07/2020 às 08h)

42
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 2º Ano do Ensino Médio

Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 2° ano ___

Geografia

01) O território brasileiro possui uma vasta rede hidrográfica com enumeras
características, dentre as quais torna nosso país o detentor de uma das maiores reservas
de água doce do mundo. Analise as questões baixo e identifique a característica correta
em relação a rede hidrográfica brasileira;
a) todos os rios brasileiros podem ser caracterizados como perenes.
b) drenagem exorréica, grande parte dos rios caudalosos, predomínio de rios de planaltos
com foz do tipo estuário.
c) possui rios de regime de alimentação pluvial é rica em lagos e pobre em rios
d) alto potencial hidráulico e predomínio de rios de planície sendo em sua grande maioria
rios endorréicos.
e) drenagem exorréica, baixo potencial hidráulico e predomínio de rios perenes e regime
de alimentação pluvial.

02) Apesar das usinas hidrelétricas serem fontes renováveis de energia, não significa
que sejam ambientalmente imaculada. Analise as questões a baixo e assinale a
alternativa incorreta.
I) destacam-se o alagamento das várzeas, o aumento no nível dos rios e da temperatura
local.
II) ela é certamente a mais agressiva ao meio ambiente do que as usinas termoelétricas a
base de petróleo ou carvão.
III) a produção mais barata de energia em relação aos custos da produção de eletricidade
via energia nuclear.
IV) não causam impactos ambientais que prejudicam a fauna e a flora da área alagada
que constitui o reservatório.
V) os impactos sociais envolvem tanto as populações ribeirinhas que precisam ser
deslocadas, quanto as que ficam em regiões próximas não inundadas.
Desta forma as alternativas incorretas são;
43
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
a) alternativas I e V
b) alternativas II e IV
c) alternativas II e III
d) alternativas IV e V
e) alternativas I e III

03) Os rios intermitentes são caracterizados por secarem durante os períodos de


estiagem. No Brasil a sua ocorrência está relacionada com maior evidencia na Região
Nordeste. Analise as questões abaixo e identifique a questão incorreta com relação a
ocorrência desses rios nesta região.
a) os rios intermitentes, também chamados de temporários, são alimentados por
escoamento superficial e subsuperficial.
b) desaparecem temporariamente no período de seca porque o lençol freático se torna
mais baixo do que o nível do canal, cessando sua alimentação.
c) o regime irregular de chuvas na região nordeste é um dos maiores responsáveis pela
existência destes rios nesta região.
d) estes rios são de grande ocorrência porção setentrional do sertão nordestino devido a
utilização inadequada de suas águas para a irrigação das lavouras.
e) os rios intermitentes são aqueles nos quais as águas desaparecem nos períodos de
estiagem, em contraste com os rios perenes em que há sempre água fluindo em seu leito.
04) Descreva as características da rede hidrográfica brasileira e a sua importância
econômica.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
____________________________________________________________
05) O estado de Mato Grosso tem suas terras banhadas pelas Bacias Amazônica,
Tocantins Araguaia e do Paraguai. De acordo com o município mato-grossense que você
mora, identifique a bacia hidrográfica em que o mesmo se encontra inserido, identifique o
principal rio do seu município e descreva a importância do mesmo.
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
________________________________________________________________________
____________________________________________________________

44
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE

ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 2º Ano do Ensino Médio

Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 2° ano ___
Filosofia
1) Observe a imagem e com base na leitura do texto abaixo assinale a alternativa
incorreta:

Figura: Igreja Etíope

Fonte: www.alunosonline.uol.com.br (2020)

―A história de Axum, de seus reis pertencentes a uma longa dinastia, de povo poliglota e
soberano, poderoso militar e comercialmente, com religiosidade e cultura marcantes,
merecem lugar de destaque nos livros que retratam as grandes civilizações do passado.
Todos esses elementos são traços do surgimento de uma nação negra, rica em
conhecimentos e técnicas cuja influência no mundo africano foi duradoura e exemplar,
como já foi demonstrado pelos relatos históricos e pelas pesquisas arqueológicas. Axum,
foi classificado por Mani (270 d.C.) como um dos quatro maiores impérios já existentes.
Igualmente, foi um povo que sofreu influências principalmente do mundo árabe, grego,
egípcio e de outros povos do oriente‖. Arthur J.P. Lopes, O império de Axum, 2019)

A( ) Axum demonstra através de sua história que os africanos dominavam a escrita e


participavam de intenso intercâmbio cultural e comercial com outros povos.
B( ) Representa um povo possuidor de riquezas que marcaram uma época.
C( ) Sofreram influência do povo grego e do cristianismo.
45
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
D( ) O povo negro não construiu conhecimento ao longo dos séculos.
E( ) O império de Axum foi considerado um dos maiores já existentes na história da
humanidade.

