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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA

CURSO DE CIÊNCIAS CRIMINAIS

Tema: A Subcultura Prisional e a Ressocialização no Sistema Carcerário


Angolano

Autores: Romeu Muanguza, José Manuel e Nelson de Carvalho


Orientadores: MSc. André dos Santos e Lic. António do Nascimento

Luanda – 2021
RESUMO

Neste presente trabalho, procuramos abordar em forma suscinta sobre o conceito de pena em
relação aos seus fins, quer sejam, preventivos e retribuivos, de forma a conhecer o que se
busca com aplicação de uma pena privativa de liberdade; concumitantimente, descorremos
também sobre os conceitos de subcultura prisional sendo este um processo que influencia no
estilo de vida do indivíduo encarcerado culminando com arrecadação de novos valores ou
cultura prisional em que lhe impossibilita no processo de adaptação, reintegração social ou
ressocialização.

Palavras chaves: Pena, cárcere, subcultura, ressocialização.


SUMÁRIO

INTRODUÇÃO..........................................................................................................................4

1. DESENVOLVIMENTO.........................................................................................................5

1.1. Conceito de pena..............................................................................................................5

1.2. Teorias dos fins da pena...................................................................................................6

1.2.1. Teorias retributivas....................................................................................................6

1.2.2. Teorias prevencionistas.............................................................................................7

1.3. Subcultura prisional ou prisionizãção..............................................................................9

1.3.1. Cultura prisional........................................................................................................9

1.3.2. Prisionização............................................................................................................10

1.4. Ressocialização..............................................................................................................11

1.4.1. Tipos de ressocialização..........................................................................................12

1.4.2. Falha na ideia ressocializadora no sistema penitenciário Angolano.......................12

CONCLUSÃO..........................................................................................................................13

BIBLIOGRAFIA......................................................................................................................14
INTRODUÇÃO

Ao longo da evolução no regime de cumprimento de penas, observa-se que foram,


pouco a pouco, perdendo seu carácter retributivo e, por outro lado, tornando-se, cada vez mais
humanizadas, até desaguarem no actual século XXI, sem isenção ao contexto angolano.

Com a presente pesquisa, pretende-se mostrar o conceito de pena, bem como aquilo
que são os seus fins, ao tempo em que se oferece alternativa para diminuir a deficiência do
Estado e, consequentemente, amenizar os vilipêndios dos direitos dos encarcerados que são
retirados do meio social no intuito de proteger a sociedade e preparar esses indivíduos para a
sua reintegração social.

Enfoca as dificuldades dos presos em Angola na reintegração social devido ao


ambiente carcerário composto de celas superlotadas e sem nenhuma higiene, vivendo muitas
vezes em condições sub-humanas, expostos a todos os males do cárcere, além da recriminação
da sociedade ao egresso. Para a concretização do presente trabalho jurídico foi feita coletas de
dados à partir de material bibliográfico, revistas, artigos de internet, procurando sempre
buscar soluções que pudessem contribuir na ressocialização do apenado, bem como na
reinserção social.

Tendo em conta a abordagem acima descrita propõe-se o seguinte objectivo geral:

 Analisar as reais dificuldades no sistema carcerário angolano que impossibilita


a ressocialização.

Tendo em conta o objectivo geral propõe-se os seguintes objectivos específicos para o


se alcance:

 Avaliar a situação carcerário angolano;


 Identificar os factores que proporcionam o processo de prisionização;
 Verificar o papel da pena como elemento principal para a ressocialização.
1. DESENVOLVIMENTO

1.1. Conceito de pena

Pena é a medida imposta pelo Estado, ao infrator que comete um ato típico, ilícito e
culpável, mediante o devido processo legal. O Estado tem o dever e poder de aplicar a sanção
penal ao autor da conduta ilícita culpável como forma de retribuição do mal provocado por tal
conduta, castigando o agente da conduta criminosa, e com a finalidade de evitar que novos
crimes possam ser cometidos.

Conceitualmente, Damásio de Jesus ensina que pena é a sanção aflitiva imposta pelo
Estado, mediante ação penal, ao autor de uma infração penal, como retribuição de seu ato
ilícito, consistente na diminuição de um bem jurídico, e cujo fim é evitar novos delitos.

