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FACULDADE 

DE DIREITO
DAMÁSIO DE JESUS
CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO LATO SENSU
EM REGIME PRÓPRIO DE PREVIDÊNCIA 
SOCIAL

Disciplina: Equilíbrio Financeiro e Atuarial – Cálculo Atuarial
Data: 13/08/2015
Professor: Luciano Gonçalves
1
2
1) CONCEITO DE DEMOGRAFIA

DEMO + GRAFIA
Dêmos Graphein
POPULAÇÃO ESTUDO
Área da ciência que estuda a dinâmica populacional humana. O seu objeto de
estudo engloba as dimensões, as estatísticas, a estrutura e a distribuição das
diversas populações humanas. Estas características variam segundo:

3
2) O FENÔMENO DA TRANSIÇÃO DEMOGRÁFICA

4
3) O CRESCIMENTO NATURAL NO BRASIL 1872-2100
taxas (em milhões)
5,0% 240
230
4,5% 220
210
200
4,0% TBN
190
180
3,5% 170
TBN 160
TAXA DE CRESCIMENTO NATURAL TBM 150
3,0% 140
População
130
2,5% 120
TBM 110
2,0% 100
90
80
1,5% 70
60
1,0% 50
40
30
0,5% 20
10
0,0% 0
1872
1880
1890
1895
1900
1905
1910
1915
1920
1925
1930
1935
1940
1945
1950
1955
1960
1965
1970
1975
1980
1985
1990
1995
2000
2005
2010
2015
2020
2025
2030
2035
2040
2045
2050
2055
2060
2065
2070
2075
2080
2085
2090
2095
2100
5
Fonte: de 1872 a 1940, Merrick e Graham (1981), a partir de 1950, United Nations Population Prospects – The 2010 Revision Population Database
4) A EVOLUÇÃO DA POPULAÇÃO NO BRASIL 1800-2100
M i l hõe s

240 224,4
222,8
230 220,5
216,9
220 210,4 207,9

210 197,2

200 homens 190,8


186,7
190 mulheres 177,3
180 total 169,8

170
160 146,8

150
Século XX
140
(10 vezes)
130 119,0

120
110
93,1
100
90 Século XIX
80 (5 vezes) 70,1

70
51,9
60
50 41,2
35,5
40 30,6
22,6
30 16,6
14,3
20
6,5 9,9
10 3,5 4,5

0
1800
1822
1850
1872
1880
1890
1895
1900
1905
1910
1915
1920
1925
1930
1935
1940
1945
1950
1955
1960
1965
1970
1975
1980
1985
1990
1995
2000
2005
2010
2015
2020
2025
2030
2035
2040
2045
2050
2055
2060
2065
2070
2075
2080
2085
2090
2095
2100
6
Fonte: de 1872 a 2010, IBGE, a partir de 2012, United Nations Population Prospects – The 2010 Revision Population Database
5) A PIRÂMIDE POPULACIONAL NO BRASIL 1950-2100
POPULAÇÃO = 177.348.802
108.224.080
121.711.864
136.246.764
149.650.206
161.848.162
174.425.387
185.986.964
194.946.470
203.293.957
210.433.295
216.237.715
220.491.888
223.195.573
224.431.018
224.282.017
222.843.309
220.323.933
216.886.116
212.702.356
207.906.045
202.650.781
197.206.348
191.844.395
186.678.145
181.782.608
53.974.725
62.879.616
72.758.801
84.388.983
96.078.304
Pop. 0-14 = 16,9%
38,0%
36,9%
35,2%
32,4%
29,5%
27,5%
25,5%
23,0%
20,7%
19,3%
18,1%
15,9%
15,2%
14,7%
14,1%
14,2%
14,4%
14,6%
14,8%
15,1%
15,3%
41,6%
42,0%
43,1%
43,6%
42,3%
40,2% RDC = 25,1%
65,5%
62,5%
58,3%
51,8%
45,5%
41,5%
37,7%
33,4%
29,7%
27,9%
26,4%
24,0%
23,5%
23,6%
23,8%
24,3%
25,0%
25,5%
26,0%
26,6%
27,1%
27,6%
28,1%
74,9%
76,2%
80,2%
82,1%
78,1%
71,8%
100+
Pop. 15-64 = 67,4%
58,0%
59,0%
60,4%
62,6%
64,9%
66,2%
67,5%
68,9%
69,7%
69,2%
68,3%
66,4%
64,8%
62,8%
61,1%
59,8%
58,2%
56,6%
55,9%
55,3%
54,9%
54,5%
54,6%
55,5%
55,0%
53,7%
53,0%
54,2%
56,0% RDI = 23,3%
10,4%
11,8%
13,8%
16,6%
20,0%
26,6%
30,8%
35,8%
40,1%
43,6%
47,7%
51,7%
53,5%
54,8%
55,6%
56,0%
55,7%
55,1%
6,9%
7,0%
7,4%
8,0%
8,5%
9,5%
5,4%
5,5%
5,9%
6,4%
6,5%
6,8%
95-99
Pop. 65+ = 11,5%
13,7%
15,7%
17,7%
19,9%
22,5%
24,5%
26,0%
27,7%
29,3%
29,9%
30,3%
30,5%
30,6%
30,4%
30,1%
4,0%
4,1%
4,5%
5,0%
5,6%
6,3%
7,0%
8,1%
9,6%
3,0%
3,1%
3,4%
3,5%
3,8% IE = 196,3%
110,9%
131,2%
152,6%
169,9%
183,0%
207,2%
210,2%
210,6%
209,2%
206,3%
201,7%
10,6%
11,2%
12,7%
15,5%
18,8%
22,8%
27,5%
35,2%
46,6%
59,4%
75,8%
92,8%
7,2%
7,3%
7,7%
8,4%
9,5%
90-94

85-89

80-84

75-79

70-74

65-69

60-64

55-59

e0 = 81,59 50-54 e0 = 81,21


49,23
51,45
53,82
55,71
57,29
59,22
60,36
61,87
63,58
65,54
67,17
68,66
70,65
71,81
72,81
73,72
74,53
75,21
75,85
76,42
76,98
77,53
78,04
78,54
79,03
79,50
79,93
80,36
80,79
81,19 79,89
80,57
66,78
69,06
71,24
73,26
74,76
75,93
77,41
78,35
79,15
81,80
82,36
82,89
83,38
83,87
84,34
84,79
85,22
85,64
86,06
86,44
86,83
87,22
52,62
55,18
57,57
59,62
61,83
63,87
45-49

40-44

35-39

30-34

25-29

20-24

15-19

10-14

5-9

0-4 Milhões
7
10,0 9,0 8,0 7,0 6,0 5,0 4,0 3,0 2,0 1,0 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0
6) DIST. % CRIANÇAS, PIEA E IDOSOS – BRASIL 1950-2100
75%

70%

65%

60%

55%

50%

45%

40%

35%

30%

25% 0-14
15-64
20%
65+
15%
80+
10%

5%

0%
1950

1960

1970

1980

1990

2000

2010

2020

2030

2040

2050

2060

2070

2080

2090

2100
8
Fonte: United Nations Population Prospects – The 2010 Revision Population Database
7) RAZÃO DEPENDÊNCIA CRIANÇAS E IDOSOS – BRASIL 1950-2100

100%
95%
90% crianças
85% ido so s
80% to tal
75%
70%
65%
60%
55%
50%
45%
40%
Pop. 0 - 14 anos
35% RDC  * 100
Pop. 15 - 64 anos
30%
Pop. 65  anos
25% RDI  * 100
Pop. 15 - 64 anos
20%
15%
10%
5%
0%
1950

1960

1970

1980

1990

2000

2010

2020

2030

2040

2050

2060

2070

2080

2090

2100
9
Fonte: United Nations Population Prospects – The 2010 Revision Population Database
8) ÍNDICE DE ENVELHEC. POPULAC. – BRASIL 1950-2100
250%
240%
230%
220%
210%
200%
mulheres
190%
ho mens
180%
170% to tal
160%
150%
140%
130%
120%
110%
100%
90%
80%
70% Pop. 65  anos
IE  * 100
60% Pop. 0 - 14 anos
50%
40%
30%
20%
10%
0%
1950

1960

1970

1980

1990

2000

2010

2020

2030

2040

2050

2060

2070

2080

2090

2100
10
Fonte: United Nations Population Prospects – The 2010 Revision Population Database
9) MAPA DENSIDADE DEMOGRÁFICA CENSO 2010

DENSIDADE
DEMOGRÁFICA (hab/Km2)

11
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010
10) ÍNDICE DE ENVELHECIMENTO CENSO 2010

ÍNDICE DE
ENVELHECIMENTO
(pop65+/pop 0-14) x 100

12
Fonte: IBGE, Censo Demográfico 2010
11) CONCEITO DE RISCO

Segundo o Dicionário Aurélio a palavra risco significa:

1. Perigo ou possibilidade de perigo.

2. Situação em que há probabilidades mais ou


menos previsíveis de perda ou ganho como, p.
ex., num jogo de azar, ou numa decisão de
investimento.

3. Em contratos de seguros, evento (sinistro) que


acarreta o pagamento da indenização.

4. Possibilidade de perda ou de responsabilidade


pelo dano (jurídico).

A palavra risco expressa então a possibilidade de perdas ou danos


causados a uma pessoa ou propriedade devido a sua exposição a fatores. 13
11) CONCEITO DE RISCO (cont.)

“Na acepção comum de "risco", há, portanto, dois


elementos distintos: a idéia de perda ou dano e qual a
incerteza atrelada a essa ocorrência” (Trowbridge, 1989
p.7).
O RISCO DEVE SER

POSSÍVEL

MENSURÁVEL

INCERTO / ALEATÓRIO
PARA SER
SEGURÁVEL
FUTURO

HOMOGÊNEO

NÃO CATASTRÓFICO 14
12) CONCEITO DE MUTUALISMO
“Tipo de associação entre organismos de espécies diferentes e no
qual há benefícios para uns e outros. (ecologia)” (Dicionário Aurélio)
 O mutualismo é uma associação imprescindível, pois ela garante que os dois
animais envolvidos sejam beneficiados e sobrevivam. Exemplo: ruminantes e as
bactérias em seu estômago. Os bois, por exemplo, são herbívoros, mas, apesar
disso, não produzem uma enzima denominada celulase, necessária para
quebrar a molécula da celulose. Esse trabalho, então, é realizado pelas
bactérias que, em troca, ganham alimentação e moradia.
“Mutualismo é um sistema privado de proteção
EXEMPLO DE MUTUALISMO ???
social que visa criar e promover organizações,
sociedades de seguros e fundos de pensão, de
caráter mutualista. O Mutualismo foi precursor
do moderno sistema de seguros, cujos
princípios assentam-se na reciprocidade dos
serviços e na entreajuda. Consubstancia-se na
existência de um fundo comum para o qual
todos convergem através de contribuições ou
quotas, de modo a permitir, de forma
previdente, acautelar o futuro do próprio ou dos
seus familiares através de retribuições
pecuniárias ou de assistência.” (Wikipedia) 15
13) A CIÊNCIA ATUARIAL

A Ciência Atuarial é a ciência que quantifica o riscos e expectativas


no âmbito dos seguros sociais, conjugando conhecimentos
específicos de estatística, probabilidade, matemática financeira,
demografia, economia, dentre outros.

“A Ciência Atuarial é a disciplina utilizada para determinar o risco em finanças


e seguros, através de estatísticas e métodos
matemáticos.” (businessdictionary.com)

“A Ciência Atuarial analisa as


consequências financeiras do
risco. Utiliza matemática,
estatística e finanças, avaliando a
probabilidade dos eventos futuros
e incertos, especialmente aqueles
ligados ao seguro e previdência MATEMÁTICA
social.” (Society of Actuaries) ATUARIAL
16
14) O ATUÁRIO

QUEM É O ATUÁRIO ?
(Decreto Lei nº 806 04/09/69 e Decreto nº 66.408 03/04/70)
“Art.1: Entende-se por Atuário o técnico especializado em
matemática superior que atua, de um modo geral, no mercado
econômico-financeiro, promovendo pesquisas e estabelecendo
planos e políticas de investimentos e amortizações e, em
seguro privado e social, calculando probabilidades de eventos,
avaliando riscos e fixando prêmios, indenizações, benefícios e
reservas matemáticas”

MERCADO DE TRABALHO INSTITUIÇÕES


 Previdência Social e Planos de Saúde;  Fundos de Pensão;
 Seguros e Resseguros;  Regimes Próprios de Previdência Social;
 Capitalização;  Bancos e Seguradoras;
 Loterias, Sorteios e Jogos de Azar;  Instituições Financeiras (Assets, DTVM);
 Planos de Financiamento e Amortização;  Administradoras de Planos de Saúde;
 Investimentos Financeiros;  Inst.Governamentais (SUSEP,ANS,MPS).
 Perícias Judiciais,  Tribunais de Justiça (TJ)

Você sabia ? Que a Matemática, Estatística e a Atuária foram consideradas,


respectivamente, a 1ª, 3ª e 4ª melhores carreiras nos Estados Unidos em 2014
(CareerCast – The best Jobs of 2014)
17
15) OS PRINCIPAIS RISCOS SOCIAIS

• MORTE (Sustento aos dependentes)

• INVALIDEZ (Sustento a si próprio e aos dependentes)

• VELHICE (Sustento a si próprio)

MORTE

100 MORTE
%
Capacidade
Laborativa

VELHICE

Vida
Laborativa

Início ------------------------ ATIVIDADE ------------------------- Final ---------------- INATIVIDADE ----------------


18
16) CÁLCULO ATUARIAL / AVALIAÇÃO ATUARIAL

“O Cálculo Atuarial é o estudo técnico baseado em


levantamento de dados da população analisada, no qual o
atuário busca mensurar os recursos necessários à garantia
dos benefícios oferecidos pelo plano previdenciário, avaliar
o histórico e a evolução da entidade como um todo, de
forma a apresentar estratégias que permitam a sua
adaptação a novos cenários.“

RECEITAS DESPESAS
PLANO DE CUSTEIO PLANO DE BENEFÍCIOS
É o plano que apresenta todas as É o plano que apresenta todos os
formas necessárias para se benefícios que o RPPS pode
custear os benefícios oferecidos oferecer ao servidor. Os mais
no Plano de Benefícios. comuns são:
O Plano de Custeio define quais • Aposentadoria Programada;
são as alíquotas de contribuição • Aposentadoria por Invalidez;
previdenciária necessárias ao • Pensão por Morte;
equilíbrio do sistema. • Auxílios.
19
20
17) A MECÂNICA DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO

CONTRIBUIÇÕES RE-INVESTIMENTOS

RENTABILIDADE
INVESTIMENTOS
POUCA LIQUIDEZ

MÉDIA LIQUIDEZ

ALTA LIQUIDEZ

DESPESAS
ADMINISTRATIVAS PAGAMENTO DE
21
BENEFÍCIOS
18) CARACTERÍSTICAS DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO

Cada Sistema Previdenciário possui


características únicas e distintas, portanto
necessita ser tratado de forma exclusiva e
personalizada.

