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O que lembrar em tempos difíceis


1 Samuel 7.1-12

Introdução:

Duas citações iniciais:

Helena Pignatari, historiadora, dizia que “um povo sem memória é um povo sem história”

Adélia Prado, em um de seus poemas, escreveu que “aquilo que a memória ama, fica eterno”

A cena descrita aqui no versículo 12 é a de um memorial. Memorial (Zikkarôn, lembrança)


era um sinal visível que apontava para quilo que não podia ser esquecido. Sua proposta
era a de preservar a memória, a história, um acontecimento, uma experiência pessoal ou
coletiva, objetiva ou subjetiva

O memorial era uma das características da cultura religiosa e de fé dos israelitas do Israel
do A.T.

O memorial, portanto, era um sinal visível, sacramental, de uma realidade que não se
considerava passada, mas presente.1 Ele atualizava a memória.

A maioria dos memoriais mencionados no Antigo Testamento destinava-se a lembrar


Israel da vontade de Deus, sua bondade, graça e bênçãos da aliança. Eles apontavam
para Deus, para o alto, em direção ao Senhor.

A Bíblia é um livro de memoriais, eles estão em toda a parte na narrativa bíblica.

a) O arco de Deus – Genesis 9.13


Deus estabelece um concerto com Noé e as gerações futuras de que um dilúvio
universal não aconteceria novamente
b) O memorial de Jacó – Genesis 28.10-22
Jacó levantou a pedra onde dormiu colocando-a como coluna para testemunhar seu
encontro com Deus e como marco de um novo tempo, nova vida.
c) A pedra do testemunho – Genesis 31.44-49
A pedra do testemunho selou o compromisso entre Labão e Jacó.
d) As borlas azuis nas roupas – Números 15.37-40
Borlas eram ornamentos que ficavam nas extremidades das roupas e serviam para
lembrar a nação dos mandamentos do Senhor
e) O Memorial das doze Pedras - Josué 4. 1 – 9
Após passarem o Jordão, Josué ergue um memorial com 12 pedras a fim de
lembrar seus sucessores o dia em que foram interrompidas diante da arca da
Aliança.

Transição:

1
[4] José ALDAZÁBAL, A Eucaristia, p. 44.
2

O texto que lemos hoje encerra com Samuel erigindo um memorial com uma pedra e dá-lhe o
nome de Ebenézer cuja tradução é pedra de ajuda. Ela lembraria a Israel que num contexto e
ocasião difíceis, Deus ajudou a Israel.

O que lembrar quando a exemplo de Israel, estivermos passando por circunstâncias difíceis,
momentos dolorosos, acontecimentos que asfixiam a alma e nos roubam a alegria?

Alguns princípios a considerar com o nosso texto:

1. A ajuda de Deus nem sempre é imediata, pontual, muitas vezes,


se mostra demorada.

Versículo 2: “A arca permaneceu em Quiriate –Jearim muito tempo, forma vinte anos. E todo
o povo de Israel buscava o Senhor com súplicas”.

No capítulo 4, Israel sofre uma fragorosa derrota e os filisteus capturam a arca e a levam para
território filisteu onde permanece 7 meses de posse dos inimigos (1Sm. 6.1). Depois ela é enviada
para Quiriate Jearim, lá permaneceu 20 anos, totalizando 27 anos, só depois é que Davi a leva
para Jerusalém.

Note a expressão “Muito tempo”. “Muito tempo” é a linguagem da dor que se arrasta, do
sofrimento que se prolonga, da lágrima que não cessa. Foram 27 anos de espera angustiante, de
27 anos de opróbrio, de vergonha, de ruína nacional. Para quem sofre o tempo se arrasta; para o
aflito, o tempo é um algoz impiedoso.

O texto nos informa que durante todo esse tempo, Israel buscava a Deus. Por 27 anos Israel não
via nenhuma ajuda, nenhum auxílio, nenhum socorro, nenhum milagre.

