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Apresentação
O avanço da área de mecanização agrícola registrado já é tão grande que o termo agricultura
de precisão (AP) vem sendo adotado no meio agronômico para identificar um conjunto de
tecnologias modernas oriundas de adaptações informatizadas com uso direto em equipamentos
agrícolas, no sentido de melhorar a eficiência e racionalidade de seu uso nas diversas operações da
propriedade rural. O emprego de computadores acoplados à máquinas agrícolas em conjunto com
informações geoposicionadas levaram ao campo o que existe de mais avançado em termos de
gerenciamento de dados e estratégias de informática viáveis à melhoria da atividade agropecuária.
Um dos grandes desafios de quem trabalha envolvido com máquinas agrícolas sempre foi a
correta modelagem, com resultados confiáveis, para predizer o que o trator pode exercer de força
numa dada condição e o que a máquina ou implemento vai exigir de força para ser tracionada nessa
mesma condição.
Aquele veículo que hoje é conhecido como trator já passou por muitas fases e variações.
Inicialmente, na primeira metade do século passado, já existia uma quantidade significativa de
máquinas a vapor sobre rodas. As primeiras esteiras, ainda primitivas são dessa época, e justamente
para sustentar máquinas pesadas sobre solo. Na última década do século passado é que começaram
a surgir os tratores com motor de combustão interna. A partir de então surgiram inúmeras variações
e formas construtivas tanto do trator em si quanto do seu sistema de rodado que é, em última
análise, o dispositivo responsável pela transformação da potência disponível no motor em força de
tração.
Algum tempo depois do seu surgimento é que esse veículo passou a ser chamado de trator,
pela suas características e função. Um anúncio de um deles, datado de 1906, o chamava pela
primeira vez de “tractor machene”. Essa é a maior função do trator que hoje impulsiona uma grande
fatia da economia, na agricultura e silvicultura.
1-TRAÇÃO ANIMAL
2-SITUAÇÃO ATUAL
Existe por parte do governo brasileiro, interesse em fomentar a tração animal sempre que se
mostrar viável. Há alguma restrição por parte das elites rurais, no tocante ao emprego de tração
animal na agricultura. Essa restrição baseia-se no fato de considerarem a mobilização do solo um
retrocesso em nossa evolução tecnológica agrícola. Contudo, a elite, esquece que vivemos
problemas sociais de grande magnitude, em relação aos chamados “sem terra”, que não podem, de
imediato, partir para uma agricultura intensamente motomecanizada, por sua baixa condição
cultural e por não ser o trator um elemento de fixação da mão de obra no campo. Além disso, existe
infraestrutura para a utilização de animais de trabalho e nossas indústrias produzem ótimos
implementos para uso em tração animal.
Excelente trabalho pode ser encontrado no livro escrito especificamente sobre o tema da
tração animal na agricultura. Ótima fonte de pesquisa, dados, conhecimentos que agricultores,
proprietários, estudantes podem pesquisar para se aprimorar e conhecer mais sobre esse tema, ou
seja, a tração animal na agricultura.
Podemos considerar o animal como um “motor”, que transforma a energia contida nos
alimentos em trabalho mecânico. O animal, comparado ao motor, apresenta muitas vantagens e
também desvantagens.
Como vantagens podemos citar:
- autodeslocamento, reserva de força, até cinco vezes maiores que a normal e que pode ser utilizada
temporariamente em situações de emergência. Neste particular, o “motor” é superior a qualquer
outro; grande adaptabilidade, podendo ser utilizado praticamente em qualquer serviço que exija
força trativa e em qualquer terreno; preço de aquisição relativamente baixo; pode ser reproduzido na
própria fazenda; consome (ao invés de combustível) alimentos produzidos na própria fazenda;
melhor qualidade de serviço realizado no campo; maior utilização da mão de obra.
Em desvantagens do uso do animal, temos:
- sua alimentação deve ser provida durante todo o dia, para um aproveitamento de 8 a 10 horas
diárias; o período de trabalho não é totalmente aproveitado, porque ocorrem paradas para descanso,
determinando uma baixa na eficiência, que é reduzida a 75 ou 80%; o grau de eficiência também é
afetado pelas condições climáticas (principalmente calor excessivo), pelo estado de saúde, pela
alimentação , pelo treinamento, etc.; desempenho mais lento do trabalho agrícola.
Segundo pesquisadores, as áreas rurais em condições de usarem a tração animal seriam
aquelas compreendidas entre 10 e 200 há. Outro autor, indica que a área ideal para uso de tração
animal seria aquela ate 5 há, considerando, no entanto, que poderia ser usada uma área de até 15 há
de forma econômica, nas fases de plantio e cultivo, depois do preparo do solo pelo trator. Nesses 15
há, seria necessário destacar a renda de 1 há para pasto, para tratar, no mínimo, de quatro juntas de
bois ou burros; quanto a áreas de 5 há, basta uma junta de bois, cuja alimentação não é
considerável. Outro fator relevante esta relacionado com a declive do terreno. O trator pode ser
operado com segurança num limite de declividade entre 15 e 18%, sendo que, além desses valores,
há sérios riscos de erosão. Para a tração animal, estes riscos também existem, mas em menor escala.
Como os animais andam naturalmente em nível, a erosão é bem menor, sendo possível utilizá-los
em declives de até 30%.
