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Guerras Napoleónicas-Resumo
Guerras Napoleónicas-Resumo
Guerra da Terceira Coligação: Em 1803, o Reino Unido declara guerra a França, que irá atacar
o que restava das posses coloniais francesas, dando início ao período das Guerras
Napoleónicas. Napoleão torna-se então Imperador em 1804.
Napoleão que ambicionava invadir a Inglaterra, pretende lançar uma grande ofensiva naval em
1805, mas é derrotado juntamente com os aliados espanhóis, sobretudo devido a
movimentações estratégicas desastrosas.
No continente europeu, como resposta às provocações de Napoleão de progressiva
incorporação dos territórios à esfera francesa e liberal, a Rússia e a Áustria juntam-se ao Reino
Unido para formar a terceira coligação.
Os austríacos atacam a Baviera, como consequência da vitória francesa, a Áustria abandona a
coligação, Veneza é incorporado no Reino de Itália e Tirol á Baviera. Para além disso, já em
1806, Francisco II dissolve o Sacro Império Romano, instituição política que unia vagamente os
vários estados germânicos sob o jugo de um Imperador, a mando de Napoleão. O título de
Imperador do Sacro Imperador Romano era ocupado pela Casa de Habsburgo, que via assim
diminuída a sua influência na esfera germânica. É criada então a Confederação do Reno com o
apadrinhamento de Napoleão, que envolve uma aliança militar entre vários estados
germânicos alinhados com os franceses.
Guerra da Quarta Coligação: A 4ª Quarta Coligação tem o seu início a 7 de Outubro de 1806 e
o seu fim a 9 de Julho de 1807. Inicia-se com a Prússia declarar guerra à França após um
Ultimato que consistia na exigência do retirar das tropas francesas a leste do rio Reno em 7 de
Outubro de 1806.
Esta Coligação é marcada pela Aliança formada pela Grã-Bretanha e pela Prússia, Rússia e
Suécia (Nações Absolutistas), o Reino de Sicília e mais tarde pela Saxónia que se juntou à
mesma a 11 de Dezembro de 1806.
Esta guerra teve assim os seus acontecimentos desenvolvidos em vários territórios
nomeadamente a Saxónia, Prússia, Polónia e Prússia Ocidental e o seu desfecho foi marcado
pela vitória Francesa que levou a que o Czar Alexandre I assinasse um Tratado de Paz com
Napoleão, que ficou conhecido como o Tratado de Tilsit que data então de 9 de Julho de 1807
e que foi também ele assinado entre a França e a Prússia.
Mas não só, França e Inglaterra agudizam as suas rivalidades, e com isso Napoleão decreta um
bloqueio Internacional a essa mesma Nação, bloqueio esse que ficou também conhecido por
uma proibição, proibição essa que consistia em impedir o acesso a portos dos países
submetidos ao domínio francês a navios ingleses. Esse bloqueio foi criado com a emanação do
decreto de Berlim de 22 de Novembro de 1806, ao qual se viria também a juntar Portugal
tardiamente já em 1808.
Guerra Peninsular - 2 de Maio 1808 a 17 de Abril de 1814: Vista pelos portugueses como as
invasões francesas e por espanhóis como uma guerra pela sua independência, a Guerra
Peninsular foi uma consequência da Campanha do Rossilhão que opusera Portugal ainda que
não directamente, Espanha e Reino Unido à França uns anos antes, no período da Convenção,
e posteriormente uma consequência da adesão tardia de Portugal ao Bloqueia Continental à
Inglaterra decretado por Napoleão.
Quando D. João aceita as condições do Bloqueio Continental, já as tropas francesas lideradas
por Junot se preparavam para entrar nas fronteiras portuguesas o que viria a acontecer a 20
de Novembro de 1807 depois de terem entrado e cruzado o território espanhol. Chegariam a
Lisboa a dia 30, um dia depois da saída do Rei e da família Real em direção ao Brasil com apoio
inglês. Seria a única de três invasões a chegar a Lisboa.
Simultaneamente, Napoleão enviava mais tropas francesas para Espanha com o intuito de
ajudar as tropas já presentes em Portugal, conquistando e tomando cidades espanholas e
marchando sobre Madrid.
Portugal declarava guerra à França e reatava a sua velha aliança com Inglaterra que entraria
com uma expedição pelo Porto após passar pela Corunha.
As outras duas invasões francesas lideradas primeiro por Soult e depois por Massena não
viriam a ter o mesmo peso que primeira. Em Espanha, Napoleão mantinha controlo sobre o
território através do seu irmão José. Teriam de ser as tropas inglesas a ingressar no território e
a acabar com a ocupação francesa até avançarem até para o Sul de França em 1813.
Guerra da Quinta Coligação: A 5º Coligação tem o seu início a 10 de Abril de 1809 inicio esse
que surge como consequência do poder que Napoleão exercia sobre a Europa com a exceção
da Rússia e da Grã-Bretanha e o seu final data de 14 de outubro do mesmo ano, 1809.
Esta guerra viu os seus acontecimentos desenvolverem-se em território da Europa Central, de
Itália e em território Holandês.
