(Cliqueapostilas - Com.br) Notas e Acordes de Violao

Você também pode gostar

Você está na página 1de 55

! Bruno Grünig!

1
! Bruno Grünig! 2
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!

notas &!
acordes!
de violão!
para !
iniciantes!
!
!
Bruno Grünig!
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 3
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
Todos os direitos reservados, incluindo direito
de reprodução no todo ou parte em quaisquer meios.
!
TÍTULO ORIGINAL
Notas e acordes de violão para iniciantes
CAPA
Bruno Grünig
REVISÃO
Bruno Grünig
GERAÇÃO DE PDF
Bruno Grünig
EDIÇÃO DIGITAL
2014
!
Todos os direitos reservados a
Bruno Grünig
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 4

Índice!
!
!
!
!
!
!
!
!
Introdução! 5!
Notas musicais no violão! 6!
Escalas! 12!
Revisão - o que você já sabe…! 16!
Escalas maiores e menores! 17!
Localização das notas no braço do violão! 22!
Acordes de violão! 23!
Acordes com alterações! 25!
Campo harmônico! 29!
Tabela de escalas maiores e menores! 46!
Escalas e seus acordes! 47!
Tablaturas! 50!
Trabalhando com capotraste!53!
Conclusão! 54!
Sobre o autor! 55
! Bruno Grünig! 5

Introdução!
!
!
Este eBook foi elaborado com a finalidade de instruir iniciantes em violão no tocante a notas e
acordes. !
Evidentemente o nome “notas e acordes de violão para iniciantes”, pode sugerir a existência de
notas e acordes que servem apenas para iniciantes. O que não é a intenção aqui. O propósito é
introduzir o iniciante às notas musicais e acordes de violão, de maneira simples e objetiva. !
Ou seja, fazer com que você saiba sem rodeios e termos excessivamente técnicos e complicados,
como utilizar as notas e os acordes no violão. !
Você irá aprender com toda a clareza como se obtém as notas musicais e os acordes. E também
para que servem e como utilizar estas notas e acordes. !
!
Porque aprender a teoria sobre as notas e acordes?!
!
É muito provável que você já saiba que tocando uma corda do violão, solta ou apertada em
qualquer casa, se obtém uma notas musical. E que tocando várias cordas apertadas em locais
específicos juntas se obtém um acorde. !
Entretanto, se você for mais a fundo, compreendendo melhor o funcionamento do violão, na hora
da prática, terá mais versatilidade para executar tanto acompanhamento como solos e melodias. !
!
Como utilizar este eBook!
!
Os ensinamentos aqui propostos são apresentados em linguagem simples. Sugiro que você leia
todo o eBook primeiro, sem parar para compreender melhor algum ponto. Desta maneira, você
automaticamente já estará assimilando boa parte dos tópicos e tendo uma compreensão geral do
assunto. !
Após esta primeira leitura, leia novamente, desta vez detendo-se nos pontos principais e fazendo
anotações sobre os temas que não compreendeu direito.!
Procure sempre relacionar o aprendido ao instrumento em si, ou seja, confira tudo no violão.
Toque aquilo que é proposto para tocar. Desta forma, você não fica só na teoria, o que seria
prejudicial. !
Portanto, mãos à obra. Espero que tire pleno proveito do eBook.!
!
Bruno Grünig!
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 6

Notas musicais no violão!


!
!
Muito bem… comecemos pelas notas musicais. !
!
O que é uma nota musical? Veja a definição da Wikipédia:!
!
"Nota musical é um termo empregado para designar o elemento mínimo de um som, formado por
um único modo de vibração do ar.”!
!
Um pouco complicado, certo? Vamos a um exemplo. Pegue seu violão e toque qualquer corda
uma vez só. Pronto. Aí está sua nota musical. Um som único, conforme diz a definição. Se você
tocar duas notas juntas, esta definição já não vale mais. !
!
Daqui em diante vamos convencionar algo. Quando se falar de “mais alta”,
referimo-nos a uma nota mais aguda. E quando for mencionado “Mais baixa”
a referência é o contrário, uma nota mais grave. !
!
Para definir com simplicidade “grave e agudo”, vou tomar como exemplo duas
cordas do violão: a corda 6 e a corda 1. Num violão corretamente afinado as
duas cordas devem soar a nota E (mi). Entretanto, como você pode
comprovar facilmente na prática soando as duas cordas, a nota E da corda 1
é mais aguda que a da corda 6. E vice-versa: a nota da corda 6 é mais grave
que a nota da corda 1. !
!
Portanto, mais agudo = mais alto, mais “fino”. E grave = mais baixo, mais “grosso”. !
!
Cifras!
!
Lá atrás, nos velhos tempos, uma boa alma resolveu inventar um sistema de letras para substituir
os nomes de notas e acordes. Então, onde teríamos que escrever “sol”, hoje escrevemos apenas
“G”. Mais simples. Então usamos este sistema para designar notas e acordes. Veja na tabela
abaixo as letras correspondentes a cada nota:!
!
Nota Cifra

Lá A

Si B

Dó C

Ré D

Mi E

Fá F

Sol G
!
Quando nos referimos a uma única nota, basta a letra. Exemplo: Lá = A!
!
Quando nos referimos a acordes, a letra pura e simples significa um acorde maior. Exemplo A =
Acorde lá maior. !
!
! Bruno Grünig! 7
Para todos os demais acordes, é necessário adicionar algo (uma letra ou número) à letra do
acorde. Exemplos: Am = lá menor A7 = lá maior com sétima. E assim por diante. Você verá isto
com mais detalhes adiante. !
!
Acidentes!
!
Calma, ninguém se machuca com estes acidentes… Os chamados acidentes em música, nada
mais são do que sinais que modificam a nota. Vamos por partes…!
!
A primeira coisa que você ouve ou vê ao entrar em contato com as notas musicais, provavelmente
é que elas são sete: (C)dó, (D)ré, (E)mi, (F)fá, (G)sol, (A)lá e (B)si. Só que na prática não são só
sete. Porque existem mais cinco notinhas que são chamadas semitons. Elas se encontram entre
outras notas, completando a escala que chamamos de cromática. Ou seja, temos então doze
notas musicais que nos possibilitarão tocar qualquer música. !
!
Os acidentes então, servem para nomear estas notas. Temos então o sinal # (sustenido) e o sinal
b (bemol). O sustenido serve para indicar que a nota é meio tom mais alta. O bemol, ao contrário,
serve para indicar que a nota é meio tom mais baixa. !
!
Entretanto, na prática utilizamos apenas o sinal # (sustenido) como você verá. O bemol só é
necessário em algumas partituras. O que não é o caso aqui. Acontece que - atenção - para cada
nota que poderíamos designar com bemol, há uma nota exatamente igual que pode ser designada
com sustenido. Exemplo: Entre as notas C e D existe um semitom, uma outra nota. Esta nota é
mais alta que o C em meio tom e mais baixa que o D em meio tom. Então poderíamos designá-la
de duas maneiras: C# ou Db. Mas como é a mesma nota, pra que complicar? Nós diremos
sempre que é C#. !
!
Veja então a tabela abaixo, com todos os acidentes, ou seja, com todos os semitons.!
!
C C# D D# E F F# G G# A A# B
!
Observação importante: Repare que não temos nenhum acidente entre as notas E e F nem
tampouco entre B e C. Porque não há semitom entre estas notas. Ou seja o intervalo entre elas já
é um semitom. !
!
Cordas soltas do violão!
!
Um violão tradicional, de seis cordas (o mais amplamente usado), para ser utilizado corretamente
deve estar afinado. Chamamos de afinar o ato de apertar ou desapertar as cordas do instrumento
para obter determinadas notas. No caso do violão, as notas das cordas soltas são, da corda 6 (a
mais grossa, na parte de cima) até a corda 1 (a mais fina, na parte de baixo):!
!
Corda 6 - E (mi)!
Corda 5 - A (lá)!
Corda 4 - D (ré)!
Corda 3 - G (sol)!
Corda 2 - B (si)!
Corda 1 - E (mi)!
!
Esta é a afinação normal do violão. Digamos… padrão. Existem outras afinações, usadas em
casos específicos, mas sempre que se falar em “afinar o violão”, é desta afinação que falamos.
Não pense que músicos profissionais utilizam algo diferente. Esta é a afinação usada
universalmente. !
!
! Bruno Grünig! 8
Talvez você esteja - se for iniciante - um pouco intrigado com as notas E da corda 6 e 1. Ora… o
som é diferente, certo? A corda 1 é bem aguda e a corda 6 é bem grave. Porém… as notas são as
mesmas, unicamente há duas oitavas de diferença entre as mesmas. Você verá isto com mais
detalhes logo adiante. !
!
Portanto, para obter as notas corretas em todas as casas do violão, é necessário que o mesmo
esteja afinado corretamente. O que acontece no caso do violão estar desafinado? Isto:!
!
As notas das cordas soltas estarão erradas e consequentemente todas as outras notas também
estarão erradas. Ainda serão notas musicais, claro, mas não aquelas que desejamos. Por
exemplo… se a corda 6 solta estiver muito apertada, ela pode soar a nota G ao invés de E. As
notas das casas 1, 2, 3…até o final do braço, também estarão alteradas em 1 1/2 tom. !
!
Portanto, lembre-se: seja para treinar, fazer exercícios ou tocar… primeiro afinar o violão. Assim
seu ouvido acostuma-se ao som correto e dentro de pouco tempo saberá reconhecer um
instrumento afinado ou desafinado.!
!
É recomendável utilizar um afinador eletrônico, principalmente para iniciantes. Infelizmente a
maioria de nós, seres humanos, não tem o ouvido tão sensível a ponto de reconhecer facilmente e
com exatidão as notas musicais. !
!
E porque o violão é afinado assim? !
!
Veja só… num passado longínquo não era assim. Mas o mundo é recheado - graças a Deus - de
boas almas. Através de estudos, tentativas e erros, boas e inteligentes pessoas no passado
chegaram a estas notas, com estas cordas mais grossas e mais finas, não só para obter uma
sonoridade bonita, melodiosa, mas também para tornar o mais prático e versátil possível a
execução de acordes, e melodias ao apertar as cordas do instrumento. !
!
Você poderá comprovar isto facilmente. Imagine que a nota da corda 4 solta, por exemplo, fosse
um C ao invés de um D. Ora, isto mudaria completamente a maneira de se fazer acordes, escalas,
solos, melodias, tudo. E mudamos apenas uma corda! !
!
Conclusão: Após muitos anos de uso desta afinação e experimentos por músicos tarimbados, é
fácil concluir que seria muito difícil, senão impossível, conseguir algo mais simples e versátil ao
mesmo tempo. !
!
As notas no braço do violão!
!
Cada corda do violão, solta, soa uma determinada nota. E a cada casa apertada irá soar notas
diferentes, sempre mais altas do que as cordas soltas. Ou seja, quando você “anda" no braço do
violão em direção ao corpo do instrumento, as notas são mais altas Em sentido contrário, as notas
são mais baixas. !
!
A cada casa “caminhada” no braço do violão, temos uma diferença de meio tom para a nota
anterior. Indo em direção ao corpo do violão cada casa aumenta a nota em meio tom. Ou seja a
nota seguinte sempre é mais alta do que a nota anterior. !
!
No sentido contrário - é claro - ocorre exatamente o contrário. A cada casa a nota diminui em meio
tom. Vamos explicar um pouco melhor isto…!
!
Veja a imagem a seguir…!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 9