3.3 Custos comparativos entre tração animal, tração motora e trabalho humano.
Um dos aspectos mais importantes a ser considerado, entre tração animal e tração motora,
são seus custos operacionais. Tomemos um exemplo prático, baseado em trabalho elaborado pelo
Engº. Agrº. M.S. João Bosco de Oliveira.
Na tração animal, foi utilizada uma junta de bois e um chassi do Policultor 1500 com seus
respectivos implementos. Os dados de rendimento das operações por hectare foram obtidos nas
condições nordestinas, com animais, solos e clima desta região. Na tração motora tomaremos um
trator de 61 cv com seus respectivos implementos. Serão levados em conta os rendimentos médios
de cada implemento, bem como o custo horário de casa operação. Fora considerado no trabalho de
tração animal um total de 224 dias úteis por ano; no caso do trator, considerou-se o trabalho de mil
horas por ano. A vida útil estimada de uma junta de bois foi de 10 anos e para o trator de sete anos.
4-TRAÇÃO MOTORIZADA
"A produção do primeiro trator nacional foi iniciada em 1960, sendo que coube à Ford
Motor do Brasil S.A. a apresentação do 1º trator brasileiro, cujo lançamento se deu a 09/12/1960,
em solenidade especial."
"Nesse mesmo ano de 1960, segundo a ANFAVEA, foram produzidos no país, 37
unidades.”
No ano seguinte, a produção nacional de tratores se elevou a 2.466 e, em 1962, o número de
tratores atingiu a marca de 11.092 unidades. Em 1963 e 1964, os recordes de produção foram
quebrados, alcançando as cifras de 22.110 e 33.399 unidades respectivamente, sendo que em 1964,
os dados se referiam até o mês de Outubro."
"Até o final dos anos 50 e início dos anos 60, todos os tratores vendidos no Brasil eram
importados. A produção de um trator no país começou a tomar forma na década de 60, com a
implantação de empresas estrangeiras por aqui, e o encarecimento do produto importado.”
"Mas por coincidência, por correria das grandes montadoras também, na mesma época três
grandes marcas iniciaram a produção de tratores no país, sendo elas: a Ford com seu famoso 8 - BR
Diesel, a Massey-Ferguson com seu famoso MF 50 ou cinquentinha, e a Valmet com o também
famoso Valmet 360.”
“O mais prazeroso em se comentar essa história é que fica aquela velha discussão entre as
empresas sobre quem realmente "fabricou" o primeiro trator no país. O mais importante é saber que
na época de 1960 em diante iniciou-se uma nova era da mecanização agrícola no país, com a
produção de tratores tão valentes que até hoje são vistos com facilidade trabalhando nas lavouras,
mesmo depois de quase 50 anos!”
4.1 Objetivo.
O presente estudo tem por objetivo proporcionar aos alunos conhecimentos teóricos práticos
relativos à:
a) conceito e importância da mecanização agrícola;
b) teoria da tração de tratores e suas aplicações;
c) constituição; regulagem, operação de campo, uso, seleção manutenção e capacidade operacional
de máquinas e implementos agrícolas usados na mecanização das principais operações agrícolas;
d) custo operacional de conjuntos mecanizados e planejamento e projeto de mecanização;
e) medidas e normas de segurança para o operador;
f) legislação de trânsito, segundo o CNT (Código Nacional de Trânsito).
5.2.1 Monobloco.
A estrutura monobloco é formada pela união dos próprios componentes do trator (motor,
transmissão, diferencial). Esses componentes recebem diretamente os esforços de torção devido à
tração desenvolvida pelo trator. A vantagem deste tipo de chassi é a
significante redução nos custos de fabricação.
O chassi propriamente dito, normalmente equipa os tratores acima de 90 cv. Este tipo de
estrutura foi desenvolvido com objetivo de não submeter à transmissão nem o motor do trator a
esforços de torção devido à tração desenvolvida do trator. A estrutura de chassi permite montar o
motor sobre coxins de borracha, facilita o acoplamento de equipamentos frontais e facilita na
adequação de pesos frontais.
5.2.3 Semichassi.
A estrutura de semichassi é geralmente utilizada para montar tratores entre 180 e 350 cv. O
objetivo deste conjunto é evitar que os esforços sejam diretamente absorvidos pelo motor. O
semichassi apresenta características de trator rígido, fácil de fazer manobras e de adequar
implementos.
6-MOTOR DO TRATOR
6. A. ÓRGÃOS FUNDAMENTAIS
6.1 Bloco.
Constitui o maior órgão do motor e suporta todas as outras partes. Nele contido o cilindro,
onde a mistura gasosa sofre as transformações para fornecer potencia do motor, razão de
compreensão, arranjamento do sistema de válvulas, tipo de arrefecimento, etc. Em geral, os motores
de tratores têm os cilindros em linha numa única peça. Normalmente, os blocos são fabricados de
ferro fundido, que apresenta certas vantagens: boa resistência, facilidade de usinagem, bom
comportamento em altas temperaturas, além de um custo menor.
Ao ferro fundido podem ser adicionados outros elementos para melhorar sua propriedade,
como resistência ao desgaste. Os blocos possuem tubos removíveis que formam as paredes dos
cilindros e são chamados “camisas”. Estas camisas podem ser “úmidas” ou “secas” conforme
entrem ou não em contato com água de refrigeração.
