Você está na página 1de 51

Universidade DEPARTAMENTO DE

Federal
da Bahia ENGENHARIA QUÍMICA

ENG008: Fenômenos de
Transporte IA
Aula 9 – Continuação Pressão:
Lei de Pascal – Lei dos Gases –
Breve História
Marcio Luis Ferreira Nascimento
mlfn@ufba.br

2016.1
Universidade
Federal
Vasos
da Bahia h

Comunicantes

O líquido fica ao mesmo nível em todos os


recipientes.
Universidade
Federal
da Bahia

 Lei de Pascal
Récit de la Grande Expérience de l´Equilibre des Liquers (“Relato da
Universidade Grande Experiência do Equilíbrio dos Líquidos”) - experimento
Federal realizado pelo cunhado de Pascal, Florin Périer (1647)
da Bahia
Lei de Pascal
 A alteração de pressão produzida num fluido em
equilíbrio transmite-se integralmente a todos os
pontos do líquido e às paredes do recipiente.
 Na figura, os pistões estão
à mesma altura, portanto:
F1 F2 F2 A2
P1 = P2 → = → =
A1 A2 F1 A1
 A razão A2/A1 é chamada de ganho
mecânico ideal num elevador hidráulico.
Usando um macaco hidráulico com
relação entre as áreas do pistão de A2/A1
= 10, uma pessoa pode elevar um
automóvel de 1000 kg aplicando apenas
uma força de 100 kgf.
Universidade
Federal
Exercício para Casa1:
da Bahia Elevador Hidráulico
 Num elevador hidráulico para carros, o ar comprimido exerce
uma força sobre um pequeno pistão de secção circular de raio
5,00 cm. Esta pressão é transmitida por um líquido a um
outro pistão de raio 15,0 cm. Que força deve o ar comprimido
exercer para levantar um automóvel que pesa 13300N?
 Considerando que a pressão exercida pelo ar comprimido é transmitida integralmente
através do ar comprimido, tem-se:
A1 π(5,00×10−2 m)2
F1 = F2 = (1,33×104 N) = 1,48×103 N
A2 π(15,0×10−2 m)2
 A pressão do ar que produz a força acima é:

F1 1,48×103 N
P1 = = = 1,88×105 Pa
A1 π(5,00×10−2 m)2
 Esta pressão equivale aproximadamente
ao dobro da pressão atmosférica ao nível
do mar
Universidade
Federal
Duas Observações da Lei
da Bahia de Pascal
 Primeira: notar a obediência à Lei da Conservação da Energia
– o trabalho exercido é constante!
F1d1 = P1A1d1 = P1A2d2 = P2A2d2 = F2d2 pois A1d1 = A2d2 e P1 = P2

 Segunda: a Lei de Pascal é aplicável em diversos


outros dispositivos, como por exemplo no pedal
de freio dos automóveis:
 A aplicação de uma
pequena força com
deslocamento de poucos
centímetros promove uma
excepcional transmissão
de pressão e consequente-
mente de força nos freios
devido ao uso de pistões
Universidade
Federal
Esquema de Transmissão
da Bahia Hidrostática: Automóvel
Universidade
Federal
da Bahia
Sistemas Hidráulicos

 Características: pressões muito elevadas. Quando a


pressão de operação é menor, usualmente são
utilizados sistemas pneumáticos.
 Exemplos:
 Freios hidráulicos de automóveis (até 10MPa, da
ordem de 1500psi)
 Sistemas hidráulicos para aviões (até 40MPa, da
ordem de 6000psi)
 Macacos hidráulicos (até 70MPa, da ordem de
10500psi)
 IMPORTANTE: neste contexto, variações de pressão
hidrostática podem ser frequentemente desprezadas.
Universidade
Federal
da Bahia