No mesmo sentido Fernando Capez, sanção penal de caráter aflitivo, imposta pelo
Estado, em execução de uma sentença, ao culpado pela prática de uma infração penal,
consistente na restrição ou privação de um bem jurídico, cuja finalidade é aplicar a retribuição
punitiva ao delinquente, promover a sua readaptação social e prevenir novas transgressões
pela intimidação dirigida à coletividade.

A pena é uma consequência do ato ilícito cometido, assim explica Luiz Regis Prado.
A pena é a mais importante das consequências jurídicas do delito. Consiste na privação ou
restrição de bens jurídicos, com lastro na lei, imposta pelos órgãos jurisdicionais competentes
ao agente de uma infração penal.

Na lição de Victor Eduardo Rios Gonçalves encontra-se a seguinte definição: Pena é a


retribuição imposta pelo Estado em razão da prática de um ilícito penal e consiste na privação
de bens jurídicos determinada pela lei, que visa à readaptação do criminoso ao convívio social
e à prevenção em relação à prática de novas transgressões.

É a punição recebida pelo transgressor da lei e violador do bem jurídico tutelado.


Verificando a etimologia do termo tem-se que a palavra pena deriva do latim poena ou poiné,
o qual designa o significado de castigo ou punição ao transgressor de uma lei.
1.2. Teorias dos fins da pena

Desde os tempos remotos, várias teorias vêm tentando justificar a finalidade a ser
buscada com a aplicação da sanção penal. Apesar dos esforços de grandes pensadores, não foi
possível ainda se chegar a um entendimento único. Portanto, as teorias dos fins da pena
surgiram historicamente para fundamentar a legitimação ou justificação da intervenção penal
MIRANDA RODRIGUES.

Basicamente, são três os grupos teóricos, teorias absolutas (retributivismo), teorias


relativas (prevencionismo) e teorias ecléticas. Essas ideias são fundamentais para entender o
que se busca ao punir um indivíduo com uma pena, qualquer que seja essa. Além disso, são
importantes na análise dos reflexos que essa punição traz para a pessoa e para a sociedade.

1.2.1. Teorias retributivas

As concepções absolutas tem origem no Idealismo Alemão e deita suas raízes num
período onde o Estado era absolutista. “Nessas teorias preconiza-se a ideia de justiça e, assim,
a pena é o mal justo para punir o mal injusto praticado, ou seja, o fato delituoso” (TASSE,
2003, 66).

Se fosse preciso uma palavra-chave para resumi-la, então, a palavra seria retribuição
a pena como compensação do mal causado pelo crime. Existem dois pensamentos diferentes
nessa concepção: um idealizado por Kant e o outro por Hegel, ou, mais detalhadamente, a
retribuição moral e a retribuição jurídica, respectivamente.

Segundo Kant, a pena é um imperativo categórico exigido pela razão e pela justiça,
consequência natural do delito, uma retribuição jurídica ao mal do crime como forma de
compensação pelo mal praticado e reparação moral” (TASSE, 2003, 66). Esse imperativo
categórico significa algo que deve ser imposto sem exceção, pois ao mal do crime impõe-se o
mal da pena, do que resulta a igualdade como elemento efetivador da justiça. Ainda nesse
sentido, Kant afirmava que a pena “era entendida como um fim em si mesma, visando tão
somente a recompensar o mal com o mal” (BARREIROS, 2008, 2). Na retribuição moral, a
pena deve ser também para o autor do delito uma espécie de expiação, vista como um tipo de
castigo ou penitência que o condenado deve cumprir para se redimir do acto injusto que
praticou.

Uma grande qualidade dessas teorias é ter a idéia de medição da pena


proporcionalidade entre a pena e o mal cometido), aquilo que podemos chamar de princípio
da proporcionalidade.

A pena retributiva esgota o seu sentido no mal que se faz sofrer ao delinquente como
compensação ou expiação do mal do crime; nesta medida é uma doutrina puramente social-
negativa que acaba por se revelar estranha e inimiga de qualquer tentativa de socialização do
delinquente e de restauração da paz jurídica da comunidade afectada pelo crime. Em suma,
inimiga de qualquer actuação preventiva e, assim, da pretensão de controle e domínio do
fenômeno da criminalidade.” (NERY, 2005, 3).

