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MELYSSA DA SILVA MESQUITA

A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO CORRETA DAS MÃOS


NO CENTRO CIRÚRGICO: ANTISSEPSIA CIRÚRGICA OU
PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO

São Luis
2019
MELYSSA DA SILVA MESQUITA

A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO CORRETA DAS MÃOS


NO CENTRO CIRÚRGICO: ANTISSEPSIA CIRÚRGICA OU
PREPARO PRÉ-OPERATÓRIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Enfermagem.

Orientador: Mariana Silva

São Luis
2019
MELYSSA DA SILVA MESQUITA

A IMPORTÂNCIA DA HIGIENIZAÇÃO CORRETA DAS MÃOS NO


CENTRO CIRÚRGICO: ANTISSEPSIA CIRÚRGICA OU PREPARO
PRÉ-OPERATÓRIO

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à


Faculdade Pitágoras, como requisito parcial
para a obtenção do título de graduado em
Enfermagem.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)


AGRADECIMENTOS

Primeiramente agradecemos a Deus por estar sempre conosco, nos capacitando,


dando força, saúde e sabedoria para concluirmos mais uma etapa de nossas vidas.

Meus agradecimentos aos amigos, companheiros de trabalhos e irmãos na amizade


que fizeram parte da minha formação e que vão continuar presentes em minha vida.

Com muita alegria, agradeço e ofereço este trabalho gratificante a todos que
diretamente ou indiretamente participaram dessa etapa de minha vida.
MESQUITA, Melyssa. A Importância da higienização correta das mãos no centro
cirúrgico: Antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório. 2019. 43 folhas. Trabalho
de Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Faculdade Pitágoras, São
Luis-MA, 2019.

RESUMO

A higiene das mãos é reconhecida como a primeira evidência de prevenção da


infecção cruzada, é considerada a ação isolada mais importante no controle dessas
infecções nos serviços de saúde. Este estudo teve por objetivos: descrever os
aspectos que envolvem a higienização das mãos na cadeia de transmissão de
infecção hospitalar e Identificar a adesão da higienizarão das mãos dos profissionais
de enfermagem. Esse estudo utilizou como metodologia uma revisão bibliográfica
descritiva e quantitativa das publicações lançadas no período de 2007 a 2019. A
pesquisa foi realizada nas bases de dados eletrônicas, LILACS, SCIELO, consultados
através do site da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e no portal do ministério da
saúde. Também foram utilizados manuais da ANVISA. A coleta de dados foi realizada
durante os meses de Agosto a Outubro de 2019. Foram considerados os seguintes
critérios de inclusão: Artigos com a temática relevante para atingir os objetivos
propostos e com as palavras chaves abaixo descrita. Os critérios de exclusão foram
livros e artigos que não correspondesse com a temática proposta, com assuntos
repetitivos ou que não fossem lançados no idioma de português ou inglês.

Palavras-chave: Enfermagem, Infecção Hospitalar, Higienização das Mãos.


MESQUITA, Melyssa. The Importance of proper hand hygiene in the operating
room: surgical antisepsis or preoperative preparation, 2019. 43 folhas. Trabalho de
Conclusão de Curso (Graduação em Enfermagem) – Faculdade Pitágoras, São Luis-
MA, 2019.

ABSTRACT

Hand hygiene is recognized as the first evidence for the prevention of cross infection,
is considered the single most important action to control these infections in health care.
This study aimed to: describe the aspects involved in hand hygiene in the chain of
transmission of hospital infection Identify and compliance with hand hygiene of nursing
professionals. This study used the methodology as a descriptive and quantitative
literature review of publications released during the period 2007 to 2019. The survey
was conducted on electronic databases, LILACS, SciELO, consulted through the
website of the Virtual Health Library (VHL) and the portal of the ministry of health.
Manuals were also used ANVISA. Data collection was performed during the months of
August to October 2019. We considered the following inclusion criteria: Articles
relevant to the subject to achieve the proposed objectives and the key words described
below. Exclusion criteria were books and articles that did not correspond with the
proposed theme, with repetitive or issues that were not released in English or
Portuguese language.

Keywords: nursing, hospital infections, hand hygiene.


LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Incisão Superficial .................................................................................. 27


Figura 2 – Incisão Profunda..................................................................................... 28
Figura 3 – Órgãos e Cavidade................................................................................. 28
Figura 4 – Etapa 1 Higienização das mãos no pré-operatório ................................. 33
Figura 5 – Etapa 2 Higienização das mãos no pré-operatório ................................. 33
Figura 6 – Etapa 2 Higienização das mãos no pré-operatório ................................. 34
Figura 7 – Etapa 3 Higienização das mãos no pré-operatório ................................. 34
Figura 8 – Etapa 3 Higienização das mãos no pré-operatório ................................. 35
Figura 9 – Etapa 4 Higienização das mãos no pré-operatório ................................. 35
Figura 10 – Etapa 4 Higienização das mãos no pré-operatório ............................... 36
Figura 11 – Etapa 4 Higienização das mãos no pré-operatório ............................... 36
Figura 12 – Etapa 5 Higienização das mãos no pré-operatório ............................... 37
Figura 13 – Etapa 6 Higienização das mãos no pré-operatório ............................... 37
Figura 14 – Etapa 7 Higienização das mãos no pré-operatório ............................... 38
Figura 15 – Etapa 8 Higienização das mãos no pré-operatório ............................... 38
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ANVISA Agência Nacional de Vigilância Sanitária


BDTC Biblioteca Digital Brasileira
BIREME Biblioteca Regional de Medicina
BVS Biblioteca Virtual de Saúde
CC Centro Cirúrgico
CAPES Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
LILACS Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde
ISC Infecção do Sítio Cirúrgico
MS Ministério da Saúde
SCielo Scientific Electronic Library Online
13

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 14
2. A HIGIENIZAÇÃO/ANTISSEPSIA DAS MÃOS COMO MÉTODO IMPORTANTE
NO CENTRO CIRÚRGICO – ENFERMAGEM CIRÚRGICA .................................... 17
3. A EQUIPE DE ENFERMAGEM NA MINIMIZAÇÃO DE INFECÇÕES NO SÍTIO
CIRÚRGICO E DIMINUIÇÃO DE PATÓGENOS NA SALA DE CIRURGIA............. 22
4. IDENTIFICAR AS CONSEQUÊNCIAS DA LAVAGEM INCORRETA DAS MÃOS
NO CENTRO CIRÚRGICO E DEMOSTRAR A TÉCNICA DA HIGIENIZAÇÃO NO
PRÉ-OPERATÓRIO .................................................................................................. 27
5. CONSIDERAÇOES FINAIS---------------------------------------------------------------------40
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 41
14

