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POR QUE SOMOS OTIMISTAS NO ANO NOVO?

Você sabia que o dia da mentira tem tudo a ver com o Ano Novo? Será por isso que mentimos para nós
mesmos com promessas que nunca vão sair do lugar?
O período de Ano Novo é um processo de renovação, um rito de passagem, um momento de confraternização
global festejado em muitas culturas de formas diferentes. No Japão, por exemplo, é a data mais importante do
calendário. Eles vão aos templos tocar o sino como forma de afastar os pecados e purificar as pessoas. Na Índia,
em diversos vilarejos, há o costume de atirar objetos em uma fogueira como forma de representar o fim das
doenças e impurezas.

A tradição é milenar. Estima-se que a primeira comemoração de Ano Novo tenha acontecido na
Mesopotâmia por volta do ano 2000 a.c. Essa data de 1º de janeiro foi instituída originalmente pelo
imperador romano Júlio César em 46 a.c, quando se comemorava o dia de Jano, o Deus dos portões
(daí o nome Janeiro). Posteriormente, diversas regiões, instituíram o dia 25 de março como o “Ano
Novo” em razão do início da Primavera. Isso foi alterado, posteriormente, pelo Papa Gregório XIII, que
instituiu o calendário Gregoriano. Desde então o ano novo voltou a ser comemorado em 1º de janeiro.

Na Inglaterra e em alguns outros países, até 1751, o Ano Novo era comemorado em 25 de março, por conta
da primavera e as festas duravam uma semana inteira, terminando em 1º de Abril. Quando foi implementada
a mudança no calendário festivo os ingleses e franceses não gostaram muito, porque queriam manter a
tradição comemorativa. Para ridicularizar os conservadores, eles convidavam as pessoas para falsas festas e
comemorações que não existiam. Desta forma, surgiu o referido dia da mentira.

Entendeu como o Ano Novo e a Mentira se encontraram? A mentira do ano é pensarmos e não realizarmos.
Esta é, sem dúvida, a mentira mais perigosa de todas; a que contamos para nós mesmos.
Essa mentira talvez tenha origem em um vírus. Porque para muita gente, quando o fim do ano se aproxima,
a epidemia se espalha e somos contaminados pelo que convencionei chamar do “Vírus do Ano Novo”. O sintoma
clássico desse vírus é uma animação inexplicável no corpo, sua mente rapidamente valida tudo que houve de ruim
no ano vivido e cria um universo paralelo mental, onde você está feliz, de casa nova, carro novo, magro, casado,
falando inglês, com dinheiro no banco, sorrindo em um barco, etc.

O vírus, após o período inicial de incubação e mentalização, te leva a comprar agendas, livros e usar
aplicativos para gerenciar o ano. Você fica feliz, brinda o início do novo ciclo e algumas semanas depois, seu
sistema imunológico começa a combater o vírus. Os pensamentos desse “universo paralelo mental” começam
a se esvaziar, eles ficam menos frequentes, menos nítidos, aquela emoção toda que você sentia ao pensar nas
mudanças se torna bem fraquinha agora e, em poucas semanas, esses planos se dissipam e tudo volta ao normal.
Como sempre, o ano começa a correr, muitas coisas para fazer, uma série de dificuldades na economia e
política, as questões da empresa, família, etc.

O que você queria fazer passa entre seus dedos e, de repente, chega o Natal, Ano Novo e o clico se reinicia.

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E COMO FAZER UM ANO DIFERENTE?
O que faz o ano ser diferente não é o ano, a política, a economia ou os problemas. Essa e outras questões são
constantes e estão alheias ao nosso controle. O que faz a diferença é a nossa mente, a atitude, comportamento e
reação a essas constantes.

Eu adoro aquela frase que explica que se não há motor,

vamos de vento! Se não tiver vento, então vamos remar,
mas ficar parado e esperar as ondas te levarem não dá.
Essa é a pegada que faz o ano começar a ser diferente. Mas
só começar, porque não adianta nada ter um navegador
motivado, cheio de energia e pensamento positivo, se esse
cara não tiver um GPS, um barco sólido e o conhecimento para
desbravar os mares. É o conjunto de atitude, com metodologia
e ferramenta que faz o ano ser diferente. Que transforma você
em uma nova versão de si mesmo.