!
!
Temos aí representadas todas as notas, em todas as cordas do violão, desde as cordas soltas (0),
até a casa 12. !
!
Vamos tomar como exemplo a corda 6, que na imagem acima é a primeira corda da parte de
baixo. Desde a corda solta, temos as seguintes notas:!
!
E, F, F#, G, G#, A, A#, B, C, C#, D, D#, E!
!
Um pouco de teoria aqui. Para representar meio tom acima, usamos o sinal # (sustenido).
Portanto, uma nota F aumentada de meio tom é representada assim: F#. E assim com as outras
notas também. !
!
Atenção agora… existem duas exceções. Não existe um semitom entre as notas B e C e também
entre as notas E e F. Portanto…!
!
Não existem as notas E# e B#. !
!
Isto significa que meio tom acima de B temos C. Meio tom abaixo de C temos B. A mesma coisa
ocorre entre E e F. !
!
Isto esclarecido, voltemos ao braço do violão. Cada casa - meio tom. E a uma sequência de notas
como as mostradas, damos o nome de escala cromática. !
!
O que é uma escala cromática!
!
Uma escala é - numa forma simples de se dizer - um agrupamento de notas. A escala cromática
pode começar com qualquer nota. E segue aumentando de meio em meio tom. Assim acontece
com as cordas do violão. Em cada corda do violão temos uma escala cromática. Vamos
novamente à nossa imagem do braço do violão. Repare como em todas as cordas a cada casa
“andada" a nota aumenta em meio tom. Aí estão as nossas escalas cromáticas. !
!

!
A escala cromática segue no braço do violão até chegar à mesma nota com que foi iniciada. Isto
se dá na casa 12 (veja na imagem). Ou seja, a partir da casa 12 a escala se repete. Entretanto as
notas a partir da casa 12 estão uma oitava acima das notas iniciais. Porque dizemos “uma
! Bruno Grünig! 10
oitava”? Porque dentro da escala inicial “andamos" para a frente todas as sete notas musicais,
sendo que a oitava nota é igual à primeira. Vamos exemplificar com a corda 5:!
!
1 2 3 4 5 6 7 8

A B C D E F G A
!
Repare como a segunda nota A é a oitava desta sequência. Veja a definição da Wikipédia, que
pode aclarar um pouco mais o assunto: !
!
"Em música, uma oitava é o intervalo entre uma nota musical e outra com a metade ou o dobro
de sua frequência. Refere-se igualmente como sendo um intervalo musical de 2/1.!
O nome de oitava tem a ver com a sequência das oito notas da escala maior: dó, ré, mi, fá, sol, lá,
si, dó, a que se chama igualmente "uma oitava". E diz-se que o segundo dó, o último grau da
escala, está "uma oitava acima" do primeiro. O nome tem a ver com os intervalos entre as notas: a
partir de uma nota dada (por exemplo, dó), a seguinte está separada por um intervalo "de
segunda", a seguinte por um intervalo "de terça", a seguinte por um intervalo "de quarta" e assim
adiante até a "oitava", que será nomeada igualmente à primeira nota (a oitava de dó é outro dó)."!
!
E já que falamos de escalas cromáticas e oitavas, elas ocorrem no sentido horizontal do braço do
violão, conforme demonstrado, e também no sentido vertical. Veja um exemplo:!

!
Corda 6 = E, F, G, !
Corda 5 = A, B, C!
Corda 4 = D, E!
!
Para ilustrar melhor a oitava, não mencionamos os semitons. !
!
Repare que se continuarmos buscando as notas iremos encontrar outra nota E, na corda 1 solta.
Dizemos então que a segunda nota E encontrada está uma oitava acima da primeira. A terceira
nota E encontrada está, portanto, duas oitavas acima da primeira. E uma oitava acima da
segunda. !
!
O inverso também é verdadeiro. Podemos dizer que a nota E da corda 4, casa 2 está uma oitava
abaixo da nota E da corda 1 solta. E que a nota E da corda 6 solta está duas oitavas abaixo da
nota E da corda 1 solta.!
!
Sim… agora é hora de você perguntar: mas pra que serve isso? !
!
Quer saber? Na prática, para quase nada. Não tocamos músicas com escalas cromáticas. Você
verá isso mais adiante. !
!
! Bruno Grünig! 11
Porém, é importante conhecer seu instrumento. E saber como as notas musicais estão nele
posicionadas. Na hora de fazer solos, melodias e acordes, que é como se faz música, quanto
mais você souber a respeito das notas no braço do violão, melhor. !
!
!
! Bruno Grünig! 12

Escalas!
!
!
Até agora, em matéria de escalas, mencionamos apenas a escala cromática. Mas - como eu disse
anteriormente - não é com esta escala que fazemos música. Precisamos retirar algumas notas da
escala cromática para obter escalas que nos permitam fazer música. !
!
A escala maior!
!
Esta é a principal. A escala maior é muito importante. Basta dizer que dela vêm todas as outras
escalas e temos aí o nível de importância desta escala.!
!
Para definir as notas de uma escala, partindo da primeira nota (que dá nome à escala), contamos
os intervalos entre suas notas. Entendemos como intervalo, a quantidade de tons e semitons entre
uma nota e outra da escala. Por exemplo: entre a nota C e a nota D há um intervalo de 1 tom ou
dois semitons, porque entre estas duas notas (lembra da escala cromática?) há outra nota que é
C#. !
!
Estes são os intervalos da escala maior:!
!
Tom - Tom - Semiton - Tom - Tom - tom - Semiton!
!
Ou!
!
1 - 1 - 1/2 - 1 - 1 - 1 - 1/2!
!
Vamos ver então como montar uma escala de C. Começamos - é claro - com a nota C e contamos
os intervalos conforme enunciado acima:!
!
Nota 1 = C !
Nota 2 = D (Tom)!
Nota 3 = E (Tom)!
Nota 4 = F (Semiton)!
Nota 5 = G (Tom)!
Nota 6 = A (Tom)!
Nota 7 = B (tom)!
Nota 8 = C (Semiton)!
!
Portanto, não é necessário consultar nenhuma tabela para saber quais notas formam uma escala.
usando a fórmula de tons e semitons, podemos definir qualquer escala. Veja abaixo como isto
funciona, a partir da escala cromática.!
!
Escala T T ST T T T ST