1. INTRODUÇÃO

As infecções de sítio cirúrgico trazem grandes problemas para a saúde de


paciente, principalmente no pós-operatório que é uma etapa crucial para o bom pro
agnóstico do paciente, além disso, traz problemas emocionais, estruturais ao paciente
e familiares, que permaneceram mais tempo em um ambiente hospitalar e além disso
causará maiores custos ao hospital. Diante do exposto o processo de da lavagem das
mãos como maneira de evitar infecções de sítio cirúrgico ainda é pouco discutido na
academia e principalmente dos profissionais, mas literaturas atuais trazem grandes
benefícios deste ato para o paciente e o sucesso da equipe cirúrgica. Entende-se que,
para a realização desse processo é necessário preparo, suporte e conhecimento; sem
esses instrumentos não haverá força suficiente para que o real processo de
intensificar a conscientização dos profissionais de saúde na antissepsia das mãos
como prevenção de infecção se desenvolva.
O tema proposto é o a importância da higienização correta das mãos no centro
cirúrgico: antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório, mas para que essa atitude
ocorra existe uma peça que é indispensável dentro desse plano: a conscientização e
a visão de cirurgia segura para o paciente. Somente com a presença destas que é a
raiz da Enfermagem no Centro Cirúrgico se fará presente, o Enfermeiro como
organizador da equipe, distribuição e organização das salas operatórias, distribuição
de pacientes e presença única na realização do protocolo de cirurgia segura é o
profissional da linha de frente deste cuidado.
A partir dessa temática surgiu a necessidade de compreender qual a
importância da lavagem, antissepsia correta das mãos para prevenir infecções de sítio
cirúrgico, as dificuldades encontradas durante este processo e analisá-las buscando
soluções lógicas para que tal ação seja implementada de maneira correta; à medida
que um profissional do centro-cirúrgico assume a responsabilidade de implementar
esta técnica em suas ações de saúde, torna-se necessário compreender todos os
meios que levarão essa ideia a um plano físico e estruturado por toda equipe, assim
esse trabalho objetiva compreender a importância da higienização correta, antissepsia
das mãos no centro cirúrgico.
Essa temática é de grande valia para o meio acadêmico e para a sociedade em
geral, uma vez que o ato da higienização incorreta das mãos no centro cirúrgico traz
15

malefícios irreparáveis ao paciente da cirurgia, e requer de conhecimentos específicos


que permeiam pela saúde do adulto, centro cirúrgico, saúde pública e até atenção
básica, visto que na atenção básica há a conscientização dos clientes sobre os
benefícios da lavagem das mãos em casa e assim repassar para as outras áreas de
saúde. Além disso, a antissepsia das mãos é um processo cercado de escassez de
conhecimento científico por parte dos profissionais de saúde e pela academia, mesmo
sendo a lavagem das mãos um ato tão simples para quem detêm o conhecimento
correto, com isso a pesquisa faz-se relevante, pois contribui para o olhar dos
profissionais de saúde, da academia científica e até da comunidade, aumentando as
contribuições que serão benéficas a este processo.
Sendo a hipótese: qual a importância da higienização correta das mãos no
centro cirúrgico, antissepsia cirúrgica das mãos ou preparo pré-operatório?
A pesquisa buscou ainda responder a hipótese levantada, visto que a
antissepsia correta leva ao sucesso de uma cirurgia e a uma menor incidência de
infecção de sítio cirúrgico.
Diante disso a pesquisa tem por objetivo geral compreender a importância da
higienização correta, antissepsia das mãos no centro cirúrgico. E com objetivos
específicos traz descrever a importância da antissepsia das mãos como uma ação
eficaz da equipe cirúrgica na minimização de infecções no sítio cirúrgico e na
diminuição de patógenos na sala de cirurgia; identificar as consequências da lavagem
incorreta das mãos no centro cirúrgico e demostrar a técnica da higienização no pré-
operatório, apontando fatores que confirmem a hipótese levantada em relação aos
benefícios da antissepsia eficaz das mãos no centro cirúrgico.
Trata-se de uma revisão de literatura, de caráter qualitativo e descritivo, com
pesquisas bibliográficas nas bases de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS),
Bireme, Lillacs, SCielo, Periódicos CAPES, Google acadêmico e Biblioteca Digital
Brasileira (BDTC), disponíveis na íntegra, em língua portuguesa, que proporcionam
um estudo da análise da importância da higienização das mãos em um centro
cirúrgico, principalmente com teorias defendidas nos últimos 5 anos.
Inicialmente foram relatados conceitos de antissepsia, centro cirúrgico e
enfermagem, buscando desenvolver noções básicas de Enfermagem Cirúrgica, os
fatores envolvidos e as consequências da antissepsia incorreta para promover
infecção de sítio cirúrgico; as ações da assistência em saúde para a atenuação dessa
16

incidência; benefícios vindos da técnica correta de antissepsia das mãos, e demais


assuntos relacionados a temática.
As bibliografias utilizadas tiveram por base livros, artigos e documentários de
autores como: Mangram, Alexander JW, Durando e os Manuais do Ministérios da
Saúde sobre o tema. E utilizou-se os descritores: antissepsia, centro cirúrgico,
enfermagem cirúrgica; higienização/lavagem das mãos, infecções de sítio cirúrgico
para realizar uma busca mais detalhada e precisa nas bases de dados, explorando os
arquivos apropriados para a temática.
17

2. A HIGIENIZAÇÃO/ANTISSEPSIA DAS MÃOS COMO MÉTODO


IMPORTANTE NO CENTRO CIRÚRGICO – ENFERMAGEM CIRÚRGICA

Nas mãos encontram-se um dos maiores números de bactérias, patógenos,


micro-organismos prejudiciais à saúde, devido a mesma sempre estar em contato com
algo, executando atividades manuais, mexendo no celular – uma das causas mais
preocupantes nos últimos tempos em setores hospitalares –, em contato com
materiais não estéreis e dentro do setor hospitalar, realizando atividades que podem
levar microrganismos de leito em leito, mesmo com toda a segurança dentro dos
serviços de saúde.
Para Trindade (2016):
Ao lavar as mãos automaticamente está sendo tomada uma das principais
medidas importante para a prevenção de infecções de sítio cirúrgico e
minimização de patógenos em um centro cirúrgico. Com este ato, muitas
intercorrências de saúde na cirurgia são evitadas. A adesão da prática da
lavagem das mãos pela equipe hospitalar é a principal forma de prevenção
contra microrganismos, pois este o método mais eficaz e de menor custo para
a prevenção, detecção e controle da infecção hospitalar. Destaca-se a
importância da pratica correta de lavagem das mãos no Centro Cirúrgico (CC)
para o controle de infecção nos serviços de saúde, contribuindo para uma
assistência qualificada e com menor risco de infecções (TRINDADE, 2016).

