1) O documento discute a estrutura normativa dos serviços públicos no Brasil, incluindo sua base constitucional e legislativa.
2) A Constituição distribui as competências de prestação de serviços públicos entre a União, estados, municípios e DF.
3) A lei define a concessão, feita via contrato administrativo, e a permissão, via ato administrativo unilateral ou contrato de adesão.
1) O documento discute a estrutura normativa dos serviços públicos no Brasil, incluindo sua base constitucional e legislativa.
2) A Constituição distribui as competências de prestação de serviços públicos entre a União, estados, municípios e DF.
3) A lei define a concessão, feita via contrato administrativo, e a permissão, via ato administrativo unilateral ou contrato de adesão.
1) O documento discute a estrutura normativa dos serviços públicos no Brasil, incluindo sua base constitucional e legislativa.
2) A Constituição distribui as competências de prestação de serviços públicos entre a União, estados, municípios e DF.
3) A lei define a concessão, feita via contrato administrativo, e a permissão, via ato administrativo unilateral ou contrato de adesão.
Eu queria começar hoje dando uma visão geral da estrutura normativa do
sistema de serviços públicos. Na verdade o tema serviços públicos ele se
distribui desde a constituição federal, passando pela lei de caráter federal, pelas leis dos entes federados, os atos administrativos de conteúdo normativos, e finalmente pelos atos administrativos de conteúdo concreto. Veja que há uma progressão desses de o topo do sistema jurídico, de ordem constitucional, até o ponto de maior concretização do sistema administrativo, que é o ato administrativo, de efeitos concretos. No plano constitucional, o que nós vamos ter, fundamentalmente? A divisão de competências para a prestação de serviços públicos entre os diversos entes federadas. A constituição faz essa distribuição de competências de uma maneira um tanto complexa. Há serviços que são de competência concorrente de todos os dados entes federados. Os serviços, portanto, que cabem simultaneamente a união, ao estado, ao município e ao distrito federal. Em seguida, vamos ter serviços de competência concorrente, entre ao união o estado e o estado. Finalmente nós vamos ter serviços de competência exclusiva à união, outros de competência exclusiva dos municípios e uma competências residual para o estado membro. Vamos tentar identificar aqui no texto constitucional alguns exemplos. No artigo 23 da constituição federal temas relativos a serviços públicos que estão na competência concorrente, de todos os entes federadas. Leitura do artigo. Apenas alguns incisos não tem nada a ver com um serviço público, mas outros têm, como por exemplo, inciso II, ler, então o atendimento à saúde é de de competência comum: da União, do Estado-Membros, dos Municípios e do Distrito Federal. Todos os entes federadas tem competência para o atendimento da saúde. Assim também a proteção ao meio ambiente, artigo dos três, inciso vi, são serviços de natureza concorrente. Há outros serviços como eu disse que cabem aos estados e a união, num artigo 24 nós vamos encontrar exemplos de serviço concorrente do estado e da união, por extensão também do Distrito Federal, serviços que estão fora da competência municipal. Artigo 24, ler, há vários assuntos novamente, muitos não têm relação com o serviço público, mais por exemplo, a assistência jurídica e defensoria pública, esta é exemplo de competência concorrente do estado e da união. Existe a defensoia pública estadual e federal. E por isso mesmo não existe uma defensoria pública municipal. Nesse assunto é reservado a competência concorrente da união e dos estados. É o artigo 24, inciso 13. Assim também no serviço de previdência social, educação, cultura, esporte são outros temas de competência concorrente dos estados e da união. Temas relativos à competência exclusiva da união vão ser encontrados em diversos dispositivos constitucionais, principalmente no artigo 22, ler, por exemplo o inciso 5, ler, serviços postais, inciso 10, ler, portos e navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea, espacial, por exemplo, não vamos encontrar aeroportos estaduais e municipais, só existem aeroportos e públicos de natureza federal. Outros serviços que vão ser de competência exclusiva do município, notadamente, no que diz respeito ao interesse peculiar, aquele conceito do direito constitucional, peculiar de interesse local, vai se aplicar também ao serviços públicos e, assim compete aos municípios, o