C C C# D D# E F F# G G# A A# B C

D D D# E F F# G G# A A# B C C# D
!
Portanto:!
!
Escala C (Dó maior) = C, D, E, F, G, A, B, C!
Escala D (Ré maior) = D, E, F#, G, A, B, C#, D!
!
! Bruno Grünig! 13
E assim por diante, para todas as outras escalas. !
!
Certo… então começamos lá atrás com uma nota, passamos por todas as notas, e agora temos
notas que formam escalas maiores. !
!
Agora podemos então fazer música. De uma escala maior iremos obter: melodia, acordes e solos.
Você verá a seguir como tudo se encaixa harmoniosamente. É quase matemático. E digo quase
porque a música na teoria é matemática. Mas na prática envolve muito mais do que isso. Se um
músico (ou cantor) não colocar sentimento na execução da música, teremos algo mecânico, sem
vida. E como é isso? É a forma de executar cada nota e cada acorde. Mais forte, mais suave e
assim por diante.Ouça atentamente uma música e perceba como uma determinada parte é
executada mais baixa, outra mais alta. Uma parte ganha ênfase, outra não. Esta é a vida da
música. Mas o começo é aqui, numa simples escala de sete notas. Oito, certo… mas uma é
repetida. !
!
As partes de uma música!
!
Uma música, para assim ser chamada precisa de uma melodia. Explicando: uma melodia sem
mais nada já é uma música. Por exemplo, quando você assobia o hino nacional brasileiro, está
executando uma melodia. Mas em seu assobio não existe mais nada além da melodia. Não
existem acordes acompanhando, nem solos entre as partes. !
!
Por outro lado, meia dúzia de acordes tocados sem uma melodia podem até parecer uma música,
mas na verdade não poderiam ser assim chamados. !
!
Melodia!
!
Basicamente a melodia de uma música será feita com as notas da escala. O compositor poderá
usar todas as notas para fazer a melodia, ou somente algumas delas. E eu disse “basicamente”,
porque há músicas com alterações que podem usar notas musicais de outras escalas. Mas estes
são casos à parte. O mais comum é que a melodia obedeça à escala. !
!
Vamos citar um exemplo muito simples. A música Ciranda, cirandinha, uma canção popular
utilizada em brincadeiras de crianças, tocada com a escala de C (dó maior), possui estas notas:!
!
E, G, G, E, F, G, G, G, G, A, G, F, E, D, A, A, A, A, B, A, G, G, E, G, F, F, E, D, C!
!
Neste caso, foram usadas todas as notas da escala de C: C, D, E, F, G, A, B. !
!
Duas dicas importantes nesta parte…!
!
• Através das notas de uma música, sabemos qual escala está sendo usada. E
consequentemente em qual tonalidade a música se encontra (veremos o tópico tonalidade mais
adiante).!
• A mesma melodia pode ser executada com diferentes escalas. No exemplo dado, foi utilizada a
escala de C (dó maior). Se quisermos utilizar a escala de D (ré maior), basta aumentar em um
tom cada nota. !
!
Solo!
!
Um solo nada mais é do que uma melodia. Se temos uma música que tem um solo de guitarra
introdução, por exemplo, e outro solo no meio, temos então a melodia principal e mais duas
pequenas melodias - geralmente diferentes da principal - que “adornam" a música. Evidentemente
os solos também vêm da escala em que canção está sendo executada. !
!
Acordes!
! Bruno Grünig! 14
Um acorde - diferentemente das notas - só pode ser chamado (tecnicamente) de acorde, se tiver
pelo menos três notas. Existem casos em que apenas com duas notas se “faz" um acorde. Mas a
regra é esta: três notas para se fazer um acorde. E os acordes de três notas são chamados de
Acordes naturais.!
!
Agora é que você vai perceber a graça da coisa toda. !
!
Os acordes naturais são formados por três graus da escala. O primeiro, terceiro e quinto graus.
Não se assuste com este negócio de “graus”. É apenas uma forma de dizer. Significa a primeira,
terceira e quinta notas da escala. !
!
Vamos lá então. Quais notas formam o acorde C (dó maior)? Vejamos a escala de C:!
!
1. D!
2. E!
3. F!
4. G!
5. C!
6. A!
7. B!
!
Aí está. Então as notas C, E e G são necessárias para formar o acorde C. !
!
Então… um acorde maior vem de uma escala maior. Um acorde menor vem de uma escala
menor. Veremos escalas menores mais adiante. !
!
Na canção Ciranda, cirandinha - nosso exemplo - usamos três acordes para acompanhamento: C,
G, e F. !
!
Vejamos então a formação dos nossos outros dois acordes. Você verá que apesar de formarmos
cada acorde com escalas diferentes, teremos em suas formações as notas da escala em que a
música está sendo executada. Calma lá… você já vai entender…!
!
Vamos então à escala de F, para formar o acorde F!
!
!
1. F!
2. G!
3. A!
4. A#!
5. C!
6. D!
7. E!
!
Portanto nosso acorde F é formado pelas notas F, A e C. Repare como estas notas pertencem
também à escala de C!!
!
Eu não disse? Olhe só a beleza, a graça da coisa… Os acordes harmonizam a melodia porque
têm as mesmas notas da escala utilizada na mesma. Vejamos o acorde seguinte, G:!
!
1. G!
2. A!
3. B!
4. C!
5. D!
6. E!
! Bruno Grünig! 15
7. F!
!
Então, o acorde G é formado pelas notas: G, B e D. Que também estão na escala de C! Harmonia
total!!
!
Repare como as coisas se encaixaram. O que você acaba de comprovar, é parte de algo
chamado Campo harmônico. Veremos isto com mais profundidade mais adiante. !
!
!
! Bruno Grünig! 16

Revisão - o que você já sabe…!


!
!
Muito bem… recapitulando o que você já sabe - ou deveria saber - até agora. !
!
• O que é uma nota!
• Quais são as sete notas principais!
• Quais são as cinco notas com acidentes!
• A escala cromática!
• A escala maior!
• A formação de um acorde natural maior!
• A melodia obtida através de uma escala maior!
• O acompanhamento (acordes) de uma melodia, obtido através da escala maior!
!
A partir de agora, vamos entrar em mais detalhes na parte de escalas e acordes. Pois estes são
os recursos que você irá utilizar sempre para tocar música.!
!
Não se preocupe se alguma coisa ainda lhe parece um pouco nebulosa, confusa. Isto é
perfeitamente normal. O conteúdo deste eBook - embora possa parecer pouco - é denso, forte.
Não obrigue a si mesmo a aprender tudo de uma vez. Este seria o caminho mais rápido para ficar
frustrado. !
!
Ao contrário… pegue leve. Estude um pouco por dia. Não fique horas e horas a fio lendo e
relendo. Isso só vai deixar você exausto e fazer com que não aprenda nada. !
!
Se você compreendeu tudo ou quase tudo até aqui, muito bem. Senão, siga em frente do mesmo
jeito. Leia descontraidamente o restante. se não terminar hoje, termine amanhã. Se ainda precisar
mais um dia, tome o tempo. !
!
Por outro lado, vá praticando. Isso aqui é só teoria. Não deixe de praticar, tocar suas músicas,
acordes, escalas, solos, melodias, lá o que seja. Afinal, este é o objetivo. Tocar!!
!
Lembre-se também que o eBook não vai sair voando pela janela. Você o terá sempre, para futuras
consultas. Quando tiver alguma dúvida, ele estará lá.!
!
Vamos em frente, então. !
!
!
! Bruno Grünig! 17

Escalas maiores e menores!


!
!
Você já viu as escalas maiores na primeira parte do eBook. Porém agora vamos repetir e entrar
mais fundo no assunto, adicionando também a escala menor. !
!
Agora você pergunta: porque escalas maiores e menores? Porque sim… hehehe. Brincadeira. É
porque a escala mais importante - como já dito anteriormente - é a escala maior. Ela é a mais
utilizada nas músicas do dia-a-dia, aquelas que você já cansou de escutar no rádio. Depois dela…
adivinhou… vem a escala menor. !
!
E mais… sabendo estas duas escalas fica muito fácil conhecer as demais. E eu vou mais longe
ainda, mas não me entenda errado. Vou mais longe dizendo que qualquer pessoa, se quiser tocar
violão conhecendo somente estas duas escalas, pode ficar tranquila e tocar até mesmo
profissionalmente. Em músicas populares é muito difícil a utilização de outras escalas. !
!
Alguém pode lhe dizer: “Ah… mentira. As escalas pentatonicas são muito usadas…”. E estará
dizendo a verdade. Mas acontece que as escalas pentatonicas são escalas maiores e menores
das quais fora “decepadas" notas. Ou seja, quando você aprende as escalas maiores e menores,
já aprendeu as pentatonicas por tabela. Você verá isso mais adiante. !
!
Eu já tive um aluno que me disse que um amigo lhe disse (isso é perigoso…) que o “importante"
era aprender os “modos gregos”. Ora… se da escala maior se obtém todas as outras, como seria
mais importante aprender qualquer outra escala? !
!
Eu disse anteriormente que todas as outras escalas vêm da escala maior. E isso é verdade, se
apenas fizermos algumas alterações à escala maior, como você verá a seguir. !
!
Vamos então ilustrar - a princípio - o que acabo de afirmar. Veja a tabela abaixo, que ilustra em
primeiro lugar a escala maior e logo abaixo as escalas menor e as pentatonicas maior e menor. !
!
!
Escala/grau 1 2 3 4 5 6 7

C C D E F G A B

Pentatonica maior C C D E ———— G A ————

Cm C D D# F G G# A#

Pentatonica menor C C ———— D# F G A#


* Atenção: Neste exemplo não foi usada a oitava nota da escala para não confundir. Nos exemplos
que se seguem a oitava nota será acrescentada. !
!
Há diversas maneiras de se encontrar uma escala. Poderíamos - por exemplo - para achar uma
escala menor, partir da escala maior e:!
!
• Diminuir meio tom do terceiro grau!
• Diminuir meio tom do sexto grau!
• Diminuir meio tom do sétimo grau!
!
Você pode reparar isto na tabela acima, facilmente. !
!
Porém é mais simples seguir a os intervalos, a partir da nota fundamental. Nota fundamental é
aquela que dá nome à escala. Por exemplo: escala de C, nota fundamental é a nota C. !
! Bruno Grünig! 18
!
Portanto, utilize a fórmula de intervalos, sem problema. Porém, é importante que você perceba a
relação entre as escalas. Como a mencionada acima, entre a escala maior e a escala menor. Isto
serve para não se correr o risco de “desvincular” uma escala da outra, como se fossem dois
“animais de espécies distintas”.!
!
Repare novamente na mesma tabela, que vou repetir abaixo:!
!
Veja o que acontece entre a escala maior e a escala pentatonica maior. Para formar a pentatonica
maior, são retiradas duas notas da escala maior: os graus 4 e 7. !
!
Escala/grau 1 2 3 4 5 6 7