Um detalhe fundamental antes da abordagem mais complexa do tema é fazer


algumas diferenciações dos termos técnicos utilizados quando se referência a
limpeza/higienização das mãos, a assepsia e antissepsia das mãos, que embora
sejam bem claros, ainda causam certas duvidas para leigos e comunidade – quando
se deparam com esses termos –, a até profissionais da área da saúde.
Moriya e Módena (2008, p. 265) define esses termos como:
Assepsia: é o conjunto de medidas que utilizamos para impedir a penetração
de micro-organismos num ambiente que logicamente não os tem, logo um ambiente
asséptico é aquele que está livre de infecção. Antissepsia: é o conjunto de medidas
propostas para inibir o crescimento de micro-organismos ou removê-los de um
determinado ambiente, podendo ou não destruí-los e para tal fim utilizamos
antissépticos ou desinfetantes.
O ato da antissepsia incorreta das mãos no centro cirúrgico traz malefícios
irreparáveis ao paciente da cirurgia, e requer de conhecimentos específicos que
permeiam pela saúde do adulto, centro cirúrgico, saúde pública e até atenção básica,
18

visto que na atenção básica há a conscientização dos clientes sobre os benefícios da


lavagem das mãos em casa e assim repassar para as outras áreas de saúde.
Com todas essas definições e preocupação a nível mundial o preparo cirúrgico
das mãos da equipe tornou-se um padrão mundial para prevenir infecções
decorrentes dos procedimentos cirúrgicos. O objetivo da antissepsia cirúrgica das
mãos ideal é obter a completa redução da carga microbiana transitória e a máxima
redução da flora residente (WIDMER; SOLOMKIN, 2017).
Em 2009 a Organização Mundial Saúde lançou um Guideline preconizando
cinco momentos para a higienização das mãos, considerando a presença física dos
usuários, são eles: “antes e depois do contato com o cliente, antes da realização de
procedimento asséptico, após risco à exposição a fluidos corporais e após contato
com as áreas próximas ao cliente” (BRASIL, 2009b).
A pele das mãos abriga, em grande maioria, dois tipos de populações de
microrganismos: microbiota residente e microbiota transitória. Desta maneira a
antissepsia cirúrgica ou preparo pré-operatório das mãos tem em vista a eliminação
de microbiota transitória e a redução a microbiota residente, desempenhando assim
uma técnica antisséptica.
De acordo com Ministério da Saúde, Brasil (2007), pela Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (ANVISA), sobre a segurança do paciente: higienização das mãos
declara: “As infecções relacionadas à assistência à saúde constituem um problema
grave, aumentando o tempo de internação, a morbidade e mortalidade, e causando
gastos excessivos para o sistema de saúde e sofrimento desnecessário dos usuários.
A higienização de mãos é a ação mais simples e de menor custo benefício,
para prevenir infecções relacionadas à assistência à saúde (IRAS). Abordar este tema
é de total necessidade para prevenção, detecção e recuperação em saúde por parte
de infecções nos períodos pré, intra e pós-operatório de um cliente. Além do que esta
prática estar dentro das normas que preconizam a segurança do paciente.
Além disso, a Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio da “Aliança
Mundial para Segurança do Paciente”, trata a tema de higienização das mãos como
uma questão global e para que haja uma maior abrangência do procedimento, declara
que: “nos últimos anos, o termo lavagem de mãos foi substituído por higienização das
mãos devido à maior abrangência desse procedimento, incluindo a lavagem de mãos
com água e sabonete e a fricção das mãos com álcool gel” (BRASIL, 2007).
19

Os profissionais de saúde do Centro Cirúrgico devem executar todas as ações


possíveis para a segurança do paciente, e, sobretudo para a sua, a higienização
correta das mãos é uma etapa indispensável para uma cirurgia segura e cirurgia
segura é garantia de sucesso ao paciente no intra e pós-operatório, além de trazer
menos custos ao hospital no caso de infecções correlacionadas. A antissepsia correta
das mãos é de custo benefício, de qualidade, traz boas consequências e
principalmente, salva vidas.
O centro cirúrgico (CC) é um setor hospitalar que denota conduta imediata, seja
para um procedimento terapêutico, de tratamento e correção, como também para
análise diagnóstica. O indivíduo que necessita de intervenção cirúrgica comumente
apresenta-se desconfortável pelo fato de colocar sua vida aos cuidados de uma
equipe de saúde. Nos momentos que precedem o procedimento, ele se deparar com
sentimentos que vão desde a esperança pela cura ao medo de uma inesperada e
trágica condição que pode surgir durante ou após o procedimento, levando-os
inclusive a morte (JORGETTO GV, et al., 2017).
A complexidade de um centro cirúrgico exige que conhecimentos mínimos
sejam difundidos e propagados em toda equipe, principalmente pela questão da
prática de uma cirurgia segura, não somente como protocolo institucional, mas como
uma medida protetiva para profissionais e pacientes, bem como o resguardo para a
impossibilidade de infecções do sítio cirúrgico pela antissepsia mal realizada pela
equipe cirúrgica.
No que refere à educação em antissepsia cirúrgica, segundo Weber et al.
(2016), muitas metodologias estão disponíveis, como aulas clássicas, expositivas;
estudos individuais, onde o aprendiz consulta materiais gráficos sem demonstrações
práticas; demonstração por profissional treinado da técnica e posterior prática e, por
meio da utilização de um filme, com demonstração prática. Essa última alternativa
proporciona, segundo os autores, conexões com sua realidade profissional, podendo
ou não ter o auxílio de textos digitais, gráficos e animações em um curto período de
tempo (PEIXOTO, 2017).
Os profissionais da área da saúde, principalmente a equipe de enfermagem,
não estão conscientes da importância da técnica de lavagem das mãos simples com
água e sabão. Tendo em vista que as chances de infecção no CC são as mais comuns
em hospitais do Brasil, seja por infecções cruzadas, procedimentos invasivos, uso de
20

materiais e equipamentos contaminados, baixa adesão à higienização das mãos,


limpeza e desinfecção inadequadas do ambiente.
Segundo Passos, Oliveira e Pimentel (2017) em relação à assistência de
enfermagem em centro cirúrgico (CC) relatam que:
A assistência de enfermagem segura envolve atendimento de qualidade, com
respaldo em protocolos de atendimento, agindo com efetividade, eficiência,
segurança, em busca de novas tecnologias. Quando acontece um evento
adverso pode ocasionar danos não intencionais que ocorrem em virtude da
assistência em saúde podendo resultar em diversos resultados negativos
prejudicando o paciente como aumento do tempo de internação,
incapacidades e até óbito. Os fatores externos que interferem no processo
assistencial a saúde ou demonstraram ineficácia na promoção a segurança
do paciente são má estruturação do local e um péssimo dimensionamento da
equipe de enfermagem. O aspecto biopsicossocial do trabalhador e a falta de
relação entre o enfermeiro e o paciente são fatores internos. Estes fatores
devem ser reconhecidos e merecem uma maior relevância para que sejam
tratados o mais rápido possível de modo que não provoque o EA e favoreça
a segurança do paciente.

É de responsabilidade da equipe de enfermagem prezar pela qualidade de uma


cirurgia segura e segurança do paciente, o olhar aprimorado do enfermeiro possibilita
a equipe o sucesso da cirurgia, não somente pelo ato cirúrgico, mas pelas técnicas
utilizadas antes, durante e após o procedimento, destacando assim a enfermagem
perioperatória, que se divide no pré-operatório, transoperatório e pós-operatório, de
uma maneira geral.
Os principais fatores para o paciente adquirir uma infecção no Centro Cirúrgico
estão relacionados ao próprio paciente, à equipe de saúde e o procedimento cirúrgico
em si. Diante da atuação da enfermagem no CC é necessário ressaltar diariamente
que a assepsia e antissepsia das mãos é importante em todos os momentos em um
atendimento assistencial de qualidade, ou seja, o profissional tem como um modo de
prevenção seguir corretamente os passos da higienização das mãos (TRINDADE,
2016).
É importante salientar que, em aspectos econômicos, a cirurgia bem-sucedida
traz benefícios não somente para paciente e equipe profissional, mas também para a
instituição, visto que uma cirurgia sem infecção traz uma menor redução de
procedimentos a serem feitos para minimizar efeitos adversos de uma cirurgia má
feita.
Segundo o Ministério da Saúde, pela Organização Pan-Americana de Saúde e
Organização Mundial de Saúde (2009) a cirurgia segura traz baixo custo e que vem
de encontro com as perspectivas socioeconômicas do país.
21

No Brasil, executar um plano que visa a segurança do cliente calcada em


estudos científicos precocemente elaborados e divulgados e com baixo custo
vem ao encontro das perspectivas socioeconômicas do país, conferindo o
alcance do procedimento correto, pela equipe correta e paciente correto,
tendo em vista estabelecer processos seguros na realização da cirurgia.

Assim é possível trazer alternativas que melhorem a compreensão da


importância da antissepsia cirúrgica das mãos, dando autonomia e conhecimento aos
profissionais para que possa delimitar medidas de cuidados aos pacientes do centro
cirúrgico, bem como segurança efetiva para a equipe. Outro foco importante é que
uma cirurgia bem realizada traz custos benefícios a instituição, equipe e paciente,
como diminuição de tempo de internação e uso de medicamentos como por exemplos,
antibióticos.
22

3. A EQUIPE DE ENFERMAGEM NA MINIMIZAÇÃO DE INFECÇÕES NO


SÍTIO CIRÚRGICO E DIMINUIÇÃO DE PATÓGENOS NA SALA DE
CIRURGIA

O surgimento da enfermagem em centro cirúrgico está atrelado ao início da


utilização das técnicas assépticas de Lister que permitiram a realização de cirurgias
mais complexas e as enfermeiras eram responsáveis pelos cuidados com o
instrumental. Na virada do século, com a designação de espaços restritos para a
realização dos procedimentos cirúrgicos, a limpeza do ambiente passou a ser
importante, aumentava a responsabilidade das enfermeiras, bem como a carga de
trabalho, e conhecimentos específicos se desenvolviam distinguindo-as das
enfermeiras das unidades assistenciais (RILEY e MANIAS, 2002).
A equipe cirúrgica, principalmente composta pela enfermagem, medicina,
anestesiologista na sala cirúrgica e demais profissionais nos outros setores de
assistência cirúrgica são responsáveis por todo preparo do paciente, desde o pré-
operatório, ao transoperatório e pós-operatório. No entanto, é o profissional
enfermeiro que terá convivência diária em todas as necessidades assistenciais do
paciente, por ele se passa todos os cuidados perioperatórios do paciente/cliente.
Sobre a atuação do profissional enfermeiro, Oliveira (et al, 2014, p. 122) afirma
que:
Na busca pela qualidade dos cuidados em saúde, o enfermeiro é um
profissional com potencial para desenhar processos de melhoria contínua da
assistência, a partir do planejamento de estratégias para diminuição de erros
pelos diferentes integrantes da equipe e indicação de boas práticas
assistenciais. Essa posição estratégica dos enfermeiros deve-se à
proximidade com o paciente e atuação desses profissionais em praticamente
todas as áreas das organizações de saúde, tanto no desenvolvimento de
atividades assistenciais quanto em cargos gerenciais.

É essa assistência dada pelo olhar do enfermeiro que se fará existente o


sucesso ao ato cirúrgico, não como uma visão de sucesso para uma só profissão, mas
como membro de uma equipe multiprofissional que delega cuidados essenciais para
que a cirurgia ocorra na melhor qualidade possível.
Zago e Casagrande (1997) sobre a missão da enfermagem no centro-cirúrgico
afirmam que:
A missão da equipe de enfermagem em relação ao atendimento do paciente
no perioperatório propõe-se em planejar e prestar cuidados nos períodos pré,
trans e pósoperatório, que sejam consistentes com os modelos da prática
23

profissional de enfermagem; colaborando e cooperando com outros membros


da equipe de saúde no atendimento preventivo, de emergência e de
restauração das necessidades de saúde do paciente, em um ambiente
terapêutico, seguro e confortável.