6.2 Cabeçote.
É o órgão que fecha o bloco na sua parte superior, a união é por meio de parafusos e uma
junta de vedação de cobre-asbesto. Nos cabeçotes se encontram:
6.3 Carter.
É o órgão que fecha a parte inferior do bloco e serve como deposito do óleo lubrificante.
Normalmente, contém a arvore de manivelas e o eixo de comando de válvulas, como também a
bomba de óleo lubrificante ou seu dispositivo captador. Na sua parte inferior temos um bujão que
serve para o escoamento do óleo lubrificante.
6.4 Embolo.
É o órgão do motor que recebe o movimento de expansão dos gases. Está preso à biela por
intermédio do pino. É desejável que o embolo seja tão leve quanto possível, sem afetar a necessária
resistência às tensões e ao desgaste. O formato do embolo é mais ou menos cônico e um pouco
ovalado.
Os anéis de segmento são fabricados com ferro fundido, baixo custo e boas características,
contra agarramento (grimpamento). Os anéis têm a função de vedação e lubrificação, são macios e
estão sempre colocados em canaletas próximas da cabeça do embolo. Os anéis de lubrificação
localizam-se na parte inferior e tem a função de lubrificar as paredes do cilindro.
Tem a função de ligar o embolo à biela de forma articulada. A fixação do pino pode ser feita
a quente, para complementar, existem arruelas de trava que o fixam diametralmente.
6.7 Biela.
6.9. Volante.
6. B ÓRGÃOS COMPLEMENTARES
6. C – ÓRGÃOS ACESSÓRIOS
São todos os outros órgãos que não se enquadram na relação de órgãos fundamentais, tais
como: cobertura do comando de válvulas, suportes, filtros de combustível e de óleo,
Um ciclo de trabalho estende-se por duas rotações da arvore de manivelas, ou seja, quatro
cursos do pistão.
E No primeiro tempo, com o pistão em movimento descendente (↓), da-se a admissão, que
se verifica na maioria dos casos, por aspiração automática da mistura ar combustível
(motores Otto), ou apenas ar (motores Diesel). Nos motores Diesel modernos, uma
ventoinha empurra a carga para o cilindro (turbo compressão).
E No segundo tempo, ocorre a compressão, com o pistão em movimento ascendente (↑).
Pouco antes do pistão, completar o curso ocorre à ignição por meio de dispositivo adequado (no
motor Otto), ou a autoignição (no motor Diesel).
E No terceiro tempo, com o pistão em movimento descendente (↓) temos a ignição, com a
expansão dos gases e transferência de energia ao pistão (tempo motor).
E No quarto tempo, o pistão em movimento ascendente (↑), empurra os gases de escape
para a atmosfera.
Durante os quatro tempos. ou duas rotações . Transmitiu-se trabalho ao pistão só uma vez. Para
fazer com que as válvulas de admissão e escapamento funcionem corretamente, abrindo e fechando
as passagens nos momentos exatos, a arvore de comando de válvulas (ou eixo de cames) gira a meia
rotação do motor, completando uma volta a cada ciclo de quatro tempos.
O ar que sai do escapamento entra direto na parte quente do turbo (em vermelho), girando a
turbina e consequentemente girando o compressor (na parte azul) que está ligado ao mesmo eixo. O
compressor suga o ar e o comprime na entrada de admissão do motor. Esse ar mais comprimido no
motor, junto com mais combustível, gera uma potência maior que a do motor sem turbo. Nos
motores Diesel, tem a finalidade de elevar a pressão do ar no coletor de admissão acima da pressão
atmosférica, fazendo com que, Esquema de funcionamento de uma turbina no mesmo volume, seja
possível depositar mais massa de ar, e, consequentemente, possibilitar que maior quantidade de
combustível seja injetada, resultando em mais potência para o motor, além de proporcionar maior
pressão de compressão no interior do cilindro, o que produz temperaturas de ignição mais altas, e
por consequência, melhor aproveitamento do combustível com redução das emissões poluentes.
8-SISTEMA DE TRANSMISSÃO
8.1Embreagem
Em tratores de esteiras e microtratores, por exemplo, existem duas embreagens, uma para
cada esteira ou roda, e além das funções já descritas, é utilizada para dar direcionamento ao trator.
A caixa de marcha contém usualmente um par de engrenagens para cada marcha, com uma
engrenagem do par girando solidária ao eixo principal e a outra engrenagem do mesmo par girando
em um eixo intermediário. Uma engrenagem de cada marcha é deslizante num eixo entalhado
(ranhurado), permitindo o acoplamento com sua correspondente solidária ao outro eixo.
Nas caixas de marchas sincronizadas, que permitem a seleção de força ou velocidade com o
veículo em movimento, todas as engrenagens das marchas à frente se encontram acopladas. Mas, no
chamado “ponto morto”, todas elas estão livres no eixo que pertence às rodas motrizes. Ao se
promover uma marcha, a engrenagem correspondente é presa ao eixo por meio de uma luva
solidária ao eixo, que é movimentado pelo mecanismo de troca de marchas.
Como o eixo está em rotação devido ao deslocamento do veículo, a luva também estará. O
sincronismo é obtido por meio de um anel de bronze que, girando juntamente com a luva, vai se
acoplando lateralmente na engrenagem, obrigando-a a obter a mesma rotação do eixo e luva.
Como as engrenagens já estão acopladas (do eixo do motor as do eixo das rodas),
empregam-se engrenagens de dentes helicoidais, que são mais eficientes e silenciosos. Nas caixas
de engrenagens deslizantes (caixa seca), estas possuem dentes retos, devido ao acoplamento ser
feito deslizando uma engrenagem sobre a outra.
As engrenagens trabalham imersas até um determinado nível de óleo lubrificante. Nos
tratores mais antigos, usava-se o óleo SAE 90; nos tratores atuais têm-se usado, conforme
determinação de sues respectivos fabricantes, o mesmo fluido usado para o sistema hidráulico do
trator.
(Caixa de
marchas de um trator MF 265, sem sincronizado. (caixa seca)).Fonte: IFET Barbacena-MG
8.3 Diferencial
A potência gerada pelo motor e levada para a caixa de marchas e em seguida para o
diferencial que por sua vez a conduz ate as rodas motrizes do trator. Quando um trator se desloca
em linha reta, ambas as rodas motrizes desenvolvem a mesma velocidade , quando um trator faz
uma curva, a roda interna gira a uma menor rotação que a roda externa.
O mecanismo que compensa esta “diferença de rotação” e chamado diferencial. Com este
mecanismo de compensação, o eixo traseiro e dividido em dois semi-eixos e ambos são acionados
por meio de um jogo de pequenas engrenagens cônicas. Na parte final do eixo de transmissão,
achamos montada uma engrenagem cônica, chamada de “pinhão”, que transmite o movimento a
uma engrenagem de forma circular, denominada de “coroa”. Como a coroa e bem maior que o
pinhão, haverá uma sensível redução na velocidade de rotação. Ligado a coroa existe uma armação
que comporta um eixo geralmente em forma de cruz, onde se montam duas ou quatro pequenas
engrenagens cônicas (satélites) que giram no eixo mencionado. Sendo fixa a coroa o movimento
desta será transmitido a todo o conjunto.
Os satélites engrenam-se com as engrenagens cônicas montadas uma em cada terminal
interno dos semi-eixos (planetárias) os dois semi-eixos ficam, desta forma, independentes um do
outro, permitindo, assim em uma curva que uma roda caminhe mais depressa que a outra, evitando-
se a derrapagem. Quando o trator for datado de tração nas quatro rodas, haverá outro diferencial
para o eixo dianteiro.
Os tratores vem com um dispositivo denominado bloqueio do diferencial. O bloqueio de
diferencial e obtido normalmente travando-se uma planetária (engrenagem do semi-eixo), na
carcaça do diferencial, impedindo o seu movimento independente. Seu acionamento se da pisando o
pedal característico. Seu uso e aconselhável em terrenos lavrados, para evitar que a roda que esta do
lado de fora patine; se uma das rodas motoras se encontra em terrenos irregulares, lamacentos ou
escorregadios e tende a patinar. Nos tratores mais novos, uma luz indica no painel que o bloqueio
esta acionado.
OBS: quando se estiver usando o bloqueio de diferencial não se pode fazer curvas com o trator, ou
seja, deve-se guia-lo de forma mais reta possível, para evitar quebra do diferencial, caixa de
marchas, etc.
1. 2.
3.
1.Foto de uma coroa de um diferencial de um trator MF 265
Existem tipos diferentes de tração nas quatro rodas. Parece que cada fabricante possui
soluções diferentes para levar potência a todas as rodas. A linguagem usada pelos diferentes
fabricantes pode ser um pouco complicada. Então, antes de começarmos a explicar como tudo
funciona, vamos esclarecer algumas terminologias:
· Tração nas quatro rodas: geralmente, quando os fabricantes dizem que o carro tem tração nas
quatro rodas, estão se referindo ao sistema temporário. Por razões que iremos explorar mais adiante
nesse artigo, esses sistemas são designados apenas para situações de pouca aderência, como fora da
estrada ou na neve ou gelo.
· Tração em todas as rodas: esses sistemas também são chamados
De tração permanente nas quatro rodas e tração integral. Esses sistemas são feitos para utilização
em todas as superfícies, tanto nas estradas como fora delas. A maioria deles não pode ser
desativada.
Carros de tração nas quatro rodas possuem dois diferenciais: um localizado entre as rodas
dianteiras e outro entre as rodas traseiras. Eles enviam o torque da árvore de transmissão ou do
câmbio para as rodas do trator. Permitem também que as rodas da esquerda e da direita girem em
velocidades diferentes ao se fazer uma curva.
Em uma curva, as rodas internas fazem um caminho diferente das externas, assim como as
rodas da frente fazem um caminho diferente das de trás, de modo que cada uma das rodas gire em
uma velocidade diferente. Os diferenciais permitem que a velocidade seja diferente nas rodas
internas e externas à curva . Os sistemas temporários e permanentes de tração nas quatro rodas
podem ser avaliados utilizando-se os mesmos critérios. O melhor sistema irá enviar exatamente a
quantidade certa de torque para cada roda e é essa quantidade máxima de torque que não deixará o
pneu patinar.
