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ELEMENTOS DE MÁQUINAS II

Professora: Lucila Teixeira


EMBREAGENS E FREIOS

Embreagens: São elementos de máquinas destinados a


“ligar ou desligar” suavemente a transmissão de
movimento entre dois eixos (motor e movido).

Freios: São elementos de máquinas que permitem


controlar a velocidade de um sistema em movimento.

Os freios atuam de forma semelhante às embreagens,


diferindo pela presença de um elemento fixo e um móvel,
ao invés de dois elementos móveis.
EMBREAGENS E FREIOS
Embreagens e freios são essencialmente o mesmo dispositivo;
Quando os elementos conectados podem rodar, é chamado de
embreagem;
Se um elemento roda enquanto o outro é fixo, é chamado de
freio;
Embreagem fornece uma conexão que se pode interromper
entre dois eixos que rodam, como, por exemplo, o eixo de
manivelas de um motor de automóvel e o eixo de entrada de
sua transmissão.
Freio fornece uma conexão não-permanente entre um
elemento que roda e um plano de chão que não roda, exemplo
a roda de um automóvel e seu chassis;
EMBREAGENS E FREIOS
EMBREAGENS E FREIOS
Funções da embreagem:

Tornar mais suave o comando de um sistema, permitindo a


atuação sem perturbação frequente do motor (arranque,
frenagem, troca de velocidades).

Economia de energia e dos mecanismos associados,


desacoplando-se do motor a parte que se deseja parar o
movimento.

Melhorar a segurança de operação, permitindo efetuar o


isolamento do sistema motor para imediata parada do
mecanismo em caso de acidente.
EMBREAGENS E FREIOS
Funções principal da embreagem:

Armazenamento e/ou transferência de energia de


rotação
EMBREAGENS E FREIOS
Principal característica da embreagem:

Ambos os elementos unidos podem girar. Desta forma,


uma embragem pode interromper a conexão entre dois
eixos.
EMBREAGENS E FREIOS
Mecanismos de Aplicação:

• Estes elementos são extensivamente utilizados em


máquinas de produção de todos os tipos, não apenas
em aplicações envolvendo veículos nos quais são
necessário para permitir que o motor possa continuar
rodando (marcha lenta) quando um veículo esta
parado ou para se mudar o arranjo de engrenagens
(marchas).
EMBREAGENS E FREIOS
Mecanismos de Aplicação:

 Freios e embreagens são utilizados extensivamente em


máquinas de produção de todos os tipos;
Aplicações em veículos para parar o movimento e permitir que
o motor de combustão interna possa continuar rodando
(marcha lenta) quando o veículo está parado ou para se mudar
o arranjo de engrenagens (marchas);
Dispositivo de desconexão em caso de emergência, que separa
o eixo do motor em caso de emperramento de uma máquina;
Permitem que uma carga de alta inércia seja movimentada
com um motor elétrico menor que o que seria conectado se
esta fosse diretamente conectada.
EMBREAGENS E FREIOS

TIPOS:

Este elemento pode ser classificado de várias maneiras:

Pela forma de atuação;


Pela maneira como transferem energia entre os
elementos;
Pelo caráter do acoplamento.
EMBREAGENS E FREIOS

Mecanismos de conexão/operação:

• Atrito;
• Magnéticas;
• Hidráulicas;
• Mecânicas.
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Forma de atuação automotiva:

• Hidráulicas (carros modernos);


• Mecânicas (carros antigos);
• Pneumáticas.
EMBREAGENS E FREIOS
EMBREAGENS E FREIOS
EMBREAGENS E FREIOS
• Forma de atuação:

• A forma básica de transmissão hidráulica, conhecida como


embreagem hidráulica. Consiste, essencialmente, numa bomba e
numa turbina entre as quais o óleo circula enquanto o motor está em
funcionamento. Quando o motor trabalha em marcha lenta, o óleo é
expelido pela bomba, devido à força centrífuga. Este óleo é atirado
pelas pás para a turbina, que permanece parada, visto a força do óleo
não ser suficiente para movê-lo. Quando o motorista acelera, a
velocidade da bomba aumenta e o torque resultante do movimento
mais rápido do óleo torna-se suficientemente elevado para vencer a
resistência da turbina, que começa a rodar e põe o automóvel em
movimento. Após ter transmitido energia à turbina, o óleo volta à
bomba, repetindo-se então o ciclo.
EMBREAGENS E FREIOS

TIPOS:

Forma como transferem energia:


Contato positivo,
Atrito,
Sobremarcha,
Magnético,
Acoplamento fluídico,
EMBREAGENS E FREIOS
 No projeto as variáveis são:
 Força atuante
 Torque transmitido
 Energia dissipada
 Aumento de temperatura

 As configurações mais utilizadas são:


 Tambor com sapatas internas
 Tambor com sapatas externas
 Disco
 Cinta
 Cônicos
EMBREAGENS E FREIOS
Procedimento de Análise

