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Aula 01

CGU - Controladoria-Geral da União:


Organização, Competências e Sistemas -
2021 (Pós-Edital)

Autor:
Herbert Almeida, Equipe Controle
Externo, Time Herbert Almeida 2

20 de Janeiro de 2022

08873812430 - TALITA ARAUJO DE MEDEIROS


Herbert Almeida, Equipe Controle Externo, Time Herbert Almeida 2
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APRESENTAÇÃO DO CURSO
Olá concurseiros e concurseiras.

É com muita satisfação que estamos lançando este livro digital para o concurso da Controladoria Geral da
União - CGU.

Antes de mais nada, gostaria de me apresentar. Meu nome é Herbert Almeida, sou Auditor de Controle
Externo do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo aprovado em 1º lugar no concurso para o cargo.
Além disso, obtive o 1º lugar no concurso de Analista Administrativo do TRT/23º Região/2011.

Meu primeiro contato com a Administração Pública ocorreu através das Forças Armadas. Durante sete
anos, fui militar do Exército Brasileiro, exercendo atividades de administração como Gestor Financeiro,
Pregoeiro, responsável pela Conformidade de Registros de Gestão e Chefe de Seção. Sou professor de
Direito Administrativo e Administração Pública aqui no Estratégia Concursos.

Além disso, tenho quatro paixões na minha vida! Primeiramente, sou apaixonado pelo que eu faço. Amo
dar aulas aqui no Estratégia Concursos e espero que essa paixão possa contribuir na sua busca pela
aprovação. Minhas outras três paixões são a minha esposa, Aline, e meus filhotes, Pietro e Gael (que de
tão especial foi presenteado com um cromossomosinho a mais).

Agora, vamos falar do nosso curso! O curso é composto por teoria, exercícios e videoaulas. O conteúdo
será completo tanto no livro digital como nas videoaulas. Assim, você poderá optar por estudar tanto pelo
material escrito, como pelos vídeos ou ainda pelos dois. Além disso, abordaremos a teoria completa, mas
de forma objetiva, motivo pelo qual você não precisará complementar os estudos por outras fontes. As
nossas aulas terão o conteúdo suficiente para você fazer a prova, abrangendo a teoria, jurisprudência e
questões.

Por fim, se você quiser receber dicas diárias de Direito Administrativo, siga-me nas redes sociais (não
esqueça de habilitar as notificações no Instagram e Youtube, assim você será informado sempre que eu
postar uma novidade por lá):

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Se preferir, basta escanear as figuras abaixo:

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Sem mais delongas, espero que gostem do material e vamos ao nosso curso.

Observação importante: este curso é protegido por direitos autorais (copyright), nos termos da Lei
9.610/98, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.
Grupos de rateio e pirataria são clandestinos, violam a lei e prejudicam os professores que elaboram os
cursos. Valorize o trabalho de nossa equipe adquirindo os cursos honestamente através do site
Estratégia Concursos ;-)

Antes de iniciarmos o nosso curso, vamos a alguns AVISOS IMPORTANTES:

1) Com o objetivo de otimizar os seus estudos, você encontrará, em nossa plataforma (Área do
aluno), alguns recursos que irão auxiliar bastante a sua aprendizagem, tais como “Resumos”,
“Slides” e “Mapas Mentais” dos conteúdos mais importantes desse curso. Essas ferramentas de
aprendizagem irão te auxiliar a perceber aqueles tópicos da matéria que você precisa dominar,
que você não pode ir para a prova sem ler.

2) Em nossa Plataforma, procure pela Trilha Estratégica e Monitoria da sua respectiva


área/concurso alvo. A Trilha Estratégica é elaborada pela nossa equipe do Coaching. Ela irá te
indicar qual é exatamente o melhor caminho a ser seguido em seus estudos e vai te ajudar a
responder as seguintes perguntas:

- Qual a melhor ordem para estudar as aulas? Quais são os assuntos mais importantes?

- Qual a melhor ordem de estudo das diferentes matérias? Por onde eu começo?

- “Estou sem tempo e o concurso está próximo!” Posso estudar apenas algumas partes do
curso? O que priorizar?

- O que fazer a cada sessão de estudo? Quais assuntos revisar e quando devo revisá-los?

- A quais questões deve ser dada prioridade? Quais simulados devo resolver?

- Quais são os trechos mais importantes da legislação?

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3) Procure, nas instruções iniciais da “Monitoria”, pelo Link da nossa “Comunidade de Alunos” no
Telegram da sua área / concurso alvo. Essa comunidade é exclusiva para os nossos assinantes e
será utilizada para orientá-los melhor sobre a utilização da nossa Trilha Estratégica. As melhores
dúvidas apresentadas nas transmissões da “Monitoria” também serão respondidas na nossa
Comunidade de Alunos do Telegram.

(*) O Telegram foi escolhido por ser a única plataforma que preserva a intimidade dos
assinantes e que, além disso, tem recursos tecnológicos compatíveis com os objetivos da
nossa Comunidade de Alunos.

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Sumário

1 Introdução - O que é a CGU? .................................................................................................... 5

2 Organização geral da CGU ........................................................................................................ 7

2.1 A CGU é um Ministério ............................................................................................................... 7


2.2 Áreas de competência da CGU ................................................................................................. 8
2.3 Competências do Ministro de Estado da CGU ..................................................................... 16
2.4 Estrutura básica da CGU ........................................................................................................... 16
2.5 Estrutura regimental da CGU ................................................................................................... 17

3 Questões inéditas com comentários ...................................................................................... 28

4 Lista de Questões ..................................................................................................................... 40

5 Gabarito ..................................................................................................................................... 46

6 Referências ................................................................................................................................. 46

Olá, pessoal. Tudo bem?