Esse é um dos grandes dilemas da vida cristã: nossas urgentes necessidades e a aparente
demora de Deus em nos socorrer.

Salomão escreveu que "A esperança que se adia faz adoecer o coração, mas o desejo cumprido é
árvore de vida." (Prov.13:12)

Como conciliar o amor de Deus se na hora da crise mais agônica ele não chega? Como conciliar o
poder de Deus com a perpetuação da crise nos cerca por todos os lados? Se Deus nos ama, por
que demora em vir em nosso socorro?

A espera é o grande teste da fé

A oração de Davi no Salmo 13.1,2,3 é comum a todos nós:

“Até quando te esquecerás de mim, SENHOR? Para sempre? Até quando esconderás de
mim o teu rosto? Até quando consultarei com a minha alma, tendo tristeza no meu coração
cada dia? Até quando se exaltará sobre mim o meu inimigo?”

Salmos 119:82:
“Os meus olhos fraquejam de tanto esperar pela tua promessa, e pergunto: ‘quando me
consolarás?”

Por 430 anos Israel esteve debaixo do tacão opressor de faraó, clamavam a Deus e o único
barulho que ouviam era o estalar do chicote cruel de seus algozes. (Ex. 3.7-8). Os discípulos
açoitados pela fúria do mar e a demora de Jesus em socorrê-los, desesperam-se (Mt. 14.22-33).
Jesus só os socorre na quarta vigília da noite.2
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A noite era dividida pelos judeus em quatro vigílias; a primeira ia das 6h da tarde às 9h da noite, a segunda, das 9h á
meia-noite, a terceira, da meia-noite às 3h da madrugada; e a quarta, das 3h da madrugada às 6h da manhã
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Uma das marcas de nosso tempo é o imediatismo. Imediatismo é a idéia de que tudo tem que ser
feito hoje, agora, já. Robert Tamasy dizia que vivemos o imperativo do instantâneo. Vivemos
governados pela tirania do urgente. Tudo precisa funcionar dentro das leis do imediatismo.
Alan Brizotti escreve que “o imediatismo é o grande vício da igreja hoje”. Como um irmão que
orava: “Ó Deus, dá-me paciência! Mas eu quero agora!”.

O problema da “espiritualidade do urgente” é que ela não suporta dia mal, os vales sombrios, os
Getsemanis, as noites escuras da alma.

Como esperar

 Silenciosamente: “Bom é esperar em silêncio o socorro do Senhor” (Lm. 3.26)


 Confiantemente: “Esperei confiantemente pelo Senhor, ele se inclinou para mim e
ouviu o meu clamor (Sl.40.1)
 Pacientemente: “E, assim, depois de esperar com paciência, obteve Abraão a
promessa” (Hb. 6.15)

Davi atravessava um momento difícil quando escreveu o Salmo 43.5, um dos mais lindos do
saltério: “Por que estás abatida, ó minha alma? E por que te perturbas dentro de mim?
Espera em Deus, pois ainda o louvarei, o qual é a salvação da minha face e Deus meu”

Transição: O que lembrar em dias difíceis? O nosso texto aponta-nos para um segundo
lembrete

2. Reavalie suas prioridades e interesses em relação a Deus

É o redirecionamento de nossas prioridades: isso tem a ver com aquilo que é realmente
essencial, absolutamente central em nossa espiritualidade.

É o que está dito nos versículos 3 e 4: “Então falou Samuel a toda a casa de Israel,
dizendo: Se com todo o vosso coração vos converterdes ao Senhor, tirai dentre vós
os deuses estranhos e os astarotes, e preparai o vosso coração ao Senhor, e servi a
ele só, e vos livrará da mão dos filisteus. Então os filhos de Israel tiraram dentre si
aos baalins e aos astarotes, e serviram só ao Senhor”

De uma coisa Samuel estava certo: com ou sem rei, a nação jamais seria bem-sucedida
se o povo não colocasse o Senhor em primeiro lugar e cresce somente nele. Por esse
motivo, convocou uma assembléia em Mispá, uma cidade em Benjamim (Js.18.26), nas
vizinhanças de Gibeon e Ramá (1 Rs. 15.22), onde convocou o povo para a oração e o
desafiou a voltar-se para o Senhor.