Meu convite neste curto e-book é para passear entre alguns conceitos que sustentam esses pilares e ajudar
você a escrever algumas ideias que estruturem melhor o próximo ano. Quero te ajudar a desenvolver objetivos de
forma concreta e correta, criarem formas de acompanhamento e um processo de execução realmente capaz de
tirar as promessas do lugar e fazer os resultados acontecerem.

FATOR 1 APRENDIZADO
Todo ano traz aprendizados. Sem exceção! Até não fazer nada é um aprendizado. Se não nos tornamos
conscientes do que deveríamos aprender, o erro fica desapercebido e lá na frente acabaremos repetindo as
mesmas falhas. E isso é comum, não?! Você já notou quantas pessoas repetem os mesmos erros sem perceber?

Parar e refletir sobre o que passamos no ano ajuda a se conscientizar sobre esses aprendizados. Escrever é
uma atitude poderosa, torna o fluxo consciente, libera a mente, reforça o aprendizado e provoca um novo ponto
de vista sobre os fatos. E, mais importante, ajudar a reconhecer que, no fundo, este é o primeiro passo para
mudar de comportamento.

PORÉM, NÃO ADIANTA

ESCREVER QUALQUER COISA.

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 Abaixo seguem algumas perguntas para iniciar esse processo. Experimente escrever sobre:

1 – MAIORES APRENDIZADOS
• O que esse ano trouxe que fez você crescer como pessoa ou profissional?

• Que coisas você não repetiria nunca mais na sua vida?

• E que coisas você repetiria sempre que possível?

2 – OPORTUNIDADES PERDIDAS
• O que você deixou escapar esse ano?

• O que fez você perder grandes oportunidades?

• O que faria você aproveitar a oportunidade em uma próxima vez?

É possível reaver a oportunidade que foi perdida? Como?

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3 – PESSOAS IMPORTANTES
• Quem foi importante para você neste ano?

• Como você demonstrou a essas pessoas sua importância?

• Quem você precisa cortar da sua lista de relacionamento?

• Para quais pessoas você disse mais “sim” querendo dizer um “não”?

4 – METAS
• Quais sonhos você realizou este ano? Quais sonhos você adiou?

• Planejou suas metas por escrito para este ano? Quantas no total?

• Conseguiu acompanhar a evolução dessas metas durante o ano? O que faltou?

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5 – EU COMIGO MESMO
• Sobrou tempo para você? Conseguiu ler os livros que comprou?

• Cuidou da saúde? Fez algum esporte com regularidade?

• Cuidou do físico, da mente, do coração e do espírito?

Experimente responder estas perguntas.

Guarde as respostas e reveja constantemente durante o ano.
Veja o impacto disso no processo evolutivo das suas metas.

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FATOR 2 ESCREVA SEUS OBJETIVOS
No nosso estudo mais recente, 4 em cada 10 pessoas não escrevem seus objetivos para o ano novo. Se você
não escreve, perde a chance de planejar, muda constantemente de prioridades, não consegue avaliar a relevância
do que você quer e se perde.

Muitos realizam coisas que estão na mente, martelando todos os dias, mais por osmose do que por princípios
de execução. Agora, ao escrever e planejar você soma pelo menos 1% mais nos 50% de chances que já tem de
fazer algo dar certo na vida.

O problema é o que fazer no ano. Pois querendo tudo, não fazemos nada. E, para isso, precisamos aprender a
selecionar as ideias que devemos focar, tarefa que não é nada fácil. Para ajudar, comece a listar tudo aquilo que
desejaria fazer no ano. Liste abaixo tudo que gostaria de ver realizado no seu próximo ano:

O QUE EU GOSTARIA DE REALIZAR NO MEU ANO NOVO? N ER TOTAL

Depois que listou seus principais desejos de ano novo, vamos trabalhar com a 2ª coluna da tabela.
A coluna “N” de nota. Você deverá atribuir uma nota de 1 a 5 para cada item listado anteriormente com
base na seguinte escala:

1 É ALGO QUE VOCÊ PODE VIVER

SEM NO ANO QUE VEM. 2 É ALGO QUE VOCÊ
GOSTARIA DE TER. 3 É ALGO QUE FARIA UM BEM GIGANTESCO
NA SUA VIDA. A DIFERENÇA MESMO!

