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Teste 2.

Almeida Garrett Sugestões de resolução

Teste 2 · Almeida Garrett (Dossiê do Professor, p. 202)

Grupo I
1. O excerto localiza-se no começo do segundo ato de Frei Luís de Sousa, momento do conflito
que corresponde às cenas iniciais da família no palácio de D. João de Portugal, para onde se
mudou depois do incêndio no de Manuel de Sousa Coutinho. Essa mudança determinará a
possibilidade de reencontro de D. João com a família, ao regressar a sua casa, e consequente
tragédia.

2.1. As palavras de Maria sugerem a aflição em que D. Madalena vive, com a lembrança contínua
de D. João de Portugal e da possibilidade de ele não ter morrido em Alcácer Quibir. Depois
do incêndio no palácio de Manuel de Sousa Coutinho e de entender como premonitória de
desgraça a destruição do retrato do segundo marido, mostra-se dominada pelas “imagens”
dos dois homens, a cujo destino se associa e que podem, igualmente, determinar o seu e o
da filha.

3. A expressividade e emotividade do discurso de Maria são conseguidas por meio das


interrogações que dirige a Telmo, das frases suspensas e das hesitações (marcadas pelas
reticências), das interjeições (l. 6) e do relato, em ritmo rápido, dos acontecimentos anteriores,
com inclusão de momentos de reprodução do discurso no discurso. Na sua segunda fala,
destacam-se ainda as exclamações denunciadoras da sua admiração por D. Sebastião.

4. Com base no excerto apresentado, Maria pode ser caracterizada como uma jovem culta, na
medida em que conhece figuras relevantes da política e da cultura; curiosa, pois insiste em
conhecer a identidade de uma das figuras retratadas; idealista, na medida em que perspetiva a
pátria a partir das figuras de D. Sebastião e de Camões; mística, pois acredita no regresso de
D. Sebastião; crente, na medida em que evoca Deus.1

5. Para Maria, as duas figuras simbolizam a grandeza de Portugal e, por conseguinte, a recusa de
um presente de submissão, na medida em que D. Sebastião simboliza a esperança, pois é o
rei, querido e admirado, cujo regresso haveria de conduzir Portugal à grandeza perdida;
Camões simboliza o herói aventureiro, representante do ideal de poeta e guerreiro. 1

1. In Critérios de Classificação – Prova Escrita de Português, 12.º ano, 2014, 1.ª fase, IAVE

Grupo II
1. Cavaco Silva reflete sobre a República, enquanto regime político com características próprias
(ll. 1-8), associando-lhe a abordagem de subtemas como as crises nacionais (l. 13), os desafios
económicos e sociais do país (ll. 14-15), a insatisfação dos portugueses face ao regime
republicano em que vivem (ll. 19-21), decorrente do incumprimento de promessas dos políticos
(ll. 26-30), e o “desafio da responsabilidade cívica” (l. 34), em particular dos “jovens” (l. 38).

2. A repetição da expressão “Numa República” no início dos parágrafos dois a quatro e retomada
no início do penúltimo parágrafo, juntamente com o recurso à oposição “Todos”/”ninguém” (ll. 3,
5, 7 e 44), a utilização da primeira pessoa do plural (“Comemoramos”, l. 1, “procedermos”,
l. 16...) e o uso do vocativo (l. 22).

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3. Resposta pessoal, destacando a inclusão, no regime republicano, de cada cidadão num todo,
para o qual contribui, mas com o qual partilha todas as conquistas e/ou insucessos.

4.1. (D); 4.2. (C); 4.3. (B); 4.4. (A)

5. “embora existam sinais de esperança” (ll. 13-14). Oração subordinada adverbial concessiva.

6. Complemento do nome e vocativo, respetivamente.

7. “Comemoramos”, “hoje”, “nossa”, “nos”, “orgulhamos”.

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