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REFRIGERAÇÃO E AR
CONDICIONADO
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ENVIO 10
PROIBIDA A REPRODUÇAO, TOTAL OU PARCIAL DESTA OBRA, POR QUALQUER MEIO OU METODO SEM AUTORIZAÇÃO POR ESCRITO DO EDITOR
© TODOS OS DIREITOS FICAM RESERVADOS.
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
GELADEIRACOMERCIAL
Elas têm muitas formas e tamanhos, que depen-
dem da utilização ou do uso que se dará à mes-
ma.
A seguir, mostraremos diferentes tipos de gela-
deira comercial, pois elas são classificadas por
suas dimensões e quantidade de portas. Na pri-
meira figura pode ser vista uma típica geladeira
de açougue, possui uma grande porta, para as
peças inteiras e duas menores, para os cortes
da carne.
Para as pequenas fruteiras ou minimercados,
as portas, geralmente, são do mesmo tamanho.
O móvel é feito com madeira para dar-lhe a for-
ma definitiva e o seu exterior é forrado com lâmi-
nas de aço inoxidável, sendo que já foi utilizada
a madeira de lei e até chapa de aço pintada. As
portas destas geladeiras podem ser feitas de
madeira, de aço inox e também é muito utilizado
o vidro.
VITRINEFECHADA
Este tipo de móvel é muito utilizado nos luga-
res em que o próprio cliente se encarrega de ser-
vir-se (auto-serviços). O seu uso está muito difun-
dido devido a que é uma forma de propaganda
direta.
Algumas delas, chamadas de balcão refrigera-
do, têm na parte frontal, formato de vitrine incli-
nada, e na parte posterior, uma série de portas
para serem utilizadas pelos funcionários do esta-
belecimento.
Este tipo de móvel é utilizado, também, como
elemento decorativo do local.
Para evitar a condensação dos vidros devido à
diferença de temperatura, podem ser colocados
recipientes com cloreto de cálcio, pois este pro-
duto absorve a umidade e para poder fazer a tro-
ca constante do mesmo, a sua localização deve
ser de fácil acesso.
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SUPORTE DO EVAPORADOR
BANDEJA PARA
COLETAR ÁGUA DA
VIDRO TRIPLE CONDENSAÇÃO
TUBO DE LUZ
BANDEJA OU
PRATELEIRA
EVAPORADOR DE
TUBO E ALETAS
ISOLAMENTO
ESTRUTURA PRATELEIRA INTERNA
DE MADEIRA FEITA DE MADEIRA
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VITRINEABERTA
Considerando que o próprio cliente vai se
servir do produto, é fundamental que a mer-
cadoria esteja bem disposta e ao alcance do
comprador. Isto também deve ser considera-
do na hora de embrulhar o produto que deve
estar em condições ideais, com o pacote e a
balança próximos ao local onde estão expos-
tas as mercadorias.
Com esta finalidade, foram projetadas as vi-
trines abertas que são verdadeiras pratelei-
ras iluminadas e refrigeradas e onde pode ser
colocado o produto perecível, sob ótimas con-
dições de higiene. VITRINE ABERTA
Estas vitrines estão construídas com o mes-
mo princípio com que foram construídas as
vitrines fechadas, sendo que a única diferen-
ça é que sua frente é aberta. Esta vitrine tem, DUTO DE
na sua parte frontal, um cristal com a finalida- ENTRADA
de ou função de dirigir o ar para o interior da EVAPORADOR
vitrine. Este ar é frio e vem dos evaporadores
que se encontram, geralmente, na parte infe-
rior da vitrine. Na foto, pode ser vista a locali-
zação dos componentes no interior da vitrine,
ORIFÍCIOS
sendo que ela pode ser considerada como
tradicional. Pode ser observado que, nas la-
terais, a parte inferior e a parte superior estão EVAPORADOR
fechadas, e a frente, está aberta para que o
cliente possa pegar a mercadoria de seu inte-
resse.
Pode ver-se que na parte superior está loca-
lizado um dos evaporadores, geralmente do
tipo de tubos e aletas. Este componente se
localiza atrás de um espelho que, devido a CORTE DO ARRANJO INTERNO DOS COMPONENTES DA
sua posição, permite ao cliente, observar a VITRINE ABERTA COM CIRCULAÇÃO NATURAL DE AR.
mercadoria em exposição, como se fosse uma
vista aérea. Esta disposição do evaporador for-
nece o ar, já parcialmente frio, ao segundo
evaporador que fica embaixo da prateleira horizon- fluxo de duas direções, por cima e por baixo da
tal que contém a mercadoria. Este é um compo- prateleira.
nente que, devido a seu tamanho, fornece uma Depois de retirar parte do calor da mercadoria, o
grande quantidade de ar frio à frente da vitrine e a ar se dirige para cima e em seu caminho encontra
posição do vidro defletor, o dirige sobre a o vidro frontal, que dirige o ar para o duto formado
mercadoria. Veja que parte do ar frio, passa por pela parte posterior do espelho e o suporte do
orifícios que permitem que a mercadoria receba o primeiro evaporador, fechando assim, o ciclo do ar.
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BEBEDOURO Funcionamento
Este aparelho, essencialmente, está formado por Pela conexão (A), o líqui-
um compressor hermético e um reservatório de do é fornecido à serpenti-
água. na (S) do duto, que permi-
Cada unidade é fornecida, pelo fabricante, pron- te um pré-esfriamento da
ta para sua instalação, sendo que o operário deve água que atinge o reser-
fazer as conexões com a rede de água do prédio. vatório (T) através de uma
Como todo equipamento hermético, o elemento tubulação soldada na
de expansão é um tubo capilar que na sua entra- tampa do mesmo. A água
da tem um filtro para evitar a obstrução por sujeira fria sai dele pela parte su-
ou umidade. perior e atinge o esguicho
A entrada d’água (A) do bebedouro é feita atra- (G) por meio um tubo iso-
vés de uma serpentina (S) que fica no interior de lado termicamente. Com BEBEDOURO OU
um tubo de descarga (C) com grande contato com este tipo de arranjo, a BEBEDOIRO
as paredes do mesmo. Assim é obtido um pré-esfri- água que atinge o
amento da água pois é aproveitada
a diferença de temperatura com a GRADE
água que sobrou do consumo. ESGUICHO
O reservatório resfriado (T) é me-
tálico e tem ao longo da superfície SAÍDA D’ÁGUA
externa, outra serpentina (E), que SERPENTINA DE
funciona como evaporador. Sobre ESFRIAMENTO (S)
este «evaporador» está soldado o DUTO DE TUBO DE
tubo capilar do bulbo de controle da DESAGUAMENTO (C) ENTRADA D’AGUA
temperatura. Este controle está RESERVATÓRIO (T)
CONEXÃO DE
ajustado para manter os valores de
ENTRADA
temperatura entre 9º C e 12º C. D’ÁGUA (A) SERPENTINA (E)
Geralmente, a unidade de refrige-
ração está equipada com um mo-
VENTILADOR
tor de 1/6 hp.
O condensador é resfriado com ar CONDENSADOR
forçado por um ventilador, ligado BULBO
em paralelo com os terminais do
TROCADOR DE FILTRO
compressor. Uma proteção do tipo CALOR
disjuntor é utilizada para garantir o
funcionamento do equipamento. O TUBO DE TUBO CAPILAR
bebedouro é feito com chapa de aço SUCÇÃO
inoxidável e uma de suas faces
COMPRESSOR
laterais pode ser retirada para HERMÉTICO
facilitar o acesso aos componentes
da unidade. A tampa superior é feita
de chapa prensada de aço inox e LOCALIZAÇÃO DOS COMPONENTES NO INTERIOR DE UM BEBEDOURO
tem dois orifícios, um para o
escoamento da água que não foi
utilizada, e outro para a instalação do esguicho reservatório, onde ela é esfriada, pode sair do
(G). Este último é do tipo de botão e permite a mesmo, gradativamente, pelo esguicho. A sobra do
regulagem da força do jato de água. consumo, é dirigida desde a tampa do bebedouro
ao duto do escoamento (C). Assim se transfere sua
baixa temperatura à tubulação (S) com forma de
espiral do reservatório d’água (T).