C C D E F G A B

Pentatonica maior C C D E ———— G A ————

Cm C D D# F G G# A#

Pentatonica menor C C ———— D# F G A#


!
Entre a escala menor e a pentatonica menor… Foram retirados os graus 2 e 6.!
!
Na prática, entretanto, é mais fácil conhecer as fórmulas de intervalos. Veja as tabelas abaixo:!
!
Fórmula 1 1 1/2 1 1 1 1/2

Escala C C D E F G A B C
!
Fórmula 1 1/2 1 1 1/2 1 1

Escala Cm C D D# F G G# A# C
!
Fórmula 1 1 1.1/2 1 1.1/2

C Pentatonica maior C D E G A C
!
Fórmula 1.1/2 1 1 1.1/2 1

C pentatonica menor C D# F G A# C
!
!
Portanto, para achar uma escala!
!
• Maior = Partindo da nota fundamental,, contar intervalos: 1 - 1 - 1/2 - 1 - 1 - 1 - 1/2!
• Menor = Partindo da nota fundamental, contar intervalos: 1 - 1/2 - 1 - 1 -1/2 - 1 - 1!
• Pentatonica maior = 1 - 1 - 1.1/2 - 1 - 1.1/2!
• Pentatonica menor = 1.1/2 - 1 - 1 - 1.1/2 - 1!
!
IMPORTANTE: !
!
1. Nos exemplos acima são utilizadas escalas baseadas na nota fundamental C. Mas - é claro -
as fórmulas, características e relações valem para todas as escalas. Basta escolher uma nota
fundamental, mesmo com acidente (#) e aplicar a fórmula desejada. !
! Bruno Grünig! 19
2. Em termos de escalas, o que você está vendo aqui são fundamentos necessários para a
compreensão das mesmas. Na prática, existem maneiras muito eficientes para se estudar
escalas sem precisar “partir do zero” em cada uma delas. Acordes de violão oferece um curso
a respeito: http://acordesdeviolao.com.br/serieescalas .!
!
Escalas relativas!
!
Uma das mais importantes relações entre escalas é esta:!
!-
Cada escala maior tem uma escala relativa menor e vice-versa. !
!
Escalas (e acordes também, como você verá mais adiante) são chamadas relativas quando
possuem as mesmas notas. Uma escala maior só pode ser relativa de uma menor. E vice-versa.
Vamos a um exemplo: !
!
1 2 3 4 5 6 7 8

Escala de C C D E F G A B C

Escala Am A B C D E F G A
!
Veja na tabela acima as escalas de C e Am. São exatamente as mesmas notas. Veja o grau 6 da
escala maior = A. Partindo deste grau, você terá as notas da escala relativa menor nos graus 6, 7,
1, 2, 3, 4, 5. !
!
Ao contrário, da escala menor para a maior: 3, 4, 5, 6, 7, 1, 2!
!
A diferença entre estas escalas está na impressão que elas passam. Mesmo tendo as mesmas
notas, ao ouvir uma e outra escalas tocadas corretamente, o ouvido distingue a diferença. Uma
música tocada em C vai soar mais aberta, mais “alegre" por assim dizer. Já outra música, em Am
irá soar mais fechada, mais “triste”. !
!
No violão, para achar a nota fundamental de uma escala relativa, fazemos o seguinte:!
!
• Da maior para a menor: três casas para trás!
• Da menor para a maior: três casas para a frente!
!
Tonalidades!
!
As escalas dão também nome à tonalidade da música. Se uma música é feita (ou executada) na
escala de C, dizemos que ela “está" na tonalidade C. Se for feita ou executada na tonalidade Am,
então “está" na tonalidade Am. E assim por diante com as outras escalas. !
!
Transporte!
!
Teoricamente qualquer música pode ser executada em tonalidades mais altas ou mais baixas.
Respeitando-se sempre se a tonalidade é maior ou menor. Assim, uma música que está na
tonalidade C, pode ser tocada em D, D#, E… etc. Mas não pode ser tocada numa tonalidade
menor, a menos que se faça modificações mais profundas. Da mesma forma uma música que
está na tonalidade Am pode ser tocada em A#m, Bm, Cm… etc.!
!
A isso damos o nome de transporte, que é utilizado geralmente para adequar a tonalidade à voz
do cantor. Ou, em música instrumental, para obter uma sonoridade diferente, com instrumentos
diferentes, etc.!
!
! Bruno Grünig! 20
Transporte, ao contrário do que um iniciante possa pensar, é muito mais simples do que parece.
Consiste simplesmente em subir ou descer todas as notas e acordes de uma música em um “x"
número de intervalos ou tons/semitons. !
!
Por exemplo… Suponhamos que uma música que esteja na tonalidade C tenha as seguintes
notas em sua melodia: A, C, D, F, G. E utilize os acordes: C, Am, G. Vamos transportar esta
música para a tonalidade D. !
!
Conforme você pode verificar pela escala cromática, de C até D temos 1 tom. Então vamos subir
tudo em um tom. Notas e acordes. Veja como ficará: Notas: B, D, E, G, A. Acordes: D, Bm, A. !
!
Se você conferir na escala cromática verá que tudo “andou" acima em um tom. Ou dois semitons. !
!
O mesmo procedimento se daria inversamente caso quiséssemos transportar esta música para
uma tonalidade mais baixa. Vamos dar outro exemplo, transportando para a tonalidade A, que é
mais baixa que C. Ficaria então assim:!
!
Notas: F#, A, B, D, E. Acordes: A, F#m, E!
!
O que aconteceu desta vez? Fomos para trás um tom e meio. Caminhamos três notas abaixo na
escala cromática. !
!
E como isto se processa no violão? !
!
Muito simples… cada casa do violão tem diferença de um tom acima ou abaixo em relação à casa
anterior. Então, no primeiro caso, de C para D, andaríamos duas casas para a frente. No segundo
caso, de C para A, andaríamos três casas para trás. !
!
Nota: Quando falo, em relação ao braço do violão “andar para a frente” significa na direção que
vai da mão do violão para o corpo. Para trás, do corpo para a mão. Mão do violão é onde se
localizam as tarraxas que prendem e afinam as cordas. Um nome um pouco estranho, acho eu,
mas enfim, serve para identificar. !
!
Quando ainda não estava acostumado a fazer transporte, eu rabiscava rapidamente a escala
cromática num papel e fazia o transporte por ali. Por exemplo: se uma música na tonalidade E
tinha os acordes E, B7, C#m, F#m e A e eu queria transportar - por exemplo - para a tonalidade C,
eu apenas contava quantos semitons eu “andei" no primeiro acorde e “andava" a mesma coisa
com os demais. Veja no exemplo abaixo, que eu repito a escala cromática, para facilitar:!
!
!
C C# D D# E F F# G G# A A# B C C# D D# E F F# G G# A A# B!
!
Olhando a escala, dá para ver que de E para C eu “andei" 4 semitons para trás. Meu primeiro
novo acorde é C. !
!
Andando 4 semitons para trás a partir de B, encontro G. Então meu segundo novo acorde é G7
(tudo o que vem depois da cifra permanece). !
!
Então, 4 semitons para trás de C# = A. Meu novo terceiro acorde é Am.!
!
Quatro semitons para trás de F# = D. Meu terceiro novo acorde é Dm!
!
Finalmente 4 semitons para trás de A = F. Meu último novo acorde é F. !
!
Portanto, minha nova harmonia é: C, G7, Am, Dm e F!
!
! Bruno Grünig! 21
O mesmo processo pode ser feito no violão. Basta partir da nota fundamental de cada acorde e
andar uma casa para cada semiton. No exemplo acima, seriam 4 casas para trás. !
!
Com o tempo e a prática, você acaba fazendo transportes simples - de um tom, por exemplo -
automaticamente. 

! Bruno Grünig! 22

Localização das notas no braço do violão!


!
!
Um iniciante que olha pela primeira vez para o braço de um violão, deve pensar somente isto:
“chiiiiiii….”. E com bastante razão. Aquilo é um emaranhado de cordas e casas, à primeira vista.
Para piorar ainda mais o quadro, quando você olha de frente, vê uma coisa. Mas do ângulo que
você olha quando está tocando… ai, ai, ai… fica tudo diferente. !
!
Difícil? Nem tanto. Na verdade, você deve esquecer a “primeira olhada”, ou seja, de frente para o
violão. E fixar-se na segunda, na posição que você toca. E é assim que se mostra diagramas do
braço do violão. Veja que a imagem abaixo mostra o braço como se estivesse na posição de tocar
e você simplesmente inclinasse um pouco o violão para ver o braço.!
!