É possível concluir que essa teoria fundamenta a existência da pena quase


exclusivamente no delito praticado, apesar de representar um avanço considerável frente à
ideia de retribuição metafísica e à ilimitação dos castigos.

1.2.2. Teorias prevencionistas

As teorias relativas da pena se dividem em prevenção geral (negativa e positiva) e


prevenção especial (negativa e positiva). As teorias de prevenção geral, tiveram seu
desenvolvimento no Iluminismo, na passagem do Estado Absolutista para o Liberal, e não
objectivavam apenas retribuir o facto delitivo cometido, mas prevenir a sua prática por meio
da intimidação de todos os membros da comunidade jurídica, pela ameaça da pena.”
(BITENCOURT, 2002, 77)

A prevenção geral num primeiro momento pode ser tratada como positiva ou
integradora. A pena, na prevenção geral positiva, tem como fundamento a necessidade de
evitar a prática futura de delitos. “Caracterizam-se por atribuir à pena a finalidade de reforçar,
na generalidade dos sujeitos, a confiança nas normas” (COSTA, 2008, 73).

As penas fundadas na prevenção geral positiva vislumbram três efeitos principais:


aprendizagem, confiança e pacificação social. Aprendizagem consiste em recordar as regras
sociais que não devem ser infringidas, pois, tal ordem de transgressões não é tolerada pelo
Direito Penal. A confiança implica que os cidadãos acreditem e confiem no Direito quando
ele se impõe. E, por fim, a pacificação social obtida quando a desviação social é resolvida
pelo Direito (PRADO, 2008, 491).

Além de sua concepção positiva, a prevenção geral pode ser encarada como negativa.
(TASSE, 2003, 72). No entender de Déa Carla Pereira Nery, “a pena pode ser concebida
como forma acolhida de intimidação das outras pessoas através do sofrimento que com ela se
inflige ao delinquente e que, ao fim, as conduzirá a não cometerem fatos criminais. (NERY,
2005, 3).

Além da prevenção geral, existe a outra forma de prevenção: a prevenção especial.


Este modelo se dirige à pessoa que está sofrendo a pena, visando recuperá-la; ou geral –
dirigida ao corpo social, pretendendo que sejam estabelecidos meios capazes de afastar a ideia
de qualquer um que pense em praticar um ato delituoso” (TASSE, 2003, 68). Esta se divide
em prevenção especial positiva e negativa.

Na prevenção especial positiva, a finalidade da pena é a ressocialização voltada ao


indivíduo, ou seja, tentar evitar que o delinquente volte a delinqüir no futuro. A respeito,
assevera César Bitencourt que “a teoria da prevenção especial busca coibir a prática delitiva,
mas de modo diferente da prevenção geral, dirigindo-se ao delinquente, com o intuito de que
ele não mais cometa crimes” (BITENCOURT, 2002, 79).            

Basicamente, essa teoria se apóia no perigo que o indivíduo delinquente possa trazer
à sociedade. Busca-se diminuir ou eliminar esse perigo, fazendo com que o criminoso se
reabilite para o convívio social. A palavra-chave não podia deixar de ser outra:
ressocialização.

Já, na prevenção especial negativa, a finalidade da pena é inocuizar, aniquilar, tornar


inofensivo o delinquente. Esta teoria, além da finalidade citada, teria por objetivo causar um
efeito de pura defesa social, por meio da separação ou segregação do delinquente,
neutralizando a sua periculosidade frente à sociedade (AZANHA, 2009, 6). Nesse sentido, a
prevenção negativa, busca tanto a intimidação ou inocuização através da intimidação – do que
ainda é intimidável - , como a inocuização mediante a privação da liberdade – dos que não são
corrigíveis nem intimidáveis. Ou seja, a prevenção especial negativa tem como fim neutralizar
a possível nova ação delitiva, daquele que delinqüiu em momento anterior, através de sua
"inocuização" ou "intimidação". Busca evitar a reincidência através de técnicas, ao mesmo
tempo, eficazes e discutíveis, tais como, a pena de morte, o isolamento etc.” (NERY, 2005, 4).