Hoje, vamos iniciar os estudos da “Controladoria-Geral da União: organização, competências e sistemas
estruturantes”.
Em nossa primeira aula, vamos estudar a Lei 13.844/2019, na parte sobre a CGU. Além disso, vamos iniciar
os estudos da organização da CGU, nos termos de sua Estrutura Regimental, aprovada pelo Decreto
9.681/2019.
Vamos que vamos!

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ORGANIZAÇÃO DA CGU
1 INTRODUÇÃO - O QUE É A CGU?
Inicialmente, vamos falar um pouco sobre a Controladoria-Geral da União (CGU). No dia a dia, é muito
comum o “pessoal” falar que a CGU é o “controle interno” do Poder Executivo federal. Nessa linha, o Portal
da CGU dispõe que:1

A Controladoria-Geral da União (CGU) é o órgão de controle interno do Governo Federal


responsável por realizar atividades relacionadas à defesa do patrimônio público e ao
incremento da transparência da gestão, por meio de ações de auditoria pública,
correição, prevenção e combate à corrupção e ouvidoria.

Contudo, a atividade de controle interno é apenas uma tarefa da Controladoria. Além disso, a CGU atua
como órgão central dos sistemas de: (i) correição; (ii) ouvidoria; e (iii) integridade. Há ainda ampla
participação da CGU na promoção da transparência e na prevenção e combate à corrupção.

Assim, podemos, então, afirmar que a CGU é o órgão central do sistema de controle interno do Poder
Executivo federal, exercendo, além desse papel, atividades relacionadas à: correição, ouvidoria,
integridade, transparência, prevenção e combate à corrupção.

controle
interno

prevenção e
combate à correição
corrupção

CGU
transparência ouvidoria

integridade

Ademais, no próprio Portal da CGU consta que a Controladoria-Geral da União está estruturada em cinco
unidades finalísticas, que atuam de forma articulada, em ações organizadas entre si:

1
https://www.gov.br/cgu/pt-br/acesso-a-informacao/institucional

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a) Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC);


b) Secretaria Federal de Controle Interno (SFC);
c) Corregedoria-Geral da União (CRG);
d) Secretaria de Combate à Corrupção (SCC); e
e) Ouvidoria-Geral da União (OGU).

Nesse momento, vamos nos limitar a citar a organização geral da CGU, na forma prevista em seu Portal.
Encare este momento como uma introdução para os assuntos que serão apresentados adiante, quando
efetivamente vamos estudar os atos normativos exigidos no edital do concurso.2

A Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção (STPC) atua na formulação, coordenação e


fomento a programas, ações e normas voltados à prevenção da corrupção na administração pública e na
sua relação com o setor privado. De acordo com o Portal da CGU, entre as principais atribuições da STPC
destacam-se: a promoção da transparência, do acesso à informação, do controle social, da conduta ética e
da integridade nas instituições públicas e privadas. A STPC promove também a cooperação com órgãos,
entidades e organismos nacionais e internacionais que atuam no campo da prevenção da corrupção, além
de fomentar a realização de estudos e pesquisas visando à produção e à disseminação do conhecimento
em suas áreas de atuação.

Por outro lado, a Secretaria Federal de Controle Interno (SFC) exerce as atividades de órgão central do
sistema de controle interno do Poder Executivo Federal. Nesta condição, fiscaliza e avalia a execução de
programas de governo, inclusive ações descentralizadas a entes públicos e privados realizadas com recursos
oriundos dos orçamentos da União; realiza auditorias e avalia os resultados da gestão dos administradores
públicos federais; apura denúncias e representações; exerce o controle das operações de crédito; e,
também, executa atividades de apoio ao controle externo. Note, portanto, que a SFC exerce as atribuições
do sistema de controle interno enumeradas no art. 74 da Constituição Federal.

Já a Corregedoria-Geral da União (CRG) atua no combate à impunidade na Administração Pública Federal,


promovendo, coordenando e acompanhando a execução de ações disciplinares que visem à apuração de
responsabilidade administrativa de servidores públicos. Atua também capacitando servidores para
composição de comissões disciplinares; realizando seminários com o objetivo de discutir e disseminar as
melhores práticas relativas do exercício do direito disciplinar; e fortalecendo as unidades componentes do
Sistema de Correição do Poder Executivo Federal (SisCOR), exercendo as atividades de órgão central deste
sistema.

A Ouvidoria-Geral da União (OGU), por sua vez, exerce a supervisão técnica das unidades de ouvidoria do
Poder Executivo Federal. Com esse propósito, a OGU orienta a atuação das unidades de ouvidoria dos
órgãos e entidades do Poder Executivo Federal; examina manifestações referentes à prestação de serviços
públicos; propõe a adoção de medidas para a correção e a prevenção de falhas e omissões dos responsáveis
pela inadequada prestação do serviço público; e contribui com a disseminação das formas de participação
popular no acompanhamento e fiscalização da prestação dos serviços públicos.

2
Os textos a seguir foram retirados do Portal da CGU:
https://www.gov.br/cgu/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/historico

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Por fim, a Secretaria de Combate à Corrupção (SCC) é responsável por: (i) propor ao Ministro de Estado a
normatização, a sistematização e a padronização dos procedimentos e atos normativos que se refiram às
atividades relacionadas a acordos de leniência, inteligência e operações especiais desenvolvidas pela
CGU; supervisionar, coordenar e orientar a atuação das unidades da CGU nas negociações dos acordos de
leniência; desenvolver e executar atividades de inteligência e de produção de informações estratégicas,
inclusive por meio de investigações; e coordenar as atividades que exijam ações integradas da CGU em
conjunto com outros órgãos e entidades de combate à corrupção, nacionais ou internacionais.