No versículo 2 o povo clama a Deus ao mesmo tempo que adora deuses estranhos. A
relação com Deus era dúbia, dividida, fracionada.

Coração dividido,
Adoração dividida
Culto dividido
Vida dividida
Amor dividido
Altar dividido
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Há uma outra questão a considerar aqui - O povo está clamando a Deus, mas com as
intenções erradas, eles queriam a arca porque a arca era símbolo de vitória. Onde a arca
estava, estava a vitória. O que eles queriam mesmo era a arca e não Deus. Eles haviam
substituído Deus pela arca. É a perversão dos interesses.

Eles queriam um deus funcional, pragmático, utilitário; um deus tapa buraco, um deus
resolve tudo, um gênio da lâmpada. Um deus-ídolo. E um deus-ídolo é descartável caso
não funcione. Caso não atenda magicamente as necessidades pontuais de quem pede é
substituído por outro.

Com responsabilidade e sensibilidade pastoral, pergunto

Quais são as reais motivações que nos trazem aqui? Deus ou a sua arca? A benção ou o
abençoador? A dádiva ou o doador? Deus ou as coisas de Deus? Deus ou o milagre de
Deus?

Não raro vemos templos superlotados de pessoas que se apinham e se acotovelam


ávidas por receberem o milagre, a cura, a benção, a casa, o carro, o emprego dos sonhos,
o casamento blindado etc... E Deus? Deus é apenas a senha, o trampolim, a vara de
condão, o meio pra se chegar a um fim.

Isso levou Fiódor Dostoiévskique “O que os homens querem não é Deus, mas o milagre
de Deus”

João 6.22-26 –O povo desceu do monte e seguiram Jesus não por causa das palavras de
Jesus, mas por causa de pão e peixe.
Os soldados romanos aos pés da cruz (Mc.15.24)

Não podemos esquecer que Deus é a grande benção, a maior benção, a benção das
bênçãos. Nenhuma benção por mais abençoada e abençoadora que seja é maior que o
Deus que abençoa.

Ele é a pedra de grande valor, o tesouro dos tesouros, a maior de todas as dádivas, de
todas as bênçãos, de todas as conquistas, de todos os achados.

Sua presença é insubstituível– Ex. 33.14

Transição. Mas, ao continuarmos lendo nosso texto, podemos ainda pinçar um terceiro
princípio digno de destaque. Em tempos de crise...

3. É preciso lembrar da perseverança: uma virtude imprescindível

Veja o texto. No versículo 2 está dito que a arca permaneceu em Quiriate-Jearim muito
tempo; por 20 anos, e que o povo por todo esse tempo permaneceu clamando ao Senhor.

No versículo 8 está dito que o povo pede para Samuel não parar de clamar por eles ao
Senhor:
“E disseram a Samuel: "Não pare de clamar por nós ao Senhor nosso Deus, para que
nos salve das mãos dos filisteus".
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As palavras que traduzem esses dois versículos aqui é perseverança, persistência,


resiliencia, constância. Gosto da expressão “não pare de clamar”. Esse é o grande
desafio da fé.

Alguém disse que triunfar não é vencer e sim persistir. Perseverança é a virtude dos
resolutos; daqueles que não entregam os pontos, daqueles que não se dão por vencidos,
daqueles que avançam mesmo quando as circunstâncias dizem “pare!”, mesmo que o
contingente diga “pare!”, mesmo que o diabo diga “pare!”, a perseverança diz: “continue”,
“avance”, “vai em frente”, “prossiga”, “não pare!”