Feito isso, vamos para a 3ª coluna: “ER” significa Equilíbrio e Resultado, simultaneamente. Esse é um conceito
amplo, que desenvolvi no meu livro Equilíbrio e Resultado – Por que as Pessoas não fazem o que deveriam fazer?
Equilíbrio são as coisas que trazem qualidade de vida para você, realizações, aspirações, etc. Resultado são suas
conquistas materiais.
Dentre os objetivos citados na sua lista, quais deles trazem ao mesmo tempo equilíbrio e resultado para sua
vida? Coloque o número 1 nessa coluna apenas se atender esses dois quesitos simultaneamente. Para finalizar,

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some os pontos e veja os objetivos que somaram a maior número de pontos. Selecione, no máximo, dois desses
objetivos e desenvolva mais uma fase de planejamento, transformando esse item da lista em uma Meta SMART.

SMART é uma forma bem simples, amplamente conhecida, didática e usada por praticamente todo mundo na
hora de definir objetivos. Esse conceito foi desenvolvido por Peter Drucker e, até hoje, tem grande utilidade no
campo empresarial e na sua vida.

Basicamente, a metodologia SMART deve responder 5 perguntas-chave que ajudam a definir melhor seus objetivos:

• S (Especificar) – O que, especificamente, você quer? Dê o maior número de detalhes possível,

como se você pudesse desenhar o seu objetivo.

• M (Mensurar) – Quanto vai custar? Qual o tamanho do seu objetivo em números, valores, horas, etc?

• A (Alcançável) – Qual o plano para alcançar esse objetivo? Aqui, você precisa listar quais são os
pequenos próximos passos que precisa dar para fazer isso virar realidade. etc?

• R (Relevante) – Por que eu quero esse objetivo? Ele é forte o suficiente para me manter engajado
com ele ao longo do ano?

• T (Temporal) – Quando eu vou realizar? Qual a data esperada para ter meu objetivo concretizado?

Escreva pelo menos 1 dos seus objetivos no formato SMART. Invista um tempo de verdade para fazer
isso com o maior número de detalhes possível.

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MANTENDO OS PLANOS DURANTE O ANO
Enquanto estamos entre paredes empresarias com supervisores, chefes, etc. temos
a cobrança de sistemas e superiores sobre nosso trabalho. E isso ajuda a fazer o
processo acontecer (ajuda, não define). E quando estamos por nós mesmos, com uma
meta definida e precisando do nosso foco, motivação e ação para fazer acontecer?

Esse é um trabalho diário para blindar sua mente focada naquilo que quer de
verdade e de administrar seu tempo com maestria para encontrar disposição e
energia para executar as atividades da meta.
Não é um livro que muda sua vida. É você quem muda sua vida. É a sua
vontade, a sua paixão, o seu tesão. E isso tem de ser mais forte do que os seus
problemas, desafios e dificuldades. E você vai falhar, porque faz parte do processo.
Porém se sua mente consegue manter a visualização que você vai obter ao realizar
aquela meta e isso sincronizar mente, sentimento e execução, você tem o que precisa
para dar continuidade e atingir grandes resultados.

Não existem robôs. Não existe disciplina voraz. Não existe execução sem preguiça. O que
existe é uma blindagem mental na direção do que você precisa e quando precisar parar, e
você vai parar em algum momento, terá o combustível necessário para continuar no trajeto.
Por isso revise com muita, mas muita atenção, os pontos relevantes da sua meta. Se não
atender os padrões necessários, de verdade, para você, você não vai conseguir progredir.
Por isso eu gosto de pensar em metas e objetivos com resultado e equilíbrio. Em geral,
elas vêm ligadas às pessoas importantes ou às aspirações fundamentais e isso ajuda muito a
cumprir aquilo que é preciso fazer.
Para continuarmos esse assunto recomendo a você:

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(Editora Sextante), Equilíbrio e Resultado
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