 O Manômetro
Universidade
Federal
O Manômetro
da Bahia Resolution des Expériences Nouvelles Touchant le Vide (“Resolução
sobre Novas Experiências Relativas ao Vácuo”) − experimento
realizado pelo cunhado de Pascal, Florin Périer (1648). É oportuno
registrar que Pascal realizou experiências com vários tipos de
líquidos: mercúrio, água, vinho tinto (menos denso que a água), óleo
e ar
 Uma variação de elevação
∆P = ρg∆h de ∆h num fluido em repouso
corresponde a ∆P/ρg.
 Um dispositivo baseado
neste princípio é chamado
manômetro.
 Consiste num tubo em forma
de U contendo um ou mais
fluidos, como mercúrio, água,
álcool ou óleo.
 Para diferenças de pressões
P1 = P2 elevadas, são necessários
fluidos densos, como o Hg
P2 Patm + ρ gh
=
Universidade
Federal
Tubo em Forma de ‘U’
da Bahia
 Num tubo em forma de ‘U’
Patm Patm como o ao lado, o óleo a
direita fica mais alto que a
coluna de água a esquerda
porque a massa especifica do
Pinterface h2
h1 óleo (ρóleo) deve ser
necessariamente menor que a
da água (ρágua). Ambas as
colunas dos fluidos produzem
a mesma diferença de pressão
Pinterface na linha tracejada
Pinterface = Patm+ρáguagh1 = Patm+ρóleogh2
h1 /h2 = ρóleo/ρágua
Universidade
Federal
Problema para Casa2:
da Bahia
Tubo em Forma de ‘U’
O tubo em forma de ‘U’ ao lado contem dois
líquidos em equilíbrio estático: no lado esquerdo
existe água de massa especifica ρa = 998 kg/m3
Pinterface e do outro lado um óleo de massa especifica
desconhecida ρx.
 Os valores das alturas indicadas são L = 147,3 mm e h = 12,3 mm.

Qual é a massa específica do óleo?


No lado esquerdo a interface (linha tracejada) está a uma distancia L−h
abaixo de uma superfície de água, portanto: Pinterface = Patm+ρag(L−h)

No lado direito interface (linha tracejada) está a uma distancia L abaixo


de uma superfície de óleo, portanto: Pinterface = Patm+ρxgL
Igualando as duas expressões e aplicando a álgebra:
L−h 135 mm
ρx = ρa = = 915 kg/m3
L 147,3 mm
Universidade
Federal
Manômetro Multifluido
da Bahia
 Para sistemas multifluidos:
 Variações de pressão numa coluna
de fluido de altura h é ∆P = ρgh.
 Pressão aumenta para baixo e
diminui para cima.
 Dois pontos a uma mesma altura
em um fluido em repouso estão a
mesma pressão.
 Pressão pode ser determinada ao
se adicionar (ou subtrair) termos
 Em camadas empilhadas de ρgh:
fluidos, a variação da
pressão em uma camada de
fluido com densidade ρ e Patm + ρ1gh1 + ρ2gh2 +ρ3gh32= P1
altura h é ρgh.
Universidade
Federal
Medição de Queda de
da Bahia
Pressão
 Manômetros são adequados
para medir quedas de
pressão entre dois pontos
devido a presença de
dispositivo como válvulas,
canos ou trocadores de calor.
 Relação para diferença de
pressão P1−P2 é obtida a
partir do ponto 1 e
adicionando ou subtraindo
termos ρgh até atingir o ponto
2.
Medição da queda de pressão numa  Se o fluido sob escoamento
seção de escoamento ou dispositivo tipo
manômetro diferencial. Note que a
for um gás, ρ2>>ρ1 e P1 −P2 =
distancia a não influi no resultado ρgh
Universidade
Federal
da Bahia

