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MUDANÇAS NO DIAGNÓSTICO

No final do século XIX -> 1 ° grande classificação Psiquiátrica= Parafilias = (Práticas, excitações
e imaginações sexuais parafílicas) = Fora do que deveria acontecer. Era incluído entre as
parafilias a sexualidade na velhice e na infância.

Para Krepplyn a sexualidade era considerada uma doença, um delírio, um impulso irracional
que era próprio de um grupo de pessoas... Os escravos!

Existiram outros diagnósticos que antes eram tidos como transtornos e hoje não existe mais,
como o transtorno ferroviário.

• Transtorno da personalidade múltipla


• A histeria na época de Freud
• Depressão, que antes atingia a 2% da população e hoje em dia acomete 1 a cada 4
pessoas ao longo da vida.
O quadro das chamadas doenças mentais variam de acordo com o contexto -> Alguns
diagnósticos aparecem e desaparecem, outros vão mudar de nome, no caso da
Psicose maníaco depressivo ( Transtorno bipolar).

Pessoas que hoje não tenham algum tipo de transtorno, amanhã poderá vir a ter ->
Vamos incorporando o vocabulário Psiquiátrico em nossas vidas e isso não tem poucas
consequências.

Mudanças no DSM.

Em 1980 -> Com o SURGIMENTO DO DSM-III -> Essa mudança foi fundamental. Até o
final da II guerra mundial Psicopatologia era fundando numa certa concepção do
sofrimento psíquico ,como uma espécie de dilaceração interna, vivido como um
conflito, um enigma a ser decifrado. Todo sintoma era considerado signo de alguma
coisa, eles tinham uma significação, remetia a alguma na trajetória singular daquele
indivíduo e sua relação com o meio. Tratar do sintoma era buscar entender os
motivos. que levavam aquela pessoa ao sofrimento presente -> Esse paradigma se
devia a influência de Freud, no século XIX, a influência da Fenomenologia ao longo
dessa primeira metade do século XIX, e a ausência de terapias biológicas.

• Em 1950 SURGIU O PRIMEIRO REMÉDIO ANTI-PSIQUIÁTRICO = Coopromazina.


(Antes disso nenhum medicamento específico psiquiátrico havia.)
• Terapia pela fala,terapia de base Psicossocial ( era o que havia de tratamento
terapêutico).
• Em 1952 -> SURGIMENTO DA PSICOFARMACOLOGIA-> Uma mudança radical, até
então, o impacto dos psicofármacos só tem feito aumentado.
A INDÚSTRIA FARMACÊUTICA é uma áreas da economia mais lucrativa. Teve um
impacto poderoso na mudança de paradigma da Psicopatologia da Psiquiatria.
Outro elemento fundamental -> A CRISE DE LEGITIMIDADE DA PSIQUIATRIA -> Anos
60/70
Por um lado a falta de consenso dos Psiquiatras. -> Cada escola tinha um sistema de
classificação. Isso dificultava estabelecer pesquisas multiterapêuticas. A
confiabilidade dos diagnósticos psiquiátricos comparados ao diagnóstico médico
eram muito baixas. -> Eram os tipos de críticas que se faziam a Psiquiatria nos anos 60
/ 70.
Outro ponto -> Os Psiquiatras, que até os anos 50, trabalhavam dentro de asilos, com
condições toscas de tratamento, ou nos consultórios, fazendo Psicoterapia,
começaram a sofrer a concorrência de outros de outros profissionais ( Psicólogos,
assistentes sociais.) Pessoas que também eram capazes de fazer Psicoterapia, NÃO
PODIAM MEDICAR, mas os médicos também não medicavam muito. Houve uma
espécie de GUERRA DE MERCADO.
A partir disto, os Psiquiatras, para definir o seu terreno, criaram um SISTEMASE
CLASSIFICAÇÃO DE DIAGNÓSTICO MAIS CONFIÁVEL E MAIS APROPRIADO PARA
PESQUISAS, PARA DIFUSÃO DO CONHECIMENTO DIAGNÓSTICO, varrendo as
influências da Psicanálise e da Fenomenologia, e fazendo vir á tona um SISTEMA DE
CLASSIFICAÇÃO, que é o que temos hoje, BASEADO NA IDEIA DE QUE SINTOMA SÃO
SINAIS. Não importa o sentido do sintoma, ele é agrupado em um conjunto, e esse
conjunto significa UMA REFERÊNCIA A UM DIAGNÓSTICO, chamado TRANSTORNO.

A IDEIA DO DSM era permitir uma linguagem. Em comum entre todos os Psiquiatras,
e isso fez com que eles avançassem uma ideia de fazer um sistema classificatório que
não iria se perguntar sobre a causa dos transtornos, iriam fazer um conjunto de
rótulos. O que permitiria essa linguagem universal.. Ao longo das décadas houve uma
ênfase maior na versão da psiquiatria, o diagnóstico ateórico tornou-se uma espécie
de fundamento para uma psiquiatria biológica que hoje é a versão ergemônia.

Houve muitas consequências na versão do DSM-III já passou por uma revisão em


1987, depois o DSM-IV em 1994, uma revisão em 2000 e agora a elaboração do
DAMS-V. Com essa mudança o número de diagnóstico explodiu:
• DSM-I -> 160 Diagnósticos
• DSM-IV / V -> Tem 374/375 diagnósticos
O número de diagnóstico tende a aumentar...
A ideia de Psicologia, o estudo de sofrimento psíquico, perdeu aquela perspectiva
fenomenológica, a análise da experiência de está deprimido, a análise da causa do
sintoma.

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