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São Luís
2020
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RESUMO
A infecção aguda pelo Toxoplasma gondiiem gestantes pode determinar infecção fetal
através da passagem transplacentária. As crianças afetadas podem desenvolver
coriorretinite e déficit neurológico, na ausência de tratamento adequado. Com o
objetivo de discutir a produção científica relacionada ao diagnóstico, tratamento e
prevenção da toxoplasmose congênita, foi realizada uma revisão bibliográfica, que
utilizou a base de dados eletrônica SCIELO que contém artigos indexados específicos
da área de saúde. A partir dos descritores toxoplasmose, toxoplasmose congênita,
diagnóstico, foram encontrados artigos, que corresponderam a todos os critérios de
inclusão e foram apresentados na sequência da revisão de literatura. O tratamento se
diversifica de acordo com o período gestacional e baseia-se na administração de
espiramicina, podendo ou não ser alternado sulfadiazina, pirimetamina e ácido
fólinico, tendo como objetivo diminuir as sequelas para o recém-nascido. Conclusão:
Assim, entende-se que para o diagnóstico das infecções agudas a triagem sorológica
é a mais indicada e para tratamento, uma vez detectada a soroconversão na grávida,
deve ser imediatamente iniciada terapêutica com espiramicina.
1 Artigo apresentado à Instituição Ana Neri Educação Profissional para Curso Técnico Em Análises
Clínica para obtenção de Grau Técnico.
2 Docente da Instituição Ana Neri Educação Profissional
Discentes da Instituição Ana Neri Educação Profissional
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1 INTRODUÇÃO
A elaboração deste trabalho justifica-se pela necessidade de normatizar a abordagem
diagnóstica e terapêutica da doença aguda no período gestacional ou de
toxoplasmose. Portanto, foi realizado este estudo com objetivo de buscar na literatura
fatores referentes à prevenção, diagnóstico e tratamento da toxoplasmose congênita,
além disso, buscar contribuições para a realização de uma assistência otimizada às
pacientes em gestação.
Os principais objetivos desse trabalho são identificar as gestantes suscetíveis
à toxoplasmose, visando a adoção de medidas de prevenção primária e detectar
precocemente os casos de toxoplasmose aguda na gestação, a fim de proporcionar o
tratamento adequado com o objetivo de prevenir a transmissão fetal.
Trata-se de uma revisão bibliográfica, realizada em periódicos relacionados
à saúde. Foram encontrados artigos relacionados ao tema a partir de todos os
descritores. Os descritores usados foram: toxoplasmose; toxoplasmose congênita e
diagnóstico. Sendo assim, foram selecionados artigos com estudos relevantes sobre
o tema. Foi considerada para o levantamento das publicações, a base de dados
eletrônica Scientific Electronic Library Online (SCIELO), onde buscou-se por artigos
originais publicados em periódicos científicos que corresponderam ao tema proposto.
2 TOXOPLASMOSE CONGÊNITA
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esse risco varia de acordo com a idade gestacional em que a mulher adquiriu a
infecção, sendo menor no primeiro trimestre e maior no terceiro trimestre gestacional.
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3 PREVENÇÃO
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toxoplásmica, esta pode ser uma estratégia alternativa, mas se torna indispensável
em regiões com elevada prevalência (MIORANZA et al., 2008).
No Brasil, a triagem pré-natal é sugerida como política pública não
obrigatória devido à elevada prevalência de toxoplasmose materna (superior a 40%),
sendo oferecida gratuitamente em algumas regiões, com experiência isolada e
protocolos próprios, mas sem uniformidade nas ações, como nos estados de Mato
Grosso do Sul, minas Gerais, São Paulo e Goiás e nas cidades de Curitiba, no Paraná,
e Porto Alegre, no Rio Grande do Sul (LOPES-MORI et al., 2011).
A triagem neonatal é classificada como alternativa prática e de baixo custo
quando a incidência da infecção primária na gestante é baixa. Essa alternativa foi
adotada na Dinamarca e em outros países com o objetivo de identificar os recém-
nascidos infectados e tratá-los precocemente. Na Dinamarca, a presença de IgM
neonatal por captura identificou 70-80% dos casos de infecção congênita. Em estudos
recentes, as duas abordagens, triagem pré-natal e neonatal, têm sido comparadas,
na tentativa de buscar relação custo-benefício favorável em regiões com alta
prevalência da infecção (REIS; TESSARO; D’AZEVEDO, 2006).
Porém, de acordo com Lopes-Mori el tal. (2011) a triagem neonatal, quando
adotada como medida única, é responsável apenas pelo tratamento do neonato,
deixando de tratar a mãe, mas esta estratégia, quando acrescentada à triagem
materna, torna-se uma ferramenta favorável para ambos.
4 DIAGNÓSTICO
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o feto e por consequência o número de sequelas nos casos em que a infecção intra-
uterina já ocorreu. Com o objetivo de disponibilizar tratamento apropriado para todas
as crianças com risco de embriopatia pelo toxoplasma, diagnóstico definitivo da
infecção congênita é obrigatório e deve ser prontamente realizado (CASTRO etal.,
2001).
As ocorrências da toxoplasmose congênita podem mostrar-se ao
nascimento, durante a infância, ou até mesmo vários anos mais tarde (nesses casos,
geralmente a retinocoroidite). Desta forma, sugere-se que os lactentes nascidos de
mães com comprovada ou provável infecção toxoplásmica sejam monitorados, no
mínimo, por um ano, com avaliação clínica (incluindo avaliação oftalmológica e
neurológica) e testes sorológicos periódicos (FIGUEIRÓ-FILHO et al., 2005).
Segundo Castilho-Pellosoet al. (2005) o diagnóstico laboratorial
representa um desafio para os profissionais de saúde envolvidos na assistência à
gestante e ao concepto com suspeita de infecção pelo T. gondii. Além da
complexidade de interpretação de marcadores de fase aguda, as modernas técnicas
laboratoriais nem sempre estão à disposição nos serviços de saúde pública do país.
O exame da placenta auxilia também no diagnóstico de toxoplasmose
congênita quando há o isolamento do T.gondii ou na presença de alterações
histopatológicas sugestivas de infecção como reação inflamatória crônica (infiltrado
de linfócitos) na decídua e reações focais nos vilos. Com o propósito de confirmar o
diagnóstico de toxoplasmose congênitasão foram adotados alguns critérios como: IgM
específica para toxoplasmose positiva; e/ou IgG específica para toxoplasmose sem
declínio ou em ascensão após o terceiro mês de vida; e/ou IgG persistentemente
positiva após o 12° mês de vida da criança, sem antes apresentar declínio; e/ou sinais
e sintomas sugestivos de infecção congênita pelo T. gondii (coriorretinite, hidrocefalia,
calcificação cerebral) (PESANHA TM et al.,2011).
5 TRATAMENTO
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6 CONSIDERAÇOES FINAIS
REFERÊNCIAS
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REIS, Myrian Morussi; TESSARO, Maria Madalena; D’AZEVEDO, Pedro Alves. Perfil
sorológico para toxoplasmose em gestantes de um hospital público de Porto alegre.
Rev. Bras. Ginecol. Obstet., Rio de Janeiro, v. 28, n.3, mar. 2006. Disponível em
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0100_72032006000300004&
Ing=pt&nrm=isso.
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