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Tecnologia assistiva

Produtos e serviços que ajudam a compensar limitações funcionais, facilitam a vida independente e permitem
que as pessoas com deficiência e idosos concretizem seu potencial. É indispensável para conseguir funcionalidade
e promover autonomia e independência. Variam de simples até muito sofisticadas.

Questão social

Está ligada a incapacidade Questão pessoal

Adaptações e acessibilidade

Implicações da tecnologia asssitiva: pessoais, familiares, serviços sociais e de saúde e sociedade.

ÓRTESE PRÓTESE
Correção ou auxílio Adição, aplicação e acessório
Aparelho ou dispositivo de uso externo, destinado a Componente artificial que servem para suprir
alinhar, prevenir e corrigir deformidades ou melhorar necessidades ou funções de indivíduos com sequelas
a função das partes móveis do corpo. por amputações, traumáticas ou não.
Indicações: restringir ADM, corrigir marcha ou Indicações: Amputações, promover independência
prevenir deformidades. funcional, autoimagem e auto estima e integração
social.

A prescrição é feita apenas por profissionais Contraindicações para uso de tecnologia assistiva:
habilitados
 Reações alérgicas
 Prescrição adequada  Hipersensibilidade
 Momento correto  Déficit cognitivo grave
 Quando suspender o uso  Retrações musculares importantes
 Interação com o processo de reabilitação  Aparecimento ou piora da dor
 Redução da função
 Desconforto emocional

Amputação:
Causas: Vasculares, tumorais e infecciosas: diabetes, vasculopatia, osteosarcomas; traumas; malformações
congênitas, acidades automobilísticos ou no trabalho, tromboses.

Epidemiologia: Maior amputação de membros inferiores


Idade: jovens em idade de produção e idosos por doenças vasculares
Sexo: masculino
Consequências: físicas, emocionais e sociais

Cirurgia:
Local da cicatriz:
 Terminais na parte anterior de membro inferior devido maior irrigação da parte posterior e maior
descarga de peso na parte mediana
 Mediana de membro superior pois a órtese será colocada em parte terminal
Cuidados: Preservação da pele
Retirada do periósteo e arredondamento da extremidade óssea para evitar formação óssea (espículas)
Corte do nervo proximal para evitar neuromas (processo cicatricial neural), dor fantasma, sensação
fantasma e formigamentos
Temperatura
Cor da pele
Distribuição dos pelos
Alteração sensitiva

Circulação: pode ser realizada hemostasia (união de artérias em vasos) para aumentar a irrigação da região ou a
cauterização (geralmente em distais de MMSS) para evitar hemorragias.

Tipos de tensionamento muscular:  Causa isquêmica:


 Mioplastia (junta agonista e antagonista) mioplastia e miofascial
 Causa não isquêmica:
 Miofascial (junta musculo com fáscia) miodese
 Miodese (junta músculo com osso)

Coto: deve ter comprimento ideal e formato cônico

Complicações: Neuromas (dor e sensação fantasma)


Infecções
Ulceração
Aderências
Edemas
Formato do coto
Luxação da fíbula

Níveis de amputação:
Membro inferior:
 Hemipelvectomia - retirada de parte do quadril, difícil uso de prótese
 Desarticulação de quadril - preservação da cabeça e colo do fêmur com descarga de peso na tuberosidade
isquiática
 Transfemural
 Desarticulação de joelho - preservação da patela, cicatrização na parte posterior
 Transtibial - pode ser proximal, medial ou distal. Quanto maior o coto, melhor
 Desarticulação de tornozelo
 Syme - amputação ao nível maleolar
 Parcial do pé
 Desarticulação de dedos do pé - ideal não perder a falange proximal do hálux pois afeta as fases da marcha
 Desarticulação metatarsofalangeana - retira todas as falanges do pé
 Lisfranc - retira-se as falanges e metatarsos, pode ter déficit de equilíbrio e tensionamento de cadeia
posterior (resulta em flexão plantar)
 Chopart - retira-se falanges, metatarso e tarso exceto tálus e calcâneo, grande descarga de peso no coto
(resulta em pé equino)
 Pirogoff - retira-se falanges, metatarso e tarso. Utiliza-se parte do calcâneo para osteossintese com a tíbia
Membro superior:
Desarticulação do ombro
Transumeral
Desarticulação do cotovelo
Transradial
Desarticulação do punho
Transcarpais

Amputação da mão:
Hemiamputação radial
Hemiamputação ulnar
Mão falângica (desarticulação da falange)
Mão metacarpiana (desarticulação dos metacarpos)
Fases da amputação:

