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Instrumentos de Avaliação e Relatórios Psicológicos (IARP)

MIP_4.º ano_17.02.2020

NOVOS INSTRUMENTOS
de AVALIAÇÃO (NEURO)PSICOLÓGICA
[1-50]

Mário R. Simões

Neuropsychological Assessment and Ageing Processes


Center for Research in Neuropsychology
and Cognitive Behavioral Intervention
https://cineicc.uc.pt/ http://psyassessmentlab.fpce.uc.pt
1
IARP: Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal
Sumário
1. Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI) na avaliação da inteligência pré-mórbida.
2. Instrumento de Avaliação da Capacidade de Decisão em Cuidados de Saúde (IACTD-CS).
3. Instrumento de Avaliação da Capacidade Financeira (IACFin).
4. Inventário de Avaliação Funcional de Adultos e Idosos (IAFAI).
5. EcoKitchen: uma tarefa de realidade virtual não-imersiva, com validade ecológica.
6. NIH Toolbox-Cognitiva (NIHTB-C).
7. Inventário de Avaliação de Personalidade (PAI).
8. … Outros Instrumentos (PsyAssessmentLab).

Bibliografia
Ppt aula_Novos Instrumentos_50 diapositivos. [Nónio]
Alves, L, Simões, M. R., Martins, C., Freitas, S., & Santana; I. (2013). TeLPI performance in subjects with Mild Cognitive Impairment and
Alzheimer's Disease: A validation study. Alzheimer Disease and Associated Disorders. 27(4), 324-329. doi: 10.1097/WAD.0b013e31827bdc8c
[validação clínica MCI/AD] [Nónio]
Alves, L., Simões, M. R., & Martins, C. (2012). The estimation of premorbid intelligence levels among Portuguese speakers: The Irregular Word
Reading Test (TeLPI). Archives of Clinical Neuropsychology, 27(1), 58-68. doi: 10.1093/arclin/acr103 [validação psicométrica WAIS-III] [Nónio]
Costa, C.M., Almiro, P.A., & Simões, M.R. (2018). Computerized Cognitive Tests (CCT) in elderly: A psychometric review. Revue Européenne de
Psychologie Appliquée, 68(2), 61-68. doi.org/10.1016/j.erap.2018.04.002 [Nónio, facultativo]
Júlio, F., Ribeiro, M.J., Patrício, M., Malhão, A., Pedrosa, F., Gonçalves, H., Simões, M., Van Asselen, M., Simões, M. R., Castelo-Branco, M., &
Januário, C. (2019). A Novel Ecological Approach reveals Early Executive Function Impairments in Huntington’s Disease. Frontiers in
Psychology-Clinical and Health Psychology. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2019.00585 [Nónio, facultativo]
Sousa, L.B., Vilar, M., Firmino, H., & Simões, M.R. (2015). Financial Capacity Assessment Instrument (IACFin): Development and qualitative
study using focus groups. Psychology, Psychiatry, and Law, 22(4), 571-585. doi: 10.1080/13218719.2014.960038 [Nónio]
Sousa, L.B., Prieto, G., Vilar, M., Firmino, H., & Simões, M.R. (2015). The Adults and Older Adults Functional Assessment Inventory: A Rasch
model analysis. Research on Aging, 37(8), 787-814. doi: 10.1177/0164027514564469 [Nónio, facultativo]
Sousa, L.B., Vilar, M., & Simões, M.R. (2015). Inventário de Avaliação Funcional de Adultos e Idosos (IAFAI). In Mário R. Simões, Isabel Santana
e Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demência (Eds.), Escalas e Testes na Demência (3ª. edição; pp. 152-157). Porto Salvo:
Novartis. [Nónio] [AVAP 603, 604]

Mário R. Simões
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Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal

Roteiro de questões para orientar o estudo do ponto de vista da avaliação de


conhecimentos:

1. Escolha um instrumento de avaliação e indique a mais valia que ele pode introduzir nos
protocolos de avaliação (neuro)psicológica.
2. Considerando os vários instrumentos de avaliação elencados, indique os contributos que
podem introduzir nos protocolos de avaliação (neuro)psicológica.

Agradeço o envio de questões, dúvidas, sugestões, pedido de bibliografia adicional específica acerca desta ou de
outras aulas de IARP por mim leccionadas.
Os documentos (pdfs das apresentações das aulas, bem como artigos ou outros materiais) colocados à vossa
disposição relativos às aulas poderão vir a ser aprofundados e melhorados com informação adicional com base
nas vossas perguntas e sugestões.
Bom estudo.

Mário R. Simões <simoesmr@fpce.uc.pt>

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Instrumentos de avaliação (neuro)psicológica
• Desenvolvimento, investigação e uso de instrumentos: elementos distintivos da
prática clínica baseada na evidência proveniente da investigação científica
(empírica) e profissional da avaliação (neuro)psicológica e da Psicologia.
• Testes e outros instrumentos de avaliação são essenciais:
▫ na descrição do funcionamento atual da pessoa, sua definição e caracterização
psicológica [adaptativa, cognitiva, emocional, personalidade];
▫ na estimativa do nível de funcionamento pré-mórbido;
▫ na objetivação quantificada do padrão e severidade dos défices ou sintomas
em diferentes domínios;
▫ na identificação de áreas de funcionamento problemático … mas também
positivo.
● Escolha / selecção de instrumentos deve ser baseada em evidências de natureza
teórica e empírica [investigação psicométrica, clínica]

Simões, M. R. (2012). Instrumentos de avaliação na área do envelhecimento em Portugal: Desenvolvimentos, estudos de


validação, problemas e desafios [Psychological assessment instruments in older adults: Research and validation studies in
Portugal]. Revista Iberoamericana de Diagnóstico y Evaluación Psicológica, 34(1), 9-32. [invited paper]

Wade, N. J. (2004). Philosophical instruments and toys: Optical devices extending the art of seeing. Journal of the History of
the Neurosciences: Basic and Clinical Perspectives, 13(1), 102-124.

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Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação
Universidade de Coimbra

Estimação da Inteligência Pré-Mórbida através do

TESTE de LEITURA de PALAVRAS IRREGULARES


(TeLPI)
Estudos de validação psicométrica (relação com a WAIS-III)
e clínica (em sujeitos com diagnóstico de Declínio)

Lara Alves*, Mário R. Simões**, Cristina Martins***, Sandra Freitas*, & Isabel Santana****

*BSFRH/BD/37748/2007/FCT/FPCE-UC (Neuropsicologia)
** Serviço de Avaliação Psicológica. FPCE-UC
*** Centro de Linguística, FL-UC
**** Serviço de Neurologia dos HUC, FM-UC
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Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)

Alves, L., Simões, M. R. & Martins, M. (2010). Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI) para
a População Portuguesa: Manual. Coimbra: Serviço de Avaliação Psicológica. FPCE-UC.