É com essa importância de um bom profissional enfermeiro que a assistência


será melhor adequada as necessidades do paciente, visto que um bom enfermeiro
possui olhar minucioso na prescrição de cuidados de enfermagem.
No centro cirúrgico, o enfermeiro é responsável por acompanhar o paciente
desde sua entrada no bloco até em todo seu período Peri operatório, focando atender
todas as necessidades ao cliente. Existem dois tipos de classificação para o
profissional enfermeiro: o coordenador e o assistencial. A Sociedade Brasileira de
Enfermeiros do Centro Cirúrgico (SOBECC) recomenda que o mesmo, seja
especialista na área em que atua. É essencial que no ambiente, exista por parte não
só do profissional de enfermagem, mais por toda equipe multidisciplinar a
Humanização (SOBECC, 2013, apud SANTOS, et al., 2018).
Outro fator, é a humanização em saúde, na empática do profissional com o
paciente, tornando este protagonista de sua assistência em saúde. Desta maneira,
partindo da ótica que é o bem maior de um ato cirúrgico bem-sucedido, não se
configura apenas como um sucesso para a equipe e ou profissional, mas para toda a
assistência que o paciente merece ter.
Para utilizar humanização como garantia de direito é necessário compreender
o significado de humanizar em saúde, que segundo o Ministério da Saúde após
instituir então o “HumanizaSUS”, também conhecido como a Política Nacional de
Humanização (BRASIL, 2013, p. 04), define a humanização como:

Inclusão das diferenças nos processos de gestão e de cuidado. Tais


mudanças são construídas não por uma pessoa ou grupo isolado, mas de
forma coletiva e compartilhada. Incluir para estimular a produção de novos
modos de cuidar e novas formas de organizar o trabalho (BRASIL, 2013, p.
04).

A cirurgia sob o olhar dos pacientes representa uma invasão de sua intimidade,
devido a exposição ao qual são submetidos, seu corpo se transforma num objeto de
estudo e realização de intervenção para toda a equipe cirúrgica, sendo esta exposição
uma característica para que o mesmo gere ansiedade, crise emocional até gerar
conflitos com a equipe que o assiste. Por esse olhar de exposição que o cliente é
submetido que, juntamente com a humanização o enfermeiro irá inclui no seu
24

processo de cuidado de ações que potencializem sua de coragem, compreensão, e


comprometimento com a equipe que ali atuam. Com todas essas normas e técnicas
que são implementadas torna-se essencial que o profissional enfermeiro esteja afim
do que a ciência traz como evidencia, sempre desempenhando a humanização
atrelado aos manejos tecnológicos.
Os avanços tecnológicos em cirurgia, a complexidade do cuidado e o estado
vulnerável do paciente cirúrgico exigem que a atuação do enfermeiro nessas
áreas seja respaldada em conhecimentos evidentes de atuação e de
concepção de que o nosso alvo é a realização de assistência perioperatória
para o sucesso do ato anestésico cirúrgico com segurança. (TURRINI RNT,
2012, p. 1272)

No centro cirúrgico toda intervenção será de caráter crítico, partindo da lógica


de que a intervenção cirúrgica requer cuidados minuciosos para que a mesma seja
realizada de maneira eficaz. E toda ação partirá da limpeza correta das mãos, visto
que essa é a tecnologia leve mais utilizada em todos os tempos cirúrgicos (diérese,
exérese e síntese) e em toda fase periooperatória do paciente.
Como cuidados do Enfermeiro de Centro cirúrgico o livro manual de rotinas de
enfermagem do centro cirúrgico, recuperação e central de material do Hospital
Municipal e Maternidade Escola Dr. Mário de Moraes (Coleção Protocolos HMEC
2012), em São Paulo, que traz como ações de enfermagem:
Ler a programação de cirurgias, para ajustar o material às necessidades de
cada paciente; Prestar assistência individualizada no período pós operatório
imediato ao paciente, assegurando a prevenção de riscos e complicações
decorrentes ao ato cirúrgico-anestésico; Avaliar as condições respiratória,
neurológica, circulatória e psicológica; Reconhecer as drogas mais usadas
em anestesias, seus efeitos benéficos e colaterais; Realizar na admissão da
paciente na REC, um exame físico sucinto; Elaborar o plano de cuidados
(SAE), supervisionar sua execução e realizar os cuidados mais complexos de
enfermagem; Prestar cuidados de enfermagem conforme planejamento;
Identificar quantitativamente e qualitativamente, a necessidade de materiais
e medicamentos e solicitá-los; Controlar os entorpecentes, quanto à
solicitação para uso nos pacientes da unidade; Participar da orientação de
pacientes e familiares; Realizar o controle dos carros de emergência,
revisando as pilhas do laringoscópio e funcionamento do desfibrilador,
anotando em impresso próprio nos períodos diurno e noturno; Prover a
unidade de lençóis, forros, camisolas, cobertores e roupas de recém-
nascidos; Realizar a educação continuada e capacitação da equipe de
enfermagem; Prestar parecer técnico sobre equipamentos e materiais;
Realizar ou delegar ao auxiliar de enfermagem solicitações como: exames
laboratoriais ou radiológicos, componentes sanguíneos prescritos,
dietoterapias, auxílio do Serviço Social ou Saúde Mental, higienização da
paciente, do ambiente, etc. (COLEÇÃO PROTOCOLOS HMEC, 2012, p. 59).

Dado a explanação da importância da enfermagem na equipe cirúrgica, o


capitulo trás o desenvolvimento destes profissionais na minimização de infecções no
25

sítio cirúrgico e diminuição de patógenos na sala de cirurgia, dando enfoque para o


profissional enfermeiro, dentro de suas atribuições e competências.
O enfermeiro terá toda sua assistência voltada para a prevenção, promoção e
tratamento em saúde, desta maneira todo seu foco é voltado para todas as ações que
o paciente recebe dentro da saúde. Nas condutas realizadas pelo menos e no Centro
Cirúrgico (CC) na minimização de ISCs, dentre outras competências.
Albano e Silva (2017, p. 15) trazem as seguintes recomendações:
- Reestabelecer, caso necessário, adequada condição dentária. -Tratar
apropriadamente processos infecciosos em outro local antes do
procedimento cirúrgico. - Tratar impetigo, foliculites, furúnculos, dermatites
crônicas e afecções da pele antes da cirurgia. - Controlar adequadamente a
glicemia em pacientes diabéticos, evitando particularmente a hiperglicemia
perioperatória. - Usar tonsurotomia preferencialmente à tricotomia, e o mais
próximo passível a operação. - Realizar antibiótico profilaxia adequadamente
antes da incisão. - Realizar o preparo da pele para incisão deve ser amplo,
usando clorexidina ou PVP-I detergente. Clorexidina é mais eficaz que os
demais degermantes para prevenção de infecção associada a acesso
vascular, sugerindo possível benefício também em implantes de materiais
protéticos. - Evitar manipulações desnecessárias na incisão cirúrgica. -
Diagnosticar precocemente qualquer tipo de infecção e checar possível
bacteremia.