 Manômetro &
Medicina
Universidade
Federal
Princípio do
da Bahia
Esfigmomanômetro1
 O esfigmomanômetro (do grego ‘sphygmós’, pulso) é
um aparelho que mede a pressão sanguínea, e
constitui-se de uma coluna de mercúrio em que uma
das extremidades está ligada a uma bolsa que pode
ser inflada por uma pequena bomba de borracha. Para
utilizá-lo, a bolsa envolve o braço, sendo inflado pela
bomba o que produz uma pressão externa maior que a
interna. Deste modo o fluxo da artéria braquial (ou de
outra do braço) é bloqueada. A bolsa é colocada no
braço esquerdo e a altura do coração, a fim de garantir
que as pressões medidas sejam as mais próximas da
aorta. O próximo passo é liberar gradualmente o ar da
bolsa ao mesmo tempo que se utiliza o estetoscópio
Samuel Siegfried Karl von
para ouvir a volta das pulsações, fato percebido por
Basch (1837-1905),
sons. Esses sons ouvidos são chamados de sons de médico alemão e inventor
Korotkoff. do esfigmomanômetro
Universidade
Federal
Princípio do
da Bahia
Esfigmomanômetro2
 O coração em funcionamento  Resposta: quando ele está contraindo. Esta
tem dois estados pressão é definida por sistólica. Ela é o maior
fundamentais: contraído ou e primeiro resultado quando se mede a
relaxado. Ao estado de pressão cardíaca. O primeiro som auscultado
contração dá-se o nome de então surge quando a pressão do ar na bolsa
sístole e ao estado de for igual a pressão sistólica - que é a pressão
relaxamento dá-se o nome de máxima do sangue. Quando o coração está
diástole. Na sístole, os relaxando, ele representa a pressão
ventrículos estão contraídos diastólica, e este refere-se ao último som
e os átrios relaxados, audível, isto é, a menor pressão sanguínea.
enquanto na diástole ocorre  Então quando se mede uma pressão
o inverso. costuma-se dizer que está 120 por 80 (em
 Pergunta: onde será que a mmHg − ou 12 por 8 cmHg), uma situação
pressão no interior dos vasos razoavelmente normal. Portanto entende-se
é maior: quando o coração que quando o coração está contraído, a
está contraindo ou pressão do sangue é de 120 e quando está
relaxando? relaxado, é de 80.
Universidade
Federal
Para Casa3: Um Problema
da Bahia de Pressão Sanguínea
 (Çengel, Cap. 2) A
pressão sanguínea
máxima na parte superior
do braço de uma pessoa
saudável é de cerca de
120 mm Hg. Se um tubo
vertical aberto para a
atmosfera estiver
conectado a veia do braço
do paciente, determine até
onde o sangue subirá no
tubo. Considere a
densidade do sangue
como 1050 kg/m3.
Universidade
Federal
da Bahia

 O Barômetro
Universidade
Torricelli, o Vácuo e
Federal a
da Bahia
Pressão Atmosférica (1643)

vácuo

Evangelista Torricelli
(1608-1647) matemá-
tico e físico italiano

Experimento com barômetro de mercúrio


“Vivemos submersos no fundo de um oceano de ar”
Universidade
Federal Barômetro1

“Noi viviamo sommersi nel fondo d'un pelago d'aria”


da Bahia
Evangelista Torricelli (1608-1647) matemático e físico italiano

 Pressão atmosférica é medida


por um dispositivo chamado
barômetro; dessa forma, a
“vácuo”
pressão atmosférica é
frequentemente chamada de
pressão barométrica.
 PC pode ser considerada nula
(zero) pois somente existe vapor
de Hg acima do ponto C, e a
pressão é muito baixa com
relação a Patm.
 Mudança na pressão atmosférica
devido a altitude tem muitos
PC + ρhg = Patm efeitos: cozimento, sangramento
nasal, performance de motores
Patm = ρhg em geral
Universidade
Federal
da Bahia
Para Casa: Barômetro4
 Maior densidade ρ significa menor altura h na
coluna.
 Para uma dada pressão, a altura
da coluna h não depende da
“vácuo”
área de seção reta A do tubo. A
altura depende do valor local de
g.
 Ao nível do mar (Patm = 1,013×105

