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CONTROLE DA QUALIDADE
CURSO: MECÂNICA
1
CONTROLE DE QUALIDADE
INDICE PÁGINA
2
2.5 A distribuição e os limites da tolerância 32
3.0 Medidas de dispersão 33
3.1 Amplitude.
3.2 Desvio-padrão 34
4.0 Distribuição normal 38
4.1 Equação da Função de Probabilidades
4.1 Características da Curva Normal 40
2.7.3 Tábuas de Áreas da Curva Normal 43
2.8 Exercícios
3
1.INTRODUÇÃO AO CONTROLE DA QUALIDADE
4
Exigir de um produto, qualidade além da necessária, é encarecê-lo; exigir
menos, é prejudicar o nome do fabricante diante do público consumidor.
5
É exercido pelo produtor durante o processo produtivo. O processo estará
sob controle quando a variação da qualidade estiver dentro dos limites de
especificação do produto. Os instrumentos principais utilizados para o
controle estatístico de qualidade são os gráficos de controle.
O diagrama abaixo esquematiza um sistema de aplicação do Controle
Estatístico de Qualidade:
A VALIAÇÃO ou ANÁLISE e
COMPARAÇÃO DECISÃO
MELHORIA da
QUALIDADE
PROCESSO COMPARAÇÃO
DE MEDIDA PADRÃO
FABRICAÇÃO
ERRO
6
As principais características do Controle Estatístico de Qualidade são:
a) Divulgação rápida por utilizar apenas amostras dos resultados, permitindo
uma correção imediata.
b) Os produtos produzidos em uma operação onde se aplicou a técnica
correta produzidos em uma operação onde se aplicou a técnica correta de
C.Q., podem ser aceitos sem inspeção adicional.
c) Melhoria da qualidade na própria linha de produção diminuindo as
rejeições.
d) Redução dos custos de fabricação, pois a qualidade é melhorada na própria
operação de manufatura.
e) Aumento da moral dos supervisores de produção, pois a qualidade será
produzida na linha, eliminando-se as discussões após uma inspeção final,
que não levam a nenhum resultado.
7
e) Na análise das falhas de campo.
1.2.1- Relacionamento entre Empresas - Quando o processamento de
um produto envolve várias indústrias, ocorre uma repetição de fases de
controle em decorrência do próprio sistema, conforme ilustrado abaixo:
Exemplo
2 x 45º
Φ10
50
8
Fabricante 1 (Usina Siderúrgica)
Fabricante 2 (Usinagem)
9
1.3 – ESPECIFICAÇÃO DE QUALIDADE
10
e.1) – Especificação de Materiais: São elementos essenciais na
especialização e devem conter no mínimo as seguintes informações:
e.1.1 – Tipo e unidade de medida do material – servem para caracterizar o
objeto em análise.
e.1.2 – Identificação dos Lotes – A falta de identificação pode acarretar
rejeições ou aprovações de vários lotes por mera confusão.
e.1.3 – Característicos de Qualidade do Material – Englobam todos os
parâmetros que avaliam a operabilidade do produto.
e.1.4 – Métodos de Ensaio do Lote – Indicam de que forma e com quais
equipamentos vamos inspecionar o lote.
e.1.5 – Embalagem, Manuseio, Armazenagem – Devemos indicar como as
peças serão fornecidas ou recebidas.
11
e.2.4 – Ensaios de Controle de Fabricação – Indicam as características a
serem analisadas
- medições necessárias
- calibres
- tolerâncias
12
1.3.2 – Controle de Variáveis – É a avaliação de característicos de
qualidade através de valores mensuráveis, as quais podem corresponder
a leituras em escalas. A técnica de variáveis admite que podemos dividir a
escala indefinidamente.
1.4 - TOLERÂNCIA
Definimos tolerância como a faixa de variação aceitável por um determinado
característico de qualidade.
É impraticável em um processo de produção obtermos uma dimensão exata para
um característico de qualidade, devido à variação constante das condições de
trabalho.
Esse caso gera a necessidade de estipular um intervalo de variação no qual a
característica de qualidade é aceitável, ou seja atende os objetivos do projeto.
