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São Luis
2019
MELYSSA DA SILVA MESQUITA
São Luis
2019
MELYSSA DA SILVA MESQUITA
BANCA EXAMINADORA
Com muita alegria, agradeço e ofereço este trabalho gratificante a todos que
diretamente ou indiretamente participaram dessa etapa de minha vida.
MESQUITA, Melyssa. A Importância da higienização correta das mãos no centro
cirúrgico: Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório. 2019. 43 folhas. Trabalho
de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Faculdade Pitágoras, São
Luis-MA, 2019.
RESUMO
ABSTRACT
Hand hygiene is recognized as the first evidence for the prevention of cross infection,
is considered the single most important action to control these infections in health care.
This study aimed to: describe the aspects involved in hand hygiene in the chain of
transmission of hospital infection Identify and compliance with hand hygiene of nursing
professionals. This study used the methodology as a descriptive and quantitative
literature review of publications released during the period 2007 to 2019. The survey
was conducted on electronic databases, LILACS, SciELO, consulted through the
website of the Virtual Health Library (VHL) and the portal of the ministry of health.
Manuals were also used ANVISA. Data collection was performed during the months of
August to October 2019. We considered the following inclusion criteria: Articles
relevant to the subject to achieve the proposed objectives and the key words described
below. Exclusion criteria were books and articles that did not correspond with the
proposed theme, with repetitive or issues that were not released in English or
Portuguese language.
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14
2. A HIGIENIZAÇÃO/ANTISSEPSIA DAS MÃOS COMO MÉTODO IMPORTANTE
NO CENTRO CIRÚRGICO – ENFERMAGEM CIRÚRGICA .................................... 17
3. A EQUIPE DE ENFERMAGEM NA MINIMIZAÇÃO DE INFECÇÕES NO SÍTIO
CIRÚRGICO E DIMINUIÇÃO DE PATÓGENOS NA SALA DE CIRURGIA............. 22
4. IDENTIFICAR AS CONSEQUÊNCIAS DA LAVAGEM INCORRETA DAS MÃOS
NO CENTRO CIRÚRGICO E DEMOSTRAR A TÉCNICA DA HIGIENIZAÇÃO NO
PRÉ-OPERATÓRIO .................................................................................................. 27
5. CONSIDERAÇOES FINAIS---------------------------------------------------------------------40
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
14
1. INTRODUÇÃO
A cirurgia sob o olhar dos pacientes representa uma invasão de sua intimidade,
devido a exposição ao qual são submetidos, seu corpo se transforma num objeto de
estudo e realização de intervenção para toda a equipe cirúrgica, sendo esta exposição
uma característica para que o mesmo gere ansiedade, crise emocional até gerar
conflitos com a equipe que o assiste. Por esse olhar de exposição que o cliente é
submetido que, juntamente com a humanização o enfermeiro irá inclui no seu
24
b) Incisão Profunda:
Figura 2 – Incisão Profunda.
c) Órgãos e Cavidade:
Figura 3 - Órgãos e Cavidade
Dado as definições dos tipos de infecções de sítio cirúrgico e onde elas estão
situadas é possível traçar medidas profiláticas para a prevenção das mesmas e dar
importância para a profilaxia por meio da lavagem correta das mãos como primeira
medida preventiva, visto que estas estarão em contato direto com o paciente e local
da incisão cirúrgica, ou melhor definindo, sítio cirúrgico.
A utilização das mãos na assistência em saúde é a tecnologia leve mais
utilizada para a realização do ato cirúrgico e todas as atividades laborais dos
profissionais de saúde, é necessário que as mesmas mantenham-se sempre limpas e
higienizadas, seja antes do ato cirúrgico, seja na manipulação deste paciente e seja
no pós-operatório com os cuidados gerais com a Ferida Operatória (FO) e demais
cuidados necessários.
Taylor, (et al., 2007), sobre a equipe de saúde e a higienização correta das
mãos, relata que:
Ainda que a equipe de saúde tenha total conhecimento sobre o quanto é
importante e a necessário uma boa higienização nas mãos, estudos revelam que
infelizmente está técnica considerada simples ainda não é aderida corretamente pelos
profissionais não sendo realizado com frequência. O ideal não é substituir a lavagem
das mãos somente pelo uso de luvas, pois elas não garantem totalmente a proteção
contra organismos infecciosos e não eliminam a necessidade de higienizar
manualmente as mãos, o calor e a umidade provocada pelas luvas faz com que crie
um local apropriado para a multiplicação de bactérias, sendo indispensável à
higienização correta das mãos antes e após o uso das luvas (TAYLOR, et al., 2007).
