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JUVENTUDE

Além do vísivel existe o estado de buda


Todas as pessoas, indistintamente, são dignas de respeito, pois
são igualmente dotadas deste mesmo potencial de buda

POR MONIQUE TIEZZI | 14 JUL 2017


Uma das parábolas contidas no Sutra do Lótus, compilação dos ensinamentos de Shakyamuni, relata a história de uma menina, filha do
rei dragão. Na parábola, a menina possuía o corpo metade humano e metade animal e era uma criança de oito anos. De acordo com os
ensinamentos da época, ela estaria longe de alcançar a condição de máxima sabedoria exposta no budismo, o que denominamos
iluminação. No entanto, ao ouvir os ensinamentos budistas, ela promete salvar as pessoas do sofrimento e, assim, atinge naturalmente
essa condição.

Na Proposta de Paz 2016, o presidente Ikeda reflete sobre essa parábola, afirmando: “Cumprindo fielmente a sua promessa, a jovem,
que conforme a concepção popular da época era considerada a mais distante da possibilidade de iluminação, provocou uma reação em
cadeia de alegria, provando de forma inspiradora o princípio de que todos os seres vivos podem atingir o caminho do buda.” (Terceira
Civilização, ed. 573, p. 18)

Essa parábola nos ensina, a partir do exemplo de uma mulher, que todas as pessoas possuem um potencial ilimitado de sabedoria
dentro de si, ou seja, possuem o estado de buda. Assim, aprendemos que todas as pessoas, indistintamente, são dignas de respeito,
pois são igualmente dotadas deste mesmo potencial de buda.

Essa visão se confronta com a realidade que observamos quando o outro deve se assemelhar a nós para que haja um sentimento de
empatia. Diversidade cultural, grupos minoritários e classes sociais são aspectos que tornam os indivíduos diferentes entre si. Muitas
vezes, esses aspectos são vistos com mais importância para os indivíduos do que o simples fato de que somos todos seres humanos.

Atualmente, dentro da BSGI tenho a oportunidade de viajar para diversos cantos do país e conhecer jovens com histórias de vida
completamente diferentes, que praticam o budismo com o intuito de transformarem o seu destino e se tornarem absolutamente
felizes. Elas desafiam duras realidades e enxergam um futuro de esperança a partir da prática do budismo. Ao encontrar com essas
jovens, tão diferentes entre si, reforço a convicção contida no Sutra do Lótus ao relatar a história da menina dragão, de que todas as
pessoas possuem um potencial ilimitado de sabedoria, coragem e força, independentemente do aspecto visível.
Sendo assim, o budismo nos permite exercitar o respeito à diversidade, que é, em essência, respeitar a pessoa que se encontra à sua
frente. Os esforços do presidente Ikeda, bem como de cada um dos membros da SGI, são de não julgar pela aparência atual, mas
incentivar cada pessoa a viver com base na dignidade inerente à sua vida. Ao praticar esse respeito, ampliamos nossa visão de mundo
e contribuímos verdadeiramente com uma sociedade mais humana.

TAGS: JUVENTUDE

Monique Tiezzi den Hartog é internacionalista. É coordenadora da Divisão Feminina de Jovens da BSGI; faz parte da

Coordenadoria Geral do Estado de São Paulo; Coordenadoria Norte-Sul Paulista. É associada da BSGI desde que nasceu.

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