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PROFESSORA: GRAZIELA
NOME:_________________________________________________________________ Nº
1. Leia o anúncio publicitário a seguir:
2. Leia o texto:
Abrigo nuclear
Agora você pode ficar livre disso! Venha morar com comodidade Até o ano 2000
Pense no futuro Total segurança Sauna, play ground, piscina com
O mundo pode acabar A prova de roubo, fogo e radiação sol artificial
Não viva inseguro Seu dinheiro aplicado Todas as comodidades que você
Com medo da hora H Mesmo depois do fim do mundo tem agora
Pois afinal chegou Você terá no nosso edifício
O primeiro Não se preocupe Um recanto de sossego prá você
Abrigo Nuclear Se vai dar prá comprar e sua família
E deixe o mundo queimar à
Venha conhecer Você tem a sua vida inteira vontade lá fora
O primeiro condomínio Para pagar [...]
Com abrigo nuclear
Da América Latina É pronta entrega
O açúcar
O branco açúcar que adoçará não foi feito por mim. e veio dos canaviais extensos
meu café Este açúcar veio que não nascem por acaso
nesta manhã de Ipanema da mercearia da esquina e no regaço do vale.
não foi produzido por mim tampouco o fez o Oliveira,
nem surgiu dentro do açucareiro [dono da mercearia. Em usinas escuras,
por milagre. Este açúcar veio homens de vida amarga
Vejo-o puro de uma usina de açúcar em e dura
e afável ao paladar Pernambuco produziram este açúcar
como beijo de moça, água ou no Estado do Rio branco e puro
na pele, flor e tampouco o fez o dono da com que adoço meu café esta
que se dissolve na boca. Mas usina. manhã em Ipanema.
este açúcar Este açúcar era cana
GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1980. p. 227-8.
A antítese que configura uma imagem da divisão social do trabalho na sociedade brasileira é expressa poeticamente
na oposição entre a doçura do branco açúcar e
a) o trabalho do dono da mercearia de onde veio o açúcar.
b) o beijo de moça, a água na pele e a flor que se dissolve na boca.
c) o trabalho do dono do engenho em Pernambuco, onde se produz o açúcar.
d) a beleza dos extensos canaviais que nascem no regaço do vale.
e) o trabalho dos homens de vida amarga em usinas escuras.
4. Leia com atenção este poema de Manuel Bandeira e depois responda às questões propostas.
O bicho
Vi ontem um bicho
Na imundície do pátio O bicho não era um cão,
Catando comida entre detritos. Não era um gato,
Não era um rato.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava: O bicho, meu Deus, era um homem.
Engolia com voracidade.
BANDEIRA, Manuel. Estrela da vida inteira. Rio de Janeiro: José Olympio, 1986. p. 179.
Observando o poema, é possível encontrar uma única expressão que indica o sentimento do poeta.
Observe com atenção a charge reproduzida a seguir para refletir sobre ela:
Clique na imagem para ampliar
6 - A charge apresenta uma sátira aos objetos eletrônicos contemporâneos, cada vez menores e capazes de realizar
mais funções. Que figura de linguagem é responsável pelo humor da tira? Justifique sua resposta.
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7. (ENEM) Ferreira Gullar, um dos grandes poetas brasileiros da atualidade, é autor de Bicho urbano, poema
sobre a sua relação com as pequenas e grandes cidades.
Bicho urbano
Se disser que prefiro morar em Pirapemas
ou em outra qualquer pequena cidade do país
estou mentindo
ainda que lá se possa de manhã
lavar o rosto no orvalho
e o pão preserve aquele branco
sabor de alvorada.
A natureza me assusta.
Com seus matos sombrios suas águas
suas aves que são como aparições
me assusta quase tanto quanto
esse abismo
de gases e de estrelas
aberto sob minha cabeça.
GULLAR, Ferreira. Toda poesia. Rio de Janeiro.
Embora não opte por viver numa pequena cidade, o poeta reconhece elementos de valor no cotidiano das pequenas
comunidades. Para expressar a relação do homem com alguns desses elementos, ele recorre à sinestesia,
construção de linguagem em que se mesclam impressões sensoriais diversas.
8. (ENEM) Oxímoro (ou paradoxo) é uma construção textual que agrupa significados que se excluem
mutuamente. Para Garfield, a frase de saudação de Jon (tirinha abaixo) expressa o maior de todos os
oxímoros.
Nas alternativas abaixo, estão transcritos versos retirados do poema O operário em construção. Pode-se afirmar que
ocorre um oxímoro em
9. O humor da tira a seguir foi construído com o uso de uma figura de linguagem: