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Mais um ano se passou, nenhum título se ganhou e fica o questionamento na cabeça de todos:
como transformar o alto investimento em títulos?
Bem, não sou nenhum profissional do mercado (o que, vamos combinar, até legitima meus
argumentos, considerando os últimos trabalhos realizados no Flamengo).
Em primeiro lugar, quando o assunto é dinheiro não importa se é uma pessoa, família, empresa
ou clube, é preciso ter CRITÉRIO para se gastar, do contrário os resultados serão ruins e a
saúde financeira será comprometida a médio/longo prazo. Como diz a música, dinheiro na mão
é vendaval.
Desde 2015 o Flamengo tem feito contratações buscando quase que exclusivamente as
"oportunidades de mercado". O jogador tem nome? É fácil de contratar? Tá em final de
contrato? Então pode trazer!
Para evitar esses problemas é preciso ter um modelo baseado em dois pilares:
1 Estabelecer um perfil de atleta baseado em alguns critérios, requisitos mínimos para qualquer
contratação.
2 Mapeamento de mercado para busca de jogadores que se enquadrem no perfil do clube.
Creio que o problema não está no CIM mas no organograma do clube pois até hoje esse
departamento está subordinado ao diretor executivo e muitas vezes
ao longo dos anos jogadores foram contratados sem passar pelo centro de inteligência e
mercado e até com relatórios do mesmo reprovando a contratação, tudo porque o diretor
executivo queria o atleta.
Na minha visão e de tantos outros rubro-negros o CIM deveria estar acima de todo o
departamento de futebol, pois são centenas de milhões de reais movimentados pelo Flamengo
e até para resguardar o clube esse valor não poderia estar sob os cuidados de um único
profissional que pode ter interesses diferentes dos do clube. Até porque esse profissional pode
sair, mas os atletas permanecerão, o que gerará grandes custos, pois a instituição terá que
arcar com as despesas dos atletas que não deram certo e na aquisição de outros que possam
suprir as necessidades do elenco.
É preciso que se estabeleçam diretrizes claras para o departamento de futebol para que ele
não fique entregue ao acaso e passe a ter uma postura proativa para que os objetivos sejam
alcançados com base num trabalho bem estruturado e não por uma combinação de fatores que
podem dar certo uma vez mas dar errado em tantas outras.
Tudo o que foi dito aqui não tem nada de mirabolante e pode ser colocado em prática, basta
apenas a diretoria querer.
Para fazer esse texto não precisei olhar outros clubes, bastou ver as outras áreas do Flamengo
e como elas trabalharam.
Que o novo presidente aplique no departamento de futebol o mesmo método que é usado nas
demais áreas do clube, afinal, somos 40 milhões de torcedores por conta do futebol e para
chegarmos ao topo do mundo novamente precisaremos ser referência na gestão do futebol
tanto quanto somos nas outras áreas.
Mengão sempre!