• Versão experimental: 121 palavras


• Versão final: 46 palavras

• Amostra Normativa: 637


• Idade: 25-86; Escolaridade: 1-4;5-9;10-12; >12
• DCL:53 D. Alzheimer ligeira a moderada: 51

Alves, L., Simões, M. R. & Martins, M. (2017). Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI).
Lisboa: Cegoc.

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Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)
CASO 1 CASO 2 ■ Casos (1 e 2; Idade, sexo e
escolaridade semelhantes), admitidos
IC (anos) 55 55
no Serviço de Neurologia em
sexo Masculino Masculino consequência de Traumatismo Crânio-
Escolaridade 9º ano 9º ano Encefálico (TCE).

Profissão carpinteiro comerciante ■ Após recuperação física da lesão,


respondem a protocolo de avaliação
MMSE 29 29 neuropsicológica, com o objectivo de
MoCA 28 28 examinar a possibilidade de danos
cognitivos resultantes do TCE.
WAIS-III (QIEC) 85 95
● É possível afirmar que existe declínio cognitivo em consequência da lesão? Em qual dos casos?
● É possível quantificar esse declínio? ● Alguma proposta de intervenção (e.g., reabilitação
cognitiva)? ● Em qual dos casos? ● Como é possível avaliar a eficácia da reabilitação? A resposta
a estas questões requer informação adicional acerca do nível de funcionamento
cognitivo/intelectual pré-mórbido da cada um dos indivíduos. “To evaluate impact of neurological
injury on cognitive performance it is typically necessary to derive a baseline (or “premorbid”)
estimate of a patient’s general cognitive ability prior to the onset of impairment” (Bright, 2020)
Necessidade de comparação entre: ■ nível de funcionamento cognitivo (IPM)
anterior ao TCE … e ■ nível actual de capacidade cognitiva.
Bright, P.& van der Linde, I. (2020) Comparison of methods for estimating premorbid intelligence,
Neuropsychological Rehabilitation, 30(1), 1-14, DOI: 10.1080/09602011.2018.1445650 [open access]
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Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)

Inteligência Pré-Mórbida na Avaliação Neuropsicológica no declínio cognitivo

Avaliação Cognitiva
Avaliação
Anterior
Cognitiva Actual (funcionamento Pré-Mórbido)

Medida não
existente
(funcionamento Pré-Mórbido)

Recurso a
instrumentos que
Avaliação permitam a
Cognitiva Actual estimação da IPM
(TeLPI)
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Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)

Inteligência Pré-Mórbida

• Portanto:

– A avaliação neuropsicológica tem como objectivo determinar a


existência de algum declínio/défice do funcionamento cognitivo e, se
for o caso, identificar qual a sua severidade.
– Para tal, o examinador necessita de usar dados relativos ao
funcionamento cognitivo anterior que possibilitem a comparação com
o funcionamento cognitivo actual (resultados actuais em testes
cognitivos).

Emergência de várias metodologias que, recorrendo a diferentes fontes


de informação, estimam a inteligência pré-mórbida,
isto é, a capacidade cognitiva original (pré-lesão) do sujeito.

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Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)

Noção de Inteligência Pré-Mórbida

Diversidade de métodos existentes.


Não existe um único método para a estimação da IPM.
Nenhum dos métodos disponíveis está isento de limitações e críticas

Métodos combinados
Integração de dados em equações de regressão que incluam
níveis actuais de performance (resultados em testes) e
variáveis demográficas (escolaridade, profissão)

Aumento do poder de predição da IPM

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Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)

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Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)

Inteligência Pré-Mórbida

Capacidade
de leitura de Declínio
palavras cognitivo
irregulares
Performance
Fórmulas de actual em ‘teste’
regressão de de inteligência
estimação da (WAIS-III)
IPM
Sem
declínio
Variáveis cognitivo
demográficas

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Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)

Neste contexto, foram desenvolvidos internacionalmente instrumentos para a


estimação da inteligência pré-mórbida, baseados na capacidade/competência de
leitura, uma vez que dados de natureza clínica apontam para a relativa estabilidade
desta capacidade na população normal e para a sua maior preservação/resistência
ao dano cognitivo, incluindo a demência, traumatismo craniano ou perturbação
psiquiátrica.
Testes de estimação da Inteligência Pré-Mórbida
■ National Adult Reading Test (NART; Nelson, 1982; várias adaptações e revisões
e.g., Blair & Spreen, 1989; Grober & Sliwinski, 1991) [Inglaterra].
■ Test of Premorbid Functioning (TOPF UK; PsychCorp/ Pearson, 2010) [Inglaterra].
■ Word Accentuation Test (WAT; Del Ser et al, 1997) [Espanha].
■ French National Adult Reading Test (FNART; Mackinnon, et al., 1999) [França].
■ Teste de Inteligencia Breve (TIB; Colombo et al, 2000) [Itália].
■ Wechsler Test of Adult Reading (WTAR; The Psychological Corporation,
2001)[USA].
■ New Zeland Adult Reading Test (NZART; Halliday, 2006) [Nova Zelândia].
■ Japanese National Adult Reading Test (JNART; Matsuoka et al, 2006) [Japão].
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Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)

A existência, utilidade, validade e uso frequente de testes de leitura de palavras


irregulares em protocolos de avaliação neuropsicológica em outros países,
com resultados fiáveis, válidos e objectivos (relativos à inteligência pré-mórbida),
justifica o projecto de construção de um teste análogo para a população portuguesa.

TeLPI – Etapas

1. Construção

2. Adaptação

3. Validação Psicométrica e Clínica

4. Normalização

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Fiabilidade

Consistência Interna (alfa de


Cronbach): .939

Estudos de Validação

1. TeLPI – WAIS-III

Correlações positivas, e muito


elevadas, com dois subtestes da WAIS-
III, Vocabulário* e Informação*,
consensualmente considerados de
avaliação da Inteligência Pré-Mórbida
(IPM).
* testes de inteligência cristalizada,
cujas pontuações não
declinam/deterioram com a idade
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Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)
ANÁLISE COMPARATIVA Abaixo da média Média Acima da média
Classificações correctas: Nº e %s (QI≤89) (90≥QI≤109) (QI ≥110)
TeLPI (Portugal) (idades ≥ 25 anos)
Nº de Classificações correctas 10/16 20/33 52/56
% de Classificações correctas 63% 61% 93%
WAT (Espanha)
Nº de Classificações correctas 21/27 46/51 0/2
% de Classificações correctas 77% 90% 0%
Barona (Inglaterra)
Nº de Classificações correctas 8/25 18/28 5/11
% de Classificações correctas 32% 64% 45%
NAART (Inglaterra)
Nº de Classificações correctas 8/19 20/25 6/9
% de Classificações correctas 42% 80% 67%
OPIE (Inglaterra)
Nº de Classificações correctas 11/23 20/26 10/11
% de Classificações correctas 48% 77% 91%
WRAT (Inglaterra)
Nº de Classificações correctas 11/16 11/15 3/9
% de Classificações correctas 69% 73% 33% 16
Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)