CGU

STPC SFC CRG OGU SCC

Transparência, acesso Controle Interno Correição Ouvidoria Combate à corrupção


à informação e
controle social

Combate à Acordos de leniência,


Auditorias
Prevenção da impunidade inteligência e
Corrupção operações especiais
Apuração de
denúncias e Ações disciplinares
representações

Relação com o
controle externo

2 ORGANIZAÇÃO GERAL DA CGU


2.1 A CGU é um Ministério

Expressamente, a CGU não é um órgão previsto na Constituição Federal. Porém, o texto constitucional
menciona, em diversas oportunidades, a necessidade de instituição de um sistema de controle interno.

Como exemplos, podemos citar o art. 70 que dispõe que a fiscalização contábil, financeira, orçamentária,
operacional e patrimonial da União e das entidades da administração direta e indireta, quanto à legalidade,
legitimidade, economicidade, aplicação das subvenções e renúncia de receitas, será exercida pelo
Congresso Nacional, mediante controle externo, e pelo sistema de controle interno de cada Poder. Na
mesma linha, o art. 74, caput, prevê que “os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário manterão, de forma
integrada, sistema de controle interno”.

Assim, ainda que o nome “CGU” não conste diretamente na Constituição da República, a necessidade de
instituição de um órgão, no âmbito do Executivo, para o desempenho das funções relacionadas ao controle
interno consta no texto constitucional.

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Nesse contexto, a previsão legal de um órgão denominado CGU consta na Lei 13.844/2019, que estabelece
a organização básica dos órgãos da Presidência da República e dos Ministérios. A citada Norma lista a CGU
entre os ministérios (art. 19, XVI). Logo, podemos dizer que a Controladoria-Geral da União, ainda que não
receba a denominação expressamente, é um ministério. Para corroborar com a nossa afirmação, devemos
lembrar que o “chefe” da CGU é denominado “Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União”.

A CGU é um Ministério do Poder Executivo federal e o


seu “chefe” é um Ministro de Estado.

2.2 Áreas de competência da CGU

Agora, nós vamos entrar naquela parte “meio decoreba” da legislação. Infelizmente, as questões de
concurso são focadas essencialmente na literalidade. Por isso, daqui em diante, vamos focar mais na
literalidade do que na compreensão em si. Lógico que, sempre que entendermos necessário, vamos
elucidar as disposições legais e regulamentares para facilitar a compreensão e memorização. Vamos nesta!

2.2.1 Áreas de competência em geral

O art. 51 da Lei 13.844/2019 enumera as áreas de competência da Controladoria-Geral da União. Vamos


estudá-lo iniciando pelo inciso I:

Art. 51. Constituem áreas de competência da Controladoria-Geral da União:

I - providências necessárias à defesa do patrimônio público, ao controle interno, à


auditoria pública, à correição, à prevenção e ao combate à corrupção, às atividades de
ouvidoria e ao incremento da transparência da gestão no âmbito da administração
pública federal;

Em que pese a disposição legal adote a expressão “no âmbito da administração pública federal”, temos que
fazer uma leitura limitada ao Poder Executivo federal. Afinal, não poderia ser diferente disso, sob pena de
afrontar a independência e harmonia dos Poderes, na forma do art. 2º da Constituição Federal.

De qualquer forma, a Estrutura Regimental da CGU, aprovada pelo Decreto 9.681/2019, dispõe que a
Controladoria é competente para realizar a “adoção das providências necessárias à defesa do patrimônio
público, ao controle interno, à auditoria pública, à correição, à prevenção e ao combate à corrupção, às
atividades de ouvidoria e ao incremento da transparência e da integridade da gestão no âmbito do Poder
Executivo federal”.

Essa mesma “falha” da Lei 13.844/2019 acontece em outros dispositivos. Em qualquer caso, prepare-se
para questões literais, que simplesmente adotem o termo genérico “administração pública federal”, mas
ao mesmo tempo faça a interpretação de que o alcance fica limitado ao Poder Executivo federal, conforme
já debatemos acima.

Voltando ao texto legal, certamente, esse primeiro inciso resume as atribuições da CGU e, portanto, trata-
se do dispositivo mais importante. Vamos, então, esquematizá-lo:

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defesa do patrimônio público

controle interno

auditoria pública

Áreas de
competência da correição
CGU

prevenção e combate à corrupção

atividades de ouvidoria e

incremento da transparência da gestão

Ainda nessa linha inicial, acrescenta-se que se insere nas áreas de competência da CGU (L13844, art. 51):

XII - coordenação e gestão do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal; e

XIII - execução das atividades de controladoria no âmbito da administração pública


federal.

Genericamente falando, o Sistema de Controle Interno tem as suas competências previstas no art. 74 da
Constituição Federal e as suas disposições constam nos arts. 21 a 24 da Lei 10.180/2001 e no Decreto
3.591/2000. Vamos estudar esses temas em outras aulas.

2.2.2 Decisão preliminar sobre representações e denúncias

Também se insere na área de competência da CGU:

II - decisão preliminar acerca de representações ou denúncias fundamentadas recebidas


e indicação das providências cabíveis;

As denúncias e representações são instrumentos adotados pela sociedade para relatar irregularidades
perante a Administração Pública. Não existe um conceito muito bem definido da diferença de “denúncia”
e de “representação”. Em alguns casos, adota-se a denúncia para se referir ao direito de qualquer cidadão
de relatar irregularidades, conforme prevê o art. 74 da Constituição Federal3; enquanto a representação

3
CF, Art. 74 [...] § 2º Qualquer cidadão, partido político, associação ou sindicato é parte legítima para, na forma da lei, denunciar
irregularidades ou ilegalidades perante o Tribunal de Contas da União.

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seria um dever de agentes públicos e demais interessados. Por exemplo, se um servidor toma
conhecimento de uma irregularidade, ele terá o dever de representar à autoridade competente.4

Entretanto, às vezes, a legislação faz confusão nos conceitos desses dois instrumentos. Por exemplo, a Lei
14.133/2021 dispõe que “qualquer licitante, contratado ou pessoa física ou jurídica poderá representar aos
órgãos de controle interno ou ao tribunal de contas competente contra irregularidades” na aplicação das
normas de licitações e contratos. Nesse caso, temos um “particular” formulando uma representação.