Segundo estimativa do National Nosocomal Infections Surveillance System,


Estados Unidos (NNISS), observa-se que as infecções do sítio cirúrgico são a terceira
causa mais frequente de infecção nosocomial, representando 14 a 16 % de todas as
infecções nosocomiais.
É possível verificar o impacto causado pela Infecção do Sítio Cirúrgico, foi
possível verificar que o grande impacto que a ISC causa, e vale ressaltar que as ISC.
Albano e Silva (2017, p. 15) salientam ainda que “as ISCs estão associadas a
expressivo aumento no risco de morte de paciente, na morbidade, na permanência
nos hospitais e nos custos hospitalares. Por isso que é extrema importância adotar-
se um plano assistencial para que haja uma diminuição na incidência de infecção de
sitio cirúrgico. ”
O enfermeiro desempenha grande papel de liderança e responsabilidade, não
por tomar as rédeas de tudo, mas por sua formação acadêmica lhe capacitar para tal.
É um profissional que possui grande importância na tomada de decisão, bem como
na assistência por ele desempenhada. Outro fator fundamental que sustenta a
afirmativa é que este profissional está inserido de maneira atuante e diária em todas
as condutas realizadas ao paciente. Além do mesmo ser responsável pelas
26

orientações de higiene no período pré-operatório imediato que o paciente realizará,


afim de minimizar a incidência de patógenos na região operatória.
Partindo-se do princípio de que o Enfermeiro é um profissional atuante o
período perioperatório, sua prática é desempenhada sistematicamente. O Enfermeiro
elabora o levantamento de dados sobre o paciente; coleta e organiza os dados do
paciente; estabelece o diagnóstico de enfermagem; desenvolve e implementa um
plano de cuidados de enfermagem; e avalia os cuidados em termos dos resultados
alcançados pelo paciente. Portanto, entende-se que esse processo é utilizado a fim
de planejar e implementar a assistência ao paciente cirúrgico, possibilitando o
andamento das demandas da unidade e favorecendo a realização dos cuidados de
forma individualizada e integral, favorecendo assim, a humanização da assistência de
enfermagem.
Segundo Santos, (et al., 2018, p. 14)
Partindo-se do princípio de que o Enfermeiro é um profissional atuante o
período perioperatório, sua prática é desempenhada sistematicamente. O
Enfermeiro elabora o levantamento de dados sobre o paciente; coleta e
organiza os dados do paciente; estabelece o diagnóstico de enfermagem;
desenvolve e implementa um plano de cuidados de enfermagem; e avalia os
cuidados em termos dos resultados alcançados pelo paciente. Portanto,
entende-se que esse processo é utilizado a fim de planejar e implementar a
assistência ao paciente cirúrgico, possibilitando o andamento das demandas
da unidade e favorecendo a realização dos cuidados de forma individualizada
e integral, favorecendo assim, a humanização da assistência de enfermagem.

Assim a equipe cirúrgica tem no profissional enfermeiro um profissional de


suma importância para que a cirurgia seja bem-sucedida, além de que sua assistência
não se restringe somente no auxílio do da cirurgia, período transoperatório, mas no
pré e pós. Visto que o procedimento cirúrgico necessita de intervenções que devem
ser monitoradas, como incisão cirúrgica, curativo, apresentação de sinais de infecção
como febre, calafrios, leucocitose e demais, todo essa dinâmica de cuidados passará
pelo olhar holístico do profissional enfermeiro.
27

4. IDENTIFICAR AS CONSEQUÊNCIAS DA LAVAGEM INCORRETA DAS


MÃOS NO CENTRO CIRÚRGICO E DEMOSTRAR A TÉCNICA DA
HIGIENIZAÇÃO NO PRÉ-OPERATÓRIO

Já foi possível identificar muitas consequências advindas da lavagem ineficaz


e/ou incorreta das mãos dentro do centro-cirúrgico nos capítulos anteriores, porém é
necessário pontuá-las para dar melhor ênfase a quais consequências são estas e
como podem ser evitadas pela equipe de cirurgia na prevenção de infecção do sítio
cirúrgico e na realização de segurança do paciente.
Para o Ministério da Saúde, Brasil (2009a, p. 05):
A Infecção do Sítio Cirúrgico (ISC) é uma das principais infecções
relacionadas à assistência à saúde no Brasil, ocupando a terceira posição
entre todas as infecções em serviços de saúde e compreendendo 14% a 16%
daquelas encontradas em pacientes hospitalizados. Estudo nacional
realizado pelo Ministério da Saúde no ano de 1999 encontrou uma taxa de
ISC de 11% do total de procedimentos cirúrgicos analisados. Esta taxa atinge
maior relevância em razão de fatores relacionados à população atendida e
procedimentos realizados nos serviços de saúde.

É notório que as infecções de sítio cirúrgico são de grave consequências para


a saúde pública, dentro da assistência em saúde, segundo os dados do ministério da
saúde citados acima, a mesma está em terceiro lugar dentro das infecções nos
serviços de saúde, bem como as mesmas poderiam ser evitadas, já que elas ocorrem
por um procedimento médico que possui critérios para execução e quando estes
critérios ocorrem de maneira inadequada ela ação dos profissionais de saúde, traz
consequências para o paciente e econômica para gestão de saúde.
Mesmo as mãos apresentando grande importância na cadeia de transmissão
das infecções hospitalares e os resultados de sua higienização diminuem as taxas
dessas infecções, a maioria dos profissionais parecem não se preocupar com tal
situação, além disso, as instituições não demonstram dinamismo para envolver os
profissionais através de campanhas educativas (BARRETO, 2009).
28

O Ministério da Saúde (2009a, p.08) traz a classificação e critérios de ISCs:


a) Incisão Superficial:
Figura 1 – Incisão Superficial.

Fonte: Ministério da Saúde (Brasil, 2009a, p. 08)

A infecção incisional superficial é aquela é aquela que ocorre dentro de 30 dias


após o procedimento cirúrgico. Envolve apenas a pele e o tecido subcutâneo do local
da incisão cirúrgica e apresenta pelo menos um dos seguintes itens:
o Drenagem purulenta com ou sem confirmação laboratorial da incisão
superficial;
o Organismos isolados por meio de cultura asséptica, obtida de fluidos ou
tecidos superficiais;
o Ao menos um destes sinais e sintomas de infecção: dor ou sensibilidade
local, edema localizado, vermelhidão ou calor local e abertura deliberada
da incisão pelo cirurgião, a menos que a cultura da incisão seja negativa;
o Diagnostico de infecção incisional superficial pelo cirurgião.
29

b) Incisão Profunda:
Figura 2 – Incisão Profunda.