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Instalação
O bebedouro deve ficar longe de radiadores ou
de outras fontes geradoras de calor e em local livre
de pó. O espaço ou afastamento entre suas faces PRATELEIRA
laterais e as paredes do local deve ficar, no mínimo,
entre 7 e 8 centímetros. Sua parte posterior, quando
ISOLAMENTO TAMPA DE
tiver condensador à vista, (ou seja: não possui
ventilador), deve ficar, no mínimo a 15 centímetros ACESSO AO
MOTOR
da parede. Isto permite a passagem natural de ar
e as ligações com a rede de água do local. REVESTIMENTO
Naqueles locais onde a temperatura ambiente é EXTERNO
muito alta, é conveniente que a tubulação de
fornecimento de água seja isolada, para poder CONTROLE DA
assim, reduzir o consumo de energia elétrica. TEMPERATURA
Quando é feita a instalação definitiva do bebedou- CAPILAR DO CONTROLE
ro, deve existir uma torneira ou registro, na DA TEMPERATURA.
tubulação que alimenta o bebedouro. O tubo que
Conservadora de sorvete.
permite a saída da água não consumida, deve
ter um sifão para assim, evitar que o cheiro do sis-
tema de esgoto possa invadir o local onde está
localizado o aparelho. Antes de ligar a energia
elétrica ao bebedouro, deve-se sangrar a linha que
contém água, isso é feito depois de abrir o registro
e deixar a água sair pelo esguicho. Quando sair um
jato d’água constante e sem bolhas de ar, podemos
ter certeza que o reservatório está totalmente cheio
de água e sem ar. Este procedimento requer aprox.
15 minutos de fluxo constante de água.
CONSERVADORAS
As unidades assim chamadas são também co-
nhecidas como freezer e sua função é manter em FREEZER OU CONSERVADORA DE
seu interior, uma temperatura inferior aos 15ºC EXPEDIÇÃO DIRETA
negativos.
Existem dois tipos de conservadoras de:
- expedição direta e de salmoura. Na foto que aparece nesta página, pode ser
observada a instalação dos diferentes componen-
tes. O condensador pode ser do tipo externo, de
CONSERVADORADEEXPEDIÇÃO troca de calor natural ou do tipo interno, localizado
DIRETA embaixo da conservadora. Neste caso, um ventila-
Em seu interior ela está dividida em duas ou três dor é instalado para forçar o ar, através dele. Algu-
partes, sendo que cada uma delas tem soldada mas vezes, esse ventilador tem um motor próprio
uma serpentina de esfriamento e elas estão liga- porém, também existe a possibilidade de que o eixo
das entre si, formando um único sistema de refri- que gira o compressor, seja ligado ao ventilador.
geração. Cada parte ou prateleira é instalada no A temperatura é regulada ou ajustada por meio
interior de um móvel isolado. Na parte superior de um controle de bulbo e capilar.
existe uma tampa do mesmo material ou de vidro. O bulbo é fixado a um tubo soldado à parede de
A parte inferior permite alojar o equipamento de uma das prateleiras localizada na entrada do eva-
refrigeração completo. porador.
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Funcionamento
O gás sob baixa pressão é
comprimido e fornecido ao con-
densador (2) onde passa ao
estado líquido. Depois passa
pelo filtro (6) e a válvula tipo
bóia (4). O refrigerante sai da
válvula (4) líquido e com baixa
pressão, e retira o calor da mer-
cadoria em quantidade sufici-
ente como para garantir a tro-
ca do estado físico do refrige-
rante. Na saída do evaporador
(3) é instalado um acumulador
de líquido (5). Sua finalidade é
garantir a total evaporação do
fluido, sem permitir o retorno de
líquido ao compressor. Lembre-
se que ele contém o refrigeran-
te que não atingiu o estado ga-
soso. Neste caso, o superaque-
cimento do fluido entre a entra-
da e a saída do evaporador (3)
ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DE UM FREEZER
pode ser inferior aos 5º C.
Antes de ser admitido pela
sucção do compressor (1), o gás
que sai do acumulador (5) passa
por uma serpentina localizada no interior da válvula
bóia (49) permitindo a troca de calor com o líquido
quente que há em seu interior. Isto aumenta a
eficiência do sistema.
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CONSERVADORA
DESALMOURA
Esta unidade está for-
mada por um móvel re-
tangular de chapa de
aço (7), com tampa su-
perior e incorporando
doze tubos, divididos
em duas fileiras e solda-
dos em seu extremo in-
ferior. Esses tubos per-
ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DE UMA CONSERVADORA QUE INCORPORA TUBO CAPILAR
mitem receber o produ-
to que deverá ser ven-
dido como sorvete.
Esses tubos são fixos e ficam submersos na sal-
moura que preenche o interior do móvel. Ao mes-
mo tempo, o evaporador (3), envolve os tubos e é
encarregado de esfriar essa salmoura. A passa-
gem do refrigerante ao eva-
porador (3) está controlada
por uma válvula termostática
(4) onde a temperatura é re-
gulada por meio de um bul-
bo (8). Este elemento está
localizado no interior de um
outro tubo que também está
no interior da salmoura. A
unidade de refrigeração está
constituída por um compres-
sor (1), um condensador (2)
esfriado por ar, de fluxo na-
tural ou forçado, um acumu-
lador (5) e um filtro desumi-
dificador ou secador (6). ESQUEMA DE FUNCIONAMENTO DE UMA CONSERVADORA A SALMOURA
Todo o conjunto é monta-
do sobre um suporte feito de
perfis de ferro e carenado por um móvel seme-
lhante à conservadora.
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ELETRICIDADE
No início do curso, foi visto que a matéria esta-
va formada por pequenas partículas chamadas de
moléculas e elas estão formadas por uma determi-
nada quantidade de partículas ainda menores, cha-
madas de átomos. A quantidade destas pequenas
partículas determina o tipo de material.
O átomo está formado, no centro, por um núcleo,
ao redor dele giram, a grande velocidade, outras
partículas menores ainda, são os elétrons.
Convencionalmente, o elétron tem carga elétrica
negativa enquanto os elementos no interior do
núcleo, são chamados de prótons e por ter
características diferentes ao primeiro, tem carga Composição do átomo.
elétrica positiva.
Como pode ser visto no desenho ao lado, a quan-
tidade de elétrons é igual à de prótons.
Como dado interessante e através de experiên-
cias, verificou-se que cargas com o mesmo sinal se
repelem e cargas com sinais diferentes, se atraem.
Outro dado de interesse é que os elétrons giram
ao redor do núcleo formando órbitas e a quantidade
delas determinam o tipo de material.
Estes elétrons são a base da eletricidade e por
meio deles é obtida a luz de uma lâmpada, o giro
de um motor, o aquecimento de um ferro de pas-
sar e até o funcionamento de um computador.
Pode-se comparar o átomo com o nosso sistema
solar, pois o núcleo exerce uma atração sobre os Cargas de igual sinal se repelem
elétrons do mesmo jeito que o Sol faz sobre os e de diferente sinal se atraem.
planetas.