Caixa de transferência, em um sistema de tração nas quatro rodas temporário, engata a
árvore de transmissão dianteira à árvore de transmissão traseira, para que as rodas sejam obrigadas a
girar na mesma velocidade. Isso requer que os pneus deslizem quando o carro fizer uma curva.
Sistemas temporários como esses devem ser usados somente em condições de pouca aderência, em
que é relativamente fácil os pneus deslizarem. Em solo seco é difícil os pneus deslizarem, de modo
que a tração nas quatro rodas deve ser desengatada para evitar trepidação nas curvas e desgaste
prematuro dos pneus e de toda a transmissão.
Algumas caixas de transferência, normalmente aquelas em sistemas temporários, contêm
também um conjunto de marchas adicional, a marcha reduzida. Essa relação de marcha “extra”
proporciona ao veículo mais torque e uma velocidade de saída na transmissão extremamente baixa.
A reduzida atua sobre todas as marchas do câmbio.
Bitola é a medida entre os centros das rodas. É possível ajustar as bitolas dos tratores para
que eles possam executar os mais diferentes serviços em diferentes tipos de terrenos, declividades,
espaçamentos entre culturas, ou seja, podemos, abrir ou fechar a largura das rodas tanto dianteiras
quanto traseiros dos tratores agrícolas.
(Ajuste de bitolas de um eixo dianteiro.Fonte: Manual do operador trator Massey Ferguson 265).
10-LASTREAMENTO DO TRATOR
– 13,0 a 183,0%
Uma maneira prática de verificar se o índice de patinagem esta dentro do recomendado é analisar o
formato do rastro deixado pelas rodas traseiras no solo. Veja a seguir:
Consiste em introduzir água nos pneus traseiros através da válvula de calibragem ate o
Maximo de 75% , os 25% restantes são preenchidos com ar.
Vale ressaltar que a água e apenas para dar maior aderência do trator ao solo, sendo necessário
manter uma correta calibragem para que os pneus não sofram um desgaste excessivo e irregular. A
calibragem correta e fornecida pelo fabricante do pneu de acordo com seu tamanho.
São aqueles onde as maquinas e implementos agrícolas são acoplados para aproveitamento
da potência disponível para a realização dos trabalhos agrícolas. São eles: a barra de tração, tomada
de potência e o sistema hidráulico de três pontos.
11.1 – Barra de tração – é o ponto utilizado para tracionar os implementos ou equipamentos de
arrasto, pode ser usada fixa ou oscilante, esta situada no centro do trator na altura do seu centro de
gravidade. A potência disponível na barra de tração,é geralmente de 40 a 70% da potência máxima
do trator.
Vale ressaltar que não são todos os fabricantes de tratores que optam pelo sistema de dupla
embreagem. Em outros fabricantes a tomada de potência e seu acionamento é totalmente
independente do pedal de embreagem que aciona a caixa de marchas.
Um acessório importante no uso da TDP/TDF é o eixo cardan, que é o responsável pela
transmissão de potência gerada pelo trator para os implementos que delem necessitam para girarem.
Devemos atentar para este importante detalhe:
- antes de encaixarmos o eixo cardan no trator, os garfos telescópicos devem estar no mesmo plano
e os garfos da luva de TDF e caixa de engrenagens em outro plano deslocados 90º em relação ao
anterior, conservando assim um perfeito balanceamento do cardan. A finalidade desta inspeção é de
evitar que o mesmo trabalhe desbalanceado, com a consequente quebra das cruzetas e do próprio
eixo cardan. Normalmente, os eixos cardan vem em comprimento superior ao que precisamos para
acopla-los aos tratores e seu respectivo implemento.
Devemos efetuar o corte , tanto no eixo macho quanto no eixo fêmea, de acordo com o
comprimento desejado.
ATENÇÃO
Após o acoplamento é necessário fazer o nivelamento do implemento. O nivelamento
transversal é feito através do 2º ponto, para tratores que apresentem o 1º ponto fixo. Nos tratores
com 1º e 2º ponto móveis, esse ajuste pode ser feito em ambos os pontos. O nivelamento
longitudinal é feito através do 3º ponto.
Para se operar o sistema hidráulico dos tratores, temos as alavancas de controles, sendo
necessário apenas ter conhecimento da função de cada uma para uma perfeita utilização do
equipamento. O que varia nos tratores é a posição de cada alavanca na estrutura dos mesmos.
a) Alavanca de posição : permite selecionar as diversas alturas dos braços inferiores, obtendo
variações da altura do implemento ao solo. Deverá ser usada para implementos que não recebem
reação do solo, ou seja, que operem acima do nível do solo por exemplo: pulverizadores, trado, etc.
b) Alavanca de profundidade : por meio desta, obtém se um domínio sobre a profundidade de
ataque ao solo. Todos os implementos que trabalhem abaixo do solo devem ser manipulados pela
alavanca de profundidade, tais como, arado, subsolador, etc.
c) Alavanca de reação : é um dispositivo que permite controlar a descida do implemento de forma
lenta ou rápida. Recomenda-se a reação lenta para implementos pesados e rápida para implementos
mais leves.
O sistema hidráulico possui três posições (furos) de engate do 3º ponto do trator:
A.furo superior – terrenos de textura leve
B.furo médio – terrenos de textura mediana
C.furo inferior – terrenos de textura pesada
Pelo controle remoto podemos levantar e abaixar implementos de grande porte que excedam
a capacidade de levante do hidráulico convencional, Normalmente são duas válvulas de conexão,
podendo ser quatro, caso requeira o implemento adquirido pelo produtor .