Dessa forma, não existe uma diferença absoluta entre denúncia e representação, de tal forma que podemos
defini-las, genericamente, como instrumentos para peticionar aos órgãos públicos, relatando a ocorrência
de irregularidades na gestão pública.

Ainda segundo a Lei 13.844/2019:

§ 1º À Controladoria-Geral da União, no exercício de suas competências, cumpre dar


andamento às representações ou às denúncias fundamentadas que receber, relativas a
lesão ou ameaça de lesão ao patrimônio público, e velar por seu integral deslinde.

Daí o motivo de a área de competência da CGU tratar de “decisão preliminar”. Isso porque muitas vezes a
denúncia e representação dependerá de decisões de autoridades administrativas (por exemplo: de um
Ministro de Estado de outro setor). Nesse caso, a função da CGU é de tomar o conhecimento da denúncia
e da representação e encaminhá-la para a autoridade competente exercer as suas competências
específicas.

2.2.3 Instauração de avocação de procedimentos e processos


administrativos

Também está na área de competência da CGU:

III - instauração de procedimentos e processos administrativos a seu cargo, com a


constituição de comissões, e requisição de instauração daqueles injustificadamente
retardados pela autoridade responsável;

IV - acompanhamento de procedimentos e processos administrativos em curso em


órgãos ou entidades da administração pública federal;

V - realização de inspeções e avocação de procedimentos e processos em curso na


administração pública federal, para exame de sua regularidade, e proposição de
providências ou correção de falhas;

4
Lei 8.112/1990, art. 116, XII: “Art. 116. São deveres do servidor: [...] XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso de
poder”.

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instauração dos que estão a seu cargo constituição de comissões

requisição de instauração retardados injustificadamente

Processos e dos que estão órgãos e entidades da


acompanhamento
procedimentos em curso APU federal

realização de inspeções exame de sua regularidade

avocação de processos e
proposição de providências; ou
procedimentos para

correção de falhas

Com efeito, a Lei 13.844/2019 dispõe que compete à CGU, sempre que constatar omissão da autoridade
competente, requisitar (L13844, art. 51, §§ 2º):

a) a instauração de sindicância, procedimentos e processos administrativos;


b) avocar aqueles já em curso perante órgão ou entidade da administração pública federal, com vistas
à correção do andamento, inclusive por meio da aplicação da penalidade administrativa cabível;

Além disso, no caso da omissão acima, a CGU também terá competência para instaurar sindicância ou
processo administrativo ou, conforme o caso, representar à autoridade competente para apurar a omissão
das autoridades responsáveis (L13844, art. 51, 3º).

Bom, peraí! Talvez você esteja se perguntante qual é a diferença entre a instauração da sindicância,
processo e procedimento do art. 51, § 2º e do § 3º. Vou explicar com um exemplo daqui de casa. Suponha
que eu sou a autoridade responsável por garantir a disciplina dos meus filhos. Porém, determinado dia,
eles não arrumaram o quarto conforme o combinado. Eu, entretanto, estava muito feliz, enquanto jogava
videogame com eles, e, por isso, não instaurei a sindicância ou processo administrativo disciplinar para
aplicar a sanção cabível (que, conforme regulamento daqui de casa, é de “proibição de jogar videogame
por duas semanas”).

A minha esposa, exercendo a função de “CGU”, instaurou dois processos disciplinares: (1) contra os meus
filhos, para apurar a infração de não arrumar o quarto e aplicar a pena cabível; (2) contra a minha pessoa,
pela omissão no dever de instaurar o processo administrativo contra os meus filhos. O primeiro processo
administrativo disciplinar é o previsto no § 2º do art. 51, enquanto o segundo é aquele previsto no § 3º
também do art. 51.

Outra regra interessante consta no § 5º desse mesmo artigo, vejamos:

Art. 51. § 5º Os procedimentos e os processos administrativos de instauração e avocação


facultados à Controladoria-Geral da União incluem aqueles de que tratam o Título V da
Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, o Capítulo V da Lei nº 8.429, de 2 de junho de
1992, o Capítulo IV da Lei nº 12.846, de 1º de agosto de 2013, e outros a serem

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desenvolvidos ou já em curso em órgão ou entidade da administração pública federal,


desde que relacionados a lesão ou a ameaça de lesão ao patrimônio público.

Isso significa que a CGU tem competência para instaurar e avocar os seguintes processos ou
procedimentos:

a) processo administrativo disciplinar (PAD) e sindicância da Lei 8.112/1990 (Estatuto dos Servidores
Públicos Federais);
b) procedimento administrativo para investigação de indícios de atos de improbidade administrativa
(Lei 8.429/1992, art. 14);
c) processo administrativo de responsabilização (PAR) da Lei Anticorrupção (Lei 12.846/2013, arts. 8º
a 15).
d) outros relacionados a lesão ou a ameaça de lesão ao patrimônio público.

PAD e Sindicância Lei 8.112/1990

Apuração de ato de improbidade


Procedimento
Processos e administrativo
procedimentos que Lei 8.429/1990
podem ser avocados ou
instaurados pela CGU
PAR Lei Anticorrupção (L12846)

lesão ou a ameaça de lesão ao


Outros
patrimônio público

2.2.4 Declaração da nulidade de procedimento ou processo

De acordo com a Lei 13.844/2019, constitui área de competência da CGU (art. 51):

VI - efetivação ou promoção da declaração da nulidade de procedimento ou processo


administrativo em curso ou já julgado por qualquer autoridade do Poder Executivo federal
e, se for o caso, da apuração imediata e regular dos fatos envolvidos nos autos e na
nulidade declarada;

Essa é quase que uma decorrência lógica das competências citadas anteriormente. Se a CGU pode
acompanhar, inspecionar e avocar processos em curso, consequentemente ela poderá declarar a nulidade
daqueles processos viciados. Imagine, por exemplo, que um servidor foi absolvido em PAD. Porém, a CGU,
por meio de inspeção, descobre que o servidor cometeu infrações e que a absolvição decorreu de
influências indevidas de “amigos” desse servidor. No caso, a CGU poderá declarar a nulidade do processo,
realizando a apuração imediata dos fatos.