Nos materiais tidos como bons condutores de
eletricidade, os elétrons da última órbita não são
atraídos com a mesma força ou intensidade que
os que estão perto do núcleo. A facilidade de
poder se mover, determina as características de um
material, se ele é condutor ou isolante.
Por exemplo, o cobre tem um átomo com 29
prótons no núcleo e 29 elétrons girando ao redor
do núcleo e o átomo do hidrogênio, um só próton e
um elétron.
Átomo de cobre.
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POTENCIALELÉTRICO
É chamada de potencial elétri-
co de um corpo a pressão exis-
tente no mesmo pelo excesso ou
falta de elétrons.
Por exemplo, se por algum
meio é possível retirar elétrons Diferença de
de um corpo, e esse mesmo potencial
componente é fornecido para
um outro, temos o seguinte: o
corpo que recebeu o elétron fica Potencial elétrico Potencial elétrico
carregado de forma negativa e negativo positivo
aquele de que foi tirado o mes-
mo elétron, agora fica carregado Potencial elétrico e diferença de potencial.
de forma positiva. Desta manei-
ra podemos dizer que, os elé-
trons que ficam perto de outros, exercem uma força
de repulsão entre eles. Isto forma uma pressão
elétrica conhecida como potencial elétrico. Chama-
se de negativo aquele que recebeu o elétron. O
que perdeu o elétron, forma o potencial elétrico
positivo.
DIFERENÇA DE POTENCIAL
Na foto superior desta página, há dois corpos,
sendo que um deles tem excesso de elétrons e
no outro, há falta dos mesmos. Por isso, o corpo Pilha e batería com seus símbolos
A apresenta um potencial elétrico negativo e o elétricos correspondentes.
corpo B, potencial elétrico positivo.
Se esses corpos puderem ser comparados en-
tre si, pode ser observado que entre eles existe elétron do fio passa a ocupar a vaga que deixou
uma diferença chamada de diferença de potenci- o anterior, um terceiro elétron passa à vaga que
al, ou voltagem. deixou o segundo e assim, sucessivamente. Isto
Isto pode ser resumido assim: existe diferença acontece até que o terminal negativo substitui, com
de potencial quando temos dois corpos, um de- um elétron dele, o elétron que forneceu ao terminal
les com potencial elétrico negativo e o outro, com positivo. Esta série de fatos continuamente estão
potencial elétrico positivo. O valor desta diferen- acontecendo com grande quantidade de elétrons,
ça depende do potencial de ambos os corpos e que vão desde o terminal negativo para o terminal
sua unidade de medida é o Volt. positivo. Este fluxo de elétrons é chamado de
Na prática, encontramos voltagem entre os ter- corrente elétrica.
minais de uma pilha, de uma bateria ou na toma- Resumindo: dizemos que corrente elétrica é o
da de corrente da nossa casa. deslocamento de elétrons livres através de um
condutor e ela sempre é produzida desde o cor-
po com potencial elétrico negativo para o corpo com
CORRENTE ELÉTRICA potencial elétrico positivo.
Se temos dois corpos entre os quais existe uma Ao mesmo tempo, se diz que essa corrente tem
diferença de potencial e unimos ambos através intensidade quando por um fio passam 6,28 tri-
de um fio elétrico, acontecerá o seguinte: o ter- lhões de elétrons (1 Coulomb) durante um segun-
minal positivo “rouba” do fio, um elétron livre, outro do. Sua unidade de medida é o Ampère (A).
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RESISTÊNCIA ELÉTRICA A B
Os elétrons, quando passam ao longo
de um fio, encontram uma oposição a
esse movimento. Essa oposição é deno-
minada como resistência elétrica e sua
unidade de medida é o Ohm.
Um Ohm é a resistência que oferece
um fio de mercúrio puro de 106,3 cm de FIO
comprimento e 1 mm2 de área, estando à
temperatura de 0º C, quando essa corren- DIFERENÇA DE POTENCIAL E CORRENTE ELÉTRICA
te está passando por ele.
É importante lembrar
que a resistência de um
fio é maior quanto menor ELÉTRONS LIVRES
seja sua área e maior o
seu comprimento. A resis-
tência elétrica depende,
também, do tipo de ma-
terial que foi utilizado na
fabricação do fio elétri-
co. Nos circuitos elétri-
cos, a resistência é re-
presentada pelo símbolo
que mostra a foto desta
página. ÁTOMO DO FIO
FIO
DESLOCAMENTO DOS ELÉTRONS NO FIO
RESISTÊNCIA ESPECÍFICA
É a que um fio ou condutor de 1 metro de com-
primento e 1 mm2 de área que certo material, a
uma temperatura de 20º C, opõe à corrente elé-
trica.
A resistência específica é parte das caracte-
rísticas do material.
A seguir, esta tabela mostra alguns valores:
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VOLTAGEM Volt (V) Kilovolt (KV) 1000 Volt MiliVolt (mV) Milésima parte do Volt
MicroVolt (miV) Milhonésima parte do Volt
Determinação da resistência
elétrica de um fio TERMINAL (+)
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LEI DE OHM
Pelo que foi visto na página anterior, podemos
observar que as três magnitudes fundamentais V = 60
estão muito relacionadas entre si. Por isso, se R = 20
são conhecidos dois desses valores é perfeita-
mente possível encontrar o terceiro.
I=?
Se em um circuito como o da foto superior, co-
nhecemos os valores da voltagem e da resistên-
cia, é possível conhecer o valor da corrente.
VOLTAGEM
CORRENTE = ———————
RESISTÊNCIA
Essa mesma fórmula é representada de forma
simplificada:
V
I = ——
R R = 20
Se os valores do circuito são substituídos no
lugar das letras, temos:
60 V
I = ———— = 3 A
20
Lembre-se que a unidade de corrente é o Ampè-
re (A).
Utilizando o mesmo circuito, porém conhecen-
do agora a corrente e o valor da resistência, po-
demos obter o valor da voltagem. V = 60
R=?
VOLTAGEM = CORRENTE X RESISTÊNCIA =
V=IxR
I=3A
Voltamos a trocar as letras pelos valores do
circuito:
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
R1 x R2
Até agora temos apresentado como oposição à
Resistência total = —————
passagem da corrente num circuito, apenas uma
R1 + R2
resistência. Na prática sempre há conectadas
mais de duas resistências.
Basicamente, há duas formas delas serem co-
Esta fórmula deve ser utilizada de duas em duas
nectadas: em série ou em paralelo.
resistências apenas.
1
CONEXÃOEMSÉRIE R t = —————————————————
1 1 1 1
Duas ou mais resistências estão conectadas — + —— + —— + ........ + ——
em série, quando elas estão, uma após a outra e R1 R2 R3 Rn
a corrente só tem um caminho a percorrer. A re-
sistência total que elas exercem estando conec-
tadas em série é igual à soma das resistências Esta fórmula é utilizada para qualquer número
individuais de cada uma delas. Para saber o seu de resistências ao mesmo tempo.
valor deve ser utilizada a seguinte fórmula:
Se substituímos os valores do circuito pelas
Resistência total = R1 + R2 + R3 +..........+ Rn letras da fórmula, temos:
R1
R1 R2
60
R2
60 40
40
RESISTÊNCIAS CONECTADAS EM SÉRIE
FIGURA: RESISTÊNCIAS CONECTADAS
EM PARALELO
CONEXÃO EM PARALELO
Se temos mais de duas resistências conecta-
Duas ou mais resistências estão em paralelo das em paralelo, a forma mais simples de averi-
quando estão unidos seus extremos, e a corren- guar o valor da resistência total é utilizar a mes-
te encontra tantas opções de caminhos como re- ma fórmula anterior com duas delas. O resultado
sistências há no circuito. é conhecido como resistência parcial. Depois, é
A resistência total de um circuito em paralelo feita a mesma fórmula com o resultado parcial
deve ser sempre menor que a menor das resis- mais a terceira resistência, e assim sucessiva-
tências que formam o circuito. mente.