Não se esqueça que haverá sempre os inimigos de plantão, aqueles que tentarão
convencê-lo a desistir. São os inimigos da perseverança.

Tentaram silenciar Bartimeu (Lc. 18.39)

Conspiraram contra a persistência da mulher Ciro-fenícia (Mt. 15.23). Irônico é que são os
próprios discípulos que estão incomodados, irrequietos com a persistência da mulher. Que
ironia!

Perseverar sempre terá valido a pena no final de tudo

Mateus 24.13
“Aquele que perseverá até o fim, será salvo”
Daniel 12.13
“Tu, porém, vai até ao fim; porque descansarás, e te levantarás na tua
herança, no fim dos dias

Armando Filho colocou este sentimento num poema: “...uma vez, outra vez, vai em frente
e tente um pouco mais...”.

Os que  se acham sem forças devem tentar mais uma braçada, mais uma pedalada ou
mais um passo. Por que não tentar o diálogo só mais uma vez? Por que não caminhar só
mais uma milha? Por que não dizer para si mesmo:  eu não vou parar na hora em que os
medíocres desistem.

Transição: Em último lugar, nos dias difíceis...

4. Discirna, perceba Deus nos processos históricos da sua vida


Esse texto é a afirmação de que Deus esteve e está presente na trama, no enredo de
nossa história.
Esse é um enorme desafio para quem está vivendo dias difíceis – perceber Deus nos
caminhos que andou e nas circunstâncias que passou. Isso porque na maioria das vezes
e pra maioria das pessoas os fatos vivenciados não passaram de fatalidades fortuitas.
A consciência de que Deus estava lá, de que o que aconteceu não era meras
coincidências, as casualidades,

É a presença, muitas vezes imperceptíveis, de Deus na


Na frase “até aqui”, está embutida um intinerário, um caminho percorrido, uma estrada
trilhada. Na expressão “até aqui o senhor” aponta para Deus como o protagonista, aquele
que está envolvido nos processos históricos da nossa caminhada. O texto pressupõe que
os acontecimentos alegres e dolorosos, as vitorias e traajédias que nos aconteceram não
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foram meras casualidades e peças que nos foram pregadas pelo dstino, mas era a mão
silenciosa que nos conduzia.

Joao 13.7: Respondeu-lhe Jesus: “O que faço agora, não podes compreender, todavia o
compreenderás mais tarde.”

6. Nossas vitórias não são méritos nossos, mas dádivas de Deus


Nada fere mais o coração de Deus do que a ingratidão. O ingrato tem memória curta.
Esquece rápido.

Ser grato é um desafio para a alma: “Bendiga o Senhor a minha alma! Não te esqueças
nemhuma de suas bênçãos” (Sl.103.2)

Quem é aqui o ajudador? Deus! Deus é a nossa pedra de ajuda!

Tiago escreve que

“Toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há
mudança nem sombra de variação”

A ajuda de que você precisa vem de Deus! É Deus quem nos faz vencer! Não são os
nossos métodos, os nossos recursos. Não vencemos por causa de nossas armas e
estratégias, mas por causa das intervenções de Deus. É ele quem adestra nossas mãos
para a batalha

Provérbios 31:21: “O cavalo se prepara para a peleja, mas a vitória vem do Senhor”

2 Samuel 8:6 “O Senhor dava vitória a Davi por onde quer que ele ia”

1Smauel 17.46: “Hoje o mesmo Senhor te entregará na minha mão”

A batalha dos amonitas e moabitas contra Josafá -2 Cronicas 20.