No entanto, as coisas começam a ficar mais fáceis quando você “vê" o braço com seus dedos.
Com o tempo e a prática, você sabe quase sem olhar onde estão seus dedos no braço do violão.
Isto devido a uma coisa maravilhosa que Deus nos deu: o tato. !
!
Quando você começa - por exemplo - a praticar acordes, é perfeitamente normal olhar onde está
colocando os dedos. É quase impossível não olhar. Mesmo um músico experiente de vez em
quando precisa dar uma olhadinha. E alguns músicos profissionais acostumaram-se a tocar
olhando. O que há de errado com isso? Nada, digo eu. Ora… um sujeito vai lá, arrasa tocando
uma música, deixa todo mundo de boca aberta, e a gente sai dizendo: “Ah, esse cara não toca
nada… tá olhando o braço..”??? Não, nada disso. A gente sai é morrendo de vontade de tocar
igual a ele!!
!
Porém, é preciso treinar um bocado os dedos para adquirir rapidez na mudança de acordes e
execução de melodias e solos. Saber que a corda 6 na casa cinco é um A… é fácil. Levar o seu
dedo numa fração de segundos para aquele local… é outra conversa. !
!
Mas existem alguns “truques" que ajudam bastante na hora de localizar notas. !
!
A primeira coisa que você deve guardar aí na cachola pensante: Uma relação que ocorre numa
casa do violão, sempre ocorrerá nas demais casas. Vamos “traduzir" isto. !
!
Suponhamos que você aperte a corda 6 na casa 3. Você terá uma nota G. Ao mesmo tempo, você
aperta a corda 4 na casa 5, onde existe outro G. Se você levar estes dedos para a frente ou para
trás mantendo as mesmas cordas e a mesma distância entre as casas. Vai sempre obter duas
notas iguais. Por exemplo: Duas casas adiante: A e A. Três casas adiante: A# e A#. Uma casa
para trás: F# e F#. E assim por diante.!
!
Tenha sempre isto em mente. !
!
Para estudar mais peculiaridades e “truques" do braço do violão, leia a apostila Segredos do
braço do violão, parte integrante desta obra.!
!
! Bruno Grünig! 23

Acordes de violão!
!
!
Agora chegou a vez dos acordes. Você já viu algo sobre acordes páginas atrás, mas agora vamos
estudá-los mais detalhadamente. !
!
Os principais acordes que utilizamos são os acordes naturais. Acordes naturais são formados por
três notas, como você já viu. São os graus 1, 3 e 5 de cada escala. Acordes maiores vêm das
escalas maiores. Acordes menores vêm das escalas menores. !

Escala de C C D E F G A B

Acorde C C E G

Acorde C7 C E G A#

Escala de Cm C D D# F G G# A#

Acorde Cm C D# G

Acorde Cm7 C D# G A#

!
Entretanto, a diferença entre um acorde natural maior para um menor é de apenas uma nota. E é
muito fácil saber o acorde menor através do maior e vice-versa.!
!
No acorde menor, a única nota diferente é a do terceiro grau. Ela é - em relação ao acorde maior -
meio tom abaixo. Vejamos um exemplo: !
!
O acorde C (dó maior) é formado pelas seguintes notas: C, E e G. !
!
Como o acorde Cm (dó menor) tem apenas o terceiro grau meio tom abaixo, ele é formado pelas
notas: C, D# e G. !
!
Vejamos outros exemplos, agora mostrando as escalas, para que você entenda melhor.!
!
Escala/notas 1 2 3 4 5 6 7

Escala de C C D E F G A B

Acorde C C E G

Escala de Cm C D D# F G G# A#

Acorde Cm C D# G
!
Não vou colocar aqui “tabelas completas”, porque não é assim que você compreenderá o assunto.
Tabelas completas só deixam a gente mais preguiçoso. Se você quiser comprovar a veracidade
das coisas, basta pensar na escala cromática. Uma tabela igual a mostrada acima, com as demais
escalas e acordes naturais, como seria? Muito simples. Basta ir aumentando todas as notas em
meio tom. Abaixo segue uma tabela iniciada, para que você mesmo complete:!
!
!
Escala/notas 1 2 3 4 5 6 7
! Bruno Grünig! 24
Escala de C C D E F G A B

Acorde C C E G

Escala de C# C# D# F F# G# A# C

Acorde Cm C# F G#

Escala de D D E F# G A B C#

Acorde D D F# A

!
Para completar a tabela, basta aumentar (verticalmente) cada nota em meio tom. Ex: Depois de D,
vem D#, E, F… etc., seguindo a escala cromática. !
!
Assim são, portanto, formados os acordes naturais maiores e menores. !
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 25

Acordes com alterações!


!
!
Quando são acrescentadas ou substituídas a um acorde notas que não os três graus do acorde
natural, ele se transforma em outro acorde, alterado. !
!
A primeira alteração que se deve aprender, por ser a mais usada, é a sétima. Dizemos que um
acorde é “com sétima” quando se acrescenta a ele a sétima nota da escala menor. Veja a tabela
abaixo:!
Esta é a mesma tabela usada anteriormente, à qual acrescentamos os acordes com sétima.
Repare como em ambos os casos adicionamos a nota A#. Porque é uma sétima menor, e vem da
mesma escala. Portanto: C7 = Dó maior com sétima menor. E Cm7 = Dó menor com sétima
menor. !
!
Evidentemente, a mesma regra aplica-se aos demais acordes. Um acorde D7 terá em sua
formação a sétima nota da escala de Dm. E assim por diante. !
!
Portanto, sempre que você deparar-se com um acorde com o número 7 e mais nada após a sua
cifra, ele é um acorde com sétima menor. !
!
O que nos leva - antes de prosseguir - às cifras usadas para nomear acordes. Vamos a elas, para
que mais adiante você compreenda automaticamente porque os acordes são denominados
daquela maneira.!
!
Cifras!
!
Conforme já mencionado anteriormente, são atribuídas letras a cada nota ou acorde. No caso dos
acordes, além das letras há números, sinais e outras letras também, para indicar se são menores
ou alterados. A tabela a seguir mostra as principais cifras utilizadas. Caso você entre num site de
cifras americano ou inglês, poderá ver nomenclaturas diferentes para os mesmos acordes. Mas
sites brasileiros utilizam as nomenclaturas abaixo, geralmente.!
!
Cifra com Exemplo Significa

Só a letra C Dó maior

m Cm Dó menor (Atenção: m faz parte do nome do acorde. Não é uma alteração)

7 C7 Dó maior com sétima menor

m7 Cm7 Dó menor com sétima menor

6 C6 Dó maior com sexta

9 C9 Dó maior com nona

6/9 C6/9 Dó maior com sexta e nona

4 C4 Dó maior com quarta

11 C11 Dó maior com décima-primeira

5+ C5+ Dó maior com quinta aumentada

5 C5 Dó com quinta (power chord, acorde é uma exceção só com 2 notas)

13 C13 Dó maior com décima-terceira


! Bruno Grünig! 26

º Cº Dó maior diminuto

M C7M Dó com sétima maior. Neste caso a letra aplica-se ao número.


Obs: A maioria das alterações foram exemplificadas com o acorde maior. Mas podem aplicar-se aos
acordes menores também. Ex: Cm13!
!
Você certamente irá encontrar outras alterações. Porém somente as acima enunciadas são mais
que suficientes para completar o objetivo deste eBook. !
!
Vamos então explicar algumas destas alterações. Porém, via de regra, o próprio enunciado da
alteração já diz de onde ela vem. Por exemplo: você já sabe que a sétima menor vem da escala
menor. Portanto, a sétima maior vem da escala maior. Veja as explicações da tabela abaixo:!
!
Uma observação: Números acima de 7 significam que a escala começou novamente. Por
exemplo: a nona nota da escala de C é D, porque a sétima é B, a oitava é C (começa tudo
novamente) e assim por diante.!
!
Cifra Significado
com

