Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sistemas de
Tratamento de
Efluentes Gasosos
Partículas
Controle das Emissões Industriais
Partículas
As emissões de material
particulado tanto de fontes
antropogênicas quanto naturais não
apresentam partículas de um único
tamanho. Em vez disso, são
compostas de partículas com uma
faixa de tamanho relativamente
ampla.
• proteção ambiental;
• atender a legislação;
Objetivos
• recuperação de material;
• proteção de equipamentos.
➢ ciclones;
➢ filtros de manga;
➢ lavadores de gás;
➢ precipitadores eletrostáticos.
Princípio Básico de Funcionamento
Gás +
Partículas Separador "Gás Limpo"
Partículas
Removidas
Eficiência Global
Co − Cs n
T (%) = .100 T (%) = dpi .fdpi
Co n =1
Eficiência Fracionária
C dp − C dpi
dpi (% ) = o dpi s .100
i
Co
sendo:
Co - taxa de particulado alimentada ao separador;
Cs - taxa de particulado na saída do separador;
Codpi - taxa de particulado com diâmetro dpi na entrada;
Csdpi - taxa de particulado com diâmetro dpi na saída;
fi - fração em massa de particulado com diâmetro dpi.
Mecanismos de Coleta
Os principais mecanismos de coleta que governam o controle da
emissão de material particulado são:
✓ Impactação inercial
Mecanismos
✓ Interceptação básicos
✓ Movimento browniano (difusão)
A coleta de uma partícula
✓ Atração eletrostática pode ocorrer devido ao
efeito individual de um
✓ Sedimentação gravitacional desses mecanismos ou
✓ Ação da força centrífuga pela combinação deles.
Impactação Alvo
Interceptação Alvo
Difusão Alvo
Velocidade da partícula
em relação ao gás
A força de arrasto (Farrasto) para partículas esféricas é dada pela seguinte expressão:
dp – diâmetro da partícula;
gás – massa específica do gás;
𝜋. 𝑑𝑝2 . 𝜌𝑔á𝑠 . 𝑣𝑝2 . 𝐶𝐷 vp – velocidade da partícula;
𝐹𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠𝑡𝑜 = CD – coeficiente de arrasto.
8
O coeficiente de arrasto (CD) para partículas esféricas é influenciado pelo regime de fluxo do
gás ao redor da partícula. O número de Reynolds da partícula, NREP, é usado como um indicador
do regime de fluxo e, assim como o número de Reynolds do fluido, é um adimensional. O
número de Reynolds da partícula é uma função da massa específica do gás (ρgás), da
viscosidade do gás (μ), do diâmetro da partícula (dp) e da velocidade da partícula (vp) em
relação ao fluxo de gás em que ela está suspensa, conforme a expressão abaixo:
𝜌𝑔á𝑠 . 𝑣𝑝 . 𝑑𝑝
𝑁𝑅𝐸𝑃 =
𝜇
Dinâmica da Partícula
Laminar (NREP < 1,0) Transiente (1,0 < NREP < 1000) Turbulento (NREP > 1000)
24 24 4
𝐶𝐷 = 𝐶𝐷 = +3 𝐶𝐷 = 0,44
𝑁𝑅𝐸𝑃 𝑁𝑅𝐸𝑃 𝑁𝑅𝐸𝑃
Dinâmica da Partícula
A força resultante experimentada por uma partícula (com massa igual a mp) localizada em
um fluxo gasoso, se movendo em uma direção com uma velocidade vp em relação ao gás, é
igual à soma de todas as forças que atuam sobre ela. Essas forças incluem: arrasto, empuxo
e uma ou mais forças externas (como gravidade, centrífuga e eletrostática).
Nesse caso, a lei do movimento de Newton pode ser escrita da seguinte forma:
𝑑𝑣
𝐹𝑟𝑒𝑠𝑢𝑙𝑡𝑎𝑛𝑡𝑒 = 𝑚𝑝 . = 𝐹𝑒𝑥𝑡𝑒𝑟𝑛𝑎𝑠 + 𝐹𝑒𝑚𝑝𝑢𝑥𝑜 + 𝐹𝑎𝑟𝑟𝑎𝑠𝑡𝑜
𝑑𝑡
Quando todas as forças que atuam sobre uma partícula esférica estão equilibradas, a partícula
atinge sua velocidade terminal, ou seja, a soma de todas as forças é zero (não há aceleração).
Para os casos nos quais apenas as forças gravitacional e de arrasto estão presentes, a velocidade
terminal da partícula (vt) é dada em função do regime de fluxo do gás ao redor da partícula, por:
O regime de fluxo do gás ao redor da partícula pode ser determinado pela seguinte equação:
Quando as partículas são muito pequenas, de forma que o seu tamanho se aproxima ao percurso
livre das moléculas do gás (), a força de arrasto sobre elas é menor que aquela proposta pela Lei
de Stokes.