De modo a estimar o nível intelectual equivalente à WAIS-III (QIEC, QIV e QIR)


utilizando os resultados do TeLPI, foram desenvolvidas 3 equações de regressão
lineares, para idades iguais ou superiores a 25 anos:
–WAIS-III QIEC estimado = 102.046 + (-1.153 x nº de erros no TeLPI) + (1.534 x nº de
anos de escolaridade)
–WAIS-III QIV estimado = 99.872 + (-1.017 x nº de erros no TeLPI) + (1.755 x nº de
anos de escolaridade)
–WAIS-III QIR estimado = 103.644 + (-1.031 x nº de erros no TeLPI) + (1.019 x nº de
anos de escolaridade)
O nº de respostas incorrectas das 46 palavras seleccionadas para a versão final do
TeLPI explica:
63% da variância das pontuações QIEC,
62.3% da variância das pontuações QIV e
47.2% da variância das pontuações QIR.
Para estimação da Inteligência Pré-Mórbida na população portuguesa utilizando o TelPI, sugere-se a utilização das
fórmulas de regressão que contemplem as variáveis nº de erros no TeLPI e o nº de anos de escolaridade bem como a
aplicação do TeLPI em idades iguais ou superiores a 25 anos uma vez que dados empíricos sugerem uma exactidão
superior nestas idades.

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Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI; Alves, Simões, & Martins, 2010)
Materiais: Pontuação Máxima = 46
- Manual de Administração TeLPI
- Cartão de Palavras TeLPI (1 ponto por cada palavra correctamente pronunciada)
- Formulário de Registo TeLPI
- CD de Pronúncias Possíveis TeLPI
- Gravador
=> Fórmulas de regressão = QI

CONFIDENCIAL

CONFIDENCIAL

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TeLPI. Validação Clínica:
Declínio Cognitivo Ligeiro (DCL) e Demência de Alzheimer (DA)

Objectivos: 1. Comprovar a validade das pontuações no TeLPI em pessoas


diagnosicadas com Declínio Cognitivo Ligeiro (DCL) e Demência de Alzheimer (DA),
identificando a sua utilidade clínica como instrumento de estimação da IPM. 2. Avaliar a
resistência das pontuações no TeLPI à severidade da deterioração cognitiva e, mais
especificamente, identificar se a capacidade de leitura de palavras irregulares está
prejudicada em casos de declínio cognitivo ligeiro (DCL) a moderado (DA provável).

Grupo clínico: 104 indivíduos com declínio cognitivo (Consulta de Demência dos HUC)
• 53 DCL (Petersen, 1999) + 51 DA provável (DSM-IV-TR, 2002; NINCDS-ADRDA, 1984)
Grupo de controlo: 104 indivíduos cognitivamente saudáveis (sem doenças
neuropsiquiátricas relevantes e MMSE com pontuação adequada à escolaridade)
seleccionados e emparelhados por idade, género, escolaridade e área de residência
com o grupo clínico.

Instrumentos: Mini-Mental State Examination (MMSE; Folstein, Folstein, & McHugh,


1975; Guerreiro, 1998); Montreal Cognitive Assessment (MoCA; Nasreddine et al.,
2005; Simões et al., 2008); TeLPI (Alves, Simões, & Martins, 2010).
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TeLPI. Validação Clínica:
Declínio Cognitivo Ligeiro (DCL) e Demência de Alzheimer (DA)
G. Controlo G. Clínico
(N=104) (N=104)
Média DP Média DP
Idade 72.33 7.59 73.23 8.36
Escolaridade 7 4.80 7.31 4.65
MMSE 28.39 1.34 24.64 4.38
MoCA 23.77 3.37 15.75 5.71
TeLPI
nº de erros 13.45 9.62 13.37 9.45
Estimação do QI 97.27 17.15 97.85 16.64

■ Não foram encontradas diferenças significativas para as variáveis Idade (t(206) = -


.81, p > .05) ou escolaridade (t(206) = -.46, p > .05): Equivalência sócio-demográfica.
■ Foram encontradas diferenças significativas nos resultados do MMSE (t(206) = 9.21,
p < .001) e MoCA (t(206) = 12.65, p < .001): Sensibilidade destes instrumentos à
deterioração cognitiva.
■ Não foram encontradas diferenças significativas para os resultados no TeLPI (t(206)
= .06, p > .05) ou para a estimação de QIEC através do TeLPI (t(206) = -.244, p > .05):
Estabilidade das pontuações no TeLPI entre grupos controlo e clínico. 20
TeLPI. Validação Clínica:
Declínio Cognitivo Ligeiro (DCL) e Demência de Alzheimer (DA)
G. Controlo G. Clínico Declínio Cognitivo (N=104)
(N=104) (N=104) DCL (N=53) DA (N=51)
Média DP Média DP Média DP Média DP
Idade 72.33 7.59 73.23 8.36 72.49 8.19 74.00 8.53
Escolaridade 7 4.80 7.31 4.65 8.38 5.34 6.20 3.53
MMSE 28.39 1.34 24.64 4.38 27.83 2.04 21.18 3.52
MoCA 23.77 3.37 15.75 5.71 19.91 3.80 11.27 3.66
TeLPI
nº de erros 13.45 9.62 13.37 9.45 10.79 8.27 16.04 9.92
Estimação do QI 97.27 17.15 97.85 16.64 102.4 16.33 92.46 13.30

■ Não foram encontradas diferenças significativas na variável Idade (t(102) = -.92, p > .05).
■ Foram encontradas diferenças significativas na variável escolaridade (t(102) = 2.44, p < .05).
■ Foram encontradas diferenças significativas nos resultados do TeLPI (t(102) = -2.93, p < .05) e respectiva
estimação do QIEC (t(102) = 2.98, p < .05).
■ Após controlo da variável escolaridade (ANCOVA) não foram observadas diferenças estatisticamente
significativas na pontuação do TeLPI entre os grupos de Controlo, DCL e DA provável (F(2,207) = 1.42, p >
.05, ηp² = .014) sugerindo que o diagnóstico possui um efeito diminuto sobre os resultados do TeLPI.
■ Foram encontradas diferenças significativas nos resultados do MMSE (t(102) = 11.52, p < .001), MoCA
(t(102) = 11.66, p < .001). Sensibilidade destes instrumentos à Deterioração cognitiva. 21
TeLPI. Validação Clínica:
Declínio Cognitivo Ligeiro (DCL) e Demência de Alzheimer (DA)
■ A existência de diferenças significativas na capacidade cognitiva entre os grupos clínicos e
de controlo não influencia os desempenhos no TeLPI.

■ Este resultado sugere que a capacidade de leitura de palavras irregulares se encontra


preservada nos estádios iniciais de demência e, deste modo, que as pontuações no TeLPI são
válidas nesta população clínica para estimação da IPM.