Um centurião também pode nos dar boas lições sobre fé


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Fico pensando sobre os motivos pelos quais levou Jesus sublinhar, destacar, elencar a fé de um centurião,
um comandante de cem soldados, uma imagem do poder romano e das forças de Herodes Antipas (Mt. 8.5-
13). Um homem que representava opressão. Um pagão. Um gentio. Alguém que destoava das convicções
religiosas da ortodoxia judaica. É sobre a fé deste homem que Jesus pronuncia algo profundamente
eloqüente: “nem em Israel encontrei tamanha fé”. A maneira como esse homem crê entusiasma Jesus;
impressiona Jesus, ao ponto de Jesus elogiar sua fé.
Pensei em quatro possibilidades mínimas que devem nos levar a pensar sobre a nossa fé também.
Ei-las:
1. Jesus elenca a fé do centurião porque sua fé não era egoísta, mas altruísta (v.v. 5,6)
2. Jesus sublinha a fé deste homem porque era uma fé humilde e não arrogante ( v.v. 7,8)
3. Jesus destaca a fé do centurião porque não era uma fé subjetiva, mas prática ( v.v. 5,6)
4. Jesus elogia a fé do centurião porque não era uma fé enclausurada, mas uma fé que extrapolava os
limites da religião (v.10)
Conclusão provisória

A fé do centurião é o indício redentor de um Deus não religioso.

Graça e Paz

Foi através das orientações, exortações e diretrizes de Samuel a Israel que Deus concedeu vitória a nação
sobre os filisteus

A narrativa do texto em foco pode ser assim divido:


1. Primeiro, O pecado de Israel. Israel não apenas tinha pecado, mas estava em pecado. O pecado era a
idolatria O pecado de Israel é descrito no versículo 3: “E disse Samuel a toda nação de Israel: ‘Se vocês
querem voltar-se para o Senhor de todo o vosso coração, livrem-se então dos deuses estrangeiros e das
imagens de Astarote...” . O povo havia esquecido a ordem de Deus em Exodo 20.3: “Não terás outros
deuses diante de mim”.

Samuel está citando especificamente os baaalins e astarotes, divindades da religião Cananéia. Baal era o
Deus da tempestade, para o qual os israelitas se voltavam com freqüência quando a terra passava por
períodos de seca. Astarote era a deusa da fertilidade, cuja adoração incluía rituais indescritivelmente
sensuais.

2. Segundo, Israel busca o Senhor. Por esse motivo, convocou uma assembléia em Mispá, uma cidade em
Benjamim (Js.18.26), nas vizinhanças de Gibeon e Ramá (1 Rs. 15.22), onde convocou o povo para a
oração e o desafiou a voltar-se para o Senhor. Essa busca não poderia ser teatral, de aparências apenas,
tinha que ser com integral, completa, plena, de todo o coração e não apenas parte dele.
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Texto para reflexão: Então veio o espírito sobre Amasai, chefe dos trinta, que disse: Nós somos teus, ó Davi, e contigo
estamos, ó filho de Jessé! Paz, paz contigo, e paz com quem te ajuda! Pois que teu Deus te ajuda. E Davi os recebeu, e os fez
chefes de tropas (I Cron. 12.18).

Deus e nossa Pedra de ajuda

Sansão e a galeria de Hebreus 11

Há algo profundamente confortador e absolutame inspiradorà respeito de Sansão: ele está no capítulo 11
de Hebreus, a Galeria de honra do heróis de grande fé! Por quais razões gente como Sansão aparece entre
pessoas tão nobres? Penso que seja porque Deus pode pegar uma pessoa que vacilou e fracassou em
muitas áreas da vida e usá-lo mesmo assim. Rick Warren escreve que “se Deus usasse apenas pessoas
perfeitas, coisa nenhuma seria feita”. O que Deus espera dos “sansões” espalhados por aí? Exatamente o
que Sansão fez: render-se, ainda que tardiamente, sua vida a Ele. Dar-lhe todos os pedaços, os poucos que
restaram, pois com bem intuiu Thomas Merton: “Um santo não é alguém bom, mas alguém que
experimentou a bondade de Deus” (Iranildo Eloi)

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