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Curso de Pós-Graduação em Agronomia

Disciplina: Sistemas de Produção para Arroz e Feijão

PREPARO DO SOLO E INSTALAÇÃO DA


CULTURA DO FEIJÃO

Docente: Prof. Dr. Orivaldo Arf


Discentes: Sanderley Cruz
Pedro Nagel

Ilha Solteira, 22 de Abril de 2014


Introdução
 Brasil: maior produtor do mundo;

 Baixa produtividade;

 Condições ambientais, manejo inadequada da cultura


e do solo. Leite (2011);

 Região Sul: 30% da produção;

 65% = Produção familiar. Epagri (2012).


Fonte: Epagri (2012)
Fonte: Epagri (2012)
 Brasil: Variedades de feijão;

 63% feijão-cores;

 18% feijão-preto;

 19%, de macaçar (caupi).

Fonte: Embrapa, 2014


www.alimentacaosaudavel.com.br, 2014
 Produção do ano agrícola 2010/11 está
assim composta:

 48,1% feijão colhido na primeira safra;

 37,3%, da segunda safra;

 4,6%, da terceira safra.

Fonte: Epagri (2012)


 Cultura de ciclo curto;
 Sistema radicular superficial;
 Exigente em nutrientes;
 Produz pouca palha e de fácil decomposição.

Fonte: http://emefugo3.blogspot.com.br/2012
Fonte: www.emater.mg.gov.br, 2014.
O Solo
 O solo é o resultado do desgaste das rochas. Os fatores
responsáveis por este processo são: o clima (chuva, calor),
organismos vivos (plantas, animais), relevo (declividade
do terreno), tipos de rochas (mais resistentes ou menos
resistentes);

 O solo compõe-se por quatro partes misturadas de: ar; água;


matéria orgânica; porção mineral (areia, silte, argila).
Em resumo, o solo configura-se elemento fundamental
para as plantas, pois é onde elas se fixam, absorvem água
e nutrientes, e onde as raízes respiram.

Fonte: Serrat et al., (2002)


Fonte: Serrat et al., (2002)
Maior exigência/fonte de proteína/50% grãos

Desenvolvimento da planta/produção de sementes

Composição de órgãos/resistência a seca

Fonte: Serrat et al., (2002)


O que é Preparo do Solo?
Consiste em criar um ambiente propício
para o cultivo, de modo que o sistema
radicular explore o solo sem grandes
dificuldades.
Quando realizado de maneira incorreta,
leva rapidamente à degradação das
características do solo, culminando com o
declínio paulatino do seu potencial
produtivo
Aspectos a considerar:
 Restituição de nutrientes;
 Conservação do solo;
 Aeração e infiltração de água;
 Controle de plantas daninhas;
 Controle de doenças;
 Possibilidade de formação de camadas
compactadas: “pé-de-arado” e “´pé-de-
grade”

Fonte: www.bonsai.andretoledo.com.br, 2014;


www.paranacentro.com.br
Tipos de Preparo do Solo para o
Feijoeiro
Preparo convencional

Preparo reduzido

Plantio direto
Principais Pontos na Escolha do
Método de Preparo do Solo
 Grau de compactação do solo;

 Volume de restos culturais;

 Infestação de invasoras;

 Fertilidade do perfil do solo explorado pelas raízes.

Fonte: www.cientecno.com., 2014;


Objetivos do Preparo do Solo
 Oferecer condições de semeadura;

 Conseguir uma boa germinação;

 Estabelecimento e desenvolvimento da cultura;

 Facilitar a colheita.
Preparo Convencional
 Utilizam-se equipamentos de disco - (Arados ou Grades);

 Arados de aiveca: - > profundidade, melhor inversão do solo e


melhor leito de semeadura.

 Objetivo da Aração:

 Eliminar camadas superficiais compactadas;

 Favorecer a aeração do solo;

 Melhorar infiltração de água;

 Melhorar o desenvolvimento das raízes;

 Profundidade de trabalho: 25 – 35 cm.


Preparo Convencional
 Umidade adequada;

 Alterar o uso de implementos;

 Alternar a profundidade de trabalho.

Problemas de degradação do
solo são minimizados
Arados de Aiveca
Arado de discos e grade pesada
Preparo Reduzido
Redução do número de operações:

 Economia de tempo;

 Economia de trabalho e combustível (menor


custo);

 Diminui a erosão (conservação do solo);

 Maior sustentabilidade.
ARADO ESCARIFICADOR
 Deve ser utilizado em solo com menor
umidade.