■ Este resultado está em conformidade com dados de outros estudos internacionais que
demonstram que testes de leitura de palavras irregulares são válidos para estimar a
Inteligência Pré-Mórbida (e.g. NART-SWE: Rolstad, Nordlund, Gustavsson, Eckerstrom, Klang,
Hansen, & Wallin, 2008; WAT: Del Ser, González-Montalvo, Martinez-Espinosa, Delgado-
Villapalos, & Bermejo, 1997; Mackinnon et al., 1999).

■ Tarefas futuras:
• Alargar estudos de validação a outros grupos clínicos (Epilepsia, Esquizofrenia, TCE’s);
• Concluir o estudo normativo (700 indivíduos com idades compreendidas entre os 25 e os
74 anos).

TeLPI: fácil de aplicar, breve, bem aceite pelos sujeitos e válida para a estimação da IPM,
preenchendo importante lacuna na prática da avaliação neuropsicológica em Portugal.
IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020 22
Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI): Publicações
• Freitas, S., Prieto, G., Simões, M., Nogueira, J., Santana, I., Martins, C., & Alves, L. (2018). Using the Rasch
analysis for the psychometric validation of the Irregular Word Reading Test (TeLPI). The Clinical
Neuropsychologist, 32(sup1):60-76. doi: 10.1080/13854046.2018.1468481
• Alves, L., Simões, M. R., & Martins, C. (2014). Metodologias de estimação da Inteligência pré-mórbida na
identificação do declínio cognitivo ligeiro. Avaliação Psicológica, 13(1), 37-46.
• Alves, L., Simões, M. R., Martins, C., Freitas, S., & Santana, I. (2013). Premorbid IQ influence on screening
tests' scores in healthy and cognitive impaired subjects. Journal of Geriatric Psychiatry and Neurology,
26(2), 117-126. doi: 10.1177/0891988713484194 [[validação clínica MMSE/MoCA]
• Alves, L, Simões, M. R., Martins, C., Freitas, S., & Santana; I. (2013). TeLPI performance in subjects with Mild
Cognitive Impairment and Alzheimer's Disease: A validation study. Alzheimer Disease and Associated
Disorders. 27(4), 324-329. doi: 10.1097/WAD.0b013e31827bdc8c [validação clínica MCI/AD] [Nónio]
• Alves, L., Simões, M. R., & Martins, C. (2012). The estimation of premorbid intelligence levels among
Portuguese speakers: The Irregular Word Reading Test (TeLPI). Archives of Clinical Neuropsychology, 27(1),
58-68. doi: 10.1093/arclin/acr103 [validação psicométrica WAIS-III] [Nónio]
• Alves, L., Simões, M. R., & Martins, C. (2010). Avaliação da Inteligência Pré-Mórbida: Desenvolvimento da
versão experimental do Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI) para a População Portuguesa.
Psychologica, 53, 299-312. [adaptação]
• Alves, L., Simões, M.R. & Martins, C. (2015). Teste de Leitura de Palavras Irregulares (TeLPI). In Mário R.
Simões, Isabel Santana e Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demência (Eds.), Escalas e Testes
na Demência (3ª. edição; pp. 50-55). Lisboa: Novartis. [AVAP 603, 604]
• Alves, L., Freitas, S., & Santana, I., & Simões, M.R. (2013). O TeLPI e o seu papel na identificação do declínio
cognitivo. Revista E-Psi, 3(1), 25-47.
• Simões, M. R., Alves, L., Baptista, L., Fonseca, M., Ferraz, M., & Almiro, P.A. (2019). Inteligência e
personalidade pré-mórbidas: Questões em torno da sua avaliação. In Mauro Paulino e Laura Alho (Coords.),
Comportamento criminal e avaliação forense (pp. 61-87). Lisboa: Pactor. [PFOR 612]

IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020 23


Instrumento de Avaliação da Capacidade de Decisão
em Cuidados de Saúde (IACTD-CS)
Ana Paula Amaral
(SFRH/BD/139344/2018) (BD/FCT-NEUROPSICOLOGIA)

Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação-Universidade de Coimbra (FPCE-UC), CINEICC (NAAP), PsyAssessmentLab,


Centro de Investigação em Ciências da Saúde, Universidade da Beira Interior (CISCS-UBI)

Rosa Marina Afonso


Departamento de Psicologia e Educação, Universidade da Beira Interior (DPE-UBI); CINTESIS, FM-UP

Sandra Freitas
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação-Universidade de Coimbra (FPCE-UC), CINEICC (NAAP), PsyAssessmentLab

Mário R. Simões
Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação-Universidade de Coimbra (FPCE-UC), CINEICC (NAAP), PsyAssessmentLab
32ª REUNIÃO DO GEECD
Lisboa.
2018.
Braga. 2018.
24
Instrumento de Avaliação da Capacidade de Decisão em Cuidados de Saúde (IACTD-CS)

Capacidade de Decisão
A manutenção de uma vida independente
implica capacidade de decisão em múltiplos domínios

Tomada de Gestão financeira e


Consentimento
decisão em capacidade
para investigação
cuidados de saúde testamentária

Tomada de
decisão politica Consentimento
Condução
(e.g., votar em sexual
eleições)

Moye, J., & Marson, D. C. (2007). Assessment of decision-making capacity in older adults:
an emerging area of practice and research. The Journals of Gerontology. Series B,
Psychological Sciences and Social Sciences, 62(1), P3–P11. https://doi.org/62/1/P3.
25
IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020
Instrumento de Avaliação da Capacidade de Decisão em Cuidados de Saúde (IACTD-CS)

Avaliação da Capacidade de Tomada de Decisão


em Cuidados de Saúde

Juízo clínico referente à competência do indivíduo para tomar decisões relativas aos seus
próprios cuidados de saúde.

- Escolha, consentimento ou recusa de tratamentos.


- Realização de exames complementares de diagnóstico.

Domínio de capacidade particularmente relevante,


devido às questões médico-legais implicadas.

26
IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020
Instrumento de Avaliação da Capacidade de Decisão em Cuidados de Saúde (IACTD-CS)

[Modelo de] quatro aptidões* [de Appelbaum & Grisso (1988)]


implicadas neste processo de tomada de decisão em cuidados de saúde.
• Atenção; Memória de trabalho; Funções
Compreensão executivas

• Memória verbal; Processamento de


Apreciação informação; Flexibilidade mental

• Memória; Funções executivas;


Raciocínio Flexibilidade mental

Comunicação
• Funções executivas; Atenção
de uma escolha
validade de conteúdo: 4 aptidões que várias funções neurocognitivas
Appelbaum, P. S., & Grisso, T. (1988). Assessing patients’ capacities to consent to treatment. New England
Journal of Medicine, 319(25), 1635–1638. https://doi.org/10.1056/NEJM198812223192504.
Okonkwo, O. C., Griffith, H. R., Belue, K., Lanza, S., Zamrini, E. Y., Harrel, L. E., … Marson, D. C. (2008). Cognitive
models of medical decision-making capacity in patients with mild cognitive impairment. Journal of the
International Neuropsychological Society, 14(2), 297–308. https://doi.org/10.1017/S1355617708080338.
Palmer, B. W., & Harmell, A. L. (2016). Assessment of Healthcare Decision-making Capacity. Archives of Clinical
Neuropsychology, 31(6), 530–540. https://doi.org/10.1093/arclin/acw051 27
Instrumento de Avaliação da Capacidade de Decisão em Cuidados de Saúde (IACTD-CS)