Pa) e g = 9,80665 m/s2, a altura da


coluna de mercúrio é de h =
0,760 m.
 Verifique qual seria a altura da coluna
h feita de água ao invés de mercúrio.
Tal altura seria algo próximo de h ≈ 10
Patm = ρhg m nestas condições.
Universidade
Federal
Para Casa:
da Bahia
Barômetro5
 Determine a pressão atmosférica
(em kPa) numa localidade na qual a
leitura do barômetro é 740 mm Hg e a
aceleração gravitacional é g = 9,81
m/s2. considere que a temperatura do
mercúrio seja de 10oC e sua
densidade seja de 13570 kg/m3.
P = ρgh =
 1N  1kPa 
= (13570 3 2
 1kg ⋅ m / s 2 =
kg/m )(9,81m/s )(0,74m)   2 
  1000N/m 
P = 98,5kPa
Universidade
Federal
da Bahia

Lei dos Gases:


Equação de Estado
Densidade / Pressão: Gases

Entretanto, gases densos como vapor d’água não podem ser considerados ideais
Universidade
Federal
Ideais – Equação de Estado
da Bahia

 Equação de Estado: envolve uma relação entre pressão,


temperatura e densidade.
 A mais simples e bem conhecida equação de estado é a dos
gases ideais (ou de Clayperon, que serve para a maioria dos
gases em variadas situações):
P∀ = nRT
P = ρRT

Robert Boyle, FRS (1627 – 1691), Jacques Alexandre César Joseph Louis Gay-Lussac
filósofo, químico e físico irlandês Charles (1746 – 1823), filósofo, (1778 – 1850), físico e
químico e balonista francês químico francês
Universidade
Federal
da Bahia

 Dedução da Lei dos


Gases: Georg
Friedrich Bernhard
Riemann
1826-1866
primeira definição rigorosa de sobre geometrias não-euclideanas após Lobachevisky
Universidade
Federal
da Bahia
Riemann
(1826-1866) matemático e geômetra alemão
Sobre as Hipóteses em que se baseiam os
Fundamentos da Geometria (1854)

Georg Friedrich Bernhard Riemann


Universidade
Federal
da Bahia

 Dedução da Lei dos


Gases: Nikolai
Ivanovich Lobachevsky
1792-1856
(1792-1856) matemático, físico, astrônomo, geômetra e reitor russo
Universidade
Federal
da Bahia
Lobachevsky
Universidade de Kazan: www.ksu.ru
www.lobachevsky.com

Nikolai Ivanovich Lobachevsky


Universidade
Geometrias Não-Euclideanas
Federal
da Bahia

 A geometria deve ser ampliada com base na topologia:


PLANO ESFERA PSEUDOESFERA
α1 α3
α1 α1

α2 α3 α2 α3
α2
Geometria Geometria Geometria de
de Euclides de Riemann Lobachevisky
3 3 3


i=1
αi = 180o ∑
i=1
αi > 180o ∑i=1
αi < 180o
Universidade
 Exemplos do Mathematica: www.wolfram.com
Federal
da Bahia Topologia em 3D
Universidade
Federal
da Bahia
Termodinâmica
 Seja um gás confinado em um êmbolo de acordo com a
figura: ∀  Topologicamente:
1 2 3
P ∆∀
∀ 2
1 3 T
T
P1 P2 P3
∀1 ∀2 ∀3 ∆P ∆T
T1 T2 T3 P
∀(T)
Universidade
Federal 2 Corte Isobárico
∀2 da Bahia

1 α ∆∀ ∆∀1-2
∀1 tgα =
∆T
∆T
T1 T2 (T)

Segue que:
∂∀ = ∆∀1-2

∂T ∆T
 Ou seja:

∆∀1-2 = ∂∀ ∆T
∂T P
∀(T)
Universidade
Federal 3 Corte Isotérmico
∀3 da Bahia

2 β ∆∀ ∆∀2-3
∀2 tgβ =
∆P
∆P
P2 P3 (P)

Segue que:
∂∀ = ∆∀2-3

∂P ∆P
 Ou seja:

∆∀2-3 = ∂∀ ∆P
∂P T
Universidade
Federal
da Bahia
Variação Total de Volume
 A variação de volume total é obtida somando os
resultados parciais:
∆∀1-3 = ∆∀1-2 + ∆∀2-3 =