Introdução
O conceito antigo de “tratorista”, ou seja, aquele que somente dirigia que somente sabia
“tocar” o trator já não tem espaço mais na atualidade. Há alguns anos atrás essa filosofia foi
evoluída e hoje nos atribuímos a este profissional do campo, a denominação de “operador de
máquinas agrícolas”, pois ele tem não somente a função de movimentar o trator, mas, também fazê-
lo de forma correta, consciente, segura, eficiente e de forma produtiva.
Com a alta tecnologia empregada no campo, esses profissionais devem ser motivados,
treinados, qualificados, capacitados, pois a tecnologia embutida em um trator requer um
treinamento para que possa se extrair dele um perfeito aproveitamento do seu potencial.
Sendo assim, um dos grandes fatores para que se tenha em mãos um trator eficiente, seguro,
rentável, pronto para o trabalho é fazer uma boa e correta manutenção.
· Se tiver que de conduzir em terrenos inclinados, conduza o trator a uma velocidade moderada
(reduzido), especialmente se tiver que fazer curvas.
· Quando estiver conduzindo, não apoie os pés sobre os pedais de freio ou de embreagem.
· Ao remover os cabos da bateria remova sempre o “negativo” primeiro para assegurar-se
De não provocar um curto-circuito com a massa através da chave.
· Desligue o motor quando do abastecimento.
· USE SEMPRE O CINTO DE SEGURANÇA
· Nunca leve passageiros no trator, nem mesmo na cabine, a não ser que esta possua o assento
próprio para um passageiro.
· Não permita pessoas próximas ao trator quando estiver trabalhando com implementos que usem a
TDP.
· Legislação sobre tratores:abaixo segue a Resolução do Contran, no tocante a legislação pertinente
a locomoção de tratores agrícolas.
· Sempre que trabalhar com pulverizadores, usar o EPI.
ia
B) manutenção semanal
Pode parecer exagero, mas é a realidade. As condições em que um motor trabalha, são as
mais diversas possíveis e, e em muitos casos severas: altas temperaturas, elevadas pressões e
esforços nos componentes móveis, operação contínua durante muitas horas e em outras épocas
longos períodos inativos, as vezes a umidade do ar elevada e ainda, um certo nível de contaminação
resultante da combustão, principalmente devido ao enxofre presente no óleo diesel.
O motor é sem duvida nenhuma o item mais crítico em termos de lubrificação.
Esta,portanto, é a maior aliada ao bom funcionamento e longevidade da vida útil do motor,
evitando-se o sucateamento precoce.
Por isso a recomendação da troca de óleo no período certo e o uso de óleos lubrificantes de
boa qualidade, de classificação API – CF ou CF-4, multiviscoso 15W40.
Ao contrario do que se imaginar, o óleo desempenha outras funções, além das lubrificações
propriamente ditas, o que nos da à ideia da responsabilidade do mesmo:
leo.
Estes dissolvem incrustações e borras, carregando-as até o(s) filtro(s) que as retém.
ATENÇÃO:
Para facilitar a escolha do lubrificante correto para veículos automotivos várias são as
classificações, sendo as principais SAE e API.
Classificação SAE:
Estabelecida pela Sociedade dos Engenheiros Automotivos dos Estados Unidos, classifica os
óleos lubrificantes pela sua viscosidade, que é indicada por um número. Quanto maior este número,
mais viscoso é o lubrificante e são divididos em três categorias:
· Óleos de Verão: SAE 20, 30, 40, 50, 60.
· Óleos de Inverno: SAE 0W, 5W, 10W, 15W, 20W, 25W.
· Óleos multiviscosos (inverno e verão): SAE 15W-40. ***
Obs.: a letra “W” vem do inglês “winter” que significa inverno.
13 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS
Introdução
O preparo do solo surge da necessidade de se dar melhores condições para que a cultura que
se deseja implantar venha a desenvolver-se de forma adequada. Assim, busca-se com o preparo do
solo, propiciar um ambiente favorável à germinação, crescimento, desenvolvimento e produção de
uma determinada cultura, melhorando as condições do solo, quanto à sua capacidade de absorção,
seu arejamento, sua retenção de água e sua fertilidade.
Tais condições poderão ser obtidas a partir do momento em que através de um preparo do
solo, sejam feitas as operações de forma correta, onde serão controladas as ervas daninhas que
concorrerão com a cultura em termos de luminosidade, umidade, nutrientes e espaço.
O preparo de forma errônea acarreta problemas, de tal forma que mesmo os solos mais
férteis podem se tornam improdutivos. Os problemas de um mau preparo do solo são trazidos pela
sua desestruturação, a qual proporciona dificuldades de desenvolvimento radicular da planta,
encharcamento rápido e formação de uma camada de solo compactada a uma determinada
profundidade, chamada “pé de arado” ou “pé de grade”. Esses fatores facilitam o processo de
erosão e dificultam o desenvolvimento da cultura.
O pé de arado surge pela passagem do arado sempre a uma mesma profundidade de trabalho
ao longo dos anos. Sua formação faz com que o solo diminua sua capacidade de absorção de água e
retenção da mesma, saturando-se, já que a água é impedida de atingir as camadas mais profundas.