artigo 30 da constituição, dentre outros assuntos, as questões relativas a transporte coletivos, e outras questões que a constituição lhe atribuem. E finalmente, serviços que residualmente ao estados membros. Um deles é indicada expressamente pela constituição federal, serviço de distribuição de gás canalizado, artigo 25, parágrafo segundo, é reservado pela constituição para a atividade dos estados membros, a titularidade dos estados membros. Ainda cabe ao os estados membros outros serviços públicos apurados residualmente. Como eu disse, nesse primeiro nível a constituição define as competências, distribui os serviços públicos entre os vários entes federadas. Institui também, como vimos na aula passada, a obrigatoriedade de licitação para concessão, para delegação de serviços públicos, sob a forma de concessão ou de demissão. A constituição ainda em alguns dispositivos menciona uma terceira figura de delegação que seria autorização, como por exemplo no artigo 21, inciso XII, é dito que compete à união, ler, diz a construção que vai ser explorado o serviço público de rádiofusão, ou diretamente pela união ou vai ser mediante ato de concessão, permissão ou autorização. Outros dispositivos constitucionais falam da figura da autorização, como por esse exemplo, o artig 209, inciso II, ler. O que é a autorização? Boa parte da doutrina, ou pelo menos muitos doutrinadores, evitam falar em seus livros sobre a autorização, porque é uma forma de delegação que se acha fora do sistema. Vão ver que a concessão e permissão são instrumentos suficiente a delegação de serviços públicos. A autorização é mencionada na constituição em situações esparsas, como nós vimos, por exemplo, relativa a delegação de serviços de transmissão de televisão. A autorização é ainda uma figura mais uma nebulosa, mais misteriosas, porque a autorização também é instrumento do exercício do poder de polícia. Então existe atividades em razão do poder de polícia são submetidas a autorização, como por exemplo o porte de arma que evidentemente não é serviço público e outras atividades que consistem em uma serviços públicos como a exploração de canais de televisão que podem ser feita a segunda a constituição, mediante autorização. Então autorização é um meio delegatório e que se acha à parte desse sistema completo que seria formado pela concessão e pela permissão, e por isso vai se aplicar por exceção. E a leis que também disciplinam a delegação mediante autorização não ser leis específicas que vou fugir à regra ao sistema geral. Então o sistema básico de delegação dos serviços públicos é aquele... através da concessão e da permissão. Qual é a diferença que se nós vão ter entre a concessão e a permissão. Para que serve cada um ? Quando se usa a concessão e a permissão ? Evidentemente que a definição a respeito do serviço público ser concedido ou permitido, vai ser objeto de preocupação da lei específica do ente federado. O direito federal de aplicação nacional, que se aplica indistintamente á União, estados membros, municípios e o DF, só vai estabelecer regras gerais e as leis específicas, federais e estaduais e municipais, vão definir quando é que o serviço vai ser concedido ou quando ela vai ser permitido. Mas de todo modo possível identificar diferenças entre a concessão e a permissão no plano da lei federal que estabelece uma normalização nacional. O segmento desse sistema composto pela lei federal de aplicação nacional é integrado principalmente pela Lei nº 8987/95, que a chamada lei dos serviços públicos. Não é a única lei que trata de normas gerais sobre a delegação de serviços públicos, há também a lei 9074/95, mas certamente a lei 8987/95 é o principal diploma para estabelecer regras gerais a respeito de delegação de serviços públicos. A Lei 8987/95, e também a Lei 9074 são como disse, são leis de aplicação nacional, são leis federais, mas que se aplicam indistintamente a união, aos estados, aos municípios e ao DF. E que visam dar regulamentação ao artigo 175 da constituição, ler. A concessão de agora já tentando estabelecer as diferenças entre a concessão e a permissão, concessão, como já falamos, numa aula anterior, a concessão é feita mediante contrato administrativo, ao passo que a permissão, essa é feita segundo a maioria da doutrina, mediante atos para administrativo de natureza unilateral. É bem verdade, já mencionei não a passada, que a lei nº 8987 menciona que a permissão é feita através de contrato de adesão, mas o fato que todo contrato administrativo em primeiro lugar é de adesão 23:26