Para obter o valor da resistência total deve ser
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Como exemplo temos o circuito da foto, e ele Quando temos o valor da resistência total, po-
apresenta três resistências: dem ser trocados os valores:
Primeiro fazemos R1 + R2. V 200
I = ——— = —— = 4 A
R1 x R2 30 x 20 600 R total 50
R parcial = ———— = ———— = —— = 12
R1 + R2 30 + 20 50
Agora que é conhecido o valor da corrente do
Logo, R parcial + R3 circuito, falta verificar a voltagem que é aplica-
R parcial x R3 12 x 24 288 da em cada uma das resistências. A voltagem é
R total = ——————— = ———— = —— = 8 de 200 Volts, porém, não é aplicada em uma de-
R parcial + R3 12 + 24 36
las mas sim repartida entre as resistências, pro-
De acordo com o resultado obtido, pode ser porcionalmente.
comprovado que a resistência total é menor que Utilizando a Lei de Ohm, poderemos obter a vol-
a menor das resistências que fazem parte do cir- tagem em R1, que chamaremos de V1 e a volta-
cuito em paralelo. gem que temos em R2, será V2.
Antes de continuar, é bom lembrar que: em todo
R1 = 30 circuito em série, a corrente é a mesma ao longo
de todos os pontos do referido circuito.
Por isso, sabemos que por R1 e por R2 deverão
R2 = 20 passar somente, 4 Ampères.
Com esses dados e usando a lei de Ohm, temos
que a voltagem em R1 deverá ser:
V=IxR
R3 = 24
V1 = I x R1 = 4 x 20 = 80 Volts
Para R2, deverá ser:
TRÊS RESISTÊNCIAS CONECTADAS EM PARALELO
V2 = I x R2 = 4 x 30 = 120 Volts.
Assim que temos a voltagem sobre R1 e R2,
podemos comprovar que, em um circuito em sé-
APLICANDO A LEI DE OHM EM UM rie, a soma das tensões parciais é igual à volta-
CIRCUITOEMSÉRIE gem aplicada.
Veja o seguinte exemplo:
Quando foi apresentada a lei de Ohm partimos V1 + V2 = 80 V + 120 V = 200 Volts.
de um circuito elétrico formado por uma pilha e
uma resistência. Agora, aplicamos a lei em um
circuito formado por uma pilha e duas resistênci-
as, conectadas em série.
Como exemplo utilizamos o da foto: sua dife- I=4A
rença de potencial é de 200 V e as duas resistên-
cias, em série, uma com 20 Ohm (R1) e a outra V1 = ?
com 30 Ohm (R2).
Neste circuito nos falta conhecer a corrente I.
Vt = 200 V
V V2 = ?
I = ——
R
Primeiro, averiguamos a resistência total:
R total = R1 + R2 = 20 + 30 = 50
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
V 160
I = ———— = ——— = 10 A B
V2 = ?
R total 16
V 160 V = 160 V
I1 = —— = —— = 8 A
R1 20
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
TRABALHO mem B?
Se a distância percorrida em cada viagem é de
MECÂNICO 12 metros e cada caixa pesa 20 quilogramas, o
homem A deverá ter realizado o seguinte traba-
lho:
Se diz que um corpo tem energia quando pode
realizar um trabalho. Trabalho é definido como o Tm = F x d = 20 Kg x 12 m = 240 Kg/m
esforço necessário para transportar um corpo ao
longo de uma determinada distância. O trabalho Para poder finalizar seu serviço ele fez 20 via-
mecânico (Tm) depende da força (F) empregada e gens e em cada uma delas, carregava uma cai-
da distância (d) que deve ser percorrida. xa. Por isso, o seu trabalho total ou final deverá
Para calcular o trabalho mecânico é utilizada a ser:
seguinte fórmula:
Tm = 240 Kg/m x 20 viagens = 4.800 Kg/m
Tm = F x d
Com o mesmo pensamento, o homem B carre-
A força é medida em quilogramas e a distância gava 2 caixas em cada viagem, por isso o seu
em metros, sendo que o resultado do produto trabalho final deverá ter sido:
entre ambas é a unidade Kg/m.
Como exemplo, suponha que necessitamos pu- Tm = 40 Kg x 12 m = 480 Kg/m
xar uma caixa, como a da foto, de uma distância
de 20 m e para fazer este trabalho temos que Como ele finalizou a sua tarefa em 10 viagens,
aplicar uma força de 30 Kg. o seu trabalho final foi:
O trabalho mecânico que deve ser realizado é:
Tm = F x d = 30 Kg x 20 m = 600 Kg/m Tm = 480 Kg/m x 10 viagens = 4.800 Kg/m
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Na prática, é
adotada como uni-
dade de potência o
Hp (cavalo de for-
ça). Sua equivalên-
cia é o trabalho
realizado por 76
Kg/m em um se-
gundo.
Por exemplo: se
temos um motor
que por meio de
uma polia pode er-
guer 76 Kg a uma
altura de 1 metro
em um segundo.
Sua potência deve-
rá ser:
AS DUAS PESSOAS FAZEM O MESMO SERVIÇO,
PORÉM O HOMEM B DESENVOLVE MAIOR POTÊNCIA
Tm = F x d = 76 Kg x 1 m = 76 Kg/m
Tm 76 Kg/m
Pm = ——— = ————— = 1 hp
T 1s
Tm = F x d = 19 Kg x 8 m = 152 Kg/m
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
TRABALHOELÉTRICO W 2.500 W
I = —— = ————— = 11,36 A
V 220 V
Todo circuito elétrico faz um trabalho. Que é o
deslocamento das cargas elétricas (elétrons) im- Também podemos nos encontrar frente à situ-
pulsionadas por uma diferença de potencial. O ação de conhecer a potência em W e a corrente
trabalho elétrico será maior quanto maior for a em Ampères de qualquer aparelho, e necessita-
voltagem (V) e maior a quantidade de cargas em mos saber a voltagem que deve ser aplicada. Para
movimento. isso podemos usar a seguinte fórmula:
Para conhecer o trabalho elétrico que é desen-
volvido por um circuito, é necessário multiplicar W
a voltagem aplicada pela quantidade de carga V= —
I
elétrica que passa por ele.
A unidade de trabalho elétrica é o Joule, que Por exemplo, um aquecedor elétrico tem uma
resulta da aplicação de uma diferença de poten- potência de 440 W e uma corrente de 4 A.
cial de 1 Volt para que circule uma carga de um A voltagem que deve ser aplicada é:
Coulomb (6,28 trilhões de elétrons).
W 440 W
V = — = ———— = 110 V
POTÊNCIAELÉTRICA I 4A
W = V X I = 200 V x 3 A = 600 W
SE CONHECEMOS A POTÊNCIA E A VOLTAGEM, PODE-
Na prática, é possível encontrar aparelhos nos SE SABER A CORRENTE
quais é indicada a potência dos mesmos com a
unidade Watt (W) porém não especificam o valor
da corrente. Neste caso, para poder conhecê-la
devemos utilizar a seguinte fórmula:
W
I = ——
V
20
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
21
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Se denomina freqüência de
corrente alternada ao número de
VALOR DE PICO DE
ciclos que se desenvolvem por se- ONDA
gundo. Sua unidade é o Hertz (Hz).
VALOR EFICAZ
No Brasil, a distribuição elétrica
TEMPO
no nosso lar é de corrente alterna-
da com 127 ou 220 Volts numa fre-
qüência de 60 ciclos por segundo.