2) Analise as imagens e com base na leitura texto abaixo, assinale a alternativa incorreta:

Figura 1: Partilha Figura 2: A fila

Fonte: A12.com (2020) Fonte:istoedinheiro.com.br (2020)

―As coisas que temos de aprender antes de fazer, aprendemo-las fazendo-as – por
exemplo, os homens se tornam construtores construindo, e se tornam citaristas tocando
cítara; da mesma forma, tornamo-nos justos praticando atos justos, moderados agindo
moderadamente, e corajosos agindo corajosamente‖. MARCONDES, 2000)

A ) Para Aristóteles moderação significa praticar a ―justa medida‖ na conduta, ou seja, o


meio-termo entre o excesso (vício) e a falta (escassez).
B ( ) A primeira imagem mostra um ato justo que é o de partilhar alimentos e que remete
à virtude.
C ( ) A segunda imagem demonstra perfeitamente a moderação de que falava Aristóteles,
pois as pessoas na fila da cerveja não indicam uma possibilidade de cometimento de
excessos.
D ( ) A filosofia aristotélica sustenta que a virtude é um hábito.
E ( ) Aristóteles utilizava as ideias sobre justiça, moderação e coragem para argumentar
sobre virtude.

46
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
ATIVIDADES COMPLEMENTARES - 2º Ano do Ensino Médio

Nome da Escola:
Nome do Professor:
Nome do estudante:
Período: ( ) vespertino ( ) matutino Turma 2° ano ___
Sociologia
Questão 1 (Uenp)
―T vendo aquele edifício, moço, ajudei a levantar.
Foi um tempo de aflição, eram quatro condução,
Duas pra ir, duas pra voltar.
Hoje depois dele pronto, olho pra cima e fico tonto,
Mas chega um cidadão e me diz desconfiado:
Tu tá aí admirado, ou tá querendo roubar.
Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido,
Dá vontade de beber E pra aumentar o meu tédio, eu nem posso olhar pro prédio,
Que eu ajudei a fazer.
Tá vendo aquele colégio, moço, eu também trabalhei lá.
Lá eu quase me arrebento, pus massa, fiz cimento,
Ajudei a rebocar.
Minha filha, inocente, vem pra mim toda contente
Pai quero estudar.
Mas me diz um cidadão:
Criança de pé no chão aqui não pode estudar.
Esta dor doeu mais forte.
Porque eu deixei o Norte, eu me pus a me dizer.
Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava,
Tinha direito de comer.
Tá vendo aquela Igreja, moço, onde o padre diz amém.
Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo,
Lá eu trabalhei também.
Lá sim, valeu a pena, tem quermesse, tem novena,
E o padre me deixa entrar.
Foi lá que Cristo me disse:
Rapaz, deixe de tolice, não se deixe amedrontar.

47
Secretaria Adjunta de Gestão Educacional - SAGE
Fui eu que criei a terra, enchi os rios, fiz a serra, não deixei nada faltar.
Hoje o homem criou asas, e na maioria das casas,
Eu também não posso entrar‖.
Música ―Cidadão‖, escrita por Zé Geraldo em 1981.)

Sobre a Mais-Valia, conceito de Karl Marx, o que é correto afirmar?


a) Karl Marx não tematizou a mais-valia e, sim, afirmou que ela era própria do período
medieval, quando as pessoas viviam nos feudos medievais.
b) A mais-valia é o lucro que o burguês tem no final do mês, diferença entre receitas e
despesas.
c) A mais-valia depende da capacidade administrativa de um proletário, que administra as
rendas obtidas através da exploração do seu empregado burguês.
d) Karl Marx nunca falou em mais-valia e, sim, os marxistas que, equivocadamente,
atribuem a Marx o termo.
e) É a diferença entre o valor da força de trabalho e o valor do produto do trabalho, sem a
qual não existiria o capitalismo.

2. (Enem 2012) ―É verdade que nas democracias o povo parece fazer o que quer; mas a
liberdade política não consiste nisso. Deve-se ter sempre presente em mente o que é
independência e o que é liberdade. A liberdade é o direito de fazer tudo o que as leis
permitem; se um cidadão pudesse fazer tudo o que elas proíbem, não teria mais
liberdade, porque os outros também teriam tal poder.‖
MONTESQUIEU. Do Espírito das Leis. São Paulo: Editora Nova Cultural, 1997
(adaptado).

a) A característica de democracia ressaltada por Montesquieu diz respeito ao status de


cidadania que o indivíduo adquire ao tomar as decisões por si mesmo.
b) Ao condicionamento da liberdade dos cidadãos à conformidade às leis.
c) À possibilidade de o cidadão participar no poder e, nesse caso, livre da submissão às
leis.
d) Ao livre-arbítrio do cidadão em relação àquilo que é proibido, desde que ciente das
consequências.
e) Ao direito do cidadão exercer sua vontade de acordo com seus valores pessoais.

48

Você também pode gostar