Validação clínica e psicométrica do IACTD-CS

Validade de
Estudos de precisão Validade empírica
constructo

Influência de
Validade
variáveis
discriminante
sociodemográficas

28
IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020
Instrumento de Avaliação da Capacidade de Decisão em Cuidados de Saúde (IACTD-CS)

IACTD-CS: Construção
Revisão do constructo de capacidade de tomada de decisão e suas particularidades no
âmbito dos cuidados de saúde;
Análise de modelo de quatro aptidões
Exame dos instrumentos de avaliação internacionais

Versão Experimental 1

Estudo exploratório, com base na realização de quatro grupos focais: Profissionais de Saúde
do Centro Hospitalar Cova da Beira; Técnicos de Instituições de Apoio a Idosos; Profissionais
da área da justiça; Idosos sem défice cognitivo, segundo a Avaliação Cognitiva de
Addenbrooke – Versão Revista (ACE-R)

Versão Experimental 2
IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020 29
IACTD-CS: Construção e Desenvolvimento
cf. validade
(esperados resultados distintos nos diferentes grupos)
Análise do modelo de quatro aptidões; Revisão de instrumentos internacionais

Versão Experimental 1

Estudo Exploratório: Grupos focais

Versão experimental 2

Estudo Piloto

Versão Final

Grupo de controlo Défice Cognitivo Ligeiro Doença de Alzheimer


▪ ≥ 65 anos ▪ ≥ 65 anos ▪ ≥ 65 anos
▪ Cognitivamente saudáveis ▪ Diagnóstico por neurologista ▪ Diagnóstico por neurologista
(critérios utilizados: Albert et al., (critérios utilizados: Albert et al.,
▪ Ausência de perturbações
2011) 2011)
neuropsiquiátricas ▪ Ausência de outras perturbações
▪ Ausência de outras perturbações
▪ Recrutados da EBIcohort e neuropsiquiátricas
neuropsiquiátricas
colaboração com entidades ▪ Participantes recrutados da
▪ Participantes recrutados da
de apoio a idosos EBIchort e sinalizados por
EBIchort e sinalizados por
neurologistas
neurologistas 30
Instrumento de Avaliação da Capacidade de Decisão em Cuidados de Saúde (IACTD-CS)

Utilidade do IACTD-CS
O Défice Cognitivo Ligeiro e Doença de Alzheimer apresentam manifestações e
cursos de evolução complexos, sendo que, em fases precoces estas podem não
implicar o prejuízo da capacidade de tomada de decisão.

A proteção e respeito pela autonomia e dignidade de idosos com Défice


Cognitivo Ligeiro e Doença de Alzheimer evidencia a necessidade de um
instrumento que permita realizar uma avaliação válida da manutenção da
capacidade de decisão em cuidados de saúde ao longo da doença.

Barstow, C., Shahan, B., & Roberts, M. (2018). Evaluating Medical Decision-Making Capacity in Practice.
American Family Physician, 98(1), 40-46. https://www.aafp.org/afp/2018/0701/p40.pdf
Bhatt, J., Walton, H., Stoner, C. R., Scior, K. & Charlesworth, G. (2020). The nature of decision-making in people
living with dementia: A systematic review. Aging & Mental Health, 24(3), 363-373. DOI:
10.1080/13607863.2018.1544212
https://www.tandfonline.com/doi/pdf/10.1080/13607863.2018.1544212?casa_token=ng8KRxvfhfcAAAAA:0F8dwB-
kfYHtkHhYDNgZv-ZyDo8l6W3iO2G3TAVE4IkSoT8wU8n357j3fjBuKC9US-ydFJr77_rI 31
Instrumento de Avaliação da Capacidade Financeira (IACFin)
(L.B. Sousa*, M.R. Simões**, & H. Firmino***, 2012)
* SFRH/BD/47677/2008 (P. Forense), FPCE-UC, CINEICC,
** FPCE-UC, CINEICC, PsyAssessmentLab
*** CHUC, Director do Serviço de Psiquiatria

Financial Capacity Instrument (FCI)


(Marson et al., 2000)
Independent Living Scales (ILS)
(Loeb, 1996)
Financial Capacity Assessment Inventory (FCAI)
(Kershaw & Webber, 2008)
Financial Assessment & Capacity Test (FACT)
(Black et al., 2007)
Assessment Capacity for Everyday Decision-making (ACED)
(Lai & Karlawish, 2008)

Envelhecimento e Questões Legais

32
Instrumento de Avaliação da Capacidade Financeira (IACFin)
10 domínios ILS FCI FCAI FACT ACED
Valores e preferências 

Competências monetárias    
básicas
Compras    

Pagamentos de compras     

Uso de livro de cheques/    


Cartão (multibanco) validade de conteúdo: IACFin (NOVO instrumento, original português),
contempla todas as dimensões presentes
em outros instrumentos congéneres, de referência
Extracto bancário   

Tomada de decisão financeira  


(Banco)
Avaliação de risco     

Recursos de Suporte   

Capacidade testamentária  
IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020 33
Instrumento de Avaliação da Capacidade Financeira (IACFin)
IACFin (L.B. Sousa, M.R. Simões, & H. Firmino, 2012)

Sousa, L. B., Simões, M. R., Firmino, H., & Peisah, C. (2014). Financial and testamentary
capacity evaluations: Procedures and assessment instruments underneath a functional
approach. International Psychogeriatrics, 26(2), 217-228. doi: 10.1017/S1041610213001828

Sousa, L.B., Vilar, M., Firmino, H., & Simões, M.R. (2015). Financial Capacity Assessment
Instrument (IACFin): Development and qualitative study using focus groups. Psychology,
Psychiatry, and Law, 22(4), 571-585. doi: 10.1080/13218719.2014.960038 [Nónio]

Sousa, L.B., Vilar, M., Firmino, H., & Simões, M. R. (2016). Capacidade financeira e
testamentária. In H. Firmino, J. Cerejeira & M.R. Simões (Eds.), Saúde mental das pessoas mais
velhas (pp.479-495). Lisboa: Lidel. [PADU 293]

Sousa, L. B., Vilar, M., Firmino, H., & Simões, M. R. (2018). Measuring financial competency. In
R. J. Cohen, & M. E. Swerdlik (Eds.), Psychological testing and assessment: An introduction to
tests and measurement (9th ed., pp. 473-474). New York: McGraw-Hill Education.

