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Ficha de citação

“Será mesmo a cobra verde de que o meu pai falava, quando recordava a sua terra lá no norte?”

“Não sabia que esta cobra também existe aqui no sul? É a primeira vez que o vejo”!..

“Inhambane, Chinde, Quelimane, Beira, Ilha de Moçambique, Luabo”!..

“És então tu a cobra verde, da terra do meu pai? Veste aqui parar, talvez como eu, fugida de tanta
guerra, não é?”

“Sim, sou eu a cobra verde de que teu pai falava. Estás admirada não é? Mas sou o velho
anunciar-te uma boa notícia podes crer”.

“Que pode acontecer me de bom agora que a minha vida já quase terminou? Não só pela idade
mas também por esta guerra estupida a que tudo me roubou. De tantos “filhos”, “China”, “escola
indígena”, “tia”, ‘irmã”, “coisa”, “coisa”, “donos”, “tias”, “nefasta”, “tia”, “tia”, irmã”,
“ajudantes”, perdoa-me… mas eu não sabia… eu não sabia… que estava tão doente.’

“Escravidão”, “negócios indígenas”, (actual Maputo), “viril amparo”, indígenas”, “oliveiras”,


“neto”.

“Não, não vimos ninguém assim… aqui não passou…não, não vimos “esgravatendo”, “neto”,
“cobra verde”, “com certeza que é para sairmos daqui para outro lugar mais seguro”, eu não saio
daqui. Prefiro morrer do que andar outra vez de um lado para outro”, “acordo geral da paz”, era
então o fim da guerra que os olhos da cobra verde me vieram anunciar?”
Ficha de comentário nota como eles são na realidade, ela encontra paz

E não é que mau grado a andar ondulante de jovens parteiras a falar contente, os olhos
carregados de promessas das macuazinhas, tornozelos grossos e ao andar esparramava os dedos
no solo, era forte e um pouco áspera, contudo emanava dela uma sensação de calma e
honestidade, o pai de Facache há muito procurava profundamente, nas mulheres da sua terra
natal e dos muitos portos que escalava.

É uma cobra boa, sim. Não tem veneno e só come os bichos que prejudicam, admirava-se de
novo, a criançada.

Contudo, hoje, enquanto dorme, os sonhos sucedem-se no cérebro cansado, é o velho pai sentado
a porta da casa da sua infância, aprendeu a sociar-se com quase nada e a trabalhar com o
estomago faminto, o quintal e a soleira da casa.

Sustento os meus filhos porque lhes tenho amor, nem espero que algum dia me agradeçam.

Não gosto que onde sempre em casa da tia Mariamo, a mãe de Facache assusta.

Vá-se com o comportamento de Mariamo e temia, foram nascendo as filhas, três meninas e ai
então a felicidade de Facache, espumoso lhe saltasse da boca, reclamavam atenção e alimento e
isso deu-lhe forcas para continuar viva, ouviram estamos em paz e reconciliação e agora… o
delegado do governo distrital.

Foram olhos da cobra verde que me disseram, prestando de novo atenção ás palavras do homem
bem vestido.
Ficha analítica

Mulher e cobra fitam-se longamente, sem a menor animosidade ou receio;

Velha em anos e sofrimento então, cobra verde, casa de madeira e zinco, como tripulante de
navios costeiras que levaram mais de um mês percorrendo os portos de Moçambique.
Inhambane, Chinde, Quelimane, Beira, Ilha de Moçambique, Luabo… actual Maputo, onde já
existia uma pequena comunidade Mácua. Esta era uma rapariga de rosto vulgar, avantajada
bunda, tornozelos grossos e, ao andar esparramava os dedos no solo, o tal amigo da Mafalala
concordou que o compincha embarcadiço casasse com esta última, a mais velha e única menina,
herdou da mãe landina o gosto pelo trabalho, é uma cobra boa sim, não tem veneno e só come
bichos que prejudicam as colheitas, mas ele voltava logo ás suas historias da cobra verde,
anunciadora de boas novas, novo Facache fica ainda um ijnstante, há anos, pois a palhota deixou
de ser abrigo seguro contra os investidos noturnos dos homens da RENAMO.

As armas se calam e uma ténue, claridade se infiltra no esconderijo, cobra verde surgir à sua
frente, no melo do carreiro, a milala como quem espera um comprimento, foi um encontro breve
mas singularmente reconhecerem, o que deixa vovo Facache num alvoroço, aqui perdida nesta
terra que não conhecem, a pobreza da infância foi largamente compensada pela amizade das
outras crianças da Mafalala, quando ouvia historias, e mais tarde, estas eramos seus próprios
irmãos mais novos que vieram ao mundo com pequenos intervalos entre si, foi a incisivo
resposta de Mariamo, pensa quente vão agradecer tantos sacrifícios, porque te preocupaste tanto
com Facache viveu feliz com o camionista que trazia de Inhambane, Facache adorava o marido e
admirava-se de que ele tanto apreciasse o seu corpo, mas era notório que ele se deleitava na mira,
percorre-la toda com as sabias, ela sabia que o marido devia sofrer muito e o sorriso com que ele
procurava disfarça as dores, e assim foi mas não por muito tempo, eu que tive culpa porque me
fizeste, tão feliz, eu é que devo pedir-te perdão, foi ultima conversa entre marido e mulher, nem
por um momento novo Facache se ofende por o ronozola a tomar por louca pois sabe que nem
todos e dado conhecer a mensagem de esperança dos olhos da cobra verde.

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