 Não forma torrões grandes.

• LIMITAÇÃO DESSE IMPLEMENTO:


• Presença de tocos e raízes grossas no solo, que
dificultam ou diminuem a qualidade do preparo.
Arado escarificador de 7
hastes com discos de corte e
rolo destorroador
Preparo reduzido do solo
SISTEMA PLANTIO DIRETO
 Semeadura diretamente no solo não revolvido;

 Solo descompactado;

 Possui camada com restos vegetais;

 Fertilidade homogênea;

 Maior inclinação do terreno.

Fonte:www.cnptia.embrapa.br
Efeitos da adoção dos sistemas plantio direto e cultivo mínimo nas
propriedades do solo

Fonte: http://cultivehortaorganica.blogspot.com.br/2011
Temperatura do solo
 Promove variações na velocidade de germinação das
sementes, emergência de plântulas, absorção de
água e nutrientes e no desenvolvimento radicular;

 As raízes absorvem mais água à medida que a


temperatura aumenta, até atingir o limite de 35 °C, e
em temperaturas superiores há redução na absorção
de água e impedem a germinação das sementes.
Figura - Variação da temperatura diária do ar e do solo para os dias 02/12/2001
(4 dias após a emergência) e o dia 01/01/2002 (35 dias após a emergência) em
função do preparo do solo, hora do dia e profundidade.

PD= 7 anos
Fonte:da Silva et al. (2007)
Feijão em sistema
de plantio direto
Recomendações de Calagem e Adubação:
Paraná
 Calagem: Aplicar quando a saturação por
bases, indicada, for inferior a 60%,
usando o índice de 70% para cálculo da
quantidade de corretivo a ser aplicada;
 N: 15 a 20 kg ha-1 de N no sulco de
semeadura e de 30 a 60 kg ha-1 em
cobertura aos 15 a 25 dias após a
emergência das plantas.
Fonte: IAPAR (2003)
São Paulo

Fonte: www.feis.unesp.br
Alguns Resultados de Pesquisa
no Preparo do Solo na Cultura
do Feijão
Silva et al., (2013)
 Avaliou os custos de implantação (preparo do solo,
semeadura e quantidade de sementes) e colheita, do feijão-
caupi em uma área irrigada no município de Missão Velha
em função de diferentes espaçamentos entre fileiras.
 Conclusões

 Com relação à composição dos custos do sistema de


cultivo de feijão-caupi, constata-se que eles estão
ligados diretamente ao arranjo populacional do
plantio, sendo que com o aumento do espaçamento
ocorrem menores custos na semeadura e maiores
custos na colheita, com o preparo do solo não sendo
influenciado.
Berni et al., (2002)
 Avaliou o comportamento dos fungos R. solani e F. solani f. sp.
phaseoli . agentes causais das principais podridões radiculares
do feijoeiro comum . sob diferentes tipos de preparo do solo e
de rotações de cultura.
 CONCLUSÕES
 A combinação entre a rotação de culturas milho feijão
e o preparo de solo com grade diminui a incidência de
Fusarium solani f. sp. phaseoli.
 A rotação arroz/calopogônio-feijão propicia maior
severidade do ataque de Rhizoctonia solani às plantas
do feijoeiro.
 O sistema de plantio direto propicia menor severidade
do fungo Rhizoctonia solani às plantas de feijoeiro do
que o preparo de solo com grade.
Soratto et al., (2003)
 Objetivou avaliar o comportamento do feijoeiro cultivado no
período “de inverno” em função do preparo do solo, manejo da
água e parcelamento do nitrogênio.
 Conclusões

 De modo geral, pode-se concluir que: o feijoeiro


irrigado apresentou maior produtividade de grãos,
quando cultivado em solo preparado com grade
pesada, comparado com o sistema de plantio direto e
não diferiu do preparo com escarificador;

 A aplicação de todo o nitrogênio em cobertura


proporcionou maior produtividade de grãos do
feijoeiro irrigado.
Silveira et al., (2008)
 O objetivo do trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes sistemas
de manejo do solo sob plantio direto e rotações de culturas, na
densidade, microporosidade, macroporosidade e porosidade
total de um latossolo da região de cerrado.
 CONCLUSÕES

 O plantio direto contínuo promove aumentos na


densidade do solo e na microporosidade e diminuições na
macroporosidade e porosidade total do solo;