7 A sétima nota da escala menor

6 A sexta nota da escala maior

9 A nona nota da escala (tanto faz maior ou menor, as duas possuem a mesma nota).

6/9 A sexta e a nona juntas, o quinto grau é eliminado

4 A quarta nota da escala maior substitui o grau 3

11 A mesma nota da quarta, mais a sétima menor

5+ A quinta nota da escala maior aumentada em meio tom

5 Caso em que se usa somente os graus um e 5 - power chord

13 Décima terceira nota (igual à sexta, mais a sétima menor)

º No acorde diminuto, todas as notas ficam meio tom abaixo, menos a fundamental.
M Significa que a nota alterada é da escala maior
!
Não é necessário ficar decorando estas regras. É muito melhor você saber na prática onde estão
as notas necessárias a poucos tipos de acordes, do que decorar mil regras e não conseguir
realizar nenhuma delas no violão. !
!
Ainda mais quando temos à disposição os diagramas de acordes, que nos mostram exatamente
as notas necessárias a um acorde e quais dedos devemos utilizar para montar o mesmo. !
!
As explicações dadas aqui servem para que você saiba que acordes não são formados
aleatoriamente. Ou seja, as notas não estão lá por acaso. Estão lá devido às regras.!
!
!
Diagramas dos acordes!
!
Você provavelmente já viu, em sites de cifras, estes diagramas. São pequenos desenhos do braço
do violão, que mostram as notas de cada acorde. Entretanto, um diagrama completo mostra bem
mais que isso. Veja um exemplo:!
! Bruno Grünig! 27
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
A quantidade de informação que um simples diagrama pode trazer:!
!
• A letra A acima do diagrama é o nome do acorde (lá maior)!
• O “x" indica que aquela corda não faz parte do acorde e não deve ser tocada!
• O círculo com a parede mais densa indica a nota fundamental e o baixo do acorde!
• O círculo com a parede mais fina indica que aquela corda solta deve ser tocada!
• As três bolinhas pretas indicam quais cordas e em que casas devem ser apertadas!
• Os números na parte de baixo do diagrama indicam quais dedos devem ser usados para
apertar as cordas.!
• As letras mais abaixo dos números indicam as notas deste acorde!
!
Ufa! Um diagrama desses é uma verdadeira aula, certo? Aproveite as informações e estude pelos
diagramas também. !
!
Alguns sites talvez não tragam diagramas tão completos, porque a intenção ali não é bem ensinar
e sim informar rapidamente como tocar uma determinada música. nada de errado aí. Você não vai
parar para estudar ali. Vai apenas tocar a música…!
!
Acordes relativos!
!
Conforme eu disse lá atrás, quando falava de escalas relativas, existem - justamente devido às
escalas relativas, os acordes relativos. !
!
É algo bastante simples, apesar do nome meio “científico”. !
!
Você viu que escalas são relativas porque têm as mesmas notas. Com os acordes acontece
exatamente a mesma coisa. Acordes são relativos entre si porque suas escalas têm as mesmas
notas. !
E quais escalas têm as mesmas notas? Você viu anteriormente que a escala de C tem as mesmas
notas que a escala de Am. Basta seguir em frente na escala cromática e manter a igualdade.
Aumente em meio tom estas duas escalas e obterá: C# relativa de A#m. E D relativa de Bm. E
assim por diante, não há segredo. !
!
Portanto, basta fazer a mesma coisa com os acordes. O Acorde C é relativo de Am. O acorde C#
é relativo de A#m. O acorde D é relativo de Bm. E assim por diante. !
!
Acordes relativos no violão!
!
Para localizar um acorde relativo no violão é muito fácil. De um acorde maior para seu relativo
menor, basta diminuir a nota fundamental em três semitons (três casas para trás) e você obtém a
! Bruno Grünig! 28
nota fundamental do acorde relativo menor. O contrário é verdadeiro. De um acorde menor, traga
a nota fundamental três casas para a frente e terá a nota fundamental do acorde relativo maior. !
!
Assim: Acorde maior = D - Três casas para trás = B (nota fundamental do acorde relativo menor. O
acorde relativo de D, então é Bm.!
!
O contrário. Acorde menor Bm. Três casas para a frente = D. Acorde relativo de Bm = D.!
!
* * *!
Portanto, como você viu, não há nada de misterioso na formação dos acordes. Tudo vem das
escalas. A seguir, você vai ver algo muito mais importante do que saber - teoricamente - como
formar milhares de acordes. O campo harmônico. !
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 29

Campo harmônico!
!
!
Lá atrás, você já viu um pequeno exemplo de campo harmônico, com a música Ciranda,
cirandinha, lembra-se? Onde notas e acordes se “casavam" perfeitamente? Pois agora vamos
falar a sério sobre isso. Sério mas sem complicações.!
!
Campo harmônico nada mais é do que o conjunto de acordes formados por cada escala. Estes
acordes harmonizam a música feita naquela tonalidade, com aquela escala. !
!
Toda vez que você canta uma música utilizando 2, 3 ou mais acordes, está utilizando, com estes
acordes, o campo harmônico da escala em que a música está sendo executada. !
!
Como funciona o campo harmônico!
!
Contando todos os tons e semitons, temos 12 escalas maiores e 12 escalas menores. Cada uma
destas escalas tem sete notas. E cada nota gera um acorde, maior, menor ou diminuto. Veja
abaixo a fórmula:!
!
Campo harmônico maior!
!
Primeiro grau (fundamental) - Gera um acorde maior!
Segundo grau - Gera um acorde menor!
Terceiro grau - Gera um acorde menor!
Quarto grau - Gera um acorde maior!
Quinto grau - Gera um acorde maior!
Sexto grau - Gera um acorde menor!
Sétimo grau - Gera um acorde diminuto!
!
Exemplo com a escala de C!
!
Escala Acordes

C C

D Dm

E Em

F F

G G

A Am

B Bº
!
Campo harmônico menor!
!
Primeiro grau (fundamental) - Gera um acorde menor!
Segundo grau - Gera um acorde diminuto!
Terceiro grau - Gera um acorde maior!
Quarto grau - Gera um acorde menor!
Quinto grau - Gera um acorde menor!
Sexto grau - Gera um acorde maior!
Sétimo grau - Gera um acorde maior!
! Bruno Grünig! 30
!
Exemplo com a escala de Cm !
!
Escala Acordes

C Cm

D Dº

D# D#

F Fm

G Gm

G# G#

A# A#
!
Acordes relativos no campo harmônico!
!
No tópico anterior, você viu a parte de acordes relativos. Pois a teoria dos acordes relativos
também está presente no campo harmônico. E até mesmo ajuda você a lembrar dos acordes de
cada campo harmônico. !
!
Vamos ver o campo harmônico de C.!
!
Escala Acordes

C C

D Dm

E Em

F F

G G

A Am

B Bº
!
Você já sabe que os acordes C e Am são relativos. Aí estão eles, acima, no campo harmônico de
C. F e Dm também são relativos. E olhe estes dois aí na tabela também. Finalmente, G e Em são
também relativos. E estão aí. !
!
Resultado… De sete acordes, sobrou somente um, o diminuto, que não tem seu relativo no campo
harmônico. Portanto, se você souber - por exemplo - os três acordes maiores de um determinado
campo harmônico, já sabe pelo menos dos outros três. !
!
Nem é preciso mencionar que a mesma “matemática" usada aqui serve para as demais escalas.!
!
Então o campo harmônico tem sete acordes. Seis naturais e um diminuto. Peraí… e os outros
acordes, com alterações? Pertencem ao campo harmônico???!
!
Sim, com raras exceções. Porque podem existir acordes com alterações numa determinada
música, que não pertencem ao campo harmônico da tonalidade em que a música está. São
! Bruno Grünig! 31
acordes “emprestados" de outra escala e outras tantas nuances da música. A MPB e o jazz, por
exemplo, utilizam melodias e acordes intrincados, onde por vezes fica difícil - à primeira vista -
determinar um campo harmônico. !
!
Entretanto, a esmagadora maioria das músicas mais populares segue quase à risca o campo
harmônico. Portanto não há com que se preocupar. Seria a mesma coisa que esquentar a cabeça
com o telhado quando não fizemos sequer o alicerce.!
!
Muito bem, então um acorde, mesmo alterado, continua pertencendo ao campo harmônico. Por
exemplo: Numa música na tonalidade C, os acordes do campo harmônico são: C, Dm, Em, F, G,
Am, Bº. Mas podemos ter: Dm7, G7, G9, F9, Am7… e assim por diante. !
!
Repare nos sites de cifras como os acordes das músicas mais populares raramente saem da
“regra" do campo harmônico. Esta é uma base sólida para compreender a música.!
!
Para que você possa visualizar melhor o tema, seguem os campos harmônicos das tonalidades
sem acidentes. E também sequências de acordes sugeridas para treino. !
!
!
! Bruno Grünig! 32
2.1 - Acordes do campo harmônico de C (dó maior)!
!
!

!
!
!
!
!
Progressões (sequências) de acordes sugeridas para treino (Siga a numeração antes do
nome do acorde). As mudanças de acordes não são restritas a estas sugestões. Procure
variar as sequências por sua conta. Procure também músicas de sucesso e identifique as
sequências. !
!
• 1, 4, 5!
• 1, 6, 4, 5!
• 1, 5, 4, 5!
• 1, 4, 2, 5!
• 1, 7, 6, 4, 5!
• 1, 3, 6, 5!
• 1, 5, 1, 4, 5!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 33
2.2 - Acordes do campo harmônico de D (ré maior)!
!
!

!
!
Progressões (sequências) de acordes sugeridas para treino (Siga a numeração antes do
nome do acorde). As mudanças de acordes não são restritas a estas sugestões. Procure
variar as sequências por sua conta. Procure também músicas de sucesso e identifique as
sequências. !
!
• 1, 4, 5!
• 1, 6, 4, 5!
• 1, 5, 4, 5!
• 1, 4, 2, 5!
• 1, 7, 6, 4, 5!
• 1, 3, 6, 5!
• 1, 5, 1, 4, !
!
! Bruno Grünig! 34
2.3 - Acordes do campo harmônico de E (mi maior)!
!

!
!
!
Progressões (sequências) de acordes sugeridas para treino (Siga a numeração antes do
nome do acorde). As mudanças de acordes não são restritas a estas sugestões. Procure
variar as sequências por sua conta. Procure também músicas de sucesso e identifique as
sequências. !
!
• 1, 4, 5!
• 1, 6, 4, 5!
• 1, 5, 4, 5!
• 1, 4, 2, 5!
• 1, 7, 6, 4, 5!
• 1, 3, 6, 5!
• 1, 5, 1, 4, 5!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 35
2.4 - Acordes do campo harmônico de F (fá maior)!
!
!
!

!
!
Progressões (sequências) de acordes sugeridas para treino (Siga a numeração antes do
nome do acorde). As mudanças de acordes não são restritas a estas sugestões. Procure
variar as sequências por sua conta. Procure também músicas de sucesso e identifique as
sequências. !
!
• 1, 4, 5!
• 1, 6, 4, 5!
• 1, 5, 4, 5!
• 1, 4, 2, 5!
• 1, 7, 6, 4, 5!
• 1, 3, 6, 5!
• 1, 5, 1, 4, 5!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 36
2.5 - Acordes do campo harmônico de G (sol maior)!
!
!

!
!
!
Progressões (sequências) de acordes sugeridas para treino (Siga a numeração antes do
nome do acorde). As mudanças de acordes não são restritas a estas sugestões. Procure
variar as sequências por sua conta. Procure também músicas de sucesso e identifique as
sequências. !
!
• 1, 4, 5!
• 1, 6, 4, 5!
• 1, 5, 4, 5!
• 1, 4, 2, 5!
• 1, 7, 6, 4, 5!
• 1, 3, 6, 5!
• 1, 5, 1, 4, 5!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 37
2.6 - Acordes do campo harmônico de A (lá maior)!
!
!

!
!
Progressões (sequências) de acordes sugeridas para treino (Siga a numeração antes do
nome do acorde). As mudanças de acordes não são restritas a estas sugestões. Procure
variar as sequências por sua conta. Procure também músicas de sucesso e identifique as
sequências. !
!
• 1, 4, 5!
• 1, 6, 4, 5!
• 1, 5, 4, 5!
• 1, 4, 2, 5!
• 1, 7, 6, 4, 5!
• 1, 3, 6, 5!
• 1, 5, 1, 4, 5!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 38
2.7 - Acordes do campo harmônico de B (si maior)!
!
!

!
!
Progressões (sequências) de acordes sugeridas para treino (Siga a numeração antes do
nome do acorde). As mudanças de acordes não são restritas a estas sugestões. Procure
variar as sequências por sua conta. Procure também músicas de sucesso e identifique as
sequências. !
!
• 1, 4, 5!
• 1, 6, 4, 5!
• 1, 5, 4, 5!
• 1, 4, 2, 5!
• 1, 7, 6, 4, 5!
• 1, 3, 6, 5!
• 1, 5, 1, 4, 5!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 39
2.8 - Acordes do campo harmônico de Cm (dó menor)!
!
!
!
!

!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 40
2.9 - Acordes do campo harmônico de Dm (ré menor)!
!
!

!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 41
2.10 - Acordes do campo harmônico de Em (mi menor)!
!
!

!
!
!
!
! Bruno Grünig! 42
2.11 - Acordes do campo harmônico de Fm (fá menor)!
!
!
!

!
!
! Bruno Grünig! 43
2.12 - Acordes do campo harmônico de Gm (sol menor)!
!
!
!

!
!
!
!
! Bruno Grünig! 44
2.13 - Acordes do campo harmônico de Am (lá menor)!
!
!

!
!
! Bruno Grünig! 45
2.14 - Acordes do campo harmônico de Bm (si menor)!
!
!
!


!
!
!
! Bruno Grünig! 46

Tabela de escalas maiores e menores!


!
Apenas para efeito de consulta, seguem na tabela abaixo todas as escalas maiores e menores,
ordenadas a partir da escala de C e sua relativa, e assim por diante. !
!
Tonal 1 2 3 4 5 6 7 8

C C D E F G A B C

Am A B C D E F G A

C# C# D# F F# G# A# C C#

A#m A# C C# D# F F# G# A#

D D E F# G A B C# D

Bm B C# D E F# G A B

D# D# F G G# A# C D D#

Cm C D D# F G G# A# C

E E F# G# A B C# D# E

C#m C# D# E F# G# A B C#

F F G A A# C D E F

Dm D E F G A A# C D

F# F# G# A# B C# D# F F#

D#m D# F F# G# A# B C# D#

G G A B C D E F# G

Em E F# G A B C D E

G# G# A# C C# D# F G G#

Fm F G G# A# C C# D# F

A A B C# D E F# G# A

F#m F# G# A B C# D E F#

A# A# C D D# F G A A#

Gm G A A# C D D# F G

B B C# D# E F# G# A# B

G#m G# A# B C# D# E F# G#
! Bruno Grünig! 47

Escalas e seus acordes!


!
Veja a seguir uma visualização de acordes contidos dentro da escala, no braço do violão. Vai aqui
uma dica muito importante: procure sempre associar os acordes com as escalas. Lembre-se, por
outro lado, que o mesmo acorde pode estar presente em escalas diferentes. Por exemplo: o
acorde C está presente, é claro, na escala de C, na posição fundamental. E também está na
escala de G, no quarto grau. Veja os dois diagramas a seguir, onde estão as notas da escala
(azuis e amarelas) e as notas do acorde (azul).!
!
!
Acorde C na escala de C!

!
Acorde C na escala de G!

!
Repare que as notas azuis dos acordes estão assinaladas em todos os lugares em que realmente
existem, desde as cordas soltas até a casa 12. É fácil visualizar, por exemplo, o acorde C
tradicional feito nas casas 1, 2 e 3. !
!
Não vamos detalhar todas as escalas e acordes aqui, mas tenha sempre isto em mente. Acordes
e escalas estão estreitamente vinculados. Em qualquer estudo que você venha a fazer daqui por
diante, seja de harmonia, solo, escalas, lembre-se disso. Onde houver uma escala, em qualquer
parte do braço do violão, haverá também acordes ou pelo menos segmentos de acordes.!
!
Acordes que harmonizam a melodia!
!
Porque os acordes do campo harmônico harmonizam com perfeição uma melodia feita com
aquela escala? Veja como é simples, interessante e bonito, neste exemplo com a escala de D
(vamos mudar um pouco… já falamos muito da escala de C…). !
!
Escala de D = D, E, F#, G, A, B, C#!
CAMPO HARMÔNICO DE D = D, Em, F#m, G, A, Bm, C#º!
! Bruno Grünig! 48
Veja agora, abaixo, os diagramas dos acordes do campo harmônico de D:!
!
2.2 - Acordes do campo harmônico de D (ré maior)!
!
!

!
!
Repare nas notas que formam cada um dos acordes. Compare-as agora com a escala de
D. Acho que você já percebeu… !
!
Todos os acordes do campo harmônico de D são formados por notas
pertencentes à escala de D!!!!
!
Agora pense comigo… isso só tem mesmo que harmonizar, certo? Se você quiser ir mais
longe um pouco… verá que podemos achar os acordes de um campo harmônico a partir
das notas da escala. Ou seja, não seria necessário ir até a escala do próprio acorde. !
!
Vamos exemplificar. O segundo acorde do campo harmônico de D é Em. Como você
aprendeu que achamos as notas do acorde? Graus 1, 3 e 5 da escala de Em, certo? !
!
Porém, se todas as notas deste acorde estão na escala de D, é claro que podemos achá-
lo através desta escala também. Veja só:!
!
Escala de D = D, E, F#, G, A, B, C#!
Notas do acorde Em = E, G, B (Graus 2, 4 e 6 da escala de D)!
!
Outro..!
!
Escala de D = D, E, F#, G, A, B, C#!
Notas do acorde F#m = F#, A, C# (Graus 3, 5 e 7 da escala de D)!
!
E aí já vira matemática. A partir destes dois exemplos, é fácil ver que os demais acordes vão
obedecer à mesma progressão. Senão vejamos:!
!
! Bruno Grünig! 49
Acorde Em = Graus 2, 4, 6!
Acorde F#m = Graus 3, 5 e 7!
Acorde G = Graus 4, 6 e 1 !
Acorde A = Graus 5, 7 e 2!
Acorde Bm = Graus 6, 1 e 3!
Acorde C#º = Graus 7, 2 e 4!
!
Repare ainda, que o acorde 2 começa com o grau 2, pula um grau para sua
segunda nota, depois mais um grau para sua terceira nota. Veja como isso nos
dá uma espécie de fórmula. !
!
Atenção: No exemplo foi usada a escala de D, mas é
claro que a regra vale para todas as escalas!!
!
Eu gostaria que você realmente parasse para pensar nisto. É uma informação muito valiosa. É
claro que não é segredo algum. Músicos profissionais - é claro - sabem muito bem disso. E
utilizam esta informação para enriquecer seu desempenho. !
!
Acredite… muitas e muitas pessoas tocam violão uma vida inteira e não sabem sequer 10% do
que está sendo passado a você neste eBook. !
!
Não se preocupe em decorar estas coisas. Nem - muito menos - a posição das notas de cada
acorde dentro das escalas. Isto tomaria muito, muito tempo. E seria uma tortura inútil. O que você
precisa saber é o fundamento da coisa. Que é o que está aí. !
!
Mais adiante, quando for estudar escalas, harmonias, solos, isto lhe será de grande valia. !
!
!
! Bruno Grünig! 50

Tablaturas!
!
!
Para todo aquele que estuda/toca violão ou guitarra, foi criado um quase substituto da partitura. A
tablatura. O “quase” deve-se ao fato de que a tablatura por si só não é capaz de fornecer todas as
informações que a partitura fornece. Resumindo... !
!
É possível tocar todas as partes e detalhes de uma música com uma partitura. Mas isto não é
possível com a tablatura. !
!
A tablatura traz somente as casas do violão/guitarra que devem ser tocadas e mais algumas
informações, como ligaduras, etc. Para utilizar uma tablatura, é necessário ouvir a música original,
para saber o tempo, compasso, etc.!
!
Porém, é um ótimo recurso para representar graficamente um solo, por exemplo. E geralmente é
usada para esta finalidade. Por exemplo: uma determinada música tem alguns pequenos solos,
entre suas partes. Mais algo assim na introdução e o solo principal. É possível representar estes
solos na tablatura. Então, ouvindo a música e acompanhando a tablatura, é possível executar o
solo. !
!
Como funciona a tablatura!
!
A tablatura nada mais é do que a representação gráfica das seis cordas do violão ou guitarra.
Cada linha tracejada é uma corda. A linha de baixo é a corda mais grossa (6 - E). Sobre as linhas
são inseridos números, que correspondem às casas a serem tocadas. Veja abaixo uma tablatura
sem nenhuma nota.!
!