1.3. Subcultura prisional ou prisionizãção

A ideia da subcultura delinquente foi consagrada na literatura criminológica pela


obra de Albert Cohen: Delinquent boys. O conceito não é exclusivo da área criminal, sendo
utilizado igualmente em outras esferas do conhecimento, como na antropologia e na
sociologia. Trata-se de um conceito importante dentro das sociedades complexas e
diferenciadas existentes no mundo contemporâneo, caracterizado pela pluralidade de classes,
grupos, etnias e raças.

Teorias da Subcultura Delinquente - Desenvolvida por Wolfgang e Ferracuti (1967),


esta teoria defende a existência de uma subcultura da violência, que faz com que alguns
grupos passem a aceitar a violência como um modo normal de resolver os conflitos sociais.
Mais que isso, sustenta que algumas subculturas, na verdade, valorizam a violência, e, assim
como a sociedade dominante impõe sanções àqueles que deixam de cumprir as leis, a
subcultura violenta pune com o ostracismo, o desdém ou a indiferença os indivíduos que não
se adaptam aos padrões do grupo.

O conceito de subcultura decorre das chamadas sociedades complexas. Pode ser


imaginado como uma “cultura dentro da cultura”. É, na realidade, a existência de padrões
normativos opostos – ou pelo menos divergentes – dos que presidem à cultura dominante.

1.3.1. Cultura prisional

O princípio subjacente às instituições prisionais é o de elas contribuírem para


melhorar o individuo de maneira a que este possa ter um papel digno na sociedade, depois de
sair em liberdade. Porém, alguns autores, baseados em estudos empíricos, poderão trazer ao
debate académico, e não só, outros fundamentos teóricos, segundo os quais as instituições
prisionais, podem ser tanto produtoras de conformidade como produtoras de desvio, tal como
são vista por Foucault (2000) quando as chamas “instituições completas e austeras” ou
Goffman (1961) quando fala das “instituições Totais”.

Ora, pelas razoes acima descritas, entendeu-se trazer à colação o conceito que se
apresentam como produto da cultura que se constrói e desenvolve no interior das prisões. De
refletir, que foi sob esta perspectiva que nos anos de 1940 começaram a ganharam expressão
as noções de “cultura prisional” e “sociedade prisional” ou “sistema social recluso” (Cunha,
2008).

Clemmer (Cunha, 2008) é o autor que começa falar em “cultura penitenciária” ao


explicar o conceito de ”prisionização” como uma espécie de processo de aculturação ou
assimilação segundo o qual quanto mais prolongado e exclusivo for o contacto com os valores
da prisão-valores supostamente criminógenos, menor será a conformidade a normas e valores
convencionais.

1.3.2. Prisionização

A prisionização é um processo de aculturação. É a “adoção” em maior ou menor grau


dos usos, costumes, hábitos e a cultura geral da prisão” (DONALD, CLEMMER, citado por
DAHER, 1990, p. 23). Sendo Thompson, todo encarcerado sofre, em alguma medida, o
processo de prisionização, a começar pela perda de status, ao se transformar numa figura
anônima de um grupo subordinado.

O sistema penitenciário tem por finalidade o cumprimento da pena, com o objetivo


da ressocialização dos indivíduos. Portanto, o que ocorre efectivamente com os presos é o
inverso, a prisão deixou de ser uma medida de ressocialização para ser um ambiente de
torturas, tratamentos desumanos e desprezando os direitos básicos.

O sistema prisional angolano vive sob muita precariedade, com número de presos
muito maior do que o de vagas, praticamente não existe unidade prisional com a quantidade
de presos condizente com o número de vagas ofertadas. Em outros termos, o cárcere mantém
as instalações superlotadas e poucas condições de trabalho. Antes de adentar ao tema central,
é preciso discorrer um pouco mais sobre o atual cenário do Sistema Penitenciário nacional.
O Sistema Penitenciário não consegue alcançar a sua meta de recuperar e reintegrar o
preso à sociedade, os índices de reincidência são altos, e existe certa despreocupação e
intolerância, tanto do Estado como da sociedade em âmbito global, quanto ao problema
carcerário e à incumbência de fazer valer a reintegração social do preso como função da pena.
Ao invés de transformá-los em indivíduos dóceis, as prisões têm produzido efeito
contrário, pois se transformaram em arenas onde frequentemente reforçam identificações
criminais, uma formação dentro da prisão, de uma comunidade com regras próprias, de
funcionamento complexo, que envolve parcerias entre presos e muitas vezes até com a
instituição por meio de representantes.