 A densidade do solo no plantio direto contínuo tende a


diminuir com o passar do tempo;

 No plantio direto contínuo, rotação de culturas que


envolve mais plantios de soja no verão, apresenta menor
densidade do solo e maior porosidade total que rotação
envolvendo milheto e milho.
Silveira et al., (2001)
 O objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos de diferentes sistemas
de preparo do solo e de rotações de culturas sobre o rendimento e a
economicidade do feijoeiro irrigado, no período do inverno.
 Conclusões
 O feijoeiro irrigado produz mais quando se utiliza no
preparo do solo a combinação de arado de aiveca no
cultivo de verão e grade aradora no inverno.
 O rendimento do feijoeiro diminui quando se utiliza
continuamente o sistema plantio direto.
 O rendimento do feijoeiro é maior quando a cultura é
utilizada bienalmente em relação a cultivos anuais, na
mesma área.
 O feijoeiro irrigado cultivado após o arroz é mais rentável,
principalmente quando o arroz é consorciado com
calopogônio, no qual apresenta uma relação de
benefício/custo de 1,97.
Oliveira et al., (s/d, 2002/2003)
Fernandópolis - SP Souza e Santos (2008)
Instalação da Cultura do Feijão
 Implantação com sementes de elevado padrão:

 Qualidade genética;

 Fisiológica;

 Sanitária;
Tratamento de Sementes
O tratamento das sementes com fungicidas e
inseticidas é uma garantia adicional às sementes na
germinação, pois protege contra patógenos aderidos às
sementes ou ao solo. Protege também as plântulas na
fase inicial do seu ciclo.
Fonte: Epagri (2012).
Fonte: Epagri (2012).
Consumo de sementes por área

Onde:
 Q = quantidade de sementes, em kg
 P = massa de 100 sementes, em gramas
 D = número de sementes por metro de fileira
 A = área da lavoura, em m2
 G = poder germinativo das sementes em %
 E = espaçamentos entrelinhas, em metros

Fonte: Vieira (1978)


Onde:
 Q = quantidade de sementes, em kg ha-¹
 D = Número de plantas por metro de fileira
 P = Peso de 100 sementes, em gramas
 PG = poder germinativo, em %
 E = espaçamento entre fileiras, em m

Fonte: EMBRAPA – CNPAF (1989)


Fonte: Epagri (2012).
Espaçamento entre fileiras
 Semeadura entre fileiras;

 Semeadura em covas (Saraquá): espaçamentos


recomendados são de 0,4 a 0,5m entre fileiras, com 4 a
5 covas/m de fileira. Cada cova pode conter, no
máximo, 4 plantas.

 Na determinação do número de covas e plantas por


cova, deve-se, sempre, considerar a densidade de
plantas recomendadas, visando obter a população
desejada.
Densidade de Semeadura
 Na semeadura as sementes devem ser
uniformemente distribuídas e, na regulagem da
semeadora, deve-se considerar o seu poder
germinativo;

 As populações de plantas indicadas variam em


função do hábito de crescimento das plantas e
da cultivar.
Horn et al., (2000)
 Objetivou avaliar o efeito do espaçamento entre linhas e da
população de plantas sobre as características agronômicas
relacionadas com a mecanização da colheita.
 CONCLUSÕES
 A combinação do maior espaçamento com a menor
população provoca o maior índice de acamamento;
 A redução no espaçamento entre linhas reduz a altura das
plantas, a altura da inserção das vagens e o rendimento de
grãos mas provoca aumento na altura da ponta da vagem
mais baixa até o solo, e redução na porcentagem das
plantas encostando vagens no solo.
 O aumento na população de plantas não afeta a maioria
das características agronômicas das plantas, porém
provoca redução na porcentagem de plantas encostando
vagens no solo, não provocando modificações no
rendimento de grãos.
Profundidade de Semeadura
 A recomendação geral é utilizar 3 a 4 cm de
profundidade em solos argilosos ou úmidos e 5 a 6 cm
em solos arenosos.