Ovalização:
X X
13
Excentricidade:
Desvio (Perpendicularidade)
14
1.4.2 – Sistemas para Indicação de Tolerâncias – Dois sistemas podem
ser utilizados para indicação de tolerâncias:
CAMPO 0,1
25 25,1
CAMPO 0,2
24,9 25 25,1
15
1.5.1 – Classificação de Defeitos – Os defeitos podem ser classificados
em:
A= Graves
B= Maiores
C= Menores ou Irregularidades
Exemplo:
Falhas em componentes Elétricos
Fallha nº Classe Descrição
1 A Terminais Quebrados
2 B Terminais Frouxos
3 C Terminais Oxidados
4 C Terminais Cobertos de
solda
16
Após a organização da lista, atribuir pesos para as várias classes
Classes Peso Nº de Defeitos Deméritos
A 5 2 10
B 3 2 6
C 1 3 3
19 (Total)
aceita.
17
2. NOÇÕES BÁSICAS DE ESTÁTISTICA
18
AMOSTRA Ø AMOSTRA Ø AMOSTRA Ø AMOSTRA Ø
01 50.071 16 50.069 31 50.056 46 50.055
02 50.041 17 50.070 32 50.037 47 50.052
03 50.052 18 50.048 33 50.067 48 50.063
04 50.045 19 50.058 34 50.058 49 50.055
05 50.074 20 50.060 35 50.049 50 50.062
06 50.064 21 50.061 36 50.050 51 50.046
07 50.065 22 50.032 37 50.047 52 50.047
08 50.041 23 50.062 38 50.057 53 50.038
09 50.054 24 50.053 39 50.050 54 50.068
10 50.052 25 50.043 40 50.051 55 50.059
11 50.066 26 50.044 41 50.051 56 50.060
12 50.036 27 50.042 42 50.042 57 50.056
13 50.057 28 50.053 43 50.072 58 50.049
14 50.048 29 50.064 44 50.063 59 50.059
15 50.039 30 50.053 45 50.054 60 50.067
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2.2.1 – Tabela de Frequências: Para a facilidade e metodização do
processo de análise estatística, monta-se uma tabela que agrupe as informações
obtidas, de norma da Tabela de Frequências. Para os rolamentos em pauta,
teremos a seguinte tabela de frequências:
FREQÜÊNCIA
VALOR COMPRIMENTO FREQ. FREQÜÊNCIA FREQ. ACUM.
CLASSE (CLASSES) TABULAÇÃO (F) RELATIVA ACUMUL. RELAT.
(%) %
1 > 50.030-50.035 / 1 1.666 1 1.666
2 > 50.035-50.040 / / / / 4 6.666 5 8.333
3 > 50.040-50.045 / / / / / / 7 11.666 12 20,00
4 > 50.045-50.050 / / / / / / / / 9 15.000 21 35,00
5 > 50.050-50.055 / / / / / / / / / / / / 12 20.000 33 55,00
6 > 50.055-50.060 / / / / / / / / / / 10 16.666 43 71.666
7 > 50.060-50.065 / / / / / / / / 8 13.333 51 85.000
8 > 50.065-50.070 / / / / / / 6 10.000 57 95.000
9 > 50.070-50.075 / / / 3 5.000 60 100.000
Σ 60 100%
Onde:
Frequência (f): É o número de vezes que as medidas ocorrem no intervalo de
classe.
20
Frequência acumulada relativa (Far): É a soma das frequências relativas até o
intervalo considerado
FaR3 + FR1 + FR2 + FR3
frequências
12
POLIGONO DE
FREQÜÊNCIAS
1 2 3 4 5 6 7 8 9 CLASSES
21
b) Polígono de Frequência Acumulada ou Ogiva
FA
60
45
30
15
1 2 3 4 5 6 7 8 9 classe
22
C) Histograma e Polígono de Frequências Relativas
Frequências
% ..Relativas
20
POLIGONO DE
FREQUÊNCIAS
RELATIVAS
15
10
0
1 2 3 4 5 6 7 8 9 CLASSES
23
d) Polígono de Frequência Acumulada Relativa
F A Relativa
100
75
50
25
1 2 3 4 5 6 7 8 9 classe
24
Média Aritmética Ponderada – A média aritmética ponderada de números que se
repetem com frequência f é a somatória dos produtos dos números pelas suas
frequências dividindo pela somatória dos valores das frequências.