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2.2.5 Requisição de informações

Também constituem áreas de competência da Controladoria-Geral da União:

VII - requisição de dados, de informações e de documentos relativos a procedimentos e


processos administrativos já arquivados por autoridade da administração pública
federal;

VIII - requisição a órgão ou a entidade da administração pública federal de informações


e de documentos necessários a seus trabalhos ou a suas atividades;

Podemos complementar essa competência com a previsão do art. 52, que versa sobre as competências do
Ministro da CGU, que dispõe que compete ao Ministro da CGU “requisitar procedimentos e processos
administrativos julgados há menos de 5 (cinco) anos ou já arquivados, no âmbito da administração pública
federal, para reexame e, se necessário, proferir nova decisão”.5

2.2.6 Requisição de servidores e empregados

A CGU pode necessitar de servidores de outros órgãos e entidades do Poder Executivo federal para o
exercício de suas atribuições. Por exemplo, a CGU pode necessitar de um especialista da Receita Federal
para auxiliar na condução de trabalhos sobre acordos de leniência relativos a casos que envolvam matéria
tributária.

Por isso, insere-se em sua área de competência (L13844, art. 51, IX):

IX - requisição a órgãos ou a entidades da administração pública federal de servidores ou


de empregados necessários à constituição de comissões, inclusive das referidas no inciso
III do caput deste artigo, e de qualquer servidor ou empregado indispensável à instrução
de processo ou procedimento;

Conforme consta na Estrutura Regimental da CGU, a requisição de servidores para constituir comissões,
incluindo as comissões de procedimentos e processos administrativos, está limitada ao Poder Executivo
federal.

2.2.7 Proposição de medidas legislativas ou administrativas

A CGU também tem competência para a “proposição de medidas legislativas ou administrativas e


sugestão de ações para evitar a repetição de irregularidades constatadas” (L13844, art. 51, X).

Imagine, por exemplo, que acabou de acontecer um escândalo de corrupção no Brasil (coisa que
“raramente” acontece por aqui). Após conduzir diversos processos administrativos de responsabilização, a
CGU identificou um modo de agir dos infratores. Nesse caso, poderia a CGU propor ao chefe do Poder

5
Na mesma linha, a Estrutura Regimental da CGU, aprovada pelo Decreto 9.681/2019, dispõe que é área de competência da
CGU a (art. 1º): “VII - requisição de procedimentos e de processos administrativos julgados há menos de cinco anos ou já
arquivados, contados da data do julgamento ou do arquivamento, no âmbito do Poder Executivo federal, para reexaminá-los e,
se necessário, proferir nova decisão”.

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Executivo medidas administrativas e legislativas para evitar que novas infrações dessa natureza voltem a
ocorrer.

Veremos ao longo do curso, ademais, que basicamente todas as secretarias da CGU possuem competências
de normatização em seus respectivos âmbitos de atuação. Nesse caso, a Estrutura Regimental da CGU
dispõe que é área de competência da CGU a (art. 1º):

XIII - supervisão técnica e orientação normativa, na condição de órgão central dos


sistemas de controle interno, correição e ouvidoria dos órgãos da administração pública
federal direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas, das
sociedades de economia mista e das demais entidades controladas direta ou
indiretamente pela União;

Vamos tratar desse assunto novamente, quando estudarmos cada um dos sistemas estruturantes da CGU.

2.2.8 Recebimento de reclamações

Por fim, também se insere nas áreas de competência da CGU:

XI - recebimento de reclamações relativas à prestação de serviços públicos em geral e à


apuração do exercício negligente de cargo, emprego ou função na administração pública
federal, quando não houver disposição legal que atribua essas competências específicas
a outros órgãos;

Nesse caso, temos duas competências em um dispositivo só. Assim, compete à CGU o recebimento de
reclamações relativas:

a) à prestação de serviços públicos em geral; e


b) à apuração do exercício negligente de cargo, emprego ou função na administração pública federal.

Cumpre acrescentar, a respeito da avaliação dos serviços públicos, que atualmente existe a Lei
13.460/2017, que dispõe sobre participação, proteção e defesa dos direitos do usuário dos serviços
públicos da administração pública. Com efeito, essa Lei assegura ao usuário do serviço público a
apresentação de manifestações perante a administração pública acerca da prestação de serviços públicos
(L13460, art. 9º).

Ademais, anota-se que as duas competências são residuais, ou seja, a CGU terá competência para apurar
as reclamações quando não houver outro órgão com competência específica para isso.

2.2.9 Apuração de dano ao erário

Segundo a Lei 13.844/2019, os titulares dos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
federal cientificarão o Ministro de Estado da CGU acerca de irregularidades que, registradas em seus
relatórios, tratem de atos ou fatos atribuíveis a agentes da administração pública federal e das quais tenha
resultado ou possa resultar prejuízo ao erário de valor superior ao limite fixado pelo Tribunal de Contas
da União para efeito da tomada de contas especial elaborada de forma simplificada (L13844, art. 51, § 6º).

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Lembrando mais uma vez que a CGU exerce o papel de órgão central do Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo (SCI), mas existem diversos órgãos setoriais, conforme vamos estudar oportunamente.
Assim, podemos dizer que esses titulas dos órgãos do SCI são obrigados a cientificar o Ministro da CGU
sobre a ocorrência de dano ao erário imputável a agente público da administração federal.