Fonte: Ministério da Saúde (Brasil, 2009a, p. 08)

A infecção incisional profunda ocorre dentro de 30 dias após a cirurgia e no


caso de implante de prótese no local até um ano depois, se a infecção puder ser
relacionada à operação; além da infecção acometer os tecidos moles profundos
(fáscia e camadas musculares) deve apresentar pelo menos um dos itens a seguir:
o Drenagem purulenta da incisão profunda, mas não de órgãos e espaços
componentes do sítio cirúrgico;
o Deiscência espontânea de incisão profunda ou a abertura deliberada
pelo cirurgião, quando o paciente apresentar pelo menos um destes
sinais e sintomas: febre maios que 38ºC, dor localizada, ou
sensibilidade, a menos que a cultura local seja negativa;
o Abscesso ou outra evidencia de infecções, envolvendo tecidos
profundos observados ao exame e direto durante reoperação ou por
histopatologia ou exame radiológico;
o Diagnostico de infecção incisional profunda pelo cirurgião.
30

c) Órgãos e Cavidade:
Figura 3 - Órgãos e Cavidade

Fonte: Ministério da Saúde (Brasil, 2009a, p. 09)

Já infecção de órgão/cavidade ocorre dentro de 30 dias após a cirurgia e no


caso de implante de prótese até um ano depois, se a infecção puder ser relacionada
à operação ou envolver qualquer parte da anatomia, aberta ou manipulada durante a
cirurgia, mas não necessariamente a incisão cirúrgica. Deve apresentar pelo menos
um dos itens a seguir:
o Drenagem purulenta de dreno localizado em órgãos e cavidade;
o Organismos isolados através de cultura asséptica obtidos de fluidos ou
tecidos em órgãos/cavidades;
o Abscesso ou outra evidencia de infecções, envolvendo
órgãos/cavidades encontrado pelo exame direto durante reoperação,
por histopatologia ou exame radiológico;
o Diagnostico de infecção órgão/cavidade pelo cirurgião.
31

Dado as definições dos tipos de infecções de sítio cirúrgico e onde elas estão
situadas é possível traçar medidas profiláticas para a prevenção das mesmas e dar
importância para a profilaxia por meio da lavagem correta das mãos como primeira
medida preventiva, visto que estas estarão em contato direto com o paciente e local
da incisão cirúrgica, ou melhor definindo, sítio cirúrgico.
A utilização das mãos na assistência em saúde é a tecnologia leve mais
utilizada para a realização do ato cirúrgico e todas as atividades laborais dos
profissionais de saúde, é necessário que as mesmas mantenham-se sempre limpas e
higienizadas, seja antes do ato cirúrgico, seja na manipulação deste paciente e seja
no pós-operatório com os cuidados gerais com a Ferida Operatória (FO) e demais
cuidados necessários.
Taylor, (et al., 2007), sobre a equipe de saúde e a higienização correta das
mãos, relata que:
Ainda que a equipe de saúde tenha total conhecimento sobre o quanto é
importante e a necessário uma boa higienização nas mãos, estudos revelam que
infelizmente está técnica considerada simples ainda não é aderida corretamente pelos
profissionais não sendo realizado com frequência. O ideal não é substituir a lavagem
das mãos somente pelo uso de luvas, pois elas não garantem totalmente a proteção
contra organismos infecciosos e não eliminam a necessidade de higienizar
manualmente as mãos, o calor e a umidade provocada pelas luvas faz com que crie
um local apropriado para a multiplicação de bactérias, sendo indispensável à
higienização correta das mãos antes e após o uso das luvas (TAYLOR, et al., 2007).
Observa-se que existem alguns pensamentos enraizados na relação a
higienização das mãos, Costa (2011, p. 20) como por exemplo, “o aumento de
atividades em hospitais e postos de saúde, crença dos profissionais por pensar que
somente com a utilização das luvas irá garantir sua proteção e a do cliente, situações
de emergência e quantidade insuficiente de profissionais atuando”.
A morte é uma das piores consequências de Infecções de sítio cirúrgico, bem
como sepse e choque séptico. Trata-se de consequências evitáveis, principalmente
pela higienização correta das mãos. O paciente do centro cirúrgico é um paciente
delicado, não menos importante que os demais, porém necessita de um olhar vigilante
durante toda sua trajetória nos estabelecimentos de saúde, bem como também em
32

sua alta, pois seguindo critérios, as infecções podem ser hospitalares mesmo o
paciente não estando internado.
Para isso o Ministério da Saúde, Brasil (1998, p. 133), traz infecção hospitalar
definida como:
Qualquer infecção adquirida após admissão do paciente no hospital e que se
manifeste durante a internação ou após a alta, quando puder ser relacionada com a
internação ou com os procedimentos hospitalares. São também consideradas
hospitalares aquelas infecções manifestadas antes de 72 (setenta e duas) horas da
internação, quando associadas a procedimentos diagnosticados e/ou terapêuticos
realizados depois da mesma.
Compreende-se que o sítio cirúrgico é necessário de muita atenção por parte
da equipe de enfermagem, bem como dos demais profissionais que mantem contato
direto e indireto com os pacientes cirúrgicos, além do mais, é parte da assistência
prezar por ações de qualidade, e isso perpassa pela consciência da higienização das
mãos sempre que for realizar um procedimento com o paciente, mesmo que simples,
até a consciência de que a higienização no pré-operatório deve ser realizada em 100%
da técnica.

4.1. TÉCNICA DA HIGIENIZAÇÃO DAS MÃOS NO PRÉ-OPERATÓRIO

De acordo com Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (2008), a antissepsia


cirúrgica das mãos para o preparo pré-operatório segue com as seguintes técnicas
para a proteção contra infecções do sitio cirúrgico, a fim de combater os
microorganismos transitórios e diminuir os microorganismos residentes que se
apresentam na pele. As técnicas de higienização das mãos para procedimentos
cirúrgicos devem ter duração de 3 a 5 minutos para primeiras cirurgias e de 2 a 3
minutos para cirurgias subsequentes.
33

Costa (2011, p. 36) traz uma sequência didática e visual da explicação da


higienização das mãos na fase pré-operatória:
Posicione-se diante do lavabo cirúrgico e ligue a torneira.
Figura 4 - Etapa 1 Higienização das mãos no pré-operatório.

(Costa, 2011, p. 36).


Não deixe suas roupas em contato com o local no momento em que estiver realizando
o procedimento, pois à pia é um ambiente altamente contaminado, porem as roupas
pode transportar os microorganismos de um local para o outro;

Molhe as mãos, antebraços e cotovelos.