 Em plantio realizado com solo frio, deve-se optar por


profundidade de 3 a 4 cm, pois profundidades mais
elevadas podem atrasar a emergência de plantas e
aumentar a incidência e severidade de doenças
causadas por fungos de solo.
Velocidade da máquina
 Semeadoras-adubadoras, tanto para as com
mecanismo dosador de sementes do tipo horizontal
perfurado como para as do tipo pneumático, é de até
6km/h;

 Acima desta velocidade o desempenho dos


mecanismos sulcadores é insatisfatório e na
movimentação do solo este pode ser lançado distante
do sulco de semeadura, prejudicando a emergência do
feijão e favorecendo a germinação de plantas daninhas.
Tabela 1. Efeito da velocidade de operação da semeadora
adubadora, provida de dosador de sementes de disco horizontal
perfurado, em sementes de feijão da cultivar Pérola, no que refere
ao dano mecânico visual nas sementes e à proporção de sementes
normais, no plantio das águas de 2003, em Unaí, MG.*
Velocidade de Distribuição Dano mecânico Sementes
operação da das visual nas normais
semeadora sementes sementes (%) (%)
adubadora (m)
V1= 5 km/h 10,0 a 8,4 b 96,1
V2= 10 km/h 7,9 b 16,6 a 95,6
Testemunha - 1,5 c 95,0
DMS 1,1 6,6 1,5

* Para cada coluna, as médias seguidas de letras diferentes diferem entre si pelo teste de Tukey no
nível de 5% de probabilidade.

Fonte: Embrapa Arroz e Feijão (2005).


Tabela 2. Efeito da velocidade de operação da semeadora adubadora, equipada
com sulcador de disco duplo ou com sulcador de facão, em sementes de feijão da
cultivar Pérola, no que refere à quantidade de sementes descobertas por metro
após o plantio, à profundidade de semeadura e ao espaçamento entre plantas
aceitáveis e irregulares, no plantio das águas de 2003, em Unaí, MG.*
Velocidade de Sementes Profundida Espaçame Espaçamento
operação da descobertas, de de nto entre entre plantas
semeadora por metro, semeadura plantas irregulares (%)
adubadora após o (mm) aceitáveis
plantio (%)
V1 = 5 km/h 0,9 a 34 44,0 56,0
V2 = 10 km/h 2,3 b 36 39,7 60,3
Sulcador
Disco duplo (DD) 0,2 a 36 41,2 58,8
Facão + DD 3,0 b 34 42,5 57,5
* Para cada coluna e em cada parâmetro, as médias seguidas de letras diferentes diferem entre si pelo
teste de Tukey no nível de 5% de probabilidade.

Fonte: Embrapa Arroz e Feijão (2005).


Tabela 3. Número de plantas por metro, em três plantios de feijão,
cultivar Pérola, em área sob plantio direto, com semeadora adubadora,
equipada de sulcador de disco duplo ou de sulcador de facão mais disco
duplo, em Unaí, MG, em 2005.*
Ano de cultivo Número de plantas por metro

Semeadora com Semeadora com


sulcador de sulcador de
disco duplo facão + DD
(DD)
Plantio das águas de 2003 9,9 9,1
Plantio de inverno de 2004 8,5 b 11,5 a
Plantio das águas de 2004 9,9 10,0

* Para cada linha, as médias seguidas de letras diferentes diferem entre si pelo teste de Tukey no
nível de 5% de probabilidade.

Fonte: Embrapa Arroz e Feijão (2005).


Tabela 4. Produtividade de grãos, em três plantios de feijão, cultivar
Pérola, obtida em área sob plantio direto, com semeadora adubadora,
sob duas velocidades de plantio, em Unaí, MG, em 2005.*
Ano de cultivo Produtividade do feijão (kg ha-1)
Velocidade de plantio Velocidade de plantio
= 5 km ha-1 = 10 km ha-1
Plantio das águas de 2.104 1.807
2003
Plantio de inverno 2.638 b 3.107 a
de 2004
Plantio das águas de 2.087 2.158
2004
Média 2.277 2.357
* Para cada linha, as médias seguidas de letras diferentes diferem entre si pelo teste de Tukey no
nível de 5% de probabilidade.

Fonte: Embrapa Arroz e Feijão (2005).


ÉPOCAS DE SEMEADURA
 Feijão “das águas”
 Agosto a setembro:
- Início do período chuvoso;
- As plantas se desenvolvem no final do inverno e durante
primavera, coincidindo a colheita com o início do verão;
- Problemas:
- Falta de umidade na semeadura;
- Ocorrência de veranicos;
- Excesso de umidade na colheita nas
semeaduras tardias.
 Feijão “da seca”

 Janeiro e fevereiro:

 - As plantas irão se desenvolver durante o verão e outono,


coincidindo a colheita em período de redução na precipitação
pluvial;

- Problemas:

- Excesso de chuvas na semeadura;

- Ocorrência de veranicos;

- Excesso de umidade na colheita nas semeaduras


antecipadas;

- Ocorrência de geadas nas semeaduras tardias.