A tomada de contas especial é um processo administrativo para apurar responsabilidade por ocorrência
de dano à administração pública federal, com apuração de fatos, quantificação do dano, identificação dos
responsáveis, para que se possa obter o respectivo ressarcimento.6

Não há, atualmente, norma que fixe um valor específico para uma tomada de contas especial
“simplificada”. Porém, a Instrução Normativa 71/2012, do TCU, dispensa a instauração de tomada de
contas especial quando o valor do débito for inferior a R$ 100.000.00 (cem mil reais).

Para o atendimento dessa disposição, os órgãos e as entidades da administração pública federal ficam
obrigados a atender, no prazo indicado, às requisições e às solicitações do Ministro de Estado da CGU e
também são obrigados a comunicar o Ministro da CGU sobre a instauração de sindicância ou processo
administrativo, bem como o seu resultado (L13844, art. 51, § 7º).

Cabe anotar, por fim, que a Constituição Federal dispõe que os responsáveis pelo controle interno, ao
tomarem conhecimento de qualquer irregularidade ou ilegalidade, dela darão ciência ao Tribunal de Contas
da União, sob pena de responsabilidade solidária (CF, art. 74, § 1º).

2.2.10 Encaminhamento de informações para a AGU

De acordo com a Lei 13.844/2019:

§ 4º A Controladoria-Geral da União encaminhará à Advocacia-Geral da União os casos


que configurarem improbidade administrativa e aqueles que recomendarem a
indisponibilidade de bens, o ressarcimento ao erário e outras providências a cargo da
Advocacia-Geral da União e provocará, sempre que necessário, a atuação do Tribunal de
Contas da União, da Secretaria Especial da Receita Federal do Brasil do Ministério da
Economia, dos órgãos do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal e,
quando houver indícios de responsabilidade penal, da Polícia Federal do Ministério da
Justiça e Segurança Pública e do Ministério Público Federal, inclusive quanto a
representações ou denúncias manifestamente caluniosas.

Trata-se do dever de representar. Uma vez identificado algum fato cuja apuração fuja ao âmbito de
competência da CGU, deverá a Controladoria representar aos órgãos com competência para realizar as
apurações e adotar as providências cabíveis.

No primeiro caso, contudo, a competência da Advocacia-Geral da União – AGU restou um pouco


prejudicada com a nova redação da Lei de Improbidade Administrativa, uma vez que, com a edição da Lei
14.230/2021, a AGU deixou de ter competência para propor ação de improbidade, cabendo tal legitimidade

6
Instrução Normativa TCU 71/2012, art. 2º.

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somente ao Ministério Público. De qualquer forma, precisamos conhecer a redação legal para questões
literais.

2.2.11 Controle interno da CGU

Neste último tópico, não vamos discutir uma “área de competência” da CGU. Aqui, vamos falar sobre o
controle interno da própria CGU. Deixe-me explicar melhor!

A CGU exerce o controle interno sobre os órgãos e entidades do Poder Executivo federal. Mas a própria
CGU também exerce atividades administrativas (licitações, contratações, pagamentos, etc.). Nesse caso,
quem exerce o controle interno da CGU?

De acordo com a Lei 13.844/2021, compete à Secretaria de Controle Interno da Secretaria-Geral da


Presidência da República atuar como órgão de controle interno da CGU no que diz respeito à sua auditoria.

A Secretaria de Controle Interno da Secretaria-Geral da Presidência da República


atua como órgão de controle interno da CGU no que diz respeito à sua auditoria.

2.3 Competências do Ministro de Estado da CGU

O art. 52 da Lei 13.844/2019 enumera as competências do Ministro de Estado da CGU. Essencialmente, as


competências do Ministro da CGU são as mesmas “áreas de competências” da CGU, com pequenos ajustes.
Assim, a repetição dessas competências em aula é desnecessária, mas recomendamos a leitura “seca” do
art. 52 da L13844.

2.4 Estrutura básica da CGU

Nesta aula, vamos começar pela parte mais “básica” da estrutura da CGU, que consta na Lei 13.844/2019.
Depois, vamos iniciar “os detalhes”, conforme consta na Estrutura Regimental da CGU. Vamos lá!

De acordo com a Lei 13.844/2019, integram a estrutura básica da CGU:

a) o Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção;


b) a Comissão de Coordenação de Controle Interno;
c) a Corregedoria-Geral da União;
d) a Ouvidoria-Geral da União;
e) a Secretaria Federal de Controle Interno; e
f) até 2 (duas) Secretarias.

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Estrutura da CGU -
Conforme a Lei
13.844/2019

Conselho de
a Secretaria
Transparência Comissão de
Corregedoria- Ouvidoria-Geral Federal de até 2 (duas)
Pública e Coordenação de
Geral da União da União; Controle Interno; Secretarias.
Combate à Controle Interno
e
Corrupção

O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção será presidido pelo Ministro de Estado da
Controladoria-Geral da União e será composto, paritariamente, de representantes da sociedade civil
organizada e de representantes do governo federal.

Presidente Ministro da CGU

Conselho de Transparência
Pública e Combate à Corrupção representantes da sociedade civil
organizada
Composição
paritária

representantes do governo federal

2.5 Estrutura regimental da CGU

O Decreto 9.681/2019 aprova a Estrutura Regimental da CGU. Inicialmente, vamos fazer uma
padronização. Teoricamente, não podemos confundir o Decreto 9.681/2019 com a sua Estrutura
Regimental. Esta é um anexo daquele. Porém, fica meio “chato” falar o tempo todo: “Estrutura Regimental
aprovada pelo Decreto 9.681/2019”. Assim, ao longo da aula, quando mencionarmos, por exemplo, o “art.
X do Decreto 9.681/2019” entenda que se trata do “art. X, da Estrutura Regimental, aprovada pelo Decreto
9.681/2019”. Assim, vai ficar tudo mais simples. Também vamos utilizar simplesmente “Estrutura
Regimental” ou “D9681”, em todos os casos para tratar da “Estrutura Regimental, aprovada pelo Decreto
9.681/2019”.