Observa-se que existem alguns pensamentos enraizados na relação a
higienização das mãos, Costa (2011, p. 20) como por exemplo, “o aumento de
atividades em hospitais e postos de saúde, crença dos profissionais por pensar que
somente com a utilização das luvas irá garantir sua proteção e a do cliente, situações
de emergência e quantidade insuficiente de profissionais atuando”.
A morte é uma das piores consequências de Infecções de sítio cirúrgico, bem
como sepse e choque séptico. Trata-se de consequências evitáveis, principalmente
pela higienização correta das mãos. O paciente do centro cirúrgico é um paciente
delicado, não menos importante que os demais, porém necessita de um olhar vigilante
durante toda sua trajetória nos estabelecimentos de saúde, bem como também em
32
sua alta, pois seguindo critérios, as infecções podem ser hospitalares mesmo o
paciente não estando internado.
Para isso o Ministério da Saúde, Brasil (1998, p. 133), traz infecção hospitalar
definida como:
Qualquer infecção adquirida após admissão do paciente no hospital e que se
manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a
internação ou com os procedimentos hospitalares. São também consideradas
hospitalares aquelas infecções manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas da
internação, quando associadas a procedimentos diagnosticados e/ou terapêuticos
realizados depois da mesma.
Compreende-se que o sítio cirúrgico é necessário de muita atenção por parte
da equipe de enfermagem, bem como dos demais profissionais que mantem contato
direto e indireto com os pacientes cirúrgicos, além do mais, é parte da assistência
prezar por ações de qualidade, e isso perpassa pela consciência da higienização das
mãos sempre que for realizar um procedimento com o paciente, mesmo que simples,
até a consciência de que a higienização no pré-operatório deve ser realizada em 100%
da técnica.
Com o auxílio da escovinha friccione sob as unhas, este material deve ser de
cerdas macias e de uso descartáveis com antisséptico ou não.
Figura 10 - Etapa 4 Higienização das mãos no pré-operatório.
Desligue a torneira, caso não apresente sensor, realize seu fechamento com o
cotovelo, joelho ou pés.
Figura 14 - Etapa 8 Higienização das mãos no pré-operatório.
Para que se tenha um bom resultado durante a lavagem das mãos, deve se
fazer o uso adequado de água, para tanto, deve-se usar componentes fundamentais
como produtos químicos antissépticos que apresentam substancias antimicrobianas
que são adicionados sobre a pele, sendo o sabão liquido, álcoois, compostos de iodo,
clorohexidina, triclosan, estes atuam removendo a flora microbiana que colonizam nas
camadas superficiais da pele (SILVA et al 2008 p.4 ).
O procedimento de higienização das mãos tem relação direta com a redução
significativa das infecções nos hospitais. As evidências de estudos experimentais e
não experimentais afirmam que o ato de higienização das mãos com uma técnica
adequada é a principal responsável pela redução do risco de infecção (Goulart; Assis;
Souza, 2011).
As instituições de saúde têm a responsabilidade de fornecer capacitação
periódica a todos os profissionais de saúde sobre a importância e utilizando a
abordagem “Meus 5 Momentos para a Higiene das Mãos”, bem como técnicas
adequadas (Brasil, 2013).
Toda pessoa doente apresenta-se com seu estado imunológico prejudicado,
por isso os microorganismos tornam uma ameaça constante às infecções. Portanto,
se o profissional de saúde utiliza jóias, anéis, pulseiras, relógios e unhas longas, o ato
de higienizar as mãos para a remoção de bactérias tornará invalido, pois estes objetos
são considerados verdadeiros alojamentos que abrigam milhões de microorganismos
responsáveis por doenças infecciosas, assim dando continuidade a multiplicação e
transmissão de bactérias (MARTINEZ et al 2009).
As evidências mostram que a higienização das mãos no ambiente hospitalar
e em todos os setores da saúde, especialmente o centro cirúrgico, como trata este
estudo, traz benefícios irreparáveis para o cliente que procura este serviço, bem como
mostra o comprometimento da equipe com seu serviço prestado em qualidade. Desta
maneira, tratar da higienização como prevenção de Infecções do Sítio Cirúrgico e
demais infecções é necessário para que se propague a informação, bem como
demostrar a técnica utilizada, pois não haveria êxito se só houvesse a explanação do
conteúdo e não houvesse a demonstração de como o fazer.
40
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
5. REFERÊNCIAS
BARRETO, Regiane Aparecida dos Santos Soares et al. Higienização das mãos: a
adesão entre os profissionais de enfermagem da sala de recuperação
pósanestésica. Rev. Eletr. Enf., 2009.
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operatória das mãos. Rev. cir. traumatol. buçomaxilo-fac. [Internet]. 2011 Jul-Set
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