No caso da distribuição elétrica
com finalidade industrial ou comer-
cial, o valor da voltagem é de 380
V, e a freqüência é sempre a mes-
ma, 60 Hz.
Como sabemos, a corrente alter-
nada varia continuamente o valor
da tensão.
Se chama “valor de pico” de uma
corrente alternada, o máximo valor UMA VOLTAGEM DE PICO DE 311 V PRODUZ UMA VOLTAGEM
que ela atinge durante meio ciclo ALTERNADA DE 220 V, ESTE É SEU VALOR EFICAZ
do positivo até o negativo.
Se chama “valor eficaz de corren-
te alternada”, ao equivalente do calor gerado por
uma resistência, alimentada por corrente contí-
nua, no mesmo período de tempo. Na prática, o
valor da tensão da corrente alternada é seu va-
lor eficaz.
Por exemplo, se a voltagem da rede de distri-
buição é de 220 V, este valor eficaz é igual a
70,7% de sua voltagem de pico de 311 Volts.
22
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
CAPACITORES
DIELÉTRICO
Estes elementos têm a finalidade de armazenar
cargas elétricas na forma de "diferença de po-
tencial", que é estabelecido entre duas superfí-
cies metálicas colocadas frente à frente. O capa-
citor também conhecido como condensador, está
formado por duas chapas metálicas, isoladas
entre si por um meio chamado “dielétrico”.
Se a energia elétrica é acumulada, nas partes
CHAPAS OU ARMADURAS SIMBOLO
do condensador, na forma da diferença de poten-
cial, uma das partes perderá elétrons e a outra, CAPACITOR OU CONDENSADOR E SEU SÍMBOLO
receberá elétrons.
Por esse motivo, como indicado na foto, há fuga
de elétrons da chapa esquerda e ela apresenta
polaridade positiva (+), enquanto a chapa direi-
ta, ao receber elétrons adquire polaridade nega-
tiva (-).
O processo que permite ao condensador per-
der elétrons em uma das chapas, e receber elé-
trons na outra, é conhecido como carga do capa-
citor.
Seu processo de carga é muito simples, se ob-
servamos a foto inferior. Suponha por um momen-
to, que a pilha não está conectada ou seja, não
aplicamos diferença de potencial ao condensa- A ENERGIA ELÉTRICA SE ACUMULA NAS CHAPAS
DE UM CONDENSADOR PARA FORMAR UMA
dor. Que acontece com as chapas? Nada. Sim- DIFERENCIA DE POTENCIAL
plesmente devemos lembrar que contém elé-
trons, ou seja não sobram nem faltam, elas se
encontram eletricamente neutras.
Conectada a pilha, seu terminal negativo for-
nece elétrons à chapa "A". Como ela estava neu-
tra, ao receber elétrons, passa a ser negativa.
Que acontece com a chapa "B"? O terminal (+)
da pilha “rouba” desta chapa "A" a mesma quan-
tidade de elétrons que ela recebeu da chapa "B".
Isto significa que a chapa "B" quando perde elé-
trons, passa a ser positiva.
Em que momento finaliza este processo de car-
ga? Se sabe que a chapa "A", ao receber elé-
trons, torna-se negativa. Conforme a quantidade
de elétrons aumenta, seu potencial negativo cres-
ce. É evidente que em um certo momento, a cha- PROCESSO DE CARGA DE UM CONDENSADOR
pa "A" será tão negativa como o terminal (-) da
fonte. Por isso, não existe diferença de potenci-
al entre essa chapa e o terminal da pilha. A con- elétrons e como conseqüência disso, a referida
seqüência é que deixa de passar corrente para a chapa torna-se positiva até ficar com o seu po-
chapa. tencial elétrico igual ao terminal (+). Esta
No que refere à chapa "B", sua situação é condição representa a não existência de
semelhante. O terminal (+) da pilha retira diferença de potencial, por isso, deixa de circular
corrente de "B" para a pilha.
23
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
24
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
ASSOCIAÇÃO
Do mesmo jeito que foi feito com as resistênci-
as, os capacitores ou condensadores podem ser
conectados em série ou em paralelo.
CONEXÃO EM SÉRIE
Dois ou mais condensadores estão conectados CONEXÃO EM SÉRIE DE CAPACITORES
em série, quando um deles encontra-se a conti-
nuação do outro. A capacidade total é determi-
nada pela seguinte fórmula:
C1 x C2
Capacidade total = —————
C1 + C2
CONEXÃO EM PARALELO
Dois ou mais capacitores estão conectados em
paralelo quando eles estão unidos por seus ex-
tremos.
A capacidade total é igual à soma das capaci-
dades parciais. CONEXÃO EM PARALELO DE CAPACITORES
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
MAGNETISMO PÓLOS
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
ELETROMAGNETISMO
A experiência tem demonstrado que todo con-
dutor ou fio elétrico, quando permite a passagem
de uma corrente elétrica, forma um campo mag-
nético ao redor do mesmo. Isto é manifestado
por meio de linhas de força redondas e concên-
tricas, e que têm o fio como centro das mesmas.
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
INDUÇÃO
ELETROMAGNÉTC
IA CAMPO MAGNÉTICO DE UMA BOBINA
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
TRANSFORMADORES
SECUNDÁRIO
PRIMÁRIO
Eles têm por missão a transferência de potên-
cia elétrica para um circuito sem produzir perda
importante de energia, além dos fatores de vol-
tagem e corrente. Quando aumenta ou diminui a
voltagem de um circuito, através de um transfor-
mador, a corrente é modificada, na mesma ra-
zão, porém no sentido contrário. TRANSFORMADOR BÁSICO
Na foto é mostrado um transformador básico.
Pode-se ver que tem dois bobinados em torno de
um núcleo de chapas de ferro. O bobinado ou O valor da voltagem induzida no secundário
enrolamento que recebe a energia da fonte, é está de acordo com os seguintes princípios: se
chamado de primário e o de saída, de secundá- o número de voltas ou espirais do secundário é
rio. superior que o primário, a voltagem gerada ou
O primário, por estar conectado à rede elétrica obtida deverá ser maior que a da fonte. Nesse
do lar, é alimentado por corrente alternada e pro- caso, é um transformador elevador de voltagem.
duz um campo magnético com características Se o número de voltas do secundário é inferior
iguais. Este campo, através do núcleo, afeta o que a do primário, a voltagem deverá ser menor
bobinado secundário, induzindo nele, uma volta- à da fonte. Trata-se de um transformador redutor
gem alternada. de voltagem.
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Exemplo:
Se o primário de um transformador tem 1000
espirais ou voltas, e está ligado a 220 VCA (Volts
de Corrente Alternada) e o secundário, 2000 es-
pirais, a voltagem de saída deverá ser de 440
VCA.
Deverá ser considerado que a corrente pode
ser, também, reduzida na saída do secundário.
Isto significa que se ela for de 4 A no primário,
no secundário ficará na metade, ou seja, 2 A.
Se o primário tiver 1000 espirais e o secundá-
rio, 500, a voltagem no secundário ficará na me- 1000 espiráis
tade da voltagem de entrada, ou seja, 110 VAC. 2000 espiráis
Com relação à corrente, ela será o dobro da de
entrada, e no exemplo será de 8 A. NUM TRANSFORMADOR ELEVADOR DE VOLTAGEM,
Lembre-se que a potência elétrica presente no A VOLTAGEM NA SAÍDA DO SECUNDÁRIO AUMENTA NA MESMA
RELAÇÃO QUE A CORRENTE É REDUZIDA.
circuito secundário é transferida desde o primá-
rio. Por isso, se no secundário aparece uma vol-
tagem maior, isso implica uma queda da corren-
te. Na prática, a saída secundária sempre é infe-
rior à primaria, por perdas causadas pelo calor
gerado, correntes parasitas no núcleo, etc.