Uma questão do sistema penitenciário peculiar é sua organização materializada no


conceito de instituição total, com características de isolamento, simbolizadas pelo aspecto
físico de fechamento. Quando essa instituição se organiza de modo a atender o preso, separa-o
da sociedade por um período de tempo e impõe um

a vida fechada sob uma gestão formal que se baseia na afirmação de que precisa ser
dessa forma para atender aos objetivos institucionais.

Porém, apresenta a tendência de fechamento, isolamento e pouco contato com o


mundo externo, o que vai simbolizar o seu caráter total. E neste ambiente tem superlotação,
elevado índice de reincidência; ociosidade, condições de vida arriscada; higiene precária dos
presos; consumo de drogas; ambiente propício à violência física e sexual; efeitos sociológicos
e psicológicos negativos produzidos pela prisão, tortura, omissão, morte, negligência e outros.

1.4. Ressocialização

A principal função das prisões ou dos sistemas penitenciarios não se cinge


simplesmente na privação da liberdade de livre circulação dos reclusos. Mas, pautam pela
ressocialização do recluso, partindo do pressuposto que todo ser humano é recuperável.

De acordo a literatura sociológica, ressocalizar significaria reinserir no indivíduo uma


consciência social que o torne novamente apto ao cumprimento de normas sociais
compartilhadas. O termo tem sido aplicado, sobretudo, para se referir às práticas que visam
reintegrar na sociedade pessoas que foram punidas pela execução de crimes, evitando a
reincidência destes atos e promovendo sua participação activa na vida social.

O sistema carcerário, a princípio, deveria cumprir uma função ressocializadora. No


entanto, é de conhecimento público que, em geral, os presídios têm sistematicamente falhado
nesse objetivo, uma vez que pouco preparam o indivíduo para a vida fora da cadeia. Portanto,
a ressocialização tem sido objeto das iniciativas voltadas a apoiar os egressos do sistema
prisional - ou os indivíduos em liberdade condicional atuando na minimização dos efeitos
negativos provocados pelo encarceramento. Nesse sentido, essas iniciativas focam em prover
uma espécie de transição planejada para a vida em liberdade.

1.4.1. Tipos de ressocialização

A ressocialização obedece o critério de modelos ou tipos de modo a facilitar na


intervencão do recluso, a ressocialização é aplicada numa perspectiva geral ou específica. Na
perspectiva geral entendemos que a ressocialização é um conjunto de medidas e técnicas que
são aplicadas ao recluso afetando a vida geral de todos reclusos e, na perspectiva espcifica são
aplicados medidas e tecnicas em detrerimento do comportamento e das características
pessoais apresentada pelo recluso.

1.4.2. Falha na ideia ressocializadora no sistema penitenciário Angolano

A actual sociedade vem observando uma verdadeira crise no sistema penitenciário


Angolano, um dos factores desse acontecimento é a superlotaçao nos presídios, uma grande
parte dos reclusos estao em situacão provisiória, aguardando julgamento. As prisões1 por
estarem neste nivel de lotação, passa a reunir criminosos que cometeram crimes diferentes.

Vale lembrar que a percepção que se tem da reiducacão como mecanismo


ressocializador no sistema penitenciário Angolano, em parte não abarca todos os pressupostos
neccessário que constituem o processo de ressocialização. Sendo que alguns mecanismos
implementados no sistema penitenciário Angolano servem simplesmente de mecanimos
facilitadores da ressocialização. Visto que, entedemos que a ressocialização vai ser a
desconstrução da ideia que o recluso se auto infrigiu de criminoso.

CONCLUSÃO
Sabe-se que a pena privativa de liberdade é o principal meio de sanção penal em
Angola,

BIBLIOGRAFIA

Sá, A. (2010). Criminologia clínica e psicologia criminal. São Paulo, revista dos tribunais
Santos, A. (2013). A cultura prisional e a reicidência ciminal. Lisboa
Dias, J. e Andrade, M. ( ) Criminologia – O homem delinquente e a sociedade Criminógena.
Coimbra, Coimbra Editora

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