Para corrigir esse efeito, um fator conhecido como fator de correção de Cunningham ou fator de
deslizamento (C) é introduzido na Lei de Stokes, o qual pode ser estimado pela correlação
empírica dada a seguir:
𝑔. 𝜌𝑃 . 𝑑𝑃2 . 𝐶 𝜆 𝑑
−0,55 𝑃
𝑣𝑡 = 𝐶 =1+2 1,257 + 0,4𝑒 𝜆
18. 𝜇 𝑑𝑃
Ar – 1 atm
dP (m)
Observação: este fator tem maior efeito quando o diâmetro da partícula é inferior a 1 m.
Principais Fatores Observados na Escolha de um Separador
consumo de energia;
custo do investimento;
concentração de partículas;
grau de eficiência desejado;
temperatura do fluxo gasoso;
toxicidade do material particulado;
custos de manutenção e operação;
distribuição granulométrica das partículas;
propriedades física e química do particulado;
periculosidade das partículas (explosão e incêndio).
Equipamentos de Controle da Emissão de Particulados
Entrada do
gás sujo
Saída do gás
“limpo”
Coletores de pó
Ação da gravidade sobre
as partículas
✓ Câmara de Sedimentação Gravitacional:
Principais dimensões
Gás L Gás
sujo H
limpo
✓ Câmara de Sedimentação Gravitacional:
Para entender o princípio que governa a coleta das partículas em
uma câmara gravitacional, vamos considerar o esquema abaixo:
L
Gás vx = vgás L Gás
sujo H
H limpo
vy = vt h
h
d =
Pi
H
Vcâmara L.B.H L Q B
t res = = = v gás =
Q Q vgás B.H
L
Assim:
L h vt .t res vt .L
h = vt .tres = vt . d = = =
vgás Pi
H H vgás .H
✓ Câmara de Sedimentação Gravitacional:
h vt .t res vt .L
Dado que: d = = =
Pi
H H vgás .H
E considerando a velocidade
terminal para cada regime:
𝑔. 𝜌𝑃 . 𝑑𝑃2
Regime laminar (Lei de Stokes) 𝑣𝑡 =
18. 𝜇
𝑔. 𝑑𝑃 . 𝜌𝑃
Regime turbulento 𝑣𝑡 = 1,74
𝜌𝑔á𝑠
✓ Câmara de Sedimentação Gravitacional:
2 2
Regime laminar 𝑑𝑃𝑖 . 𝜌𝑃 . 𝑔. 𝐿 𝑑𝑃𝑖 . 𝜌𝑃 . 𝑔. 𝐵. 𝐿
𝜂𝑑𝑃𝑖 = ou 𝜂𝑑𝑃𝑖 =
(Lei de Stokes) 18. 𝜇. 𝑣𝑔á𝑠 . 𝐻 18. 𝜇. 𝑄
Regime laminar
2
𝑑𝑃𝑖 . 𝜌𝑃 . 𝑔. 𝐵. 𝐿 ∗ 18. 𝜇. 𝑄
𝜂𝑑𝑃𝑖 = 𝑑𝑃𝑖 =
(Lei de Stokes) 18. 𝜇. 𝑄 𝜌𝑃 . 𝑔. 𝐵. 𝐿
0,254 0,377
0,153. 𝑔0,71 . 𝜌𝑃0,71 . 𝑑𝑃𝑖
1,14
. 𝐵. 𝐿 ∗
𝑄 0,88 . 𝜌𝑔á𝑠 .𝜇
Regime transiente 𝜂𝑑𝑃𝑖 = 0,29 0,43 𝑑𝑃𝑖 =
𝜌𝑔á𝑠 .𝜇 .𝑄 0,193. 𝑔0,623 . 𝜌𝑃0,623 . 𝐵 0,88 . 𝐿0,88
0,5 0,5 2
1,74. 𝑔0,5 𝑑𝑃𝑖 . 𝜌𝑃 . 𝐵. 𝐿 𝜌𝑔á𝑠 𝑄
𝜂𝑑𝑃𝑖 = ∗
Regime turbulento 0,5 𝑑𝑃𝑖 = 0,33. .
𝜌𝑔á𝑠 .𝑄 𝑔. 𝜌𝑃 𝐵. 𝐿
Portanto: ∗
Se: 𝑑𝑃𝑖 > 𝑑𝑃𝑖 d = 100%
Pi
✓ Câmara de Sedimentação Gravitacional:
Vantagens:
• baixos custos de construção, manutenção e operação;
• necessita de pouca manutenção;
• apresenta baixa perda de carga;
• a coleta e a disposição do material particulado se dão a seco;
• limitações para T e P impostas apenas pelo material construtivo.
Desvantagens:
• baixa eficiência de coleta;
• ocupa grande espaço.