500 espiras
1000 espiras
AUTO-TRANSFORMADORES
Quando é necessário reduzir os custos de ma-
terial, o espaço, o peso, etc. se recorre aos cha-
mados auto-transformadores.
Eles tem um só bobinado com uma derivação,
sendo que uma parte desse bobinado é comum
ao primário e ao secundário. Assim ele é apre-
sentado na foto desta página.
SECUNDÁRIO
PRIMÁRIO
AUTO-TRANSFORMADOR ELEVADOR
DE VOLTAGEM
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
Flanges
São as tam-
pas localizadas ROTOR
nos extremos CAIXA DOS
do estator e TERMINAIS ALETAS DO VENTILADOR
sua finalidade é
a de alojar os
VISTA EXPLODIDA DE UM MOTOR MONOFÁSICO DE FASE AUXILIAR
31
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
32
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
MOTORCOMCONDENSADOR
Existem duas variações: motor com condensa- CONDENSADOR
dor de arranque e motor com condensador per- INTERRUPTOR
manente.
T
Motor com condensador de arranque R
A
LINHA B ARRANQUE
A
É um motor monofásico, de fase auxiliar, que L
H
tem uma grande força de arranque. Sua constru- O
ção é muito semelhante ao de capacitor perma-
nente e sua única diferença é o condensador co-
nectado em série com o bobinado de arranque.
O condensador, está localizado na parte supe- ESQUEMA DE UM MOTOR COM CONDENSADOR
rior externa do motor e é, geralmente, DE ARRANQUE.
do tipo eletrolítico. Estes condensado-
res ou capacitores não devem ser liga-
dos ao circuito por mais do que uns se- CONDENSADOR CONDENSADOR
gundos, pois eles não suportam o fun- PERMANENTE DE ARRANQUE
cionamento contínuo.
INTERRUPTOR
Quando o motor pára, o condensador
fica desligado e a voltagem que ele ar-
mazena é eliminada lentamente, por
uma resistência ligada em paralelo. BOBINADO DE
LINHA ARRANQUE
Motor com condensador
permanente
BOBINADO DE ROTOR
Como mostra a foto correspondente: TRABALHO
durante o arranque, os dois capacito-
res ficam em paralelo entre si, e em sé- MOTOR COM DOIS CONDENSADORES, UM PARA
rie com o bobinado de arranque. O ARRANQUE E O OUTRO, PERMANENTE
Isto permite que uma grande força
seja gerada durante o período de
arranque. Quando o motor atinge
75% da velocidade, o interruptor
BOBINADO DE
desliga um dos capacitores, en- ARRANQUE
quanto o outro, em série com o
bobinado de arranque, permane-
RELÉ
ce conectado durante o funciona- ROTOR
mento do motor. LINHA
Isto permite um funcionamento
suave e um melhor aproveita- CONDENSADOR BOBINADO
mento da energia elétrica que é DE ARRANQUE DE TRABALHO
convertida em mecânica. Nestes
CONDENSADOR
motores, é utilizado, geralmente,
PERMANENTE
um interruptor de arranque do
tipo relé. ESQUEMA DA CONEXÃO DE UM MOTOR COM DOIS
CONDENSADORES E RELÉ
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
MOTORDEPÓLOSSOMBREADOS
DETALHE
Estes motores se caracterizam por ter pou-
ca força durante o arranque, por isso, seu
uso está restrito aos ventiladores ou turbi-
nas de ar. Geralmente têm 4 pólos, ou seja,
sua velocidade fica em torno de 1.450 R.P.M.
O arranque é feito por meio de um campo
magnético formado por 4 espirais de cobre
em curto-circuito localizados nas ranhuras
do estator, ao lado de cada bobinado de tra-
balho.
Na foto pode ser visto este tipo de motor.
PROTETOR TÉRMICO
MOTOR COM PÓLOS SOMBREADOS
Quando o rotor está pesado ou há baixa
tensão, ele não consegue arrancar, embora
o consumo permaneça alto. A intensidade da cor-
rente que circula pelo bobinado, atinge valores CIRCUITO
muito elevados gerando uma grande quantidade FECHADO
de calor, que isto é prejudicial ao isolamento dos
fios. Para evitar isto, são utilizados dispositivos,
chamados de interruptores ou protetores, base-
ados na ação dos bimetais, que permitem abrir
o circuito durante um período de tempo muito
reduzido e assim, o calor gerado pode ser dissi- CIRCUITO
pado. Nestes casos, é impossível a utilização ABERTO
de um fusível, pois caso aconteça uma sobrecar-
ga do sistema, a troca dos fusíveis deveria ser INTERRUPTOR OU PROTETOR TÉRMICO
constante. Por isso é utilizado este dispositivo
de proteção conhecido como Protetor Térmico.
Este componente corta ou abre o circuito quan- volta a funcionar.
do uma elevada corrente passa durante um perí- Este tipo de proteção é muito utilizado nas uni-
odo de tempo muito curto, quando a temperatu- dades herméticas e seu valor é calculado para
ra cai ele volta a fechar o circuito, pois o bimetal diferentes condições de corrente e temperatura.
volta a sua posição original. Este dispositivo está Geralmente o dispositivo protetor é instalado em
formado por uma resistência "R" que quando é cima do motor e assim pode atuar quando o mes-
aquecida pela passagem de uma corrente muito mo atinge temperaturas críticas para o equipa-
elevada, faz que o bimetal "b" se dilate e mude mento.
sua forma original. Alguns destes protetores térmicos são insta-
Como se sabe, o bimetal é formado por dois lados junto ao relé de arranque e formam assim,
metais com diferente coeficiente de dilatação e uma única peça.
ele é a ponte entre os contatos A e B. Ao aumen-
tar a passagem da corrente, o bimetal é aqueci-
do e quando a temperatura atinge um valor pre-
determinado, ele muda sua posição e abre o cir-
cuito que alimenta ao motor. Depois que a cor-
rente deixou de passar por ele, fica frio e volta a
fechar o circuito que alimenta ao motor, e ele
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
35
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
BOBINADO DE CONDENSADOR
BOBINADO DE TERMOSTATO
TRABALHO DE ARRANQUE
ARRANQUE
PROTETOR TÉRMICO
LÂMPADA
BOBINADO DE
ARRANQUE
INTERRUPTOR
BOBINADO DE DA PORTA
TRABALHO
TERMOSTATO
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
INTERRUPTOR PULSADOR
Exterior do refrigerador
Interior do refrigerador
Conexão elétrica
Interruptor
Para dentro:
Luz apagada
Para fora:
Luz acesa
Conexão
elétrica
Linha
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
CIRCUITOELÉTRICO
DEUM
REFRIGERADOR DE Lâmpada
Resistência 18 W apróx.
DUAS PORTAS COM C Interruptor Linha
Relé amperométrico pulsador
DEGELO 3
AUTOMÁTICO T P
2 1
A resistência aquecedora
(R.A.) se liga cada vez que o
compressor se desliga, razão
pela qual o refrigerador
possui um termostato Frio-
Calor de três contatos.
Bandeja de degelo
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
CORRENTE TRIFÁSICA
Quando é necessária a utilização de grandes
potências, superiores a 1 cavalo de força (hp)
é conveniente o uso de motores trifásicos, pois
eles são de menor tamanho que um motor mo-
nofásico da mesma potência. Também seu fun-
cionamento é muito suave e a manutenção
muito simples.
As companhias encarregadas do fornecimen-
to da energia elétrica no sistema trifásico, for-
necem a rede de distribuição com quatro fios
elétricos, sendo três deles conhecidos como
fases: R,S,T e o quarto é o neutro.