= ∂∀ ∆T + ∂∀ ∆P
∂T P ∂P T
 No limite onde ∆∀ é muito, muito..., muito pequeno:

d∀ = ∂ ∀ dT + ∂∀ dP
∂T P ∂P T
Variação em ∀, T e P1
Universidade
Federal
da Bahia
 A variação de ∀1, T1 e P1 de um estado
termodinâmico para outro é obtida associando as
variações infinitesimais de cada parte do processo,
sabendo que vale a Lei (combinada) dos Gases:

∀=k T
P Tf
Pi Ti Pf
∀i dP ∀f
dT
d∀
 Calculando então as derivadas parciais:
∂∀ = −kTP−2 = −k T =− ∀
∂P T
PP P
Variação em ∀, T e P2
Universidade
Federal
da Bahia
∂∀ k ∀ P/T = ∀
= =
∂T P
P P T
 Da definição: d∀ = ∂∀ dT + ∂∀ dP
∂T P
∂P T

∀ ∀ ∀f

∫ ∫ ∫
d∀
Tf Pf
d∀ = dT − dP ou: =
dT

dP
T P
∀i ∀ TT
i Pi
P
 Integrando entre os estágios inicial e final:
∀f
Pi∀i Pf∀f
Tf Pf

= ln∀ = lnT − lnP =


Ti Tf
∀i Ti Pi
Universidade
Federal
da Bahia

 Pressão de Vapor,
Cavitação
Universidade
Federal
Pressão de Vapor e
da Bahia Cavitação
 Pressão de Vapor Pv é definida
como a pressão exercida por
seu vapor em equilíbrio de fase
com seu liquido numa dada
temperatura
 Se P cai abaixo de Pv, o liquido é
evaporado localmente, criando
assim cavidades de vapor.
 Tais cavidades de vapor
colapsam quando a pressão
local P aumenta acima de Pv.
 O colapso de tais cavidades é
um processo violento que pode
danificar maquinários.
 A cavitação é barulhenta, e pode
causar vibrações estruturais.
Universidade
Federal
da Bahia

Coeficiente de

Compressibilidade
Universidade
Coeficiente de
Federal
da Bahia
Compressibilidade
 Como a mudança de volume no fluido varia com P and T?
 Fluidos expandem quando T ↑ ou P ↓
 Fluidos contraem quando T ↓ ou P ↑
 São necessárias propriedades que relacionam mudanças
em volume com variações em P e T.
 Coeficiente de compressibilidade
 ∂P   ∂P  1
 κ = −∀   = ρ  =
 ∂∀ T  ∂ρ T α

 Coeficiente de expansão volumétrica


1  ∂∀  1  ∂ρ 
 β=   =−  
∀  ∂T  P ρ  ∂T  P
 ∂∀   ∂∀ 
( )
 Combinando efeitos
de P eT obtém-se: ∂∀ =   ∂T +   ∂P = β∂Τ − ∂P ∀
 ∂T  P  ∂P T
Universidade
Federal
Compressibilidade de
da Bahia
Líquidos: Explicação
 Compressibilidade de alguns  Considerando que a maioria
líquidos dos líquidos é incompressível,
deduz-se facilmente a partir da
Líquido oC m2/N ou Pa−1 conservação da massa:
Ácido sulfúrico 0 3,0 × 10−9
Água 20 4,6 × 10−10 m = ρ∀ = constante
9,0 × 10−10
∂m = ∂ (ρ∀ ) = 0
16
Benzeno
20 7,9 × 10−10
Etanol 20 1,0 × 10−9
Glicerina 15 2,2 × 10−10 ∂ρ ⋅∀ + ρ ⋅ ∂∀ = 0 regra diferencial
3,9 × 10−11
Mercúrio 20
∂ρ ∂∀
15 5,6 × 10−11 =−
Óleo de oliva
20 6,3 × 10−10 ρ ∀
 ∂P   ∂P  1  ∂∀  1  ∂ρ 
κ = −∀   = ρ  β=   =−  
 ∂∀ T
Portanto: e
 ∂ρ T ∀  ∂T  P ρ  ∂T  P
Universidade
Federal
da Bahia