Manter ADM, melhorar força e equilíbrio visando otimizar os membros


não amputados, fazer avaliação completa, manter capacidades
Pré- cardiorrespiratórias, treinar independência na AVD, leito e marcha,
educação em saúde sobre dor fantasma, prognostico, próteses, cirurgia.
operatório Ênfase na educação em saúde demonstrando a necessidade ou não da
amputação, os riscos e possíveis complicações
Treino de AVD e evitar imobilização

Equipe para preservação da pele, formato do coto, retirada do periósteo e


prevenção de espículas. Ed em saúde sobre a cirurgia, prevenir ulceras,
contraturas e deformidades, fortalecer e coordenar controle muscular em
24 a 48h após a cirurgia, fortalecer o membro não afetado, controlar o
edema, estimular e orientar transferências, fazer dessensibilização do
Trans- coto, estimular independência e orientar a orientação com auxílio de
marcha.
operatório: No momento da amputação: Escolha do nível da amputação, cicatrização
satisfatória de tecidos, remoção da parte lesionada, aspectos de
vascularização e sensibilidade, preservação do comprimento, melhora
funcional e adaptação de uma prótese funcional

Exercício de 24 a 48h após a cirurgia com exercícios voltados ao membro


residual, uso de meios auxiliares de marcha e locomoção
Preparo da alta: higiene, adaptação ambiental
Pós- Ed em saúde para cirurgia, fazer atividades q visam independência, apoio
multi, referência e contra referência, apoio familiar
operatório Posicionamento correto e compressão adequada para evitar edema
Alta responsável: paciente só recebe a alta quando a casa do mesmo está
adaptada para sua funcionalidade.

Identificar se o paciente quer ou não utilizar prótese, avaliação


criteriosa para identificar tipo de prótese adequada com o tipo da cirurgia,
coto e sinais de funcionalidade. Proporcionar máxima independência e
Pré- funcionalidade para a pessoa.
Levar em consideração cicatrização, encaminhamento para
protética reabilitação, controle do edema e continuidade de exercícios terapêuticos,
dor e sensação fantasma e medição do coto.
Sensação fantasma é toda sensação no membro amputado com exceção
da dor
A escolha da prótese depende do ambiente de uso, reabilitação
prévia, características funcionais, características fisicas, dominância,
preferências, cognição, motivação, recursos financeiros e aquidade visual
Optou por utilizar a prótese: durante 6 meses, cicatrização para receber a
prótese com trabalho em equipe para orientação nutricional, psicológica e
social (grupos de pessoas amputadas para apoio)
Orientar transferências, AVD e funcionalidade, cuidados com
encaixe e manutenção da prótese
Próteses mio elétricas necessitam de orientação para funcionamento ideal
da prótese em fase protética
Orientar o paciente que mesmo difícil a adaptação, a prótese será
útil e necessária - estimulo a persistência
O paciente é encaminhado para a prótese quando está adaptado a
prótese imediata, quando coto está modelado e dessensibilizado.
Paciente deve ter 3 cirtometrias iguais em 3 semanas para poder ser
encaminhado a confecção da prótese

Estimular funcionalidade, transferência, evitar compensação, treino


muscular e de AVD, higiene e manutenção da prótese, prevenir contratura
e deformidade global, evitar déficit de equilíbrio, analgesia
Processo de fornecimento da prótese → deve chegar em no máximo 2
meses
Uso correto da prótese: colocação, alinhamento, retirada e uso de
dispositivos
Protética Observação de sinais de problemas no ajuste e outras intercorrências
Equipe: autonomia, inclusão social, manejo de edema, limpeza do
coto, educação em saúde, referência e contra referência e
encaminhamentos para equipe multi.
Nível de atividade física e nutricional deve ser mantido
A validade da prótese depende da amputação, do tipo da prótese e
da marca
No CER, troca a cada 2 anos

Avaliação:
Avaliação multidisciplinar:
Anamnese, história antecedente, profissão e atividades significativas e prazerosas, aspectos
socioeconômicos, psicológicos e cognitivos, dominância manual e ambiente, nutrição, enfrentamento,
comunicação, expectativas do paciente, tempo entre diagnóstico e operação e complicações nas
diferentes fases.
Exame físico: ADM, força muscular, equilíbrio, postura, imagem corporal, atividade funcional e posição
viciosa, avaliação do sistema respiratório e circulatório, cicatrização, coto e exames de imagem
.
Para uma boa reabilitação é necessário equipe multi, atendimento individual e em grupo, aderência ao
tratamento, levar em consideração a visão do paciente, suporte social, independência funcional e
autonomia e monitoramento e reavaliação a cada ano

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