_
Xp = __Σ(f.x)__ f - frequência
Σf x - número
Δ = 9x0,005 = 0,00375
12
Logo
x = 50,050 + 0,00375
x = 50,05375
25
Moda (^x) Em um conjunto de números a moda é o valor que ocorre com mais
frequência, isto é, o valor mais comum.
Exemplos
1) 2, 2, 3, 7, 8, 8, 8, 10, 10, 11, 12, 16
x=8
2) 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10
x=?
3) 2, 2, 3, 4, 4, 4, 5, 6, 7, 8, 8, 8, 9
x=4e8
4) Para o exemplo dos rolamentos x = 5 (classe) ou ainda
x = 50,0525
(Ponto médio – Classe 5) ou
(50,050 + 50,055) = 50,0525
2
a) Normal
26
b) Alongada – É aquela em que a frequência máxima dos valores
medidos é muito maior que as outras frequências
c) Achatada
27
2.4.2 DISTRIBUIÇÃO ASSIMÉTRICA
A) Assimétrica Positiva
B) Assimétrica Negativa
28
2.4.3 DISTRIBUIÇÃO MODAL, AMODAL, BIMODAL E MULTIMODAL
classificam-se em:
mo
29
mo mo
mo mo mo
30
2.4.4 APRESENTAÇÃO TIPO RAMO-E-FOLHAS
61 52 64 84 35 57 58 95 82 64
50 53 103 40 62 77 78 66 60 41
58 92 51 64 71 75 89 37 54 67
59 79 80 73 49 71 97 62 68 53
43 80 75 70 45 91 50 64 56 86
SOLUÇÃO:
F F.A.
3 5 7 2 2
4 0 1 3 5 9 5 7
5 0 0 1 2 3 3 4 6 7 8 8 9 12 19
6 0 1 2 2 4 4 4 4 6 7 8 11 30
7 0 1 1 3 5 5 7 8 9 9 39
8 0 0 2 4 6 9 6 45
9 1 2 5 7 4 49
10 3 1 50
31
3.0 MEDIDAS DE VARIABILIDADE (DISPERSÃO)
xx x x x x xxx xxx xx x x
a) pequena dispersão
xx x x xxx x x x x x x x x xx x x xxx x x x xx x x x x xx
b) grande dispersão
32
1- Utiliza apenas uma parcela das informações contidas nas observações. O
seu valor não se modifica mesmo que os valores das observações variem,
desde que conservem os seus valores Máximo e mínimo.
X min.I I x max.
R.T. = pequeno
X min. I I X max.
R.T. = Grande
33
3.2 DESVIO PADRÃO
σ= Σ ( Xi - )²
n
N = Número de elementos ou
Valores
34
b.2 DESVIO PADRÃO DA POPULAÇÃO (σ)
σ n-1(S) = Σ ( Xi - )²
n-1
-σ
35
b.4 SISTEMATIZAÇÃO PARA O CÁLCULO
observações Xi Xi - (Xi - )²
medidas
1 X1 X1 - (X1 - )²
2 X2 X2 - (X2 - )²
3 X3 X3 - (X3 - )²
. . . .
. . . .
. . . .
n Xn Xn - ( Xn - )²
Σ (Xi- )²
3-Aplicam-se as fórmulas:
σ= Σ ( Xi - )²
n
σ n-1(S) = Σ ( Xi - )²
n-1
36
4.0 DISTRIBUIÇÃO NORMAL
(ou de GAUSS, ou de LAPLACE, ou ainda, dos ERROS DAS OBSERVAÇÕES
F (x)
x- 3σ x- 2σ x- 1σ x +1σ x+ 2σ x+ 3σ
μ → Média da População
Determinam o formato da curva
σ → Desvio padrão da população
- ( x - μ )²
2 σ²
f(x) = 1 e
σ√ 2π
37
do estudo de estatística concluímos que:
- ( x - μ )²
x0 2 σ²
P( x < x0 ) = f(x0) = 1 e dx
σ√ 2π -∞
F (x)
-∞ X0 + ∞
Portanto:
38
4.1 CARACTERISTICAS DA CURVA DE DISTRIBUIÇÃO NORMAL
Z= X - μ
σ
o que significa adotar como origem dos z o ponto em que x = μ e como
unidade de escalados z e o desvio padrão σ, teremos transformado a expressão
da função das probabilidades na distribuição normal reduzida:
- z²
2
f(z)= 1 e
σ√ 2π
dz = 1
dx σ
dx = σ. dz
39
Portanto a função da probabilidade, em função de Z, será dada pela expressão:
- z²
z 2
f(z)= 1 e dz
σ√ 2π -∞
As áreas sob a curva permanecem as mesmas, mas agora podem ser tabuladas
em função dos valores de Z (Ver figura abaixo, eixo dos Z). Basta construir a
tábua das áreas para os valores I(z), na tábua 1.