Agora, vamos lá!

A estrutura organizacional da CGU é formada por quatro categorias de órgãos: (i) órgãos de assistência
direta e imediata ao Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União; (ii) órgãos específicos singulares;
(iii) unidades descentralizadas; e (iv) órgãos colegiados.

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Na primeira categoria, encontramos os órgãos que apoiam diretamente o Ministro de Estado, como o seu
Gabinete e a Consultoria Jurídica.

Na segunda categoria, encontramos os órgãos principais da CGU, dentro do exercício de suas funções
finalísticas, como a Secretaria Federal de Controle Interno e a Corregedoria-Geral da União.

Na terceira categoria, encontramos as unidades descentralizadas, ou seja, as controladorias regionais da


União nos estados. Portanto, as unidades descentralizadas são as unidades da CGU em cada uma das
capitais da Federação.

Por fim, no último grupo, encontramos os órgãos colegiados, que atualmente são dois: (i) Conselho de
Transparência Pública e Combate à Corrupção; (ii) Comissão de Coordenação de Controle Interno.

Assim, segundo o Decreto 9.681/2019, a CGU adota a seguinte estrutura organizacional:

I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado da Controladoria-Geral


da União:
a) Gabinete;
b) Assessoria Especial para Assuntos Internacionais;
c) Assessoria Especial de Comunicação Social;
d) Secretaria-Executiva:
1. Diretoria de Governança;
2. Diretoria de Gestão Interna; e
3. Diretoria de Tecnologia da Informação; e
e) Consultoria Jurídica;
II - órgãos específicos singulares:
a) Secretaria Federal de Controle Interno:
1. Diretoria de Auditoria de Políticas Econômicas e de Desenvolvimento;
2. Diretoria de Auditoria de Políticas Sociais e de Segurança Pública;
3. Diretoria de Auditoria de Previdência e Benefícios;
4. Diretoria de Auditoria de Políticas de Infraestrutura;
5. Diretoria de Auditoria de Governança e Gestão; e
6. Diretoria de Auditoria de Estatais; e
b) Ouvidoria-Geral da União;
c) Corregedoria-Geral da União:
1. Diretoria de Gestão do Sistema de Correição do Poder Executivo Federal;
2. Diretoria de Responsabilização de Entes Privados; e
3. Diretoria de Responsabilização de Agentes Públicos;
d) Secretaria de Transparência e Prevenção da Corrupção:
1. Diretoria de Transparência e Controle Social;
2. Diretoria de Promoção da Integridade; e

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3. Diretoria de Prevenção da Corrupção; e


e) Secretaria de Combate à Corrupção:
1. Diretoria de Acordos de Leniência;
2. Diretoria de Pesquisas e Informações Estratégicas; e
3. Diretoria de Operações Especiais;
III - unidades descentralizadas: Controladorias Regionais da União nos Estados; e
IV - órgãos colegiados:
a) Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção;
b) Comissão de Coordenação de Controle Interno.

Vamos melhorar a visualização por meio de um gráfico. Vamos adotar um gráfico com adaptações
disponível no Portal da CGU. Contudo, realizamos pequenos ajustes para que a organização fique
exatamente como consta no Decreto 9.681/20191 (que será a referência para a nossa prova), mas
ressaltamos que o arquivo original possui pequenas divergências em conteúdo.7

7
Com adaptações de:
https://www.gov.br/cgu/pt-br/acesso-a-informacao/institucional/imagens/organograma2021.png

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Seguindo o edital do concurso da CGU, precisamos estudar as competências apenas dos órgãos específicos
singulares e das unidades descentralizadas. Dessa forma, apenas entenda, em linhas gerais, a estrutura da
CGU, já que, nesse caso, a cobrança poderia ser mais ampla. Contudo, na hora de estudar as competências,
vamos focar apenas nos órgãos específicos singulares e das unidades descentralizadas.

2.5.1 Órgãos específicos singulares

2.5.1.1 Secretaria Federal de Controle Interno (SFC)

Inicialmente, vamos lembrar a composição da SFC:

A SFC exerce as competências de órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal.
Por isso, talvez, esta seja a estrutura mais “famosa” da CGU, já que é a SFC que faz o “controle interno” do
Poder Executivo federal.

Bom, aqui não temos para onde fugir. Vamos citar as competências da SFC:

I - exercer as competências de órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo federal;

Vamos estudar esse tema em nossa próxima aula.

II - propor ao Ministro de Estado a normatização, a sistematização e a padronização dos


procedimentos operacionais dos órgãos e das unidades integrantes do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo federal;

III - coordenar as atividades que exijam ações integradas dos órgãos e das unidades do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal;

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IV - auxiliar o Ministro de Estado na supervisão técnica das atividades desempenhadas


pelos órgãos e pelas unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo federal;

Todas as últimas três competências guardam relação com as funções de órgão central do sistema de
controle interno. Nesse caso, a SFC propõe medidas normativas e auxilia o Ministro na realização da
supervisão das demais unidades.

V - subsidiar o Ministro de Estado na verificação da consistência dos dados contidos no


relatório de gestão fiscal previsto no art. 54 da Lei Complementar n º 101, de 4 de maio
de 2000;

IX - verificar o cumprimento dos limites de despesa com pessoal e avaliar a adoção de


medidas para a eliminação do percentual excedente, nos termos dos art. 22 e art. 23 da
Lei Complementar nº 101, de 2000; 6

X - verificar a adoção de providências para recondução dos montantes das dívidas


consolidada e mobiliária aos limites de que trata o art. 31 da Lei Complementar nº 101,
de 2000;

XI - verificar a destinação de recursos obtidos com a alienação de ativos, consideradas as


restrições constitucionais e aquelas da Lei Complementar nº 101, de 2000;

VIII - verificar a observância dos limites e das condições para realização de operações de
crédito e inscrição em restos a pagar;

Essas competências estão relacionadas às exigências da Lei de Responsabilidade Fiscal. O relatório de


gestão fiscal – RGF contém informações sobre os limites definidos na Lei de Responsabilidade Fiscal, como
o limite de despesa com pessoal, limite de operações de crédito, etc. Cada Poder elabora o seu RGF,
cabendo à CGU, então, verificar a consistência dos dados do Executivo federal.