22
19) AS BASES DO SISTEMA PREVIDENCIÁRIO

LEGAL ATUARIAL CADASTRAL


• Benefícios • Tábuas • Dados
Oferecidos Biométricas Atualizados
• Regras para • Taxas de Juros • Dados
concessão dos • Regimes Consistentes
benefícios Financeiros • Dados amplos
• Regras para o • Metodologias de
custeio dos Cálculo
benefícios

23
20) BASE LEGAL

• NORMAS APLICÁVEIS • BENEFÍCIOS OFERECIDOS:


 CF e EM (20,41,47);  Aposentadorias;
 Leis e Portarias;  Pensões;
 Resoluções;  Auxílios.
 Instruções Normativas.

• REGRAS PARA A CONCESSÃO DOS BENEFÍCIOS:


 HOMEM : 60 anos de idade / 35 anos e contribuição;
 MULHER : 55 anos de idade / 30 anos e contribuição
 20 anos de efetivo exercício no serviço público; e
 10 anos de carreira e 5 anos no cargo.

• REGRAS PARA O CUSTEIO DOS BENEFÍCIOS:


 Regime Financeiro: Capitalização X Repartição
 Método de Financiamento do Benefício
 Taxa de desconto / juros máxima (6,0%);
 Tábuas Biométricas limite;
 Taxas de Crescimento de Salários / Benefícios limite (1,0%) 24
21) BASE ATUARIAL

A NOTA TÉCNICA ATUARIAL é o documento elaborado pelo


atuário que contem toda a formulação matemática utilizada
nos cálculos, descreve as premissas atuariais, os regimes
financeiros, os métodos de financiamento, além de
especificar a forma de equacionamento técnico do pagamento
dos benefícios vis a vis as garantias oferecidas pelo plano.
PRINCIPAIS COMPONENTES
 Taxa de Desconto / Juros
 Taxa de Crescimento Salários / Benefícios
 Tábuas Biométricas
 Tábua de Mortalidade : IBGE-2012
 Tábua de Sobrevivência : IBGE-2012
 Tábua de Entrada em Invalidez : IAPB-57
 Tábua de Mortalidade de Inválidos : Álvaro Vindas
 Tábua de Rotatividade
 Fator de Capacidade do Benefício (inflação)
 Regimes de Financiamento  Metodologias de Cálculo
 Repartição Simples  Idade de Entrada Normal
 Repartição de Capitais de Cobertura  Crédito Unitário Projetado
 Capitalização  Agregado
25
22) BASE CADASTRAL

CARACTERÍSTICAS PRIMORDIAIS

• AMPLITUDE

• UNICIDADE OBJETIVOS

• VERACIDADE  Custo Previdenciário


Otimizado
• ATUALIZADA
 Contribuição Correta
PRINCIPAIS VARIÁVEIS
 Equilíbrio Financeiro e
• Data de Nascimento
Atuarial
• Data de Admissão
• Sexo
 Pré-auditoria na
• Salário de Contribuição / Benefício
Concessão de
• Carreira
Benefícios
• Composição Familiar
• Averbação Tempo de Serviço
• Cargo atual
• Data de posse no cargo atual 26
23) BASE CADASTRAL (ESTATÍSTICAS DESCRITIVAS)
450
ativos
400 aposentados
pensionistas IDADE ATIVO INATIVO PENSION.
Média 42,8 62,5 59,4
350 Mediana 43 62 62
Moda 42 68 77
DP 8,6 12,7 20,9
300
Amplitude 50 70 94
Mínimo 19 30 2
250 Máximo 69 100 96

200

150

100

50

0
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 27
24) BASE CADASTRAL (EVOLUÇÃO NO TEMPO)
1990
1991
1992
1993
1994
1995
1996
1997
1998
1999
2000
2001
2002
2003
2004
2005 Fonte: Silva, 2008 (pp. 103-105)

115
110
105
100
95
90
85
80
75
70
65
60
55
50
45
40
35
30
25
20
15
10
5
0
15 14 13 12 11 10 9 8 7 6 5 4 3 2 1 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
28
Homem Nível Médio Homem Nível Superior Mulher Nível Médio Mulher Nível Superior
29
25) EQUILÍBRIO FINANCEIRO E ATUARIAL (EFA)

COMPROMISSO DO RPPS
RESERVA MATEMÁTICA = VABF - VACF PAGAMENTO DE BENEFÍCIO

VABF

COMPROMISSO EM NOME DO PARTICIPANTE


PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÃO

VACF

Fonte: elaborado pelo autor

1 10 20 30 35 / 0 10 20 30 39
30
ADMISSÃO APOSENTADORIA PENSÃO FIM
26) RESERVAS MATEMÁTICAS

RESERVA MATEMÁTICA DE BENEFÍCIOS A CONCEDER (RMBAC)


É o recurso financeiro necessário à garantia do
pagamento dos benefícios previdenciários aos
segurados e seus beneficiários na época de seu
falecimento. No método chamado de Prospectivo
equivale à diferença entre o valor atual dos
compromissos futuros do Regime Previdenciário para
com os participantes ativos e o valor atual das
contribuições futuras vertidas pelo mesmo
participante quando ativo, quando aposentado, e
depois de seu falecimento por seus pensionistas.
RESERVA MATEMÁTICA DE BENEFÍCIOS CONCEDIDOS (RMBC)
É o recurso financeiro necessário à garantia de
pagamento dos benefícios previdenciários aos assistidos
do plano, ou seja, àqueles que já estão recebendo suas
aposentadorias e pensões. No método chamado de
Prospectivo equivale à diferença entre o valor atual do
fluxo de benefícios a ser pago ao participante já
aposentado e/ou seu pensionista e o valor atual do fluxo
de contribuições a ser realizado pelos mesmos. 31
26) RESERVAS MATEMÁTICAS (cont.)

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

 As Reservas Matemáticas representam o valor de que o Sistema


Previdenciário deveria dispor hoje para garantir o cumprimento de suas
obrigações para com seus atuais e futuros aposentados e pensionistas;
 Necessidade de adequação da Tábua de Mortalidade / Sobrevivência utilizada
no cálculo com as características biométricas da massa de segurados;
 As Reservas Matemáticas são sensíveis às mudanças biométricas na
composição da massa segurada. Anualmente ou sempre que houverem
mudanças significativas na base cadastral as Reservas deverão ser recalculadas;
 O Cálculo Atuarial das Reservas Matemáticas deverá ser realizado com
periodicidade, no mínimo, anual;
 As Reservas Matemáticas deverão ser corrigidas mensalmente na taxa de
juros utilizada no cálculo (6% aa) + um indexador inflacionário (INPC,IPCA /
IBGE, IGPM / FGV, etc). 32
27) SALDO DO SISTEMA

1ª SITUAÇÃO 2ª SITUAÇÃO 3ª SITUAÇÃO


ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO ATIVO PASSIVO

PATRIMÔNIO RESERVA
CONSTITUÍDO MATEMÁTICA

RESERVA PATRIMÔNIO RESERVA PATRIMÔNIO


MATEMÁTICA CONSTITUÍDO MATEMÁTICA CONSTITUÍDO

DÉFICIT SUPERÁVIT

DÉFICIT TÉCNICO EQUILÍBRIO SUPERÁVIT TÉCNICO


ATIVO < PASSIVO ATIVO = PASSIVO ATIVO > PASSIVO

33
28) COMPENSAÇÃO PREVIDENCIÁRIA

A Compensação Previdenciária ou COMPREV é um mecanismo que


reparte o ônus do pagamento do benefício entre o Regime de Origem e
o Regime Instituidor do Benefício, conforme o tempo de vínculo
averbado em cada um, no ato de sua concessão.

Emprego Emprego
nascimento formatura Privado Público Aposentadoria Falecimento

10 anos 25 anos
RGPS RPPS
Uma aproximação (grosso modo) da 10
responsabilidade de cada um dos regimes RGPS = * Valor da Aposentadoria
no pagamento da aposentadoria do 35
exemplo seria aplicar um redutor% para a
responsabilidade de 10/35 anos do RGPS 25
RPPS = * Valor da Aposentadoria
35
e o complementar alocar para o RPPS.
34
29) POLÍTICA DE INVESTIMENTOS X META ATUARIAL

POLÍTICA DE INVESTIMENTOS
 Para os RPPS e as EFPC, a Política de Investimentos tem como
objetivo estabelecer os princípios e as diretrizes (plano de gestão)
para a aplicação dos recursos garantidores dos planos de
benefícios administrados, com objetivo de garantir a segurança,
liquidez, a rentabilidade e a solvência necessárias para assegurar o
equilíbrio entre seus ativos e passivos. (quanto aplicar?, onde
aplicar?, até quando aplicar?, até que limite aplicar?);
 Para o consumidor dos planos de previdência das EAPC, a Política de
Investimentos guia o processo de investimento, ajudando o investidor a
entender as suas necessidades individuais em função do seu perfil de aceitação
do risco.
META ATUARIAL
 A Meta Atuarial representa a rentabilidade mínima dos
investimentos de um plano de previdência, necessária para garantir
o cumprimento dos seus compromissos atuais e futuros. Essa meta
é normalmente definida na Política de Investimentos como sendo a
taxa de juros adotada na avaliação atuarial (6%, por exemplo)
conjugada com um índice de inflação (INPC, IPCA, IGPM, etc).
35
30) REGIMES FINANCEIROS

Os Regimes Financeiros são aqueles que


determinam de que forma serão custeados os
benefícios oferecidos pelo plano previdenciário em
questão. São basicamente três os Regimes
Financeiros existentes:

36
31) REPARTIÇÃO SIMPLES (PAY AS YOU GO)

PAGAMENTO DE BENEFÍCIO
REPARTIÇÃO SIMPLES (RS)

A RECEITA de um determinado
período equivale à DESPESA
REALIZADA neste mesmo T=0 T=1
período.
PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÃO

ATIVOS RECURSOS GERIDOS APOSENTADOS E


PELO ESTADO PENSIONISTAS

37
31) REPARTIÇÃO SIMPLES (PAY AS YOU GO) (cont.)

FÓRMULA DE CUSTEIO EM REPARTIÇÃO SIMPLES

Ben( n )
C( n )  * 100
Sal ( n )
Onde:
Observações:
C(n) = alíquota percentual a incidir
mensalmente sobre a folha de salarial dos O método não constitui
reservas;
participantes do plano de benefícios;
 Poderá ser aplicado quando a
Ben(n) = valor total dos benefícios massa de participantes tiver
previdenciários previstos para o exercício alcançado um estágio
(ano) considerado; estacionário, com estabilidade
das despesas;
Sal(n) = valor total da folha salarial dos
participantes para o exercício (ano)  Normalmente utilizado no
considerado, incluindo o 13º salário. custeio dos auxílios.

Exemplo: Suponha que no plano de benefício dos servidores, a previsão de gastos com o
Auxílio Doença para o ano n é de R$ 156.000. São 100 participantes que receberão, em
média, um salário de R$ 5.000,00 nesse ano. Qual o valor da alíquota de contribuição para
o Auxílio Doença para ano n ? 156.000
C( n )  * 100  2,4%
13 * 5.000 * 100 38
32) REPARTIÇÃO DE CAPITAIS DE COBERTURA (Terminal Funding)

REPARTIÇÃO DE CAPITAIS DE COBERTURA (RCC)

A RECEITA de um determinado período equivale à


DESPESA FUTURA, referente aos benefícios gerados
neste mesmo período.
PAGAMENTO DE BENEFÍCIO

T=0 T=1

PAGAMENTO DE CONTRIBUIÇÃO
39
32) REPARTIÇÃO DE CAPITAIS DE COBERTURA (Terminal Funding) (cont.)

FÓRMULA DE CUSTEIO REPARTIÇÃO DE CAPITAIS DE COBERTURA

VPBF( n )
C( n )  * 100
Sal ( n )
Onde:
C(n) = alíquota percentual a incidir Observações:
mensalmente sobre a folha de salarial dos  O método constitui reservas
participantes do plano de benefícios; apenas para os benefícios
iniciados no período
VPBF(n) = valor presente do fluxo de considerado (RMBC);
benefícios previdenciários previstos para se
iniciarem no exercício (ano) considerado;  Normalmente utilizado no
custeio dos benefícios de
Sal(n) = valor total da folha salarial dos risco de aposentadoria por
participantes para o exercício (ano) invalidez e pensão por morte
considerado, incluindo o 13º salário. de ativo.

Exemplo: Suponha que no plano de benefício dos servidores do exemplo anterior, a


previsão é de que para o ano n faleça um participante, logo no 1º dia do ano, deixando um
cônjuge. Suponha que o Valor Presente desse benefício de pensão por morte seja de
R$890.500. Qual o valor da alíquota de contribuição para a Pensão por Morte iniciada no
ano n ? 890.500
C( n )  * 100  13,84%
13 * 5.000 * 99 40
33) CAPITALIZAÇÃO (Capitalization)

CAPITALIZAÇÃO

A DESPESA FUTURA será paga diretamente por uma


RESERVA, que por sua vez será composta via RECEITA
gerada através do acumulo das contribuições
previdenciárias e retorno de suas aplicações financeiras.

Existem alguns Métodos de Financiamento utilizados


no Regime Financeiro de Capitalização. Ex: Idade de
Entrada Normal (IEN), Crédito Unitário Projetado
(PUC), Agregado, dentre outros.
41
33) CAPITALIZAÇÃO (Capitalization) (cont.)

FÓRMULA DE CUSTEIO CAPITALIZAÇÃO (Método IEN)

VPBF( i )
C( n )  * 100
Onde: VPSF( i )
C(n) = alíquota percentual a incidir mensalmente Observações:
sobre a folha de salarial dos participantes do plano
de benefícios;  O método constitui reservas
integrais para todos os
VPBF(a) = valor presente do fluxo de benefícios benefícios (RMBaC e RMBC);
previdenciários futuros, calculado na idade (i) de
início de contribuição previdenciária, com o valor do  Obrigatoriamente utilizado no
benefício na data da aposentadoria; custeio dos benefícios
VPSF(n) = valor presente do fluxo futuro de
programáveis de aposentadoria
por tempo de contribuição/
pagamento dos salários, calculado da idade (i) de
idade/ compulsória e as
inicio de contribuição previdenciária até a idade de
pensões decorrentes das
aposentadoria, incluindo o 13º salário e
mesmas.
considerando o salário vigente na data de cálculo.
Exemplo: Suponha que em um determinado plano de benefícios, o valor presente dos salários futuros
equivale a 500 milhões de reais. Se o valor presente do benefício de aposentadoria normal de todos os
participantes é igual a 90 milhões de reais, Qual o valor da alíquota de contribuição para esse benefício
ano n ?
90.000.000
C( n )  * 100  18%
500.000.000 42
34) REPARTIÇÃO SIMPLES X CAPITALIZAÇÃO

REPARTIÇÃO SIMPLES CAPITALIZAÇÃO


• Os valores arrecadados em um • Os valores arrecadados são
determinado exercício são utilizados capitalizados durante muitos anos e a
para pagamento de benefícios no poupança feita durante a vida laborativa
mesmo exercício; é utilizada, no futuro, para pagamento
dos benefícios;
• Não existe formação de reservas;
• Existe a formação total de reservas;
• Existe o pacto intergeracional (ativos
financiam os inativos);

• Sensível quanto à interferência das


X • Não existe o pacto intergeracional (os
ativos financiam a sua própria
aposentadoria;
variáveis demográficas (fecundidade x • Sensível quanto às variáveis
mortalidade); econômicas como o índice de
crescimento de salários e taxas de
• Bom para financiar benefícios de curta juros;
duração, cujas despesas se comportem
estáveis no período; • Bom para financiar benefícios de longa
duração como as aposentadorias e
pensões;

43
35) MÉTODOS DE FINANCIAMENTO (CAPITALIZAÇÃ0)

 No regime de capitalização existem diversas formas de


financiar o custo do benefício (VPBF) ao longo dos anos de
vínculo do participante/servidor ao RPPS/Entidade
Previdenciária. A forma em que se dá essa distribuição ao
longo dos anos define o método de financiamento
empregado, cabendo ao atuário e aos gestores definir o
método mais apropriado para o RPPS em questão, em
função do perfil biométrico da sua população de segurados e
das suas características gerais;
 Essas metodologias objetivam determinar as contribuições a
serem vertidas ao plano durante a Fase Laborativa do
participante, que deverão ser investidas e capitalizadas via
mercado de capitais de forma a gerar um montante
equivalente ao Valor Presente do Benefício Futuro (VPBF). A
diferença entre esses métodos está na forma de custeamento
do plano e no ritmo de formação dos recursos garantidores.
 Os métodos de financiamento mais utilizados nos RPPS são:
Crédito Unitário Projetado (PUC), Idade de Entrada Normal
(IEN) e Agregado.
44
36) CRÉDITO UNITÁRIO PROJETADO (PUC)

 Crédito Unitário Projetado (PUC - Project Unit Credit) : essa metodologia


financia o Valor Presente do Benefício Futuro (VPBF) em tantas unidades
quantos forem os anos de vínculo do participante, desde a sua admissão (a)
até o implemento das elegibilidades para o requerimento do benefício (r).
a = 25 anos x = 35 anos r = 60 anos d = 90 anos
( Admission ) ( Hoje ) ( Retirement ) ( death )

10 anos 25 anos 30 anos


35 anos
Custo Suplementar
RM Individual
( xa) ( 35  25 ) 10  RM individual  PL 
RMindividual  VPBF*  VPBF*  VPBF* ( 13 )
(r a) ( 60  25 ) 35 CS 
a 35
FS
Custo Normal Anual
Obs:
VPBF VPBF VPBF
   a) o custo normal é crescente a cada ano
( r a ) ( 6025 )
CN anual
coletivo 
a1( 13 )
 a1( 13 )
 a1
35
( 13 )
visto que o compromisso também cresce.
b) utiliza o salário projetado na DIB.
FS FS FS
45
37) IDADE DE ENTRADA NORMAL (IEN)

 Idade de Entrada Normal (IEN - Normal Entry Age) : essa metodologia


financia o VPBF a partir de uma alíquota de contribuição normal constante,
fruto do quociente entre o VPBF e o Valor Presente do Salário Futuro
(VPSF) do participante, ambos descontados atuarialmente para a admissão.
Esse VPSF representa o fluxo salarial pago desde a admissão (a) até a
aposentadoria (r) e o VPBF representa o fluxo de benefício pago a partir da
aposentadoria (r) até o falecimento do participante (d)

a = 25 anos r = 60 anos d = 90 anos


( Admission ) ( Retirement ) ( death )

VPSF (35 anos) VPBF (30 anos)

RM individual na Admissão Custo Normal Custo Suplementar


admissão
RM individual  VPBFindividual  VPCFindividual
admissão admissão
CN 
 VPBF admissão
individual  RM admissão
individual  PL 
 VPSF admissão
individual a ( 13 )
Onde: VPCF = CN X VPSF CS  35

FS
Obs:
a) o custo normal tende a ser constante a cada ano visto que tanto o VPBF quanto o VPSF são
posicionados na admissão do participante.
b) utiliza o salário projetado na DIB.
46
38) AGREGADO

 Agregado : essa metodologia financia o VPBF a partir de uma alíquota de


contribuição normal, fruto do quociente entre a diferença desse VPBF e o PL
já constituído (VPBF-PL) e o Valor Presente do Salário Futuro (VPSF) do
participante, ambos descontados atuarialmente para a data de “hoje”. Esse
VPSF representa o fluxo salarial pago desde a data de “hoje” (x) até a
aposentadoria (r) e o VPBF representa o fluxo de benefício pago a partir da
aposentadoria (r) até o falecimento do participante (d)

a = 25 anos x = 35 anos r = 60 anos d = 90 anos


( Admission ) ( Hoje ) ( Retirement ) ( death )

10 anos 25 anos 30 anos


35 anos

RM Custo Normal Custo Suplementar (apenas BC)

RM  Patrimônio _ Líquido
CN 
 VPBF hoje
individual  PL Passivo _ Descoberto
 VPSF hoje ( 13 )
a35
individual
CS 
FS
Obs:
a) o custo suplementar é calculado como o passivo descoberto (apenas BC) financiado em até
35 anos para os participantes em gozo de benefício.
b) utiliza o salário projetado na DIB.
47
39) COMPARATIVO DOS MÉTODOS DE FINANCIAMENTO

Percentual Acumulado do Benefício Projetado em cada idade


100%
95%
90% Crédito Unitário (UC)
Crédito Unitário Projetado (PUC)
85%
Idade de Entrada Normal (IEN)
80%
75%
70%
65%
60%
55%
50%
45%
40%
35%
30%
25%
20%
15%
10%
5%
0%
30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 65 48
Fonte: Winklevoss,1993 idade
40) COMPARATIVO DOS MÉTODOS DE FINANCIAMENTO (cont.)
Custo Normal como % do salário em função da idade
30,0%

27,5% Crédito Unitário (UC)


Crédito Unitário Projetado (PUC)
25,0% Idade de Entrada Normal (IEN)

22,5%

20,0%

17,5%

15,0%

12,5%

10,0%

7,5%

5,0%

2,5%

0,0%
30 31 32 33 34 35 36 37 38 39 40 41 42 43 44 45 46 47 48 49 50 51 52 53 54 55 56 57 58 59 60 61 62 63 64 49
Fonte: Winklevoss,1993 idade
41) TIPOS DE PLANOS DE BENEFÍCIOS

Além do Regime Financeiro visto anteriormente, que define como


o benefício será financiado, é importante sabermos de que forma
será estabelecido o valor do benefício. Existem duas modelagens
básicas de definição dos benefícios em um plano previdenciário:
 BENEFÍCIO DEFINIDO (BD - Defined Benefit VARIÁVEL VALOR
Plan): define um plano mutualista, onde o valor do Independente Benefício
benefício é previamente conhecido, normalmente Dependente Contribuição
como função do salário do participante, calculado
segundo fórmula matemática.
 CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA (CD - Defined VARIÁVEL VALOR
Contribution Plan): define um plano individualista, Independente Contribuição
onde o valor do benefício não é previamente Dependente Benefício
estabelecido, mas sim o valor da contribuição. O
valor do benefício depende do montante gerado
pelas contribuições ao longo do tempo e da
rentabilidade obtida.
Obs: existem também os Planos de Contribuição Variável ou Mistos, que possuem
características de Plano CD durante a fase de contribuição e de Plano BD durante a fase de
percepção dos benefícios. 50
42) COMPARATIVO ENTRE PLANOS BD E CD

ITEM BENEFICIO DEFINIDO (BD) CONTRIBUIÇÃO DEFINIDA (CD)


Caráter do Plano Mutualismo, Coletivo, Solidário. Individualista, Unitário.
Garantido contratualmente, Não garantido. Varia de acordo
Benefícios normalmente vinculado ao salário, com as contribuições e seus
cargo, etc. rendimentos.
Depende dos benefícios, da
Depende do que for pactuado
Custos / Contribuições metodologia e das hipóteses
como contribuição.
atuariais.
Rentabilidade das aplicações Risco pertencente ao plano. Risco exclusivo do participante.
Distribuído entre patrocinador e
Superávit / Déficit do plano Não existe.
participantes.
Flexibilidade Contributiva Não existe. Muita.
Normalmente não cobertos pelo
Beneficio de Risco Cobertos pelo plano.
plano.

Geralmente Renda por Tempo


Forma de Pagamento dos Normalmente sob a forma de
Determinado mas também
Benefícios de Aposentadoria Renda Vitalícia Clássica.
podendo ser Renda Vitalícia.

Somente pela rentabilidade do


Reajuste dos Benefícios Predeterminado.
plano.
Complexidade do Plano Maior Menor.
51
52
43) RESPONSABILIDADE ATUARIAL

“O ente federativo, a unidade gestora do RPPS


e o atuário responsável pela elaboração da
avaliação atuarial deverão eleger
conjuntamente as hipóteses biométricas,
demográficas, econômicas e financeiras
adequadas às características da massa de
segurados e de seus dependentes para o
correto dimensionamento dos compromissos
futuros do RPPS, obedecidos os parâmetros
mínimos de prudência estabelecidos nesta
Portaria, tendo como referência as hipóteses e
premissas consubstanciadas na NTA do
respectivo RPPS.” (Portaria MPS nº 403/2008,
art.5º)
53
44) CUSTOS ATUARIAIS

 CUSTO NORMAL (CN): corresponde ao somatório das parcelas


necessárias para a formação das reservas para o pagamento dos
benefícios de risco e dos benefícios programados. Em um plano
equilibrado, o Custo Normal é aquele que será suficiente cobrar de
patrocinadores e participantes para a composição das Reservas
Matemáticas necessárias ao pagamento dos benefícios.

 CUSTO SUPLEMENTAR (CS): corresponde ao financiamento, em


um prazo determinado, da diferença entre o patrimônio constituído
pelo plano previdenciário e o somatório das reservas necessárias para
arcar com o pagamento dos benefícios de aposentadoria e pensão de
cada servidor e/ou dependente. Quando é observado no cálculo
atuarial que as Reservas Matemáticas não estão completamente
integralizadas (existência de déficit técnico), necessita-se inserir um
Custo Suplementar no sistema para que o mesmo venha a equilibrar-
se no tempo.
54
45) TIPOS DE BENEFÍCIOS

 BENEFÍCIO PROGRAMÁVEL / PROGRAMADO: é o benefício


que, a partir de um conjunto de dados básicos indivíduo (por ex:
data de nascimento, data de admissão, sexo, carreira, tempo de
serviço anterior, etc.) é possível calcular, a partir de um conjunto
de elegibilidades pré definidas (por ex: idade mínima, tempo de
contribuição, tempo de serviço público, tempo de serviço no cargo,
etc) a data a partir da qual a pessoa terá cumprido todos os pré
requisitos básicos para a concessão do benefício. São exemplos
de benefícios programáveis: aposentadoria por tempo de serviço,
aposentadoria por idade, aposentadoria compulsória e todas as
pensões (reversão) decorrentes dessas aposentadorias (pensão
por morte de aposentado que não por invalidez).
 BENEFÍCIO DE RISCO: é o benefício em que, mesmo com um conjunto de
dados básicos do indivíduo não conseguimos precisar a sua data de
ocorrência. Sua ocorrência normalmente está ligada a um acontecimento
aleatório, súbito, involuntário e as vezes violento, que pode causar a morte, a
invalidez total ou parcial, ou mesmo a doença do indivíduo, dentre outros. São
exemplos de benefícios de risco: a aposentadoria por invalidez (reversão em
pensão), a pensão por morte de ativo, e os auxílios em geral. 55
46) PREMISSAS ATUARIAIS
PREMISSA / HIPÓTESE UTILIZADO PT 403/08
Base dos Dados 31/12/2013 Art. 14
DATA
Base da Avaliação Atuarial 01/03/2014 Art. 14
Sobrevivência IBGE-2012 Art.6º - I
TÁBUA Mortalidade IBGE-2012 Art.6º - I
BIOMÉTRICA Entrada em Invalidez Álvaro Vindas Art.6º - II
Mortalidade de Inválidos IAPB-57 Art.6º - I
Art.9º - Meta Atuarial
Real Anual de Juros 6,0% (máx)
(Juros + Indexador)
Anual de Rotatividade 1,0% (máx) Art.7º - § 1º
TAXA Anual de Inflação 0,0% Anexo – 2.8 e 2.9
Real Anual de Cresc. Salários 1,0% (mín) Art.8º
Real Anual de Cresc. Benefícios 0,0% Anexo – 2.7
Despesas Administrativas 2,0% (máx) Art.17º - § 8º
CONTRIB. PAT para Servidor Ativo 14,0% Art.17º - § 6º
CONTRIB. SERV. Ativo, Aposentado* e Pensionista* 11,0% Art.17º - § 6º
Início de Contribuição à Previdência Social * 18 anos Art.13º - § 2º
Composição do Grupo Familiar BD ou Estimado Art.13º - § 3º
Novos Entrados (Geração Futura) Grupo constante Art.7º - § 2º
56
Benefício Máximo do INSS (na Data Base) R$ 4.390,24 -----
47) A TÁBUA DE MORTALIDADE

“Sintetiza-se a tábua de mortalidade, também chamada de tábua de


vida ou mesmo tábua de sobrevivência, como um instrumento teórico
que permite medir as probabilidades de sobreviver ou morrer em
determinado período, para uma população exposta a este risco, em
função da idade. Essa ferramenta fornece a mais completa descrição
estatística da mortalidade de um determinado grupo de indivíduos,
constitui a base do modelo de população estacionária e sua técnica
é amplamente utilizada por demógrafos, atuários e estatísticos ao
redor do mundo, despertando também interesse nos inúmeros
profissionais que trabalham com políticas públicas, notadamente
aquelas ligadas à saúde, previdência social, serviço social e
planejamento estratégico.” (Ortega, 1987 – Prólogo)

57
48) PROB. DE MORTE ENTRE IDADES EXATAS x e x+n (nqx)

Probabilidade de morte entre idades exatas - (1000*nqx) - escala log - IBGE 2007
1000,0

homens
mulheres
ambos os sexos

100,0

10,0

1,0

0,1
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 58
IDADE
49) AS FUNÇÕES DA TÁBUA DE MORTALIDADE

Idades
Exatas lx nqx ndx npx nLx Tx ex
(x)
0 100.000 0,027710 2.771 0,972290 97.595 6.882.086 68,82
1 97.229 0,002438 237 0,997562 97.111 6.784.491 69,78
2 96.992 0,001414 137 0,998586 96.923 6.687.381 68,95
3 96.855 0,001064 103 0,998936 96.803 6.590.457 68,04
4 96.752 0,000869 84 0,999131 96.710 6.493.654 67,12
5 96.668 0,000610 59 0,999390 96.638 6.396.944 66,17
6 96.609 0,000450 43 0,999550 96.587 6.300.306 65,21
7 96.565 0,000336 32 0,999664 96.549 6.203.719 64,24
8 96.533 0,000297 29 0,999703 96.518 6.107.170 63,27
9 96.504 0,000297 29 0,999703 96.490 6.010.651 62,28
10 96.475 0,000307 30 0,999693 96.461 5.914.161 61,30
.... .... .... .... .... .... .... ....
106 87 0,733631 64 0,266369 55 69 0,80
107 23 0,883155 20 0,116845 13 14 0,62
108 3 0,979869 3 0,020131 1 1 0,52
109 0 0,999522 0 0,000478 0 0 0,50
110 0 1,000000 0 0,000000 0 0 0,00 59
50) PLANO DE CUSTEIO

TAXA SOBRE
EVENTO A FOLHA DE
ATIVOS
Aposentadorias com reversão ao dependente 16,26%
Invalidez com reversão ao dependente 3,90%
Pensão de ativos 5,43%
Auxílios 1,50% Art. 17 - § 8º
CUSTO NORMAL ANUAL 27,09%
Taxa de Administração 2,00%
Art. 17 - § 7º
CUSTO NORMAL ANUAL TOTAL 29,09%
CUSTO SUPLEMENTAR (35 anos) 69,43%
CUSTO TOTAL 98,52%
PARÂMETROS DE CÁLCULO
• Tábua de Mortalidade / Sobrevivência : IBGE-2012
• Taxa de Juros : 6,0% a.a.
• Taxa de Crescimento Salarial : 1,0% a.a. 60
50) FONTES DE FINANCIAMENTO

 Contribuições (Normal e Suplementar): do ente federativo,


dos segurados ativos, dos segurados inativos e dos
pensionistas;
 Rentabilidade: receitas decorrentes de investimentos e
patrimoniais;
 COMPREV: valores recebidos a título de compensação
financeira, em razão do § 9º do art. 201 da Constituição Federal;
 Aportes: valores aportados pelo ente federativo;
 Dotações: demais dotações previstas no orçamento federal,
estadual, distrital e municipal; e
 Outros: bens, direitos e ativos com finalidade previdenciária.

61
51) RESULTADOS ATUARIAIS (RESERVAS E SALDO)

TIPO FATORES VALORES (R$)

RESERVA VPBF (1.172.575.657,65)


MATEMÁTICA DE
- VPCF 164.311.397,74
BENEFÍCIOS A Art. 17
CONCEDER = RMBAC(1) (1.008.264.259,91)

RESERVA VPBF (559.905.350,58)


MATEMÁTICA DE
- VPCF 18.441.384,11
BENEFÍCIOS
CONCEDIDOS = RMBC(2) (541.463.966,47)
Art. 17 - § 1º
TOTAL (1.549.728.226,38) (Passivo Atuarial)
PATRIMÔMIO 6.313.870,92
VP DA COMPREV A RECEBER 0,00
Art. 17 - § 4º
RM À AMORTIZAR (1.543.414.355,46) (Resultado Atuarial)
Art. 11
§ 3º Ausência salários (do período a compensar) no BD, cálculo individual não maior do que o valor
médio dos requerimentos já deferidos.
§ 4º Na ausência de requerimentos deferidos, limite igual ao valor médio per capita pago pelo INSS.
§ 5º Base cadastral inconsistente (TS anterior) COMPREV limitada a 10% do VABF.
§ 6º COMPREV apenas para a Geração Atual. 62
52) IMPACTO DAS VARIÁVEIS (ANÁLISE DE SENSIBILIDADE)

A seguir, apresentamos a Análise de Sensibilidade (impacto)


que 3 variáveis fundamentais ao cálculo atuarial acarretam
no valor do encargo do benefício de Aposentadoria por
Tempo de contribuição e Idade.
São elas:
• a Tábua de Mortalidade;

• a Taxa Real de Juros;

• a Taxa de Crescimento Salarial.

63
53) FÓRMULA DO VALOR PRESENTE DO BENEFÍCIO FUTURO

NP x SalProj(x+k) x ax+k(12) x kEx x FAT_CAP

Onde:
x = idade (em anos) atual do indivíduo
k = tempo restante (em anos) para a aposentadoria
64
54) ANÁLISE DE SENSIBILIDADE (Tábua de Mortalidade)

TÁBUA e0 e20 e30 e40 e50 e60 e70


IBGE-2000 66,73 50,43 42,00 33,70 25,87 18,84 12,93
CSO-58 68,29 50,37 41,25 32,18 23,63 16,12 10,12
IBGE-2010 69,73 52,55 43,81 35,15 26,97 19,63 13,43
CSO-80 70,83 52,37 43,24 34,05 25,36 17,51 10,96
AT-49 73,18 54,23 44,61 35,15 26,23 18,48 11,86
GAM-71 74,40 55,26 45,57 36,02 26,91 18,76 11,91
GAM-83 76,43 56,77 47,03 37,42 28,19 19,75 12,44
UP-94 78,22 58,65 49,02 39,43 30,01 21,20 13,77
AT-83 78,69 59,50 49,83 40,25 31,07 22,62 14,96
GAM-94 78,99 59,40 49,75 40,14 30,69 21,83 14,29
AT-2000 80,07 60,84 51,21 41,59 32,28 23,64 15,76
100
Milhares

90

80 CSO-58
CSO-80 Número de
70 AT-49 Sobreviventes
AT-83
60
AT-2000 (lx)
50 GAM-71
GAM-83
40 GAM-94
IBGE-2000
30 IBGE-2010
20
UP-94

10

0 65
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80 85 90 95 100 105 110 115
idade
55) ANÁLISE DE SENSIBILIDADE (Tábua de Mortalidade) (cont.)

EXEMPLO:
DADOS DO INDIVÍDUO VALOR
IDADE ATUAL (ANOS) 25
IDADE DE APOSENTADORIA (ANOS) 60
TEMPO RESTANTE PARA A APOSENTADORIA 35
NÚMERO DE PAGAMENTOS AO ANO 13
TAXA REAL ANUAL DE CRESCIMENTO SALARIAL 1,0%
TAXA DE JUROS ANUAL 6,0%
VALOR DO SALÁRIO R$ 3.530,00
VALOR DO BENEFÍCIO (SALÁRIO PROJETADO) R$ 5.000,61
TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL 10,0%
FATOR CAPACIDADE DO BENEFÍCIO 0,95

66
56) ANÁLISE DE SENSIBILIDADE (Tábua de Mortalidade) (cont.)

TÁBUA DE MORTALIDADE
CSO- IBGE- CSO- IBGE- GAM- GAM- GAM- AT-
AT-49 UP-94 AT-83
58 2000 80 2010 71 83 94 2000
61.640 63.002 67.852 67.908 71.339 74.336 78.977 84.067 85.451 85.852 88.819
VALOR PRESENTE DO BENEFÍCIO FUTURO (R$)
Milhares

R$ 100
R$ 90
R$ 80
R$ 70
R$ 60
R$ 50
R$ 40
R$ 30
R$ 20
R$ 10
R$ -
1

4
00

10

0
9

3
94
8

-7

-8

-9

00
-4

-8
-5

-8
20

20

P-
AM

AM

AM
AT

AT
SO

SO

-2
U 67
E-

E-

AT
G

G
C

C
G

G
IB

IB
57) ANÁLISE DE SENSIBILIDADE (Taxa de Juros)

TAXA DE JUROS = CAPITALIZA e DESCONTA


A Taxa Real de Juros é a taxa na qual as contribuições dos
segurados e patrocinadores deverão ser capitalizadas e também é a
taxa de desconto utilizada para trazer a valor presente o fluxo futuro
de contribuições e pagamento de benefícios.

Obs: Normalmente os recursos deverão ser


atualizados na Taxa Real de Juros utilizada no cálculo
atuarial + índice oficial de inflação (IBGE / INPC –
Índice Nacional de Preços ao Consumidor, FGV /
IGPM – Índice Geral de Preços ao Mercado, etc)

68
58) ANÁLISE DE SENSIBILIDADE (Taxa de Juros) (cont.)

EXEMPLO:

DADOS DO INDIVÍDUO VALOR


IDADE ATUAL (ANOS) 25
IDADE DE APOSENTADORIA (ANOS) 60
TEMPO RESTANTE PARA A APOSENTADORIA 35
NÚMERO DE PAGAMENTOS AO ANO 13
TAXA REAL ANUAL DE CRESCIMENTO SALARIAL 1,0%
TÁBUA BIOMÉTRICA AT-49
VALOR DO SALÁRIO R$ 3.530,00
VALOR DO BENEFÍCIO (SALÁRIO PROJETADO) R$ 5.000,61
TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL 10,0%
FATOR CAPACIDADE DO BENEFÍCIO 0,95

69
59) ANÁLISE DE SENSIBILIDADE (Taxa de Juros) (cont.)

TAXA DE JUROS
6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0%
71.339 107.790 164.232 252.453 391.718 613.870 972.171
VALOR PRESENTE DO BENEFÍCIO FUTURO (R$)

Milhares

R$ 1.200

R$ 1.000

R$ 800

R$ 600

R$ 400

R$ 200

R$ -
6,0% 5,0% 4,0% 3,0% 2,0% 1,0% 0,0% 70
60) ANÁLISE DE SENSIBILIDADE (Taxa de Cresc. Salarial)

TAXA DE CRESCIMENTO SALARIAL = PROJETA SALÁRIO

A Taxa de crescimento salarial é a taxa que projeta o


salário do segurado ao longo de todos os anos de vida
laborativa. Em função da mesma sabemos quanto será o
valor do salário à época de sua aposentadoria.

71
61) ANÁLISE DE SENSIBILIDADE (Taxa de Cresc. Salarial) (cont.)

EXEMPLO:

DADOS DO INDIVÍDUO VALOR

IDADE ATUAL (ANOS) 25

IDADE DE APOSENTADORIA (ANOS) 60

TEMPO RESTANTE PARA A APOSENTADORIA 35

NÚMERO DE PAGAMENTOS AO ANO 13

TAXA DE JUROS ANUAL 6,0%

TÁBUA BIOMÉTRICA AT-49

VALOR DO SALÁRIO R$ 3.530,00

TAXA DE INFLAÇÃO ANUAL 10,0%

FATOR CAPACIDADE DO BENEFÍCIO 0,95


72
62) ANÁLISE DE SENSIBILIDADE (Taxa de Cresc. Salarial) (cont.)

TX. CRESC 0,0% 0,5% 1,0% 1,5% 2,0% 2,5% 3,0%


SAL.
3.530,00 4.203,27 5.000,61 5.944,10 7.059,61 8.377,41 9.932,93
PROJ. (R$)
50.359 59.964 71.339 84.799 100.713 119.512 141.703

Milhares
VALOR PRESENTE DO BENEFÍCIO FUTURO (R$)
R$ 160

R$ 140

R$ 120

R$ 100

R$ 80

R$ 60

R$ 40

R$ 20

R$ -
0,0% 0,5% 1,0% 1,5% 2,0% 2,5% 3,0% 73
63) COMPARATIVO DO IMPACTO DAS VARIÁVEIS

DESVIO
VARIÁVEL PADRÃO
(R$)
TAXA DE JUROS ANUAL 325.736,65

TAXA DE CRESCIMENTO SALARIAL 25.926,30

TÁBUA BIOMÉTRICA 9.757,14

FÓRMULAS

n n
n  xi  (  xi ) 2
2

VAR( x)  i 1 i 1 DP ( x )  VAR ( x )
n(n  1)
Onde:
n = número de observações
xi = observação i
74
64) RECENTES MODIFICAÇÕES EM ALGUNS ESTADOS

 PARANÁPREVIDÊNCIA:

• Lei 18469 - 30 de Abril de 2015 - Reestruturação do Plano de Custeio e


Financiamento do RPPS do Estado do PR e outras providências:
o Alterações nos itens Conselho de Administração, Conselho Fiscal;
o Celebração de Contrato de Gestão com o Poder Executivo, e
Convênios com os Poderes Legislativo e Judiciário, o MP e o TC do
Estado (fluxo de tramitação dos processos de aposentadorias, respeitando
a autonomia financeira e administrativa);
o Novo critério de segregação de massas;
o Demonstrativo da cota-parte correspondente aos Poderes Executivo,
Legislativo e Judiciário, ao MP e ao TC;
o Qualquer alteração na Política de RH do Estado => estudo atuarial
prévio acerca do impacto;
o atualização anual das listas de vinculação de todos os servidores
públicos ativos e inativos;
o O PR aportará no Fundo de Previdência, receitas dos royalties de
Itaipu, até a totalização do aporte de um bilhão de reais. 75
64) RECENTES MODIFICAÇÕES EM ALGUNS ESTADOS

 RIOPREVIDÊNCIA:

• Decreto nº 42.011 - 28/08/2009 – Incorpora ao patrimônio do


Rioprevidência os Royalties do Petróleo (direitos pertinentes às receitas a
que o RJ faz jus por força do disposto no § 1º do art. 20 da CF ‐ participação no
resultado da exploração de petróleo ou gás natural)

• Lei 6.338 – 06/11/2012 - Reestruturação do Plano de Custeio do Déficit


Atuarial do RPPS do RJ:
o Critério de segregação de massas: Plano Financeiro (RS) X Plano
Previdenciário (Capitalização) – data de corte 21/05/2012 -
acompanhada pela separação orçamentária, financeira, contábil e dos
investimentos dos recursos e obrigações correspondentes.
o Todos os militares fazem parte do Plano Financeiro;
o Transparência: avaliações atuariais apresentadas em audiência
pública na ALERJ e publicação na Imprensa Oficial;
o Garantia: eventuais insuficiências financeiras para o pagamento dos
benefícios são de responsabilidade do Tesouro 76
64) RECENTES MODIFICAÇÕES EM ALGUNS ESTADOS

 RIOPREVIDÊNCIA:

• Notícia1: “previsão de queda nos repasses de royalties este ano ao


Rioprevidência, por conta da desvalorização do preço do barril no
mercado internacional (baixa esperada já chega a R$ 7 bilhões), o que
justificaria o projeto emergencial em votação na Alerj, de autoria do
governo estadual”.
• Notícia2: “Justiça autoriza RJ a usar R$ 6 bi de fundo para socorrer Rio
Previdência Dívida do estado com serviços passa de R$ 900 milhões em
2015. O valor é estimado em R$ 6 bilhões”.

• PLC 01/2015 – 24/03/2015: modifica a LC nº 147 – 27/06/2013


(utilização de parcela de depósitos judiciais para pagamento de
requisições judiciais de pagamento) os depósitos judiciais e
extrajudiciais em dinheiro, existentes no BB, poderão ser transferidos nas
seguintes proporções: II – até o limite de 37,5% exclusivamente para a
capitalização, pelo Estado, do RIOPREVIDÊNCIA
77
78
65) REFLEXÕES FINAIS

OBSERVAÇÕES IMPORTANTES

 A Previdência não é um prêmio para aqueles que chegam a determinada


idade.
 Representa a quebra do paradigma da cultura imediatista.
 É dos maiores benefícios oferecidos a todos os cidadãos brasileiros, prestado
nos momentos de maior necessidade (velhice, morte, invalidez).
 Forte mecanismo de geração de poupança interna e movimentador da
economia local, regional e nacional.
 Não se faz do dia para noite, demanda: tempo, trabalho, união, afinco e
dedicação.

Ser previdente é pensar no Futuro !!!


Luciano Gonçalves de Castro e Silva
Pesquisador em Informações Geográficas e Estatísticas –
Demógrafo - IBGE
Doutorando em Demografia – CEDEPLAR/UFMG
Mestre em Estudos Populacionais e Pesquisas Sociais - ENCE
Atuário M.I.B.A nº 1.116 - UFRJ
Perito Atuarial Oficial
Professor Colaborador da ENCE e da UFRN
lucianogcs@gmail.com
80

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