34
INVENTÁRIO DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE ADULTOS E IDOSOS (IAFAI)*
Actividades Básicas de Vida Diária (ABVD) . Alimentação
- Actividades básicas e rotinas de auto-cuidado; . Vestir/Despir
- Implicam processos mnésicos procedimentais e funções motoras básicas; . Higiene
- Comportamentos automáticos que requerem pouca atenção consciente, . Mobilidade
podendo ser desempenhadas em simultâneo com outras tarefas; . Transferências

Actividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD)


- Actividades mais complexas, necessárias para um funcionamento independente em casa e
na comunidade;
- Requerem um processamento controlado, funções executivas e memória procedimental;
- Distinguem-se das ABVD no seu grau de complexidade e exigência cognitiva;
Actividades Instrumentais Actividades Instrumentais Avançadas de Vida
Familiares da Vida Diária (AIVD-F; Diária (AIVD-A; Advanced Independent Activities of
Household Activities of Daily Living) Daily Living)
- Capacidades específicas, com o - Envolvem aptidões cognitivas de ordem superior;
objectivo da manutenção do - Requerem níveis superiores de organização
contexto familiar. neurocognitiva.
. Fazer as compras . Conduzir
. Preparar refeições . Usar os transportes públicos
. Lavar a roupa . Gerir as finanças/medicação
* Tipo de instrumento incontornável na avaliação de casos de possível deterioração/declínio
cognitivo (TCE, DCL, DA, pedidos de reforma antecipada, etc.) 35
Marson, D. & Hebert, K.R. (2006). Functional assessment. In D.K. Attix & K.A. Welsh-Bohmer (Eds). Geriatric neuropsychology: Assessment and intervention. New York: Guilford.
INVENTÁRIO DE AVALIAÇÃO FUNCIONAL DE ADULTOS E IDOSOS (IAFAI)
Instrumentos de avaliação funcional utilizados como referência no desenvolvimento do IAFAI:
Katz Index (Katz, 1963; Katz, Downs, Cash, & Grotz, 1970; Katz & Akpom, 1976);
 * Lawton and Brody (Lawton & Brody, 1969; Tradução portuguesa de Madureira & Verdelho – Grupo de Estudos de
Envelhecimento Cerebral e Demência, 2008);
 Índice de Barthel (Mahoney & Barthel, 1965);
 * Disability Assessment for Dementia Scale (DAD; Gauthier & Gelinas, 1994; Gelinas, Gauthier, McIntyre, & Gauthier,
1999; Tradução portuguesa de Santana & Leitão – Grupo de Estudos de Envelhecimento Cerebral e Demência, 2008);
 * ADCS MCI ADL (Galasko, Bennett, Sano et al., 1997; Tradução portuguesa de Pedrosa, 2007);
 World Health Organization Disability Assessment Schedule-II (WHODAS; WHO, 1998);
 * Older Americans Resources and Services Program (OARS; Duke University, 1978; Fillenbaum & Smyer, 1981;
Ferreira, Rodrigues, & Nogueira, 2006);
The Bristol Activities of Daily Living Scale (BADLS; Bucks, Ashworth, Wilcock, & Siegfried, 1996);
 PULSES Profile for Comprehensive Rehabilitation (Moskowitz & McCann, 1957);
 Functional Status Questionnaire (Jette, Davies, et al.,1986);
 Functional Activities Questionnaire (FAQ; Pfeffer et al., 1982; versão revista, 1984);
 Physical Self-Maintenance Scale (Lowenthal, 1964; Lawton & Brody, 1969);
 Functional Independence Measure (FIM; Granger & Hamilton, 1987);
 Direct Assessment of Functional Status (DAFS; Lowenstein, Amigo, Duara, et al., 1989);
 Instrumental Activities of Daily Living Scale for Elderly People (IADL-E; Mathuranath, George, Cherian, Mathew, &
Sarma, 2005);
 * Blessed-Roth Dementia Scale (Blessed, Tomlinson & Roth, 1968; Traduzida por Garcia, 1984 – Grupo de Estudos de
Envelhecimento Cerebral e Demência, 2008).
* Instrumentos de avaliação funcional - AVD com limitações e estudos prévios em Portugal 36
FUNCTIONAL ASSESSMENT OF ADULTS AND OLDER ADULTS INVENTORY (IAFAI)
(Sousa, Simões e cols., 2010)
Versão experimental
(2008): 84 items
VERSÃO FINAL:
50 items
N= 900 (comunidade
+ DCL; DA;TCE)
INSTRUMENTOS ANALISADOS na REVISÃO da LITERATURA e definição dos ITENS do IAFAI

37
Inventário de Avaliação Funcional de Adultos e Idosos (IAFAI)
(L.B. Sousa, M.R. Simões, & H. Firmino, 2012)

Sousa, L.B., Vilar, M., Prieto, G., & Simões, M.R. (2017). Inventário de Avaliação Funcional de
Adultos e Idosos (IAFAI). In Miguel M. Gonçalves, Mário R. Simões, Leandro S. Almeida
(Coords.), Psicologia Clínica e da Saúde: Instrumentos de Avaliação (pp. 235-249). Lisboa:
Pactor. [AVAP 609]

Sousa, L.B., Prieto, G., Vilar, M., Firmino, H., & Simões, M.R. (2015). The Adults and Older
Adults Functional Assessment Inventory: A Rasch model analysis. Research on Aging, 37(8),
787-814. doi: 10.1177/0164027514564469 [Nónio, facultativo]

Sousa, L.B., Vilar, M., & Simões, M.R. (2015). Inventário de Avaliação Funcional de Adultos e
Idosos (IAFAI). In Mário R. Simões, Isabel Santana e Grupo de Estudos de Envelhecimento
Cerebral e Demência (Eds.), Escalas e Testes na Demência (3ª. edição; pp. 152-157). Porto
Salvo: Novartis. [Nónio] [AVAP 603, 604]

IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020 38


EcoKitchen [Validade ecológica]
• Tarefa de realidade virtual não-imersiva destinada a avaliar funções executivas
através da simulação de actividades instrumentais da vida diária.
• Ideia-base: cozinha é um dos cenários da vida real onde a maior parte das
competências cognitivas são necessárias, particularmente as que envolvem
funções executivas.
• A EcoKitchen foi livremente inspirada em instrumentos de avaliação executiva
como o “Multiple Errand Test”(Shallice & Burgess, 1991) e a “Breakfast Cooking Task”(Craik &
Bialystok, 2006)

• Avaliar de forma objectiva as reais dificuldades executivas, através de tarefas que


implicam alternância, multi-tasking, ordenação, planeamento, memória de
trabalho, entre várias outras competências executivas.
- Variáveis de Tempo (segundos)
- Variáveis de Erro (número)
- Variáveis Erro/Tempo (erros / minuto)

