Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CURSO DE EXTENSÃO
Parte 3
Manutenção produtiva total
2007
1
1
PORQUE FAZER MANUTENÇÃO
2
Tipos de Manutenção
Manutenção
centralizada
Quanto à
centralização Manutenção
desentralizada
Manutenção
Tipos de corretiva
manutenção
Manutenção
preventiva
Quanto à
classificação Manutenção
sistêmica
Manutenção
preditiva
a) Quanto à centralização
3
b) Quanto à classificação
b.1) Manutenção Corretiva
• É aquela em que os consertos e reformas são realizados
quando o objeto, máquina, equipamento ou veículo já estão
quebrados.
b.1.1 Manutenção Corretiva Não Planejada
Como ela não é planejada, geralmente implica em altos custos,
pois a quebra inesperada pode gerar perdas de produção e de
qualidade do produto
b.1.2 Manutenção Corretiva Planejada
Ocorre quando percebemos que o equipamento não está
trabalhando como deveria. Ela é mais barata, rápida e mais
segura que a manutenção corretiva não planejada 7
Vantagens:
- não exige acompanhamentos e inspeções nas máquinas.
Desvantagens:
- as máquinas podem quebrar-se durante os horários de
produção;
- as empresas utilizam máquinas de reserva;
- há necessidade de se trabalhar com estoques.
4
b.2) Manutenção Preventiva
• É o tipo de manutenção que acontece de forma programada
com a intenção de reduzir ou evitar a quebra ou a queda no
desempenho do equipamento
- Informações do fabricante (tempo de calendário,
número de horas trabalhadas);
- Experiência.
• Na prática implica em:
- Inspeção periódica dos equipamentos;
- Lubrificação programada;
- Substituição periódica de peças críticas (antes de
9
atingirem seu limite de vida útil)
Vantagens:
- assegura a continuidade do funcionamento das máquinas, só
parando para consertos em horas programadas;
- a empresa terá maior facilidade para cumprir seus programas
de produção.
Desvantagens:
- requer um quadro (programa) bem montado;
- requer uma equipe de mecânicos eficazes e treinados;
- requer um plano de manutenção
10
5
Manutenção Preventiva (continuação.......)
Quando Utilizar
• Quando não for possível fazer a manutenção preditiva (veja
adiante)
• Se houver riscos de agressão ao meio ambiente
• Nos equipamentos fundamentais
• Nos sistemas complexos e/ou de operação contínua (linhas
de acabamento de superfície, por exemplo)
• Quando o equipamento possui aspectos relacionados com a
segurança pessoal ou da instalação
11
6
b.3) Manutenção Sistêmica
• É uma evolução natural da manutenção preventiva
• Implica na existência de registros históricos de ocorrência
que permitirão elaborar gráficos de controle estatístico das
máquinas;
• Definição mais precisa da periodicidade necessária de
manutenção.
Manutenção autônoma
• Os operadores são capacitados para detectarem, ainda nos
estágios iniciais, anomalias nos equipamentos.
- Ruídos, vibrações, odores e temperatura
• Envolve os operadores em tarefas rotineiras de
manutenção preventiva e pequenas correções. 13
14
7
b.4) Manutenção Preditiva
• É uma extensão da manutenção preventiva.
• Acompanha-se a vida útil das máquinas efetuando-se
inspeções periódicas, medições, leituras, sondagem, etc.
verificando falhas ou detectando mudanças nas condições
físicas, podendo-se prever com precisão o risco de quebra,
permitindo assim a manutenção programada.
• Tornou-se viável com o surgimento de instrumentos capazes
de diagnosticar precisamente quando um componente irá
falhar.
• Substitui na maioria dos casos a manutenção preventiva.
“O que realizamos, na realidade, é uma
manutenção corretiva planejada”
15
8
QUAL O MELHOR MÉTODO DE MANUTENÇÃO?
17
9
• M anutenção
- Respeito pelo equipamento.
- Manutenção Autônoma.
• P rodutiva
- Deixa de ser atividade exclusiva dos técnicos de
manutenção.
- Promove o aumento da produtividade do
equipamento.
• T otal
- Todos os níveis: presidente, diretores, operadores.
- Todos os departamentos: engenharia, produção e
manutenção.
- Ao longo de todo o ciclo de vida do equipamento.
- Rendimento total: máximo rendimento operacional
19
global.
Objetivos da TPM
10
As melhorias devem ser conseguidas por meio dos
seguintes passos:
a) Capacitar os operadores para conduzir a manutenção de
forma voluntária.
b) Capacitar os mantenedores a serem polivalentes.
c) Capacitar os engenheiros a projetarem equipamentos que
dispensem manutenção, isto é; o “ideal” da máquina
descartável.
d) incentivar estudos e sugestões para modificação dos
equipamentos existentes a fim de melhorar seu rendimento,
21
EXEMPLO DE TPM
Pessoal de Manutenção Pessoal de Operação
• ações preventivas • domínio e cuidado
Papel
• manutenção corretiva com o equipamento
• operação correta
• planejar a prática • manutenção preventiva de
• avaliar a prática rotina
Responsabiliade
• solução de problemas • manutenção preditiva de
• treinar os operadores rotina
• detecção dos problemas 22
11
Manutenção Corretiva X Preventiva
5 Metas da TPM
12
3. Planejar a manutenção
Ter uma abordagem totalmente elaborada para todas as
atividades de manutenção. Isto deveria incluir o nível de
manutenção preventiva necessário para cada peça de
equipamento, e as respectivas responsabilidades do pessoal
de operação e de manutenção
4. Treinar todo o pessoal
As responsabilidades exigem que tanto o pessoal de
manutenção como o de operação tenham todas as
habilidades para desempenhar seus papéis. A TPM coloca
ênfase no treinamento adequado e contínuo
5. Conseguir gerir os equipamentos
Pela "prevenção de manutenção", tenta rastrear todos os
problemas potenciais de manutenção até sua causa
fundamental, e depois tenta eliminá-los nesse ponto 25
26
13
OITO PILARES DA TPM
TPM
do equipamento
Controle inicial
Gerenciamento
meio ambiente
Da qualidade
Manutenção
Manutenção
Treinamento
Segurança e
Manutenção
Educação e
Autônoma
Planejada
Específicas
Melhorias
COMPROMETIMENTO DE TODOS
27
28
14
b) Eficiência Global dos Equipamentos (IROG)
PARADAS
POTENCIAL DE MELHORIAS
TEMPO PROGRAMADO (HORAS EFETIVAMENTE TRABALHADAS)
PROGRAMADAS
PARADAS NÃO
TEMPO REAL DE OPERAÇÃO
PROGRAMADAS
PERDAS DE
TPO AGREGAÇÃO $
VELOCIDADE,
DE VALOR
QUALIDADE
DISPONIBILIDADE
PERDAS ACUMULADAS DO EQUIPAMENTO
OU UTILIZAÇÃO
OEE PERDAS
TEEP PERDAS
Perda 5 e 6 Perda 3 e 4 Perda 1 e 2
30
15
2. PILAR DE MANUTENÇÃO AUTÔNOMA:
É uma das partes mais visíveis do TPM, onde o impacto visual
e as mudanças no ambiente de trabalho são percebidas com o
aumento do COMPROMETIMENTO dos Operadores e
Manutentores.
OBJETIVOS PRINCIPAIS:
• Evitar o desgaste acentuado do equipamento através de uma
operação correta e inspeção diária.
• Estabelecer os parâmetros básicos necessários para manter
o equipamento permanentemente em boas condições.
• Manter as condições ideais do equipamento através da
restauração e gestão apropriada.
31
16
Mas como conseguir isto?
Desenvolvendo um Programa que efetue, basicamente a:
33
34
17
4. PILAR DE EDUCAÇÃO & TREINAMENTO:
• Esse Pilar objetiva aumentar as habilidades dos Operadores
e Manutentores, para atingir;
• Um grau elevado de Confiança para executar seu
trabalho;
• Motivação,
• Participação,
• Orgulho Profissional;
• e conseqüentemente a Maximização do Rendimento
Operacional Global.
35
S • Acidentes: Zero.
Segurança • Incidentes de Poluição: Zero
M • Sugestões de Melhorias: 5 a 10 vezes mais
Moral
Exemplos de Resultados Intangíveis do TPM
- Auto-gestão plena: Os operadores assumem as
responsabilidades pelos. Recorrem menos aos Departamentos de Manutenção.
- Equipamentos. Recorrem menos aos Departamentos de ; Manutenção.
- Confiança: Pela eliminação de falhas e defeitos.
- Ambiente de trabalho: Limpo e agradável.
- Melhoria da imagem da empresa.
36
18
Aplicação da TPM na ELETRONORTE
• Elevação da produtividade em 12%, uma redução total de 87% nas falhas e
defeitos em equipamentos em que a metodologia foi implementada.
• Houve uma redução nas interrupções de fornecimento de energia aos
consumidores da empresa da ordem de 52%, e as não-conformidades do produto
energia elétrica, tais como as variações de tensão e freqüência, foram reduzidas em
99%.
• Reduziram-se (em 4 anos de implantação da TPM) os custos operacionais em
38%.
• Os estoques de materiais nos almoxarifados foram reduzidos em 44%.
• A disponibilidade total dos equipamentos e linhas de transmissão atinge hoje,
patamares superiores a 99%.
• Sob o aspecto do impacto da TPM nos trabalhadores, já foram contabilizadas em
torno de 40.000 sugestões de melhorias por toda a Eletronorte, das quais
aproximadamente 36.000 foram implementadas.
• Foram identificados e eliminados aproximadamente 24.000 atos e condições
inseguras.
• Houve elevação na motivação, satisfação e moral dos empregados.
• Para cada Real investido com a aplicação da metodologia, contabilizou-se a
37
redução de perdas, no processo produtivo, da ordem de vinte reais
1. Quebras e Falhas
2. Set-up e Ajustes
3. Ociosidade e Pequenas Paradas
µglobal = µ1 + µ2 + µ3 4. Velocidade Reduzida
5. Defeitos
6. Início do Processo (start-up)
38
19
CÁLCULO DO ÍNDICE GLOBAL DO EQUIPAMENTO
39
Tempo de
ciclo
40
20
Como num recurso gargalo, a capacidade de produção é
menor ou igual à demanda temos:
Σ(tpi x qi)
µglobal =
T
41
21
µ TEEP =
Tempo padrão total das unidades boas
=
∑ (tp i x qi )
Tempo disponível TD
Onde; µTEEP = Produtividade efetiva total dos
equipamentos
µ1 = Índice de Utilização dos equipamentos
µ2 = Eficiência de performance (ou Índice de Performance
Operacional (IPO)
µ3 = Taxa de qualidade (ou Índice de Produtos Aprovados-
IPA)
tpi = Tempo padrão por unidade de produto i
qi = Quantidade de unidades boas produzidas do produto i
TD = Tempo disponível (igual a cada minuto do relógio.
Para um ano, a medida é o tempo total calendário (60 min x 24
43
hrs x 364 dias). )
44
22
• Cálculo do µ2 (Eficiência de performance )
Tempo Operacional - Pequenas Paradas - Redução de velocidade
µ2 =
Tempo Operacional
(Volume Processado) (tempo de ciclo teórico) ∑ (tp i x q i )
µ2 = =
Tempo Operacional TO
Tempo padrão total produzido
µ2 =
Tempo Operaciona l
45
23
b) Índice de Rendimento Operacional Global (IROG) para
equipamentos não-críticos
O IROG para equipamentos não críticos, ou Índice de
Eficiência Global (Overall Equipment global – OEE) Indica a
eficácia do equipamento para produzir produtos bons (na
velocidade considerada) no tempo em que o equipamento está
programado para operar.
µ global = µ OEE = µ 1 x µ 2 x µ 3
µ OEE =
∑ tp i x qi
TP
Onde;
µOEE = produtividade efetiva total dos equipamentos
tpi = Tempo padrão por unidade de produto i
qi = Quantidade de unidades boas produzidas do produto i
Tempo Programado (TP) = Tempo Disponível – Tempos das
paradas programadas
48
24
• Cálculo do µ1 (disponibilidade dos equipamentos)
49
Fórmulas Adicionais
Tempo Operacional TO
• Tempo de Ciclo Real = =
Volume Total Produzido Q
Volume Total Produzido = Quantidade de itens produzidos, incluindo
defeituosos e refugados
Tempo de ciclo teórico
• Eficiência de performance =
Tempo de ciclo real
Tempo operacional
Tempo de ciclo real =
Volume real produzido
tempo de procesamento real
Eficiência de performance =
Tempo Operacional
Tempo de Valor Agregado
Eficiência de performance =
Tempo Operacional
50
25
Capacidade Bruta de produção (CBP) = Capacidade que seria alcançada
caso não existisse quaisquer tipo de perdas (capacidade ideal ou nominal)
CBP (OEE) = Tempo Programado / tempo de ciclo teórico;
52
26
2. Perda para ajustes e mudança de linha de produção
• Tempo perdido na troca de um produto para o próximo ou a
alteração dos ajustes durante uma operação.