Entre cada uma das fases e o neutro, existe
uma voltagem de 220 Volts e a voltagem entre
DISTRIBUIÇÃO DA ENERGÍA ELÉTRICA
duas delas, é de 380 Volts.
MOTOR TRIFÁSICO
A diferença fundamental entre este tipo de
motor e o monofásico é o estator, que tem três
bobinados de trabalho (um para cada fase) e
não incorpora bobinado de arranque.
É importante destacar que depois do arran-
que não é necessário desligar nenhum de seus À LINHA 3
bobinados, pois estes motores não utilizam X 380V
relé nem dispositivo centrífugo de abertura do
circuito de arranque.
Os três bobinados de um motor trifásico po-
dem ser ligados de duas maneiras diferentes:
- Conexão estrela
MOTOR TRIFÁSICO COM LIGAÇÃO EM ESTRELA
- Conexão triângulo
Conexão Estrela
Este tipo de conexão é obtida ligando entre
si, os três extremos de cada bobinado e ligan-
do os seus extremos livres com a linha exter-
na. Isto pode ser observado na foto que acom-
panha esta página. A LINHA
3 X 380 V
Conexão Triângulo
Esta conexão está determinada pela união
do início de um bobinado com a final do se-
guinte. Quando os três bobinados são ligados,
se forma um circuito fechado como apresenta MOTOR TRIFÁSICO COM LIGAÇÃO EM TRIÂNGULO
a foto da página.
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
BLOCODE
CONEXÕES LINHA LINHA
40
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
MOTORTRIFÁSICOCOMROTOR ANÉIS
BOBINADO
A diferença deste tipo de motor com relação
aos anteriores, consiste em que o rotor tem três
bobinados conectados em estrela. Seus termi-
nais permanecem ligados a três anéis fixos ao
eixo do rotor, porém, isolados do mesmo. Na foto,
pode ser observado o aspecto físico de um rotor
e seus anéis.
Sobre os anéis estão apoiadas as escovas e ESCOVAS
cada uma delas é conectada com resistências
variáveis ou potenciômetros. Quando é neces-
sário arrancar o motor, cada cursor fica em posi-
ção que permite obter uma grande resistência.
Conforme o motor vai ganhando velocidade, o va- VOLTAGEM
lor das resistências começa a ser reduzido até o FORMA DE LIGAR AS RESISTÊNCIAS
ponto em que elas deixam de funcionar e o mo- VARIÁVEIS COM OS ANÉIS LOCALIZADOS
tor gira normalmente. NO ROTOR DO MOTOR
41
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
NEUTRO
INTERRUPTOR INTERRUPTOR
TERMOSTATO
TERMOSTATO
CONTACTORA
CONTACTORA
BOBINADO DA BOBINADO DA
CONTACTORA CONTACTORA
MOTOR MOTOR
Quando é desligada a voltagem de controle da No circuito de 380 V pode ser observado que a
contactora, os contatos móveis voltam a sua po- rede elétrica alimenta o interruptor e através da
sição original, chamada de repouso. Isso faz com contactora são alimentadas as três fases do mo-
que o motor seja desligado. tor. A diferença consiste em que o bobinado de
Sempre que são utilizadas as contactoras, po- controle da contactora utiliza duas fases da rede
dem ser considerados dois tipos de circuitos per- para o seu funcionamento.
feitamente definidos. Eles são: Quando o termostato fecha o circuito, a corren-
a) o circuito de controle que alimenta o bobina- te circula pelo bobinado da contactora, ele faz
do da contactora com que seus contatos sejam fechados e o mo-
b) o circuito que alimenta o motor. tor começa a girar. Quando o termostato abre o
Nas fotos podem ser vistos dois esquemas elé- circuito, a corrente do bobinado da contactora é
tricos, ligados, cada um deles a 220 V e 380 V. cortada e os contatos móveis e fixos se afas-
No circuito de 220 V, vemos que o motor trifá- tam. Isto faz com que o motor deixe de receber
sico é alimentado através de uma contactora. energia elétrica. Ao mesmo tempo, a contactora
O circuito de controle está formado pelo bobi- pode ter outros contatos, chamados de auxilia-
nado da contactora e um pressostato ou termos- res ou secundários. Sua finalidade é permitir sa-
tato. Veja que a rede elétrica é de 380 V e dela ber, por exemplo, se o motor está funcionando,
somente é utilizada uma das fases e o neutro ligando uma lâmpada piloto, etc.
para poder alimentar a contactora com 220 V.
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
PROTETORTÉRMICO
DE CORTE RÁPIDO
Além do relé térmico, exis-
te outro dispositivo de funci-
onamento semelhante, que é BOLHA DE ISOLANTE DE
ligado em série como o mo- AÇO CERÂMICA
tor, (sempre que este seja do TERMINAL
tipo monofásico).
Se o motor é trifásico, deve
ser ligado ao bobinado da
contactora. DISCO DE CORTE RÁPIDO
Como seu tamanho é redu- CONTATOS DE PRATA
RESINA EPÓXI ISOLADOR
zido ele pode ser ligado ao
motor, para poder atuar como TERMINAL DE CONEXÃO
um interruptor de temperatu- CORTE DE UM PROTETOR TÉRMICO COM CORTE RÁPIDO
ra ou termostato. Assim ele
pode ter uma função dupla,
protegendo o motor por sobrecarga ou por alta
temperatura.
43
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
SISTEMA DE ARRANQUE
No momento do arranque de um motor
elétrico, a corrente que circula, é entre
5 e 6 vezes superior à de marcha ou nor-
mal. Este fato não é problema nos mo-
tores que têm pouca potência, pois seu
consumo, durante o arranque, não é de INTERRUPTOR
grande valor. Já nos motores que têm
mais de 5 hp, é necessário ter disposi-
tivos ou arranjos que evitem pôr em pe-
rigo a instalação elétrica.
Sistema de arranque
estrela-triângulo BLOCO DE
CONEXÕES
Passemos a analisar, agora, o circui-
to de arranque estrela-triângulo.
Para poder compreender de forma fá-
ATUADOR
cil este circuito, vejamos, primeiro, o tipo
ESTRELA-TRIÂNGULO
manual. Nele é utilizado um atuador es-
trela-triângulo e depois, passaremos ao
CIRCUITO MANUAL PARA O ARRANQUE
circuito automático, que usa contacto-
ESTRELA-TRIÂNGULO
ras.
Na foto que aparece nesta página,
mostra-se o circuito necessário para passar da Tudo isto pode ser feito através de um sistema
conexão estrela à conexão triângulo. Nela pode tipo relógio, chamado timer, que tem a finalida-
ser observado que desde a rede de energia elé- de de realizar a troca depois de certo período de
trica, um interruptor permite ligar ou desligar o tempo, assim que o motor atingiu velocidade.
motor. Quando ele liga o motor, a tensão dos fios Esta regulagem pode ser feita de forma manual
alimenta o bloco de conexões, ou seja, os bobi- e de acordo com o tipo de motor e unidade de
nados do motor. No início, este atuador fica na refrigeração que está sendo utilizada.
posição da direita e os três terminais inferiores
do bloco ficam unidos entre si, pois os contatos
do atuador estão em curto-circuito. Nestas con-
dições, o motor arranca conectado em estrela.
Quando o motor aumenta sua velocidade, o atu-
ador é levado à posição esquerda, conectando
os terminais superiores do bloco de conexões
com os inferiores. Nesta situação, o motor per-
manece funcionando conectado em triângulo.