Júlio, F., Ribeiro, M.J., Patrício, M., Malhão, A., Pedrosa, F., Gonçalves, H., Simões, M., Van
Asselen, M., Simões, M. R., Castelo-Branco, M., & Januário, C. (2019). A Novel Ecological
Approach reveals Early Executive Function Impairments in Huntington’s Disease. Frontiers in
Psychology-Clinical and Health Psychology. https://doi.org/10.3389/fpsyg.2019.00585 39
Inventário de Avaliação da Personalidade (PAI)
(PAI – Personality Assessment Inventory)

Objecto: Saúde Mental e Personalidade. O PAI visa uma avaliação compreensiva


das principais dimensões psicopatológicas encontradas nas Perturbações do Eixo I
e algumas Perturbações do Eixo II referidas no Manual de Diagnóstico e Estatística
das Perturbações Mentais – Quinta edição (DSM-5).
Autor: Leslie C. Morey
Data de Publicação: 1991
Número de itens: 344
Idades: A partir dos 18 anos (inclusive)
Tempo de Administração: 50 a 60 minutos
Administração: Individual ou Coletiva
Direitos de Autor: Psychological Assessment Resources (PAR) (EUA); Hogrefe (Portugal).

Paulino, M., Simões, M.R., Rijo, D., & Moura, O. (2018). Inventário de Avaliação da Personalidade (PAI): Estudos de validação em contextos
forenses. 10º Congresso AIDAP/AIDEP, Coimbra, 2018
40
IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020
Inventário de Avaliação da Personalidade (PAI)

Paulino, M., Simões, M.R., Rijo, D., & Moura, O. (2018). Inventário de Avaliação da Personalidade (PAI): Estudos de validação em contextos
forenses. 10º Congresso AIDAP/AIDEP, Coimbra, 2018
IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020 41
Inventário de Avaliação de Personalidade (PAI). Estudos Portugueses*
OBJECTIVOS: Validade das pontuações no PAI nos seguintes Grupos:
• Na caracterização de vítimas de violência doméstica do sexo feminino, provenientes
essencialmente de núcleos de atendimento para vítimas de violência doméstica e de casas de
abrigo (unidades residenciais de localização confidencial destinadas a acolher temporariamente
mulheres vítimas de violência doméstica e os seus respectivos filhos, quando existem).
• Na identificação de diferenças entre tipologias criminais de pessoas em contexto de reclusão
(preventivos e efectivos), relevando os crimes contra a vida e a integridade física (e.g.,
homicidas, agressores conjugais), contra a liberdade e autodeterminação sexual (e.g.,
abusadores sexuais de crianças), contra a propriedade (e.g., furto) e contra o património em
geral (e.g., burla).
• Na avaliação do risco de suicídio em elementos de órgãos de polícia criminal (e.g., PSP, GNR,
PJ), com relevância para o esclarecimento de diversas especificidades (e.g., selecção, risco de
suicídio, burnout).
• Na avaliação pericial de Psicologia Forense, no âmbito das competências parentais, em sede de
Direito de Família e Menores: Progenitores implicados em processos de Regulação das
Responsabilidades Parentais ou de Promoção e Protecção, cujos pedidos de avaliação pericial
de psicologia forense sejam endereçados pelos Tribunais de Família e Menores ao Instituto
Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses.
• Estudo das relações entre a versão longa (standard) e a versão reduzida do PAI, em contextos
forenses.
• Estabilidade temporal teste-reteste das pontuações no PAI em contexto forense: vítimas de
violência doméstica.
* Estudos previstos. Mauro Paulino. Inventário de Avaliação da Personalidade (PAI): Estudos de validação em contextos forenses. Tese de doutoramento
em Psicologia Forense (FPCE-UC). 2018-2022.
Paulino, M., Simões, M.R., Rijo, D., & Moura, O. (2018). Inventário de Avaliação da Personalidade (PAI): Estudos de validação em contextos
forenses. 10º Congresso AIDAP/AIDEP, Coimbra, 2018 42
Inventário de Avaliação de Personalidade (PAI). Contextos Forenses
Existe um corpo crescente de literatura internacional que enfatiza o contributo útil do PAI em
contexto forense e criminal (responsabilidade criminal, avaliação de risco, psicopatologia,
potencial de suicídio, abuso de substâncias) ... contudo não existem estudos nacionais com
recurso a este inventário junto de populações forenses.
■ Validade dos perfis obtidos de agressores em reclusão com diagnóstico de patologia mental
grave (Matlasz et al., 2016);
■ Sequelas psicológicas em mulheres vítimas de violência doméstica (Swanson, 2008);
■ Traços antissociais em agressores (Gardner & Boccaccini, 2017);
■ Validade preditiva relativa ao comportamento violento de indivíduos em reclusão (Reidy,
Sorensen & Davidson, 2015);
■ Seleção de candidatos a agentes de autoridade (e.g., agressão, funcionamento antissocial,
insubordinação e queixas de cidadãos) (Weiss et al., 2005);
■ Relevância das escalas de validade (e.g., impressão positiva) no contexto do exercício das
responsabilidades parentais (e.g., regulação das responsabilidades parentais) (Semel, 2016).
Matlasz, T., Brylski, J., Leidenfrost, C., Scalco, M., Sinclair, S. Schoelerman, R., Tsang, V., & Antonius, D. (2016). Cognitive status and profile validity on
the Personality Assessment Inventory (PAI) in offenders with serious mental illness. International Journal of Law and Psychiatry, 50, 38-44. doi:
10.1016/j.ijlp.2016.10.003.
Reidy, T., Sorensen, J., & Davidson, M. (2015). Testing the predictive validity of the Personality Assessment Inventory (PAI) in relation to inmate
misconduct and violence. Psychological Assessment, 28(8), 871-884. doi: 10.1037/pas0000224.
Semel, R. (2016). The Personality Assessment Inventory (PAI) in Child Custody evaluations: Some contextual and psychometric considerations. Journal
of Psychology and Clinical Psychiatry, 5(3). doi: 10.15406/jpcpy.2016.05.00284.
Swanson, L., 2008-03-05. "Forensic Implications in the Use of the PAI with Victims of Domestic Violence“. Paper presented at the annual meeting of the
American Psychology - Law Society, Hyatt Regency Jacksonville Riverfront, Jacksonville, FL.
Weiss, W. U., Zehner, S. N., Davis, R. D., Rostow, C., & DeCoster-Martin, E. (2005). Problematic police performance and the Personality Assessment
Inventory. Journal of Police and Criminal Psychology, 20, 16-21. doi: 10.1007/ BF02806703.
Burneo-Garcés, C., Fernández-Alcántara, M., Aguayo-Estremera, R. & Pérez-García, M. (2020). Psychometric Properties of the Spanish Adaptation of the
Personality Assessment Inventory in Correctional Settings: An ESEM Study. Journal of Personality Assessment, 102(1), 75-87, DOI:
10.1080/00223891.2018.1481858
Abilleira, M.P. & Rodicio-García, M. (2019). Psychometric Properties of the Abbreviated Version of Personality Assessment Inventory (PAI-R) in a
Sample of Inmates in Spanish Prisons. Journal of Forensic Psychology Research and Practice, 19(1), 9-23, DOI: 10.1080/24732850.2018.1537711
Sokolowski, K.M., Batky, B.D., Anderson, J.L. et al. (2020). The Personality Assessment Inventory-Antisocial Features (Psychopathy) Scale: Model Fit and
Convergent and Discriminant Validity. J Psychopathol Behav Assess. https://doi.org/10.1007/s10862-020-09784-w 43
Inventário de Avaliação da Personalidade (PAI). Tendências
Simulação/Malingering
Aita, S.L., Sofko, C.A., Hill, B.D. et al. (2018). Utility of the Personality Assessment Inventory in detecting feigned Attention-
Deficit/Hyperactivity Disorder (ADHD): The Feigned Adult ADHD index. Archives of Clinical Neuropsychology, 33(7), 832–844.
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Harrison, A.G., Harrison, K.A., & Armstrong, I.T. (2019). Discriminating malingered attention Deficit Hyperactivity Disorder from genuine
symptom reporting using novel Personality Assessment Inventory validity measures. Applied Neuropsychology: Adult, DOI:
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associated with differential responding on the Personality Assessment Inventory (PAI). Journal of Clinical and Experimental Neuropsychology,
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Gaasedelen, O.J., Whiteside, D.M., Altmaier, E., Welch, C., & Basso, M. R. (2019) The construction and the initial validation of the Cognitive
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Outros ….
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IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020
Catarina Marques-Costa
(BD FCT: SFRH/BD/128597/2017) (Avaliação Psicológica). FPCE-UC, CINEICC/NAAP, PsyAssessmentLab
E-mail: marquescosta.cm@gmail.com
Maria Salomé Pinho. FPCE-UC, CINEICC/NAAP
Mário R. Simões. FPCE-UC, CINEICC/NAAP, PsyAssessmentLab
Gerardo Prieto. U. SALAMANCA