 Feijão “de inverno”

 Abril a junho;

- Uso de irrigação;

- A colheita é realizada durante os meses de inverno;

- Problemas:

- Ocorrência de geadas;
- Excesso de umidade na colheita em semeaduras
tardias.
FEIJÃO “DE INVERNO” VANTAGENS
 Altos rendimentos;

 Colheita em período seco;

- Produto de melhor qualidade;


- Ótimas condições de produção de sementes;
- Entressafra à melhores preços;
- Melhor uso do solo;
 Diminuição da incidência de pragas e doenças;

 Menor interferência de fatores climáticos.


Regimes de
Safras Plantio Colheita
Concentração

1a “águas” Ago/nov. Nov/abr Sul, Sudeste, BA

2a “seca” Jan./mar Abr/jul NE, Sudeste, Sul

3a “inverno” Abr./jul Ago/out MG, GO, SP, BA

FONTE: CONAB (2004)


Fonte: Epagri (2012)
Estimativa de área cultivada com feijão nas
diferentes safras. 2010/11 a 2012/13.

Fonte: Conab (2013)


Gráfico - Série histórica de área plantada de feijão (1000 ha), distribuída no período
das três safras no Brasil, desde a safra 1976/1977 (1) até 2013-2014 (38) (sendo esta
ultima dada por estimativa).

Maior nível tecnológico/Qualidade


de sementes/outros

Fonte: Conab (2014)


Gráfico - Série histórica de produtividade de feijão (kg/ha), distribuída no período
das três safras no Brasil desde a safra 1976/1977 (1) até 2013-2014 (38) (sendo esta
ultima dada por estimativa).

Fonte: Conab (2014)


Gráfico - Série histórica de produção de feijão (mil toneladas), distribuída no período
das três safras no Brasil desde a safra 1976/1977 (1) até 2013-2014 (38) (sendo esta
ultima dada por estimativa).

Fonte: Conab (2014)


POPULAÇÃO DE PLANTAS
Tipo I - hábito de crescimento determinado
 Arbustivo e porte da planta ereto.

 Haste principal e os ramos laterais terminando em


inflorescência;
 Talo principal resistente (pouco ramificado);

 Pequeno porte (25 – 50 cm);

 Ciclo precoce;

 Período de florescimento reduzido;

 Uniformidade de maturação de vagens;


Tipo II - hábito de crescimento indeterminado
 Arbustivo, porte da planta ereto e caule pouco
ramificado;

 Haste principal de crescimento vertical, ramos laterais


não numerosos e geralmente curtos;

 Satisfatório potencial produtivo;

 Hábito de crescimento propicia adequada distribuição


de flores e vagens na planta (melhor qualidade).
Tipo III - hábito de crescimento indeterminado
 Prostrado ou semiprostado, com ramificação bem
desenvolvida e aberta.

 Grande número de ramificações;

 Guias longas + ramos laterais bem desenvolvidos = aptidão


trepadora;

 Período de florescimento amplo (15 a 20 dias);

 Grande potencial de produção;

 Grande desuniformidade de maturação das vagens e grande


quantidade de vagens localizadas na parte baixa da planta;
Atenção na semeadura
 Qualidade das sementes (germinação e vigor);

 Regulagem da semeadora

- distancia entre sementes

- Profundidade uniforme

 Solo com boa umidade;

 Classificação das sementes por tamanho;

 Trabalho bem executado pelo operador (cuidados com as


linhas coincidentes com o local das rodas do trator, etc).
Semeadura em covas
Tabela: Produtividade do feijoeiro em função de espaçamentos
entrelinhas, densidade na linha e adubação. Selvíria – MS.

Fonte: Arf et al. (1990)


Tabela. Resultados médios de matéria seca, componentes do
rendimento e produção de sementes de feijão obtidos em seis
espaçamentos e em três densidades de semeadura. Selviria-MS.

Fonte: Arf et al. (1996)


Tabela. Utilização de sementes certificadas, no Brasil em 2007/08.

Fonte: Rava e Costa (2009).


Tabela. Efeito do uso de sementes certificadas sobre o rendimento de
dois cultivares de feijão, em Unaí – MG.