Esta Coligação é marcada pela Aliança formada pela Grã-Bretanha, pela Áustria, Prússia e
Suécia, aliança essa opositora de França de Napoleão Bonaparte.
O poderio de Napoleão atinge um apogeu nunca antes conseguido e é no Tratado de Viena (ou
Schönbrunn como já foi citado anteriormente) em Outubro de 1809 que esse apogeu é
assinalado. Napoleão torna-se assim, o dono absoluto de grande parte da Europa Ocidental e
Central o que equivalia a cerca de 70 milhões de pessoas que significava cerca de metade da
população europeia da altura.
Após o fim desta Guerra entre franceses e austríacos, Napoleão desposa a arquiduquesa
aquando da assinatura do Tratado entre as duas potências.
Invasão à Rússia: Desde 1810 que Napoleão Bonaparte planeava a invasão ao Império Russo,
com o objectivo de conquistar Moscovo e São Petersburgo a Alexandre I, Czar da Rússia, bem
como obrigá-lo a aceitar as condições impostas no decreto do Bloqueio Continental a
Inglaterra de 1806, assinando a sua rendição face à superioridade napoleónica.
Alexandre I era um opositor às ambições expansionistas de Napoleão, e por isso já tinha
participado em anteriores coligações como a de 1805 com a Áustria e em 1806 com a Prússia,
saindo de ambas derrotado.
Napoleão começa a reunir os seus soldados e exércitos no leste Europeu, junto à cidade de
Grodno (actualmente Bielorrússia) e junto ao Rio Neman.
Os russos também já preparavam a sua máquina de guerra há algum tempo, mas de uma
forma dispersa e desorganizada, sem um verdadeiro comandante de todas as operações,
atrasando assim a sua preparação.
No dia 24 de Junho de 1812, a Campanha sobre a Rússia inicia-se, avançando com o seu
“Grand Armée”. Inicialmente apenas pequenas batalhas foram contabilizadas nas rotas
assumidas, uma para São Petersburgo e outra para Moscovo, só que em Agosto duas grandes
batalhas desenrolam-se. A primeira, em Polotsk, na rota de São Petersburgo, que obriga as
tropas napoleónicas a abandonarem a ideia de chegar à capital do Império de Alexandre I, e a
segunda batalha em Smolensk, na rota de Moscovo, que vitima milhares de tropas francesas
mas que termina numa vitória de Napoleão e o prosseguimento da rota de Moscovo.
Mas a 7 de Setembro de 1812 dá-se a Batalha de Borodino, desfecho desta batalha é a vitória
de Napoleão e assim avança para Moscovo, alcançando-a a 14 de Setembro, mas a partir da
sua chegada a Moscovo é que a Campanha Russa começa a fracassar.
Os russos seguiram uma táctica de destruição prévia, ou seja, evacuaram a cidade, recuaram
as suas tropas, incendiaram as casas, levaram todos os alimentos e cortaram as fontes de
fornecimento de água, e assim os franceses enfraquecer-se-iam, visto que os meses de Inverno
rigoroso aproximavam-se e sem mantimentos para todas as tropas entrava-se numa questão
de subsistência.
A partir de Outubro, as tropas francesas iniciam a sua retirada e no mês de Dezembro o
território russo estava desocupado.
Guerra da Sétima Coligação: A França é invadida em 1814 pelo Leste pela Rússia, Prússia,
Áustria e Suécia e pelo Sul por Inglaterra, Portugal e Espanha, forças comandadas por
Wellington que já estavam em Espanha a ajudar a expulsar os franceses desde 1810. Com esta
invasão Napoleão é forçado a abdicar e é exilado em Elba.
O Período dos Cem Dias também conhecido com a Guerra da Sétima Coligação diz respeito ao
período que foi desde o regresso de Napoleão a Paris após o seu exílio em Elba a 20 de Março
de 1815 até 8 de Julho e opôs o exército francês à aliança formada pelo Reino Unido, Prússia,
Rússia, Suécia, Áustria, Holanda e alguns Estados Germânicos. Napoleão saiu de Elba juntando
apoiantes, de derrubando Luís XVIII e montando um exército de mais de 250 mil homens
contra os mais de 700 mil da aliança adversária. A mais importante Batalha desta Guerra deu-
se em Waterloo na Bélgica opondo, cerca de 72 mil homens franceses a 68 mil homens
comandados pelo Duque de Wellington que mesmo em inferioridade numérica iria vencer
Napoleão e por fim ao Domínio de Império Francês.
Tendo lugar no lamacento planalto de Mont Saint Jean e a Campanha de Waterloo foi uma das
mais curtas do período das guerras napoleónicas tendo durado apenas quatro dias mas
colocou em confronto os melhores generais do seu tempo, como Napoleão e Wellington.
A 21 de Junho, Napoleão regressa a Paris e é aconselhado a assumir o poder legislativo de
novo dissolvendo a Câmara, mas este decide abdicar pela segunda vez no dia seguinte (22 de
Julho) desanimado pela pesada derrota e também receando uma Guerra Civil. Entregar-se-ia
mais tarde aos seus inimigos ingleses e seria deportado para o meio do Atlântico para a ilha de
Santa Helena onde permaneceria até à sua morte.