Por exemplo, a área desde Z=0, até Z= 1,0 é I(1,0) = 0,3413 ou 34,13% da área
total da curva; consequentemente, dentro do intervalo ± 1 σ temos 68,26% da
área total da curva.
40
F (x)
x- 3σ x- 2σ x- 1σ x +1σ x+ 2σ x+ 3σ
-3 -2 -1 0 1 2 3 Z
Transformação de X em Z
Xo Z= X - μ Zo
σ
μ μ-μ 0
σ
μ + 1σ μ + 1σ- μ 1
σ
μ + 2σ μ + 2σ- μ 2
σ
μ + 3σ μ + 3σ- μ 3
σ
μ - 1σ μ -σ- μ -1
σ
μ - 2σ μ - 2σ - μ -2
σ
μ - 3σ μ - 3σ - μ -3
σ
41
I Zo
0 Zo
AREAS I ZO = P (0 ≤ z ≤ Z0) para Z0= (x - μ)/ σ
Z0 I Z0 Z0 I Z0 Z0 I Z0 Z0 I Z0 Z0 I Z0 Z0 I Z0
0,00 0,0000 0,60 0,2257 1,20 0,3849 1,80 0,4641 2,40 0,4918 3,00 0,4987
0,05 0,0199 0,65 0,2422 1,25 0,3944 1,85 0,4678 2,45 0,4929 3,05 0,4989
0,10 0,0398 0,70 0,2580 1,30 0,4032 1,90 0,4713 2,50 0,4938 3,10 0,4990
0,15 0,0596 0,75 0,2734 1,35 0,4115 1,95 0,4744 2,55 0,4946 3,15 0,4992
0,20 0,0793 0,80 0,2881 1,40 0,4192 2,00 0,4772 2,60 0,4953 3,20 0,4993
0,25 0,0987 0,85 0,3051 1,45 0,4279 2,05 0,4798 2,65 0,4960 3,25 0,4994
0,30 0,1179 0,90 0,3159 1,50 0,4332 2,10 0,4821 2,70 0,4965 3,30 0,4995
0,35 0,1369 0,95 0,3289 1,55 0,4394 2,15 0,4842 2,75 0,4970 3,35 0,4996
0,40 0,1554 1,00 0,3413 1,60 0,4452 2,20 0,4861 2,80 0,4974 3,40 0,4997
0,45 0,1736 1,05 0,3531 1,65 0,4505 2,25 0,4878 2,85 0,4978 3,50 0,4998
0,50 0,1915 1,10 0,3643 1,70 0,4554 2,30 0,4893 2,90 0,4981 3,70 0,4999
0,55 0,2088 1,15 0,3749 1,75 0,4599 2,35 0,4906 2,95 0,4984 3,90 0,5000
EXERCICIOS
42
2- Ache os valores de z correspondentes as seguintes áreas:
Iz = 0,4861
a- P ( x ≤ 60)
b- P ( 35 ≤ x ≤ 62)
c- P ( 55 ≤ x ≤ 65)
d- P ( x > 55)
e- P ( 35 ≤ x ≤ 45)
43
5- Uma curva normal tem média de 140,6 e desvio padrão de 3,70.Que
percentagem da área sob a curva vai estar entre os limites de 135,5 e
142,5 ?
6- A variável x tem distribuição normal com média 150 e desvio padrão 30.
Determinar as probabilidades para:
a- P( X ≤ 202,5)
b- P(120≤ X ≤165)
c- P(180≤ X ≤210)
d- P(X ≤ 90)
7- Para produzir uma peça com especificação de Φ = 15± 0,05 mm, dispomos
de 3 máquinas com as seguintes características de processos:
1º μ = 15 e σ = 0,010
2º μ = 15 e σ = 0,015
3º μ = 15 e σ = 0,020
Pede-se:
a- Escolher a máquina mais conveniente para o trabalho.
b- Qual a percentagem provável de refugo?
44