Repare que do lado esquerdo estão as cifras que representam as cordas do violão soltas. !
!
Veja abaixo a representação das notas soltas do violão na partitura e na tablatura.!
!

!
! Bruno Grünig! 51

!
Como você pode ver, representamos as cordas soltas com o número 0 (zero). Casa 1 com o
número 1 e assim por diante. A tablatura acima é bastante simples, é claro. Uma tablatura de um
solo com muitas notas, intrincado, naturalmente fica mais “cheia” e deve ser estudada com mais
calma. Veja um exemplo não tão difícil abaixo:!
!
!
!

!
A tablatura acima manda iniciar o solo na casa 14 da corda 2 (B). Depois tocar novamente a
mesma casa, fazendo um pull off para a casa 12. Depois tocar a casa 10. Casa 10 novamente e
fazer um hammer para a casa 12. Depois corda 1 casa 9. Volta para corda 2, casa 12 com pull off
para a casa 10 e termina na casa 11. Naturalmente se você fizer este solo sem saber e sem ouvir
o solo original, ficará “perdido”. Mas ouvindo a música faz perfeito sentido. !
!
!
Sinais da tablatura!
!
Vamos ver agora o que significam os sinais (letras e outros) usados numa tablatura. !
!
!
• v = Vibrato - Consiste em manter a corda pressionada, levando-a de leve para cima e para
baixo.!
• p = Pull off - Em português seria “puxar para fora”. É o ato de tocar uma nota e soltá-la para que
soe a outra nota. !
• h = Hammer - Em português seria “martelo”. É o ato de tocar uma nota e “martelar” outra uma
ou mais casas adiante.!
• (/) = Slide up - Em português seria “deslizar acima”. Consiste em tocar uma nota e deslizar o
mesmo dedo uma ou mais casas adiante.!
• (\) = Slide down - Tocar uma nota e deslizar uma ou mais casas para trás.!
• b = Bend - É o ato de tocar uma nota e “empurrar” a corda para cima ou para baixo, fazendo
com que soe outra nota meio ou um tom acima.!
• r = Release - Quer dizer soltar. Quando se faz um bend e se deve soltar em seguida. !
• t = Tap - Consiste em “bater” na corda na casa indicada com um dedo da mão direita.!
• x = Tocar a nota amortecida!
!
Estes são os principais sinais usados na tablatura. Eventualmente o criador da tablatura pode
acrescentar outros, para explicar um detalhe. Devemos levar em consideração a limitação da
! Bruno Grünig! 52
tablatura. É praticamente impossível representar exatamente o que um guitarrista ou violonista
faz, através de sinais gráficos. Mas a tablatura cumpre bem o papel de indicar quais notas devem
ser tocadas. O restante deve ser aprendido ouvindo a música. !
!
Acordes na tablatura!
!
Acordes também podem ser representados na tablatura. Isto pode ser necessário se - por
exemplo - no início ou meio de um solo for necessário fazer um acorde. É fácil reconhecer um !
acorde na tablatura, pois as notas estarão alinhadas. Veja o exemplo abaixo:!
!
Am E!
!
!
!
!
!
!
!
!
!
No início da tablatura são tocadas 4 notas. Depois há um acorde Am. Depois são tocas mais 4
notas e em seguida vem um acorde E. !
!
Lembre-se também de que as tablaturas existentes por aí na internet, são criadas por pessoas
comuns, que gostam de colaborar e compartilhar. E estas pessoas podem errar. Portanto, nem
sempre uma tablatura que você encontra está correta. Pode conter erros. E levar você a pensar
que “não consegue”. Mais uma vez... é preciso escutar bem a música. !
!
Por outro lado, mesmo que a tablatura esteja correta, isto não quer dizer que você vai “bater o
olho” e tocar. Tudo na vida exige esforço. Para que você tenha idéia, recentemente resolvi treinar
um solo que é muito comprido, tem muitas notas e detalhes. Pois bem... treinando de quinze a
trinta minutos, pelo menos quatro vezes na semana, levei três meses para tocar corretamente o
solo. Ufa! É muita coisa? Demora muito? Ora, eu acabo de completar 56 (cinquenta e seis) anos
de idade (em 2013). E ainda estou aprendendo. Qual é a pressa? Demora? Demora sim. Mas vale
a pena. Aprender violão ou qualquer outra coisa que valha a pena... dá trabalho. Sentar a bunda
no sofá e ver televisão não dá. É preciso escolher.!
!
!
!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 53

Trabalhando com capotraste!


!
!
O que é um capotraste!
!
Veja as imagens abaixo. Vários tipos de capotraste estão representados aí. O capotraste executa
a mesma função de uma pestana, ou seja, aperta todas as cordas numa determinada casa ao
mesmo tempo. !

!
O que acontece então? Vejamos… as cordas do violão soltas soam: E, A, D, G, B e E. A cada
casa do violão aumentamos meio tom para cada corda. Então, se colocamos o capotraste na casa
1, as notas das cordas serão: F, A#, D#, G#, C e F. !
!
O mesmo ocorre com os acordes. Por exemplo: Se colocamos o capotraste na casa um e
fazemos a mesma posição de C, teremos um acorde C# (meio tom acima).!
!
Com os acordes das quatro tonalidades passadas, você consegue tocar músicas em todas as 24
tonalidades existentes. Veja a tabela abaixo:!
!
!
Tonalidade Capo casa 1 Capo casa 2 Capo casa 3 Capo casa 4 Capo casa 5 Capo casa 6

C C# D D# E F F#

D D# E F F# G G#

G G# A A# B C C#

A A# B C C# D D#
!
!
Vejamos um exemplo. Suponhamos que você queira tocar uma música na tonalidade F#.
Colocando o capotraste na casa 4, você irá então utilizar os formatos de acordes da tonalidade D.
Desta maneira, ao tocar - por exemplo - o formato do acorde D, estará tocando o acorde F#. !
!
No eBook “Como usar um capotraste”, você terá mais dicas sobre este recurso. !
! Bruno Grünig! 54
!
Conclusão!
!
!
Antes de realmente concluir, quero voltar a insistir num ponto. Não tente decorar nada do que foi
aqui ensinado. Ou melhor… algumas coisas você acaba decorando naturalmente, como por
exemplo as posições usadas para fazer um acorde. Isto é normal. O que quero dizer, é que de
nada adianta ter na ponta da língua um montão de teoria e não aplicar nada na prática. !
!
Portanto, deixe que as coisas fluam naturalmente. O que você aprender hoje pode não lhe ser de
uso imediato. Mas se você realmente aprendeu, quando chegar a hora de usar, você saberá. !
!
O eBook Notas e acordes de violão para iniciantes não tem a pretensão de ensinar tudo o que se
refere ao assunto, é claro. Mas com certeza constitui uma peça importante em sua coleção de
estudos de violão. !
!
Guarde com carinho o seu exemplar, mantendo cópias em pendrive ou outro meio. De qualquer
maneira, caso perca o arquivo, entre em contato através do email:
atendimento@brunogrunig.com.br e terei prazer em enviar-lhe um novo arquivo. !
!
Uma dica - Eu tenho, no momento em que escrevo este eBook, 56 anos de idade. Comecei a
“arranhar" meus primeiros acordes com cerca de 16 anos. Como você talvez possa imaginar, as
coisas não eram tão fáceis naquela época. Computador pessoal era algo que não se conhecia. Se
telefone fixo era um luxo, celular sequer estava para ser inventado. Mesmo na capital de São
Paulo, poucas eram as lojas especializadas em música. !
!
Ou seja… você tem muito mais do que necessita bem na palma de sua mão. Ou melhor, em
muitos casos, ao alcance de um clique do mouse. !
!
Porém, tudo isto pode não significar nada. Para aproveitar ao máximo tudo o que está ao seu
alcance, é necessário que você tenha a mesma coisa que nós tínhamos lá atrás, no passado.
Garra, vontade de aprender. Disposição para praticar, treinar. Isto vem de dentro de você, e é
imprescindível para aprender qualquer coisa. !
!
Não pense que aqueles caras que tocam pra caramba, que você vê no youtube, são “gênios”.
Nada disso. Eles estudam. Treinam feito doidos. Horas e horas por dia. Dedicam-se inteiramente
aos seus instrumentos. Por isso “tocam pra caramba”. !
!
Você não precisa se matar de estudar. Principalmente no início. Vá devagar. Mas mantenha a
constância. Se puder estude pelo menos alguns minutos todos os dias. E vá aumentando
gradativamente. Eu garanto a você que estudando pelo menos meia hora por dia, em menos de
um ano você mesmo estará surpreso com o resultado. !
!
Um grande abraço.!
!
Bruno Grünig!
!
!
!
!
! Bruno Grünig! 55

Sobre o autor!
!
!
Bruno Grünig é brasileiro de São Paulo - SP, escritor, músico, criador do site Acordes de violão
(2009). Com diversas obras publicadas, principalmente na área de música, incluindo o Curso de
violão para iniciantes, já contribuiu na formação de centenas de pessoas na área de violão e
composição musical, principalmente. !
!
Site - http://acordesdeviolao.com.br!
Email - atendimento@brunogrunig.com.br !
!
Outras obras:!
!-
eBook Diagramas de acordes para violão e guitarra - http://acordesdeviolao.com.br/diagramas/!
- eBook Teoria musical aplicada ao violão - http://acordesdeviolao.com.br/teoria/!
- Curso Série escalas - http://acordesdeviolao.com.br/serieescalas/!
- Curso de violão para iniciantes - http://videoauladeviolao.com.br

Você também pode gostar