Fonte: Adaptado de Lobo Junior (2005)


Feijão Caupi
 Feijão-caupi de ciclo médio (71 a 90 dias) é a metade do
período chuvoso de cada região;

 Para as variedades de ciclo superprecoce (55 a 60 dias), o


ideal é plantar dois meses antes de terminar o período
chuvoso;

 ↑ grãos, normalmente, é obtida com densidade de plantio


entre 50 a 60 mil plantas ha para variedades de porte
ramador e de 70 a 90 mil plantas para as variedades de
porte moita (Cardoso et al., 1997a; Cardoso et al., 1997b).
 O espaçamento de 0,80 a 1,00 m entre linhas
em variedades de porte ramador;

 Para as variedades de porte moita o


espaçamento mais indicado é o de 0,60 m;

 A densidade de sementes na linha de plantio


é de seis a oito sementes por metro.
Locatelli et al., (2013)
Figura 2 - Massa seca da
parte aérea (MSPA) em
função de lâminas de
irrigação e cultivares de
feijão-caupi no cerrado de
Roraima, Boa Vista-RR, 2012

Figura 3 - Índice da área


foliar (IAF) em função de
lâminas de irrigação e
cultivares de feijão-caupi
no cerrado de Roraima,
Boa Vista-RR, 2012
Controle fitossanitário
 Ciclo cultural curto;

 Monitoramento contínuo;

 Manejo de plantas daninhas, pragas ou


doenças, ou mesmo de aplicação de
fertilizantes, em cobertura ou via foliar,
possa ser realizado com a necessária rapidez.
Tabela 1. Principais herbicidas recomendados para a cultura do feijoeiro.
Nome Técnico Nome Época de Plantas Dose do Observação
comercia aplicação1 daninhas produto
l controladas comercial
(L ou
g ha-1)

Metolachlor Dual 960 Pré Gramíneas e 2,0 a 3,0 L Aplicar logo após o
CE algumas plantio, em solo úmido,
folhas largas ou irrigar logo após.
Pendimenthalin Herbadox PPI ou Pré Gramíneas e 1,5 a 3,0 L Incorporar ao solo
500 CE folhas largas superficialmente,
mecanicamente ou, no
caso de pouca umidade
no solo, via água de
irrigação.

Trifuralin Herbiflan, PPI Gramíneas e 1,2 a 2,4 L Aplicar em solo bem


Trifuralin, algumas preparado, seco ou
Defensa, folhas largas pouco úmido. Incorporar
Treflan, ao solo até oito horas
Tritac após a aplicação.
Sethoxydim Poast Pós Gramíneas 1,25 L Aplicar quando a
cultura apresentar até
três folhas
trifolioladas, com o
solo úmido e umidade
relativa entre 70% e
90%. Usar adjuvante.
Bentazon Basagran Pós Folhas largas 1,5 a 2,0 g Aplicar quando a
cultura apresentar até
três folhas
trifolioladas, com o
solo úmido e umidade
relativa entre 70% e
90%. Usar adjuvante.
Imazamox Sweeper Pós Folhas largas 42 g Aplicar quando a
cultura apresentar até
três folhas
trifolioladas, com o
solo úmido e umidade
relativa entre 70% e
90%. Usar adjuvante.
Fluazifop-p-butil Fusilade Pós Gramíneas 0,75 a l,0 L Aplicar quando a cultura
apresentar até quatro folhas
trifolioladas, e as gramíneas,
até três perfilhos.

Fluazifop-p-butil Robust Pós Gramíneas e 0,8 a 1,0 L Aplicar quando a cultura


+ Fomesafen folhas largas apresentar até três folhas
trifolioladas, com o solo
úmido e umidade relativa
entre 70% e 90%. Usar
adjuvante.

Fomesafen Flex Pós Folhas largas 0,9 a 1,0 L Aplicar quando a cultura
apresentar até três folhas
trifolioladas, com o solo
úmido e umidade relativa
entre 70% e 90%. Usar
adjuvante.

Paraquat + Pramato Pós Gramíneas e 1,5 a 2,5 L Aplicar quando a cultura


bentazon folhas largas apresentar até três folhas
trifolioladas, com o solo
úmido e umidade relativa
entre 70% e 90%. Usar
adjuvante.
Fonte: Embrapa Arroz e Feijão (2005).
Obrigado por nos
deixar entrar na
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dia, rsrssr!!!

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