 Breve História dos


Fenômenos de
Transporte
 Altar de Zeus no Museu Pergamon (Berlin, Alemanha:
Breve
Universidade
Federal
www.smb.museum) – lado leste: Hécate luta contra o gigante
Klytios (esquerda); Artemis luta contra o gigante Otos (direita)
História1
da Bahia

Trecho da adutora (aqueduto Madradag) da cidade de


Pergamon (atual Turquia). Cada seção da tubulação de
argila e chumbo tinha de 13 a 18 cm de diâmetro (283-133
a.C.). Alcance de até 45 km com pressão de 1,7MPa
(equivalente a 180 m de altura de carga)
Breve História da
Universidade
Federal
Mecânica dos Fluidos2
da Bahia
 De Re Metallica (publicação
póstuma: 1556), ou “Sobre a
Natureza dos Metais [Minerais]”,
de Georgius Agricola (1494 – 1555)

Guincho para remover


água de mina acionado
por roda hidráulica
reversível, em “De Re
Metallica”
 Daniel Bernoulli (1700-1782), matemático e físico
suíço. Elaborou o primeiro tratado moderno de
dinâmica dos fluidos (1738)
Federal
da Bahia
Universidade
Breve História da
Mecânica dos Fluidos3
* Paradoxo relacionado ao conceito da camada-limite de Prandtl
Universidade
Federal
Breve História da
da Bahia Mecânica dos Fluidos4

Jean le Rond D’Alembert (1717-1783), matemático,


físico, filósofo e enciclopedista francês. Estabeleceu
uma expressão diferencial para continuidade e um
‘paradoxo’ em dinâmica dos fluidos (*)
Universidade
Federal
Equação Navier-Stokes
da Bahia  São equações diferenciais que descrevem o escoamento
de fluidos Newtonianos.
 
 ∂V   
( )
DV   
ρ = ρ + V ⋅ ∇ V  = −∇P + ρg + µ∇ V 2
Dt  ∂t Permitem determinar

 os campos de velocidade (V)
e de pressão (P) num escoamento e desenvolvidas
por Navier e Stokes de forma independente:

Mémoires de l'Académie des


Claude Louis Marie Henri Sir George Gabriel Stokes,
Sciences de l'Institut de
Navier (1785 - 1836), físico FRS (1819 - 1903), físico e
France, Tomo 6 (1822)
e engenheiro francês matemático irlandês
Bridson & Batty, Science 330 (2010)
Universidade
Federal
Navier &
da Bahia Cinema
 Alguns dos sistemas estudados
pelos engenheiros, físicos e mete-
reologistas correspondem as
equações de Navier-Stokes. Apenas
para ilustração, parte destas
soluções, quando desenhadas em
3D, geram belos resultados,
aproveitados no cinema para a
simulação de líquidos / fluidos

www.exoticmatter.com
Universidade
Federal
da Bahia
Referências
 Introdução à Mecânica dos Fluidos – R. Fox, P.
Pritchard, A. McDonald – LTC (2010)
 Mecânica dos Fluidos: Fundamentos & Aplicações –
Y. Çengel, J. Cimbala – McGraw-Hill (2007)
 Fenômenos de Transporte para Engenharia – W.
Braga Filho – LTC (2012)
 Fundamentos de Física – D. Halliday, R. Resnick, J.
Walker – LTC (2009)
 Filmes sobre Dinâmica dos Fluidos – Hunter House
– University of Iowa (≈1960)
 Filmes sobre Mecânica dos Fluidos – Ascher
Shapiro – NCFMF – MIT (1961)
Universidade Obrigado pela
Federal
da Bahia Atenção!
www.pei.ufba.br
Departamento de Engenharia Química
Escola Politécnica

PROCESSOS DE TECNOLOGIA

www.protec.ufba.br

Você também pode gostar