O uso excessivo de gradagem também faz com que o solo fique totalmente desestruturado
na sua parte superficial, ocasionando menor aeração e menor capacidade de absorção e retenção de
água.
Podemos dividir o preparo do solo em duas partes:
· Preparo primário – são as operações iniciais da camada do solo na qual se desenvolverão as
plantas, objetivando uma condição física e química melhor para o crescimento e desenvolvimento
das plantas. Essa operação, normalmente, é executada por arados, escarificadores, grades aradoras,
etc.
· Preparo secundário – refere-se ao nivelamento e destorroamento da camada de solo que já sofre o
preparo primário, a afim de que se tenha facilitada à semeadura; os equipamentos utilizados nesta
fase podem ser grades niveladoras, rolos destorroadores, enxadas rotativas, etc.
Atualmente a tendência, no que se refere ao preparo do solo,é o que muitos chamam de
preparo conservacionista, ou seja, o mínimo de mobilização do solo, utilizando escarificadores para
sua realização. Dessa forma, procura-se fazer numa mesma passada o preparo primário e
secundário; a fim de evitar problemas de erosão, tanto eólica, quanto hídrica, compactação
superficial e a desagregação total do solo, que, ocorre no preparo excesso do solo.
Outra modalidade de preparo do solo que visa obter uma maior economia de combustível e o
mínimo de preparo do solo vem a ser a semeadura direta, onde se faz a semeadura da planta apenas
com uma passagem de produtos químicos (dessecantes) e, em seguida faz-se a semeadura no solo
sem a necessidade de aração, gradagem, etc.
C) quanto à aplicação
realização das
operações iniciais de mobilização do solo. Como exemplo, arados, as grades aradoras,
escarificadores e subsoladores.
função
principal é nivelar e destorroar o solo mobilizado anteriormente. Como exemplo, grades
niveladoras, enxadas rotativas.
atização e conservação do solo: são as maquinas e
implementos agrícolas utilizados para realização dos trabalhos complementares de preparo do solo,
que vem, em muitos casos, também visar à conservação do mesmo. Como exemplo, sulcadores, as
lâminas, os rolos compactadores, etc.
14.1 – Arados
Sua função é realizar as funções primárias do preparo do solo, bom como controlar as
plantas que concorrerão com a cultura a ser implantada em termos de espaço, fertilidade, umidade e
luminosidade, e propiciar ao solo melhores condições de aeração, infiltração, armazenamento de
água e homogeneização da fertilidade. Os arados podem ser classificados segundo vários aspectos,
a seguir:
a) Quanto ao tipo:
coluna, devendo
apresentar facão ou sega circular.
possuindo roda
estabilizadora.
b) Quanto à fixação:
formando um
ângulo horizontal com a direção de deslocamento e ângulo vertical diferente de zero.
ângulo horizontal
com a direção de deslocamento e ângulo vertical igual à zero.
c) Quanto à reversibilidade
leiva apenas para a
direita.
os de ardo são reversíveis, movimentando a leiva tanto
para a direita quanto para a esquerda.
Arados de aivecas são caracterizados por uma superfície torcida, denominada aiveca, a qual
é responsável pela elevação, torção, fraturamento e queda com inversão parcial da leiva
previamente cortada pela relha. São formados basicamente pela relha, aiveca, sega rastro, coluna e
chassis.
– este componente tem por finalidade realizar o corte transversal da leiva de solo e iniciar a
elevação desta;
– tem por finalidade realizar em alguns casos o corte vertical e completar a reversão da
leiva de solo.
– este elemento é quem realiza o corte vertical da fatia de solo a ser invertido, ela tem a
finalidade de cortar a vegetação, quando existe uma grande quantidade de cobertura vegetal no solo
a ser preparado.
O arado de disco é formado pelos discos, cubo e coluna. É acoplado ao trator por meio dos
três pontos. Os discos são em números e tamanhos diferentes, apresentando o formato de uma
calota esférica, sendo sua função promover o corte, elevação e a mobilização lateral da leiva.
Podem ter a borda lisa ou recortada, neste caso, para facilitar o corte de restos vegetais que se
encontrem sobre a superfície do terreno.
A escolha do tipo e tamanho dos discos depende do tipo de solo e a quantidade de matéria
vegetal sobre o terreno; para solos arenosos são indicados os discos lisos. Já para solos mais duros,
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com raízes ou restos de culturas são indicados os discos com borda recortada por apresentarem
maior penetração no solo.
Junto à face interna do disco, encontram-se os limpadores de discos, de formato semelhante
de uma aiveca, cuja função é limpar o acumulo de solo nos discos e complementar o giro que a
leiva deve sofrer para que sua inversão parcial seja mais adequada. Na parte posterior do arado,
encontra-se a roda estabilizadora, que é um disco plano com a borda afiada deslocando-se pelo
ultimo sulco.
Ela também tem a função no seguinte sentido: levantando-se a roda estabilizadora, diminui-
se a pressão ou peso sobre ela e aumenta a pressão sobre os discos forçando-os a um maior
aprofundamento. Esse efeito é similar à sucção vertical dos arados de aiveca, o que é obtido
diminuindo-se a pressão sobre a roda que se encontra unida ao parafuso regulador desta roda.
