Você está na página 1de 4

Eu queria começar hoje dando uma visão geral da estrutura normativa do

sistema de serviços públicos. Na verdade o tema serviços públicos ele se


distribui desde a constituição federal, passando pela lei de caráter federal,
pelas leis dos entes federados, os atos administrativos de conteúdo normativos,
e finalmente pelos atos administrativos de conteúdo concreto. Veja que há
uma progressão desses de o topo do sistema jurídico, de ordem constitucional,
até o ponto de maior concretização do sistema administrativo, que é o ato
administrativo, de efeitos concretos. No plano constitucional, o que nós vamos
ter, fundamentalmente? A divisão de competências para a prestação de
serviços públicos entre os diversos entes federadas. A constituição faz essa
distribuição de competências de uma maneira um tanto complexa. Há serviços
que são de competência concorrente de todos os dados entes federados. Os
serviços, portanto, que cabem simultaneamente a união, ao estado, ao
município e ao distrito federal. Em seguida, vamos ter serviços de
competência concorrente, entre ao união o estado e o estado. Finalmente nós
vamos ter serviços de competência exclusiva à união, outros de competência
exclusiva dos municípios e uma competências residual para o estado membro.
Vamos tentar identificar aqui no texto constitucional alguns exemplos. No
artigo 23 da constituição federal temas relativos a serviços públicos que estão
na competência concorrente, de todos os entes federadas. Leitura do artigo.
Apenas alguns incisos não tem nada a ver com um serviço público, mas outros
têm, como por exemplo, inciso II, ler, então o atendimento à saúde é de de
competência comum: da União, do Estado-Membros, dos Municípios e do
Distrito Federal. Todos os entes federadas tem competência para o
atendimento da saúde. Assim também a proteção ao meio ambiente, artigo dos
três, inciso vi, são serviços de natureza concorrente. Há outros serviços como
eu disse que cabem aos estados e a união, num artigo 24 nós vamos encontrar
exemplos de serviço concorrente do estado e da união, por extensão também
do Distrito Federal, serviços que estão fora da competência municipal. Artigo
24, ler, há vários assuntos novamente, muitos não têm relação com o serviço
público, mais por exemplo, a assistência jurídica e defensoria pública, esta é
exemplo de competência concorrente do estado e da união. Existe a defensoia
pública estadual e federal. E por isso mesmo não existe uma defensoria
pública municipal. Nesse assunto é reservado a competência concorrente da
união e dos estados. É o artigo 24, inciso 13. Assim também no serviço de
previdência social, educação, cultura, esporte são outros temas de competência
concorrente dos estados e da união. Temas relativos à competência exclusiva
da união vão ser encontrados em diversos dispositivos constitucionais,
principalmente no artigo 22, ler, por exemplo o inciso 5, ler, serviços postais,
inciso 10, ler, portos e navegação lacustre, fluvial, marítima, aérea, espacial,
por exemplo, não vamos encontrar aeroportos estaduais e municipais, só
existem aeroportos e públicos de natureza federal. Outros serviços que vão ser
de competência exclusiva do município, notadamente, no que diz respeito ao
interesse peculiar, aquele conceito do direito constitucional, peculiar de
interesse local, vai se aplicar também ao serviços públicos e, assim compete
aos municípios, o artigo 30 da constituição, dentre outros assuntos, as questões
relativas a transporte coletivos, e outras questões que a constituição lhe
atribuem. E finalmente, serviços que residualmente ao estados membros. Um
deles é indicada expressamente pela constituição federal, serviço de
distribuição de gás canalizado, artigo 25, parágrafo segundo, é reservado pela
constituição para a atividade dos estados membros, a titularidade dos estados
membros. Ainda cabe ao os estados membros outros serviços públicos
apurados residualmente. Como eu disse, nesse primeiro nível a constituição
define as competências, distribui os serviços públicos entre os vários entes
federadas. Institui também, como vimos na aula passada, a obrigatoriedade de
licitação para concessão, para delegação de serviços públicos, sob a forma de
concessão ou de demissão. A constituição ainda em alguns dispositivos
menciona uma terceira figura de delegação que seria autorização, como por
exemplo no artigo 21, inciso XII, é dito que compete à união, ler, diz a
construção que vai ser explorado o serviço público de rádiofusão, ou
diretamente pela união ou vai ser mediante ato de concessão, permissão ou
autorização. Outros dispositivos constitucionais falam da figura da
autorização, como por esse exemplo, o artig 209, inciso II, ler. O que é a
autorização? Boa parte da doutrina, ou pelo menos muitos doutrinadores,
evitam falar em seus livros sobre a autorização, porque é uma forma de
delegação que se acha fora do sistema. Vão ver que a concessão e permissão
são instrumentos suficiente a delegação de serviços públicos. A autorização é
mencionada na constituição em situações esparsas, como nós vimos, por
exemplo, relativa a delegação de serviços de transmissão de televisão. A
autorização é ainda uma figura mais uma nebulosa, mais misteriosas, porque a
autorização também é instrumento do exercício do poder de polícia. Então
existe atividades em razão do poder de polícia são submetidas a autorização,
como por exemplo o porte de arma que evidentemente não é serviço público e
outras atividades que consistem em uma serviços públicos como a exploração
de canais de televisão que podem ser feita a segunda a constituição, mediante
autorização. Então autorização é um meio delegatório e que se acha à parte
desse sistema completo que seria formado pela concessão e pela permissão, e
por isso vai se aplicar por exceção. E a leis que também disciplinam a
delegação mediante autorização não ser leis específicas que vou fugir à regra
ao sistema geral. Então o sistema básico de delegação dos serviços públicos é
aquele... através da concessão e da permissão. Qual é a diferença que se nós
vão ter entre a concessão e a permissão. Para que serve cada um ? Quando se
usa a concessão e a permissão ? Evidentemente que a definição a respeito do
serviço público ser concedido ou permitido, vai ser objeto de preocupação da
lei específica do ente federado. O direito federal de aplicação nacional, que se
aplica indistintamente á União, estados membros, municípios e o DF, só vai
estabelecer regras gerais e as leis específicas, federais e estaduais e
municipais, vão definir quando é que o serviço vai ser concedido ou quando
ela vai ser permitido. Mas de todo modo possível identificar diferenças entre a
concessão e a permissão no plano da lei federal que estabelece uma
normalização nacional. O segmento desse sistema composto pela lei federal de
aplicação nacional é integrado principalmente pela Lei nº 8987/95, que a
chamada lei dos serviços públicos. Não é a única lei que trata de normas
gerais sobre a delegação de serviços públicos, há também a lei 9074/95, mas
certamente a lei 8987/95 é o principal diploma para estabelecer regras gerais a
respeito de delegação de serviços públicos. A Lei 8987/95, e também a Lei
9074 são como disse, são leis de aplicação nacional, são leis federais, mas que
se aplicam indistintamente a união, aos estados, aos municípios e ao DF. E
que visam dar regulamentação ao artigo 175 da constituição, ler. A concessão
de agora já tentando estabelecer as diferenças entre a concessão e a permissão,
concessão, como já falamos, numa aula anterior, a concessão é feita mediante
contrato administrativo, ao passo que a permissão, essa é feita segundo a
maioria da doutrina, mediante atos para administrativo de natureza unilateral.
É bem verdade, já mencionei não a passada, que a lei nº 8987 menciona que a
permissão é feita através de contrato de adesão, mas o fato que todo contrato
administrativo em primeiro lugar é de adesão 23:26

Você também pode gostar