Este circuito não é muito utilizado em sistemas
de refrigeração, onde o motor tem que arrancar e
parar de forma automática, quando a temperatu-
ra no interior do local atingir o valor para o qual
foi calibrado ou ajustado. Isso deve ser feito por
meio do termostato ou pressostato e de forma
automática, também, deve ser feita a troca de
estrela para triângulo.
44
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
TERMOSTATO INTERRUPTOR
TIMER
BLOCO DE
CONEXÕES
Como pode ser observado na foto, o circuito Nestas condições, o motor pode arrancar e per-
automático está formado por um interruptor com manece funcionando até que o timer ou tempori-
fusíveis, três contactoras, chamadas A, B, e C, zador mude sua posição. Isso acontece quando
um relé térmico (r) e o timer ou relé de tempo. o contato passa da posição 1 para a 2. Nesta
Quando é fechado o interruptor, o circuito está situação, o bobinado do contactora B deixa de
pronto para funcionar, mas isso só acontecerá ser alimentado eletricamente e liga o bobinado
quando os contatos do pressostato ou termos- do contactora C. Nesta situação, o fechamento
tato fecharem o circuito do bobinado da contac- dos terminais superiores com os inferiores do
tora A. Quando isto acontece, os terminais supe- bloco de conexões permite que o motor tenha os
riores do bloco de conexões são alimentados ele- seus bobinados em condição de triângulo. Isto
tricamente. Ao mesmo tempo, o terminal 1 do permanecerá até que o termostato ou pressos-
relé de tempo permite que o bobinado da contac- tato abra os seus contatos, e então o ciclo se
tora B seja energizado. Esta contactora permite repete.
que os terminais inferiores do bloco de conexões
fiquem em curto-circuito.
45
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
MARCHAINVERTIDA
Algumas vezes é necessária a inversão da mar-
A
cha ou rotação de um motor elétrico. T R
R R
A
B A
Línea A N
L Q
Motor monofásico H
O
U
E
A
TT R
RR
A R
BA A
Línea AB N
LA Q
HJ U
OO E
Centrífugo
Motor trifásico
O troca de sentido
de rotação de um mo-
tor trifásico é obtida
com a troca de dois
dos terminais ou fa-
ses, no bloco de co-
nexões, como mos-
tra a foto desta
página.
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
50
CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
SELOS E PLACAS DE VÁLVULAS óleo, se faz funcionar o motor pelo mínimo por 2
horas. Depois, fechamos a válvula de serviço de
Nos equipamentos abertos, o tamanho varia alta, e carregamos refrigerante pela válvula de
segundo o diâmetro do eixo, o virabrequim e a serviço de baixa, até a pressão estabilizar na gar-
distância entre o assento dos anéis de encosto rafa de gás. Com um giz, marcamos o volante,
e a tampa do compressor. A pressão da mola, giramos lentamente, e com o detector de fugas
que permite a hermeticidade dos anéis, deverá testamos cada ponto em que nos detemos, até
ter uma tolerância entre o apoio do selo e a completar um giro de 360º.
tampa do compressor de 4 mm no máximo, evi-
tando desta maneira, uma maior pressão, que
desgastaria rapidamente a superfície de encosto.
As borrachas de retenção utilizadas nos selos
deverão ser de material sintético, nunca de bor-
racha natural, pois esta é atacada pela composi-
ção química do refrigerante e do óleo. Todas es-
tas partes deverão ser lubrificadas antes de sua
instalação.
TROCA DE UM SELO
Todas as superfícies de encosto deverão ser
polidas mesmo sendo novas. Para poli-las deve-
mos utilizar uma placa de fundição completamen-
te lisa ou um vidro de 4 a 5 mm de espessura.
Se utiliza pasta de polir, tipo Carborundum e
umas gotas de querosene. Com esta mistura se
pulem anéis ou assentos de material duro, pode
ser de aço, fundição, etc., até que a superfície
dos mesmos fique cinza em sua totalidade. Logo
se limpam ambas as partes (anéis e placa) com
querosene ou gasolina, devendo desaparecer
das mesmas todas as partículas do produto. O
seguinte passo, é voltar a polir em seco até que
a cor cinza se torne brilhante em toda sua super-
fície.
Os anéis ou superfícies de materiais moles,
como o bronze, o carvão, etc., se pulem direta-
mente em seco para evitar incrustações do pro-
duto em sua estrutura. Para isso, se aproveita a
porosidade da peça, que se formou ao ser traba-
lhada com o produto. Uma vez bem limpos todos
os acessórios, se deverão untar em óleo e se
utilizarão juntas novas. Os parafusos deverão ser
apertados de forma igual para evitar que o selo
faça pressão desigual e “marque” as superfíci-
es polidas.
Uma vez armado o selo e colocado o volante,
se verifica o nível de óleo no compressor. Lem-
bre que o nível deve estar até a metade do eixo
do virabrequim. Uma vez completada a carga de
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
FUNCIONAMENTO
INCORRETO DO
COMPRESSOR
DIAGNÓSTICO
1) O COMPRESSOR ARRANCA E A FASE AUXILIAR NÃO É DESLIGADA.
2) O COMPRESSOR ARRANCA, FUNCIONA DURANTE PERÍODOS CURTOS, COM ATUAÇÃO DO PROTETOR.
3) O COMPRESSOR ARRANCA, FUNCIONA DURANTE PERÍODOS CURTOS, SEM ATUAÇÃO DO PROTETOR.
4) O COMPRESSOR NÃO ARRANCA, NEM VIBRA.
5) O COMPRESSOR NÃO ARRANCA, VIBRA, COM ATUAÇÃO DO PROTETOR.
6) O COMPRESSOR FUNCIONA DE FORMA CONTÍNUA.
7) O COMPRESSOR FUNCIONA NORMALMENTE, MAIS FICA LIGADO POR LONGOS PERÍODOS.
8) O COMPRESSOR ESQUENTA MUITO, COM OU SEM ATUAÇÃO DO PROTETOR.
9) EXCESSIVO BARULHO NO SISTEMA FRIGORÍFICO.
10) ESFRIAMENTO INSUFICIENTE NO INTERIOR DO GABINETE.
11) TUBULAÇÃO DE SUCÇÃO COM MUITO GELO OU CONDENSAÇÃO EXCESSIVA.
12) TUBULAÇÃO DO REFRIGERANTE LÍQUIDO COM GELO OU CONDENSAÇÃO EXCESSIVA.
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
CAUSAS AÇÃO
CAUSAS AÇÃO
1. Relé de arranque com defeito Verificar a conexão do relé. Trocar se for necessário.
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
CAUSAS AÇÃO
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
OCOMPRESSORNÃOARRANCA,
VIBRA COM ATUAÇÃO DO PROTETOR
CAUSAS AÇÃO
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
CAUSAS AÇÃO
CAUSAS
1. Compressor sub-dimensionado
2. Baixa voltagem
3. Alta voltagem
4. Liga e desliga em períodos curtos e com muita freqüência
5. Freqüentes cortes de energia elétrica
6. Capacitor de trabalho com defeito
7. Capacitor de trabalho sub-dimensionado
8. Refrigerante incorreto.
9. Gás aspirado pelo compressor com alta temperatura
10. Processo de inversão do ciclo incorreto.
11. Temperatura de descarga excessiva.
12. Sobrecarga de refrigerante.
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CAUSAS
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CURSO DE REFRIGERAÇÃO E AR CONDICIONADO
CAUSAS
1. Evaporador encharcado
2. Sistema de expansão sub-dimensionado
3. Válvula do evaporador não está funcionando
4. Carga de refrigerante excessiva
5. Gás aspirado muito quente, tanto no evaporador como na tubulação de sucção.
CAUSAS
1. Filtro entupido
2. Tubo capilar mal instalado no filtro
3. Válvula de saída do refrigerante parcialmente fechada.
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