Os arados de discos podem ser fixos ou reversíveis. Nos fixos a leiva de terra é jogada
apenas para o lado direito e possibilita apenas um sentido de aração. Nos arados reversíveis a leiva é
jogada tanto para a direita quanto para a esquerda, dependendo apenas que o operador ao manobrar
o trator, desloque o corpo do arado no sentido inverso.
Ilustração de como se faz uma aração usando o arado de discos fixo e o arado reversível.
uma vez que aumenta a infiltração de água, evita a erosão, diminui os gastos com tempo,
combustível, implementos, favorece a penetração das raízes, quebra a camada compactada evitando
a formação do chamado “efeito plástico”, etc.
Existem vários tipos de subsoladores com diferentes tamanhos e números de hastes. O
subsolador opera a uma profundidade superior a 30 cm, por isso, as hastes são mais reforçadas,
exigindo um esforço de tração maior, ou seja, um trator mais potente e mais robusto. Vários autores
recomendam a subsolagem em intervalos de três a cinco anos e somente quando a compactação
subsuperficial do solo exigir este tipo de tratamento, pois, caso contrario, poderá ocorrer prejuízos
ao solo, ao invés de benefícios.
Os subsoladores podem ser de engate de três pontos, arrasto, via controle remoto. A
estrutura do subsolador (chassi) é a peça na qual são acopladas as hastes do subsolador. Deve
permitir que se façam as regulagens de localização das hastes. Colocadas lateralmente ao chassi,
estão as rodas, normalmente de aço, sendo sua função permitir que o implemento trabalhe na
profundidade escolhida, isto é, regular sua profundidade de trabalho, deixando o sistema hidráulico
do trator livre, sem sobrecarga excessiva.
Em alguns casos, a segunda gradagem é substituída por uma ou duas gradagens leves. Em
todos os casos, a tendência é a formação de uma superfície ainda mais pulverizada e de um “pé-de-
grade” mais denso, que varia de acordo com o número de passadas do implemento e o teor de
umidade do solo. Na superfície pulverizada pode originar-se uma camada endurecida de 2 cm a 3
cm de espessura, prejudicando a emergência das plântulas e a infiltração da água no solo.
O trabalho com grades aradoras requer uma marcha mais lenta, originando uma velocidade
em torno de 5 a 6 km/h.
Normalmente as grades aradoras são tracionadas via barra de tração e usam o controle
remoto para que possa movimentá-las, uma vez que são excessivamente pesadas para serem
levantadas do solo através dos três pontos.
Dentre as utilidades das grades, podemos destacar a incorporação de adubos (orgânicos/químicos),
enterrio de sementes dispostas a lanço, destorroamento, desmatamento, nivelamento do terreno,
eliminação de plantas daninhas,etc.
Existem diferentes tipos de grade de discos e dentes, cabendo ao produtor identificar qual será mais
útil ao seu terreno, levando-se em conta a potência requerida pelo implemento para se adequar ao
trator adquirido .
14.1.5 Semeadoras
A semeadura consiste em colocar a semente no solo, de forma correta para que encontrem
condições favoráveis no solo para crescerem saudáveis e produtivas. Realizada de forma manual ou
com o auxílio de “matracas”, antigamente, hoje em sua quase totalidade a operação de semeadura e
adubação é feita de forma mecanizada com as semeadoras adubadoras.
OBS. No caso de máquinas e implementos agrícolas, o sufixo “ora” deve ser preferido. Em primeiro
devemos atentar para o seguinte: máquinas que semeiam sementes graúdas são chamadas de
plantadoras e maquinas que semeiam sementes miúdas de semeadoras. Na prática, esses termos
devem ser mais utilizados, deixando o termo “plantadora” reservado para designar maquinas que
dosam e colocam no solo partes vegetativas, tais como colmos (cana, mandioca), bulbos (alho),
tubérculos (batata), etc.
Assim, todas as máquinas que dosam e colocam “sementes” no solo são denominadas
semeadoras . As semeadoras de sementes graúdas ou de tamanho médio, como por exemplo, milho,
feijão, soja, são chamadas de “semeadoras de precisão”. As semeadoras de sementes miúdas, como,
trigo e arroz, são denominadas “semeadoras de fluxo contínuo”.
As cinco funções principais de uma semeadora-adubadora são:
Algumas culturas como milho, feijão, soja, sorgo, requerem uma maior precisão quanto à
regularidade e uniformidade de distancias entre plantas, ou seja, essas culturas em linha onde
variações nas distribuições de sementes entre e dentro das linhas de plantio, além da população
(plantas/há) , afetam a produtividade. Por isso essas culturas necessitam de uma implantação de
precisão exigindo, máquinas específicas para esse fim, as quais chamamos de semeadoras de
precisão.
De acordo com cada região o plantio com semeadoras de precisão pode ser feito de três
formas:
b) Semeadura no plano: é mais indicada quando as condições de solo são favoráveis.
c) Semeadura em camalhões: é utilizada em regiões onde a pluviosidade é elevada ou em áreas sob
irrigação, para melhorar a frenagem do solo.
a) Semeadura em sulcos: é utilizada para regiões semiáridas, para um maior aproveitamento da
umidade do solo, e uma maior proteção da ação dos ventos sobre a planta.
Semeadora adubadora com disco especifico de corte de palhada (plantio semi direto)