Ademais, quando o Poder ou órgão ultrapassa o limite previsto na LRF para despesa com pessoal, haverá a
necessidade de reduzir o gasto com pessoal nos dois quadrimestres subsequentes, sendo que pelo menos
um terço deverá ser reduzido ainda no primeiro quadrimestre (LRF, art. 23, caput).

Ademais, os arts. 22 e 23 da Lei de Responsabilidade fiscal tratam das medidas a serem adotadas quando
extrapolado o limite prudencial (95% do limite máximo) e o limite máximo. Nesse caso, a SFC deverá
verificar a implementação das medidas exigidas.

As mesmas regras se aplicam à recondução dos montantes das dívidas consolidada e mobiliária aos limites
(LRF, art. 31).

Por fim, a CF (art. 163, VIII, “e”) e a LRF apresentam regras para a utilização dos recursos de alienação de
ativos, com o objetivo de evitar que a administração se desfaça do seu patrimônio sem um adequado
planejamento da destinação desses recursos. Cabe, novamente, à SFC acompanhar essas medidas.

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VI - auxiliar o Ministro de Estado na elaboração da prestação de contas anual do


Presidente da República, a ser encaminhada ao Congresso Nacional, conforme disposto
no art. 84, caput, inciso XXIV, Constituição;

O art. 84, XXIV, da Constituição Federal dispõe que o Presidente da República deverá “prestar, anualmente,
ao Congresso Nacional, dentro de sessenta dias após a abertura da sessão legislativa, as contas referentes
ao exercício anterior”. Nesse caso, o Ministro da CGU se encarrega de elaborar essa prestação de contas,
contando com o apoio da SFC.

XII - avaliar o cumprimento das metas estabelecidas no plano plurianual e na lei de


diretrizes orçamentárias;

XIII - avaliar a execução dos orçamentos da União;

XV - fornecer informações sobre a situação3físico-financeira dos projetos e das atividades


constantes dos orçamentos da União;

Essas competências tratam da execução das leis orçamentárias (em sentido amplo). Com efeito, a próprio
Constituição Federal atribui ao sistema de controle interno a competência para “avaliar o cumprimento das
metas previstas no plano plurianual, a execução dos programas de governo e dos orçamentos da União”(CF,
art. 74, I).

VII - avaliar o desempenho e supervisionar o trabalho das unidades de auditoria interna


dos órgãos e entidades do Poder Executivo federal;

XIV - fiscalizar e avaliar a execução dos programas de governo, inclusive ações


descentralizadas realizadas à conta de recursos oriundos dos orçamentos da União,
quanto ao nível de execução das metas e dos objetivos estabelecidos e à qualidade do
gerenciamento;

XVI - realizar auditorias sobre a gestão dos recursos públicos federais sob a
responsabilidade de órgãos e entidades públicos e privados e sobre a aplicação de
subvenções e renúncia de receitas;

XVII - realizar atividades de auditoria interna nos sistemas contábil, financeiro,


orçamentário, de pessoal, de recursos externos e demais sistemas administrativos e
operacionais de órgãos e entidades sob sua jurisdição e propor melhorias e
aprimoramentos na gestão de riscos, nos processos de governança e nos controles
internos da gestão;

Como órgão central do sistema de controle interno, a CGU possui diversas atribuições relativas aos
trabalhos de auditoria.

Preste atenção no caso do inciso XIV, que trata da fiscalização de recursos em “ações descentralizadas
realizadas à conta de recursos oriundos dos orçamentos da União”. Por exemplo, a União poderá transferir

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recursos para os estados e municípios. Caso esse recurso seja transferido voluntariamente, permanecerá a
competência da CGU para fiscalizar a sua aplicação, em virtude da origem do recurso.8

Na mesma linha, observe o inciso XVI, que trata da fiscalização de recursos aplicados por entidades públicas
e privadas. É o que acontece, por exemplo, na fiscalização de recursos transferidos para as entidades
paraestatais.

XVIII - apurar, em articulação com a Corregedoria-Geral da União e com a Secretaria de


Combate à Corrupção, atos ou fatos ilegais ou irregulares praticados por agentes
públicos ou privados na utilização de recursos públicos federais;

XIX - determinar a instauração de tomadas de contas especiais e promover o seu registro


para fins de acompanhamento;

Já falamos da tomada de contas especial. Essa medida


7 é adotada no caso de dano ao erário ou omissão no
dever de prestar contas.

XX - zelar pela observância ao disposto no art. 29 da Lei nº 10.180, de 6 de fevereiro de


2001, por meio da supervisão e da coordenação da atualização e da manutenção dos
dados e dos registros pertinentes;

Esse é um caso um pouco mais complexo. Primeiro, vamos começar de forma resumida: a Lei 10.180/2001
veda que determinadas pessoas ocupem cargos públicos nos sistemas de controle interno, de contabilidade
e de planejamento e orçamento federal. O objetivo é impedir que pessoas “condenadas” por atos
desabonadores ocupem atribuições em sistemas sensíveis da Administração Pública federal.

Nessa linha (L10180):

Art. 29. É vedada a nomeação para o exercício de cargo, inclusive em comissão, no âmbito
dos Sistemas de que trata esta Lei, de pessoas que tenham sido, nos últimos cinco anos:
I - responsáveis por atos julgados irregulares por decisão definitiva do Tribunal de Contas da
União, do tribunal de contