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Apresentação
Como resultado, espera-se estabelecer com este caderno uma linguagem comum
na empresa acerca da ergonomia e da sua importância enquanto ação de
prevenção e promoção da saúde e da produtividade da população de
trabalhadores da empresa.
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Sumário
1 Ergonomia
4. Bibliografia
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1. Ergonomia
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diferentes dimensões de uma situação de trabalho. Em outras palavras, toda
atividade de trabalho, comporta uma dimensão física, indicando a necessidade de
uma mobilização do corpo biológico do sujeito; uma dimensão cognitiva,
associada aos conhecimentos e raciocínios necessários para o desempenho do
trabalho, e, uma dimensão organizacional, caracterizando o caráter social do
trabalho, inserido numa relação de interdependência com outras atividades, com
as quais interage e se complementa. A atividade de trabalho representa a
intercessão destas três dimensões sendo irredutível a uma ou outra.
FÍSICA
OR
A
TIV
GA
I
N
GN
IZA
CO
CI
NA O
L
No sentido atual do termo, a ergonomia surge nos anos 40, reunindo em seu
escopo uma diversidade de escolas com diferentes abordagens tanto no campo
da pesquisa como da ação. No que pese tal diversidade, existe uma convergência
entre os ergonomistas em dois pontos fundamentas:
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O primeiro deles trata da distinção entre tarefa e atividade. Tarefa é aquilo que a
organização do trabalho estabelece ou prescreve para o trabalho a ser realizado.
A atividade, aquilo que o sujeito realmente faz para atingir os objetivos prescritos.
O esclarecimento destes termos leva necessariamente ao conceito de trabalho e
sua relação com a ergonomia.
2
Santos et al, 1997.
3
Iida, 1992
4
Gerin, et al, 1991.
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O terceiro pressuposto trata do conceito de carga de trabalho. Este está
associado as diferentes dimensões humanas mobilizadas pelo o sujeito que
trabalha, englobando sua dimensão biológica, cognitiva e subjetiva.
É fácil compreender isto considerando, por exemplo, um sujeito unindo peças com
rebites e usando um martelete pneumático. Se considerados constantes, o rebite,
o instrumento e uma determinada postura, pergunta-se: seria a carga de trabalho
física a mesma para qualquer situação deste tipo? A resposta é não. Dependendo
da relevância da união específica em execução a carga cognitiva se altera.
Quanto maior a importância relativa da tarefa, maiores serão as exigências em
termos de raciocínio e de atenção.
Psíquica
Cognitiva
Física
5
Millot, 1988
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Por exemplo, numa situação de trabalho onde o trabalhador tem dificuldade para
acessar um ponto de trabalho, irá exigir uma dada postura, sem grandes
possibilidades de variação. Portanto, seu modo operatório estará condicionado a
priori, com poucas ou nenhuma possibilidade de alteração. Por outro lado, em um
ponto de fácil acesso, o sujeito pode escolher sua postura e os movimentos que
irá realizar. Neste caso o espaço de regulação é grande e ele pode adotar
diferentes modos operatórios.
Frente a tais objetivos a ergonomia não parte de um modelo definido a priori para
o desenho das situações de trabalho. Ao contrário, é a partir da realidade da
atividade e das hipóteses explicativas da carga de trabalho contextualizadas
numa situação específica, que a ergonomia buscará por meio da sua base
conceitual revelar as representação dos diferentes atores envolvidos e negociar
ações que objetivam fundamentalmente adequar a situação produtiva ao homem.
Na seqüência será explicitado o método de como faze-lo.
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por uma reinterpretação. Isto não quer dizer que não existam conhecimentos
válidos e generalizáveis sobre o homem no trabalho, mas sim que, é a situação
de trabalho quem condiciona a aplicação destes.
Situação de Trabalho
Dados Hipóteses
Dados
Diagnóstico:
Modelo Operante
Implementação: Hipóteses
Síntese
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necessário igualmente, considerar os fatores econômicos que delimitarão, em
parte, as soluções que serão propostas. Finalmente deve-se levar em conta os
dados sociais: a caracterização da população de trabalhadores, o tempo de
serviço na profissão, o grau de escolaridade e as condições gerais de vida. Estas
informações serão importantes para situar os problemas formulados pela
demanda, dentro do contexto da situação de trabalho a ser analisada.
b) obter a aceitação dos trabalhadores que ocupam o posto (ou postos) a ser
estudado. A participação destes trabalhadores é, de fato, indispensável para
realizar uma boa análise das atividades. Para julgar a pertinência das variáveis
e ajudar na interpretação dos resultados; e,
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A análise da demanda é uma análise global. Ela indica para o prosseguimento do
estudo quais as situações que deverão ser priorizadas, bem como, orienta a
pesquisa bibliográfica a ser realizada em paralelo.
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TEMPO (em minutos) POSIÇÃO
Não +5 até +30 até +60 até
ATIVIDADE Até 5 Em pé Sentado Andando Agachado
Participa 30 60 8 horas
Recepção e descarregamento
caixas com as amostras
Abertura das caixas e
identificação
Separação dos lotes e
inspeção das amostras
Colocar as amostras na estufa
Ensaio de determinação da
resistência à abrasão: preparação
das amostras
Questão 2: Das atividades que você marcou na questão 1, assinale 2 (duas) que sejam mais
pesadas ou cansativas fisicamente:
01 02 03 04 05 06 07 08 09 10 11 12 13
14 15 16 17 18 19 20 21 22 23 24 25 26
27 28 29 30 31 32 33 34 35 36 37
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Corlett, e. m., et al, 1976.
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A confrontação entre a percepção dos trabalhadores, as variáveis identificas pelos
ergonomistas e a revisão da literatura, possibilita ao final desta etapa estabelecer
quais tarefas deverão analisadas com maior profundidade. O que se realiza na
etapa de análise da atividade.
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Paralelamente, análises cinesiológicas e biomecânicas das atividades são
realizadas. Tais análises consistem em descrições detalhadas das posturas
assumidas pelos sujeitos e das exigências sobre os seguimentos corpóreos em
termos de cargas e posturas. A figura 7 ilustra a técnica.
Tarefa
Dados do Sujeito Complexidade da tarefa
Nível de Fromação Exigências físicas
Estado instantâneo Organização do trabalho
Vida fora do trabalho Dispositivos técnicos
Atividade
Carga de trabalho
Física
Saúde Cognitiva Produtividade
Psíquica
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3.4. Diagnóstico
Resultados
Objetivos
Meios
Estado
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serão discutidas em detalhes etapas apresentadas, bem como, serão
aprofundados os conteúdos técnicas a serem utilizadas.
4. Bibliografia
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MILLOT P. (1988). Supervision des Procédés Automatisés et Ergonomie. Paris.
Editora Hermès.
NORMAN, D.R. (1998). The Design of Everyday Things, Doubleday, New York.
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