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o livro escrito por ilka brunhilde "a menina que fez a américa, retrata a historia de vida da

pequenina fortunata ou fortunatella como era chamada quando menina.


em meados de 1890,no sul da itália numa pequena aldeia da calábria, num dia de inverno
onde as flores ainda se preparavam para florecer, em saracena ouvia-se o choro da
pequena menina que acabara de nascer.
seu pai morrera muito cedo de um ataque cardiaco, fortunata ainda pequenina e seu irmão
caetaninho ainda era de colo quando sua mãe se tornara viuva de domenico gallo,
giuseppina ventimiglia tornou-se viúva jovem, logo os murmurinhos começaram.
Giuseppinna seus filhos precisam de um pai! ja reparaste no viuvo vicenzo!
logo vicenzo tornou-se padrasto dos pequeninos. vicenzo era homem de futuro tinha o
desejo de fazer a america! o siginificado deste termo se resume ao contexto histórico da
época. em fins do século xix, o modo de vida era dificil,faltava trabalhos para os
trabalhadores dos campos da italia, e quando tinha, era mal recompensado e então surge a
promessa de uma vida melhor no novo mundo, cheios de emprego com promessa de
enriquecer rapido, afim de substitui a mão de obra escrava que já havia sido abolida,e então
lá se vai a mãe e seu padrasto fazer a américa,deixando-os com seus avós.
Fortunata adorava seus avós! vicenzo pai de sua mãe era como um pai, uma vez seu avô
materno lhe disse que era como uma arvore e que morreria agarrado a sua terra.
sua avó materna Catarina também era como uma mãe sempre lhe contava histórias.
e por fim seu avô Leone pai de seu pai, Leone era um sonhador pelo menos era o que
fortunata ouvia sobre ele, ela sempre ficava com ele quando ia brincar com caetaninho,
fortunata sempre se agarrava a esses momentos com seu avô astrônomo, ele era um
homem sozinho já que sua esposa,também fortunata de onde vem o seu nome,j á havia
morrido.
seu avô Leone morreu de um ataque cardiaco,disseram que era algum tipo de mal de
familia, fortunata coitadinha ficou muito triste,mas o pequeno caetaninho ficou desolado
coitado além de ter perdido seu pai ainda bebe, acabara de perder seu segundo pai.
Fortunata sempre teve curiosidade de saber o que tinha no porão de sua casa,Catarina sua
avó por sua vez disse que era segredo,então fortunata assumiu que era lá que as almas
ficavam,após ser desfiada por Rina sua prima, descobriu que lá ficava somente o
armazenamento das comidas para o inverno, quebrando a sua ideia de que lá viviam seus
avós já mortos.
Na aldeia havia poucas distrações, mas a criançada sempre inventava algo com o uso da
imaginação, exemplo disso foi o concurso de bonecas da pascoa, quando chegava a
semana santa, as mãe faziam os corpos e rostos de massas feitas de trigos,e os detalhes
com outros alimentos,no domingo todo mundo se juntava para descobrir quem ganharia, e
no final acabavam comendo as coitadinhas.
Fortunata teve um dos melhores presentes da vida ao decorrer do livro para esta
narradora...
A infância! o que me remete um proverbio italiano "la vita e bela" só que se tratando da sua
infância. Ela brincava muito com seus primos,sofreu com algumas de sua travessuras como
no tópico da "Lição da moeda",conheceu a neve,teve inúmeras frustações,fez descobertas,
a menina era muito inteligente e aprendia rápido,mas adorava fazer piadas com o quadro do
rei que tinha em sua sala de aula e paquerar os menininhos da sala,a garota recebia
inúmeros presentinhos do seu irmão que havia passado a frequentar a escola,quando ele a
surpreendeu com um ninho de pássaros,e foi com o semão da professora sobre ser
maldade separar os filhotes da mãe que ela percebeu que a ausência de sua mãe a fazia se
sentir orfã.
E chegou a hora de dizer adeus a tudo,sua infância,saracena,seus avós que foram mais
pais do que seus pais de sangue,a toda sua vida.Fortunata odiou a ideia,vendo o semblante
triste de sua avó havia decidido que não iria,sua vó só conseguiu esboçar a sombra de um
sorriso em meio as lágrimas.
o desejo de todos era que sua mãe mudasse de ideia, e deixasse eles ficarem,mas não foi
o que aconteceu.
E tristemente sua querida avó e quase mãe veio a falecer.
Chegou o dia de dizer adeus a italia, e Fortunata ficava cada vez mais curiosa sobre a vida
no Brasil mas não deixava de ficar triste por deixar se avô vicenzo sozinho logo após sua
perda, dando adeus ao mesmo notou o vislumbre de làgrimas de seu tão amado avô que foi
um pai a vida inteira,nesse momento ela sentiu a dor imensuravel do adeus.
Quando chegou foi recebida pelo seu padrasto e pela sua irmã que por um instante pensou
que fosse sua mãe,o encontro com sua mãe foi estranho ela não era como os meninos a
imaginavam, conhecer seus irmãos foi estranho,aquela nova vida era estranha e ela
acabara de começar.

Confesso que esperava que esse livro fosse um como todos, mas isso mudou quando eu
dei uma chance, e percebi o quanto eu me envolvi na história, esse livro trouxe uma nova
perspectiva de vida de uma época considerada muito distante, dependendo da sua
perspectiva mas para mim 100 anos é muito tempo, e lendo essa história percebi que há
diversos fatores muito diferentes da época em qual me encontro, foi uma experiência sem
dúvida magnífica crescer com fortunata, onde pude observar toda a sua infância e todas as
suas emoções, como frustrações, felicidade, descoberta entre outros, e ainda mais se
aventurar na cultura italiana e um aprofundamento do contexto da época em que a mesma
vivia, foi um prazer crescer com Fortunata! e eu ouso dizer que chorei em muitos pontos da
história.
E um destaque a mais que gostaria de trazer, seria falar o quanto a ausência de um pai ou
de uma mãe mesmo que estejam vivos ou presentes no mesmo ambiente, mas não
emocionalmente e sim fisicamente, pode nos prejudicar e nos fazer querer colher na maioria
das vezes migalhas de relações, e a associação dos avós aos pais..

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