Figura 5 - Etapa 2 Higienização das mãos no pré-operatório.

(Costa, 2011, p. 36)


34

A superfície das mãos tem a capacidade de alojar microorganismos,


funcionando como veículo de transmissão dos mesmos durante a assistência
prestada ao paciente. As mãos apresentam principalmente duas populações de
microorganismos: uma se constitui pela microbiota residente e a outra pela microbiota
transitória (OLIVEIRA, et al, 2010).
Figura 6 - Etapa 2 Higienização das mãos no pré-operatório.

(Costa, 2011, p. 36)


Assim a água escoe para as pontas dos dedos, devido à maior contaminação que as
mãos apresentam, permitindo que a aguá escorra das partes limpas como os punhos
para as partes sujas sendo as mãos;
Posicione as mãos em formato de concha, com o antisséptico adicione-o sobre
as mãos, antebraço e cotovelos, espalhando por todas as áreas.
Figura 7 - Etapa 3 Higienização das mãos no pré-operatório.

(Costa, 2011, p. 37).


35

A formação de espuma é importante porque extrai e facilita a eliminação de


partículas microbianas;
Com a esponja friccione por todas as áreas;
Figura 8 - Etapa 4 Higienização das mãos no pré-operatório.

(Costa, 2011, p. 39)

Figura 9 - Etapa 4 Higienização das mãos no pré-operatório.

(Costa, 2011, p. 39)


36

Com o auxílio da escovinha friccione sob as unhas, este material deve ser de
cerdas macias e de uso descartáveis com antisséptico ou não.
Figura 10 - Etapa 4 Higienização das mãos no pré-operatório.

(Costa, 2011, p. 40)

Esfregar espaços interdigitais das mãos e antebraços por 3 a 5 minutos,


lembrando que as mãos devem permanecer superiores ao cotovelo.

Figura 11- Etapa 5 Higienização das mãos no pré-operatório

(Costa, 2011, p. 41)


37

Em seguida enxágue as mãos para cotovelos, a fim de que seja eliminado


resíduo do produto;
Figura 12 - Etapa 6 Higienização das mãos no pré-operatório.

(Costa, 2011, p. 42)

Figura 13 - Etapa 7 Higienização das mãos no pré-operatório.

(Costa, 2011, p. 42)


É preciso remover todo o sabão existente nas mãos, pois o sabão facilita a
fixação dos microorganismos nas mãos invalidando a higienização.
38

Desligue a torneira, caso não apresente sensor, realize seu fechamento com o
cotovelo, joelho ou pés.
Figura 14 - Etapa 8 Higienização das mãos no pré-operatório.

(Costa, 2011, p. 43)

Seque as mãos com compressas estéreis, antebraço e cotovelo, utilizando


diferentes áreas da compressa nos locais.
Figura 15 - Etapa 8 Higienização das mãos no pré-operatório.

(Costa, 2011, p. 44)


As mãos não podem ficar úmidas pois facilita a fixação das bactérias nas mãos,
também ocasionando danos ao profissional como fissura e ressecamento da pele.
39

Para que se tenha um bom resultado durante a lavagem das mãos, deve se
fazer o uso adequado de água, para tanto, deve-se usar componentes fundamentais
como produtos químicos antissépticos que apresentam substancias antimicrobianas
que são adicionados sobre a pele, sendo o sabão liquido, álcoois, compostos de iodo,
clorohexidina, triclosan, estes atuam removendo a flora microbiana que colonizam nas
camadas superficiais da pele (SILVA et al 2008 p.4 ).
O procedimento de higienização das mãos tem relação direta com a redução
significativa das infecções nos hospitais. As evidências de estudos experimentais e
não experimentais afirmam que o ato de higienização das mãos com uma técnica
adequada é a principal responsável pela redução do risco de infecção (Goulart; Assis;
Souza, 2011).
As instituições de saúde têm a responsabilidade de fornecer capacitação
periódica a todos os profissionais de saúde sobre a importância e utilizando a
abordagem “Meus 5 Momentos para a Higiene das Mãos”, bem como técnicas
adequadas (Brasil, 2013).
Toda pessoa doente apresenta-se com seu estado imunológico prejudicado,
por isso os microorganismos tornam uma ameaça constante às infecções. Portanto,
se o profissional de saúde utiliza jóias, anéis, pulseiras, relógios e unhas longas, o ato
de higienizar as mãos para a remoção de bactérias tornará invalido, pois estes objetos
são considerados verdadeiros alojamentos que abrigam milhões de microorganismos
responsáveis por doenças infecciosas, assim dando continuidade a multiplicação e
transmissão de bactérias (MARTINEZ et al 2009).
As evidências mostram que a higienização das mãos no ambiente hospitalar
e em todos os setores da saúde, especialmente o centro cirúrgico, como trata este
estudo, traz benefícios irreparáveis para o cliente que procura este serviço, bem como
mostra o comprometimento da equipe com seu serviço prestado em qualidade. Desta
maneira, tratar da higienização como prevenção de Infecções do Sítio Cirúrgico e
demais infecções é necessário para que se propague a informação, bem como
demostrar a técnica utilizada, pois não haveria êxito se só houvesse a explanação do
conteúdo e não houvesse a demonstração de como o fazer.
40

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A importância da higienização das mãos no controle da transmissão de


infecção nosocomial é baseada na capacidade que as mãos têm em abrigarem
microrganismos e de transferi-los de uma superfície para outra, por contato direto,
pele com pele, ou indireto, através de objetos.
As infecções nos serviços de saúde infelizmente ameaçam tanto os
pacientes quanto os profissionais da saúde, e podem provocar danos maiores a saúde
do paciente, além de gastos excessivos para o sistema de saúde.
O controle de infecções nestes serviços, inclui como prática prioritária, a
higienização das mãos pelos profissionais que atuam na saúde, além de ser uma
exigência legal e ética, concorre também para melhoria da qualidade no atendimento
e assistência ao paciente.
Os benefícios destas práticas são inquestionáveis, desde a redução da
morbidade e mortalidade dos pacientes até a diminuição de custos associados ao
tratamento dos quadros infecciosos.
A adesão dos profissionais à prática da Higienização das Mãos ainda não é
suficiente. Por isso
, é preciso maior atenção da administração pública, gerentes dos diversos
serviços de saúde e educadores para atrair e sensibilizar o profissional de saúde à
questão. Todos devem ter consciência e conhecimento sobre a importância e
necessidade da Higienização das Mãos durante a assistência ao paciente, conferindo
a este, segurança e qualidade do serviço prestado.
41

5. REFERÊNCIAS

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