A análise de todos os tipos de embreagens de atrito e


freios utiliza as seguintes etapas:

1. Admitir ou determinar a distribuição de pressão sobre


as superfícies de atrito.
2. Descobrir a relação entre a pressão máxima (pa) e a
pressão em qualquer ponto a(p).
3. Aplicar as condições de equilíbrio estático para
determinar a força atuante, o torque e as reações de apoio.
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Análise Estática

Uma pequena sapata articulada em


A, com força atuante F, força
normal N no contato entre as
superfícies, e a força de atrito f.N,
sendo foco eficiente de atrito. O
corpo move-se para a direita e a
sapata está estacionária.
EMBREAGENS E FREIOS
Análise Estática

Como a sapata é curta, a pressão será considerada


uniformemente distribuída sobre a área de atrito,
desta forma: p=pa.

Como a pressão está uniformemente distribuída,


pode-se calcular uma força normal equivalente, logo:
N=pa.A
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 Condição de Auto Acionamento

Fazendo-se b=f.a, a força F se torna nula e nenhuma


força atuante é requerida, condicionando o autobloqueio,
o que não é desejado.
Para evitá-lo, deve-se oferecer a condição de auto
acionamento ou auto energização. Para tanto, o valor de F
nunca deve ser nulo.
Um modo de se conseguir isto é aumentar a especificação
do fabricante para o coeficiente de atrito, por exemplo de
25 a 50%.
Portanto, considerando-se f’=1,25.f a 1,50.f, obtém-se as
dimensões de a e b para conseguir o grau de auto
acionamento desejado.
EMBREAGENS E FREIOS
Freios de Sapatas Internas (Aro Interno)

O sistema de freios do tipo sapata interna ou freio a


tambor é usado principalmente para aplicações
automotivas.

Constitui-se de três elementos: as superfícies de atrito


(guarnição das sapatas e o tambor), os meios de
transmissão do torque para as superfícies e o mecanismo
de acionamento.
EMBREAGENS E FREIOS
Freios de Sapatas Internas (Aro Interno)

 Embreagem centrífuga é empregada principalmente


para operações automáticas;
 Se nenhuma mola for utilizada, o torque transmitido
será proporcional ao quadrado da velocidade.
 Útil para acionamento por motor elétrico em que,
durante o arranque, a máquina movida aumenta de
velocidade sem choque.
EMBREAGENS E FREIOS
Freios de Sapatas Internas (Aro Interno)

 Embreagens magnéticas particularmente úteis para


sistemas automáticos e de controle remoto.
Embreagens hidráulicas e pneumáticas são também
de utilidade em acionamentos com ciclos complexos
de carregamento e em maquinaria automática, ou em
robôs.
Fluxo de fluido pode ser controlado remotamente,
mediante o uso de válvulas solenóides.
EMBREAGENS E FREIOS
 Freios de Sapatas Internas
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 Freios de Sapatas Internas
EMBREAGENS E FREIOS
 Freios de Sapatas Internas
EMBREAGENS E FREIOS
 Freios de Sapatas Internas
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 Freios ou Embragem tipo Tambor de Sapatas
Internas
Hipoteses:

 O efeito da força centrífuga é desprezível;

 Considera-se que a sapata é rígida e se despreza o


efeito de deformações; e

 Considera-se que o coef. atrito é constante e


independe das condições de contato.
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Freios de Sapatas Internas

Para analisar o mecanismo de


uma sapata interna deve-se
observar a figura, com o pivô
no ponto A e a força atuante
agindo no outro lado da
sapata.
EMBREAGENS E FREIOS
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EMBREAGENS E FREIOS

• O material de fricção
começa no ângulo β1,
medido a partir do pino
articulado no ponto A,
até um ângulo β 2.
EMBREAGENS E FREIOS
Considerando uma unidade de pressão p agindo sobre um
elemento de área do material de fricção localizado no
ângulo β a partir do pino articulado. A pressão máxima
pa está localizada no angulo βa a partir do mesmo ponto.
Não é considerada a hipótese de que a pressão nesse
ponto seja proporcional à distância vertical, a partir desse
ponto. Essa distância vertical é proporcional ao seno β e
a relação entre as pressões é:
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ARO EXTERNO CONTRÁTIL
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 Freios de Sapatas
Externas – Aro Externo
Contrátil
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 Freios de Sapatas
Externas
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FREIOS DE SAPATAS EXTERNAS SIMÉTRICAS

Um caso especial de freios de sapata externa acontece


quando o pivô é simetricamente localizado e colocado de
tal maneira que os momentos das forças de fricção no
pivô são iguais a zero.

Para obter-se a relação da distribuição da pressão, é


considerado que os revestimentos de uso permanecerão
em sua forma cilíndrica. Isso significa que o desgaste Δx
é constante independentemente do ângulo β.
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• Exercícios

• Exemplos resolvidos: 16.1 e 16.2


• Exercícios: 16.1 a 16.10

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