Causas:
a) retirada;
b) procura instalação e ajuste do novo ferramental.
53
Onde:
TD = Tempo disponível calendário (no caso de um turno de
trabalho, 8 horas).
TP = TD – Paradas programadas (como refeições,
manutenção preventiva, reuniões, etc)
TO = TP – Perdas do tipo 1 e 2
54
27
Exemplo – Uma impressora flexográfica trabalha num turno de 8 horas por
dia. A empresa costuma conceder a seus colaboradores dois intervalos de
15 minutos cada para o café. Determine o índice de disponibilidade da
impressora para o mês de novembro, sabendo que durante o mês foram
trabalhados 20 dias e estava prevista uma manutenção preventiva que
durou 6 horas. Um levantamento dos registros sobre o funcionamento da
impressora no mês de novembro mostrou que, foram gastos 425 minutos
em preparações e ajustes.
TO 8.215
µ1 = = = 0,9508 ≈ 95,08%
TP 8.640
55
28
4. Perda por redução de velocidade de trabalho
Perda quando a máquina opera abaixo da velocidade padrão
para a qual foi projetada. Por exemplo, por problemas
mecânicos, desgastes em máquinas e instrumentos,
sobrecarga de equipamentos etc.
Causas:
a)desgaste da máquina ou componentes básicos;
b) intervenção humana;
c) desgaste de ferramenta ou excesso de carga na máquina.
57
TO - (perda 3 + perda 4)
µ2 =
TO
58
29
Exemplo – Suponha que no exemplo anterior, foram registrados perdas
por pequenas paradas e ociosidade no valor de 120 minutos. Sabe-se, por
outro lado, que a velocidade nominal de produção é de 100 etiquetas por
minuto. Porém, devido a vários fatores, estimou-se que a máquina
trabalhou, em média, a uma velocidade de 80 etiquetas por minuto.
60
30
6. Perda para entrada em regime normal de produção,
Início do Processo (start-up)
O tempo que a máquina leva para atingir a condição de regime
após um período de parada.
Causas:
a) ganho lento de velocidade da máquina;
b) aumento da temperatura dos fornos até a temperatura ideal;
c) eliminação do excesso de material ou perda de material
relacionado com o processo.
61
62
31
Exemplo – Suponha que a impressora flexográfica
apresentou, durante o mês de novembro, as seguintes
porcentagens de perdas por qualidade:
Qualidade insatisfatória (em regime) = 0,10%
Qualidade insatisfatória (inicio do processo) = 0,80%
• Finalmente tem-se:
OEE = µ1 + µ2 + µ3
OEE = 0,9508 x 0,7883 x 0,991
OEE = 0,7428 ≈ 74,28%
32
3500
•perdas tipo 1 (café,
3000 manutenção)
2500 •perdas tipo 2 (preparações
tempo (min)
e ajustes)
2000
•perdas tipo 3 (pequenas
1500 paradas)
1000 •perdas tipo 4 (baixa
500 velocidade)
0 •perdas tipo 5
perdas perdas perdas perdas perdas perdas (rejeito/retrabalho)
tipo 6 tipo 4 tipo 1 tipo 5 tipo 2 tipo 3 •perdas tipo 6 (star-up)
WHAT? O QUE?
WHY? POR QUE?
WHEN? QUANDO?
WHERE? ONDE?
WHO? QUEM?
HOW? COMO?
HOW MUCH? QUANTO CUSTA?
66
33
MODELO DE PLANO DE AÇÃO 5W 2H
67
DIÁRIO DE BORDO
Operário
Equipamento/ máquina:
34
USOS DO IROG (OEE e TEEP)
Máquina não-gargalo
Use a OEE
b) Se Demanda ≥ Capacidade
Máquina gargalo
Use TEEP
69
A máquina é um Gargalo
70
35
Possibilidades de aumento da capacidade nos gargalos
Aumentar a oferta
(capacidade)
Reduzir a demanda
dos produtos na máquina
71
36
Exercício
Considere que um centro de trabalho de uma empresa trabalha diariamente
em 3 turnos de 8 horas (1440 min = 3*8*60). Determine a OEE, TEEP, a
Capacidade Bruta e Líquida diária do centro, se durante um dia de trabalho
se apresentaram as seguintes condições:
Produto Tempo de ciclo (min) Quantidade produzida Tempo total de
produção (min)
A 0,45 800
B 0,60 500
C 0,35 200
Total 1.500
73
Exercício
37
75
38