45
NIH Toolbox (NIHTB) • A NIHTB permite uma avaliação
multidimensional padronizada das funções
comportamental e neurológica, dos 3 aos 85
anos.
• Foi construída com fundos de investigação dos
EUA.
• Na sua construção estiveram envolvidos 250
especialistas de 80 instituições diferentes para
A NIH Toolbox foi financiada por oferecerem à comunidade científica medidas
fundos federais do NIH Blueprint for estandardizadas que permitam comparações
Neuroscience Research e pelos entre estudos
fundos do NIH Office Behavioral and
Social Sciences Research.
• Foi validada com os instrumentos mais usados
em cada uma das áreas que se propõe avaliar.
Traduções da NIHTB em curso: (National Institutes of Health & Northwestern University, 2016)
Holandês, Francês, Alemão, Grego,
Português europeu*
(http://www.healthmeasures.net/expl
ore-measurement-systems/nih-
toolbox/intro-to-nih-toolbox/available-
translations)

A NIH Toolbox é administrada em iPad (APP)


e não necessita de ligação a internet.

IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020 46


NIH Toolbox (NIHTB)
COGNIÇÃO SENSAÇÃO MOTOR EMOÇÃO

• Bateria cognitiva • Bateria da • Bateria motora • Bateria emcional


para os primeiros sensibilidade para os primeiros para um parente
anos de vida dos 3 para os primeiros anos de vida dos próximo de
aos 6 anos. anos de vida dos 3 aos 6 anos. crianças entre os
3 aos 6 anos. 3 e 12 anos
• Bateria • Bateria
estandardizada • Bateria estandardizada • Bateria
para 7 ou mais estandardizada para 7 ou mais estandardizada
anos de idade. para 7 ou mais anos de idade. para 7 ou mais
anos de idade. anos de idade.
TESTES incluídos: TESTES incluídos:
TESTES incluídos: TESTES incluídos:
• Funções • Destreza
executivas • Audição • Bem estar
• Atenção • Força de psicológico
• Memória • Acuidade visual preensão
episódica • Stress e auto-
• Velocidade de • Equilíbrio • Equilíbrio eficácia
processamento vestibular
• Memória do • Velocidade da • Interações
trabalho • Olfacto marcha sociais
• Linguagem
• Paladar • Resistência • Afeto negativo
NIHTB-C
47
NIH Toolbox National Institutes of Health & Northwestern University, 2016
• Avaliação cognitiva computorizada: Adaptação, validação e normalização da
NIH Toolbox-Cognitiva (NIHTB-C) nas pessoas mais velhas
• versão em tablet do tipo iPad (2015). Administração não requer ligação à
internet. 60-85 anos. 30 minutos. Teoria de Resposta ao Item (TRI)

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IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020 49
Outros instrumentos … investigações a acompanhar (PsyAssessmentLab)

• Escala de Queixas de Declínio Cognitivo (EQDC)


(Freitas, Nogueira, Prieto, Vilar, Simões, & Santana, 2018):
http://psyassessmentlab.fpce.uc.pt/investigacao/instrumentos/eqdc
• Questionário de Declínio Cognitivo Subjetivo (QDCS)
(Freitas, Nogueira, Prieto, Vilar, Martins, Simões, & Santana, 2018):
http://psyassessmentlab.fpce.uc.pt/investigacao/instrumentos/qdcs
• Questionário de Literacia (QL)
(Freitas, Nogueira, Prieto, Vilar, Santana, & Simões, 2018)
http://psyassessmentlab.fpce.uc.pt/investigacao/instrumentos/ql
• Questionário de Avaliação do Nível de Exigência Cognitiva das Atividades
Profissionais (QANECAP)
(Freitas, Nogueira, Prieto, Vilar, Santana, & Simões, 2018)
http://psyassessmentlab.fpce.uc.pt/investigacao/instrumentos/qanecap
• Behavior Rating Inventory of Executive Function (BRIEF) (BRIEF-P [Preschool,
Pais, Professores]; BRIEF-2 [Pais, Professores, Auto-relato]; BRIEF-A [Auto-relato;
Relato de Informador])
(Albuquerque, Vilar, Pereira, Santos, Moura, Lopes, Major, & Simões, 2019)
• Self-Report Symptom Inventory (SRSI)
(Simões, Dwarkadas, Pinheiro, Domingues, Pargana, & Almeida, 2020)

50
IARP_MIP/FPCEUC_Mário R. Simões_Novos Instrumentos de Avaliação (Neuro)Psicológica em Portugal_17.02.2020
Instrumentos de Avaliação e Relatórios Psicológicos (IARP)
MIP_4.º ano_17.02.2020

NOVOS INSTRUMENTOS
de AVALIAÇÃO (NEURO)PSICOLÓGICA
[1-50]

Mário R. Simões

Neuropsychological Assessment and Ageing Processes


Center for Research in Neuropsychology
and Cognitive Behavioral Intervention
https://cineicc.uc.pt/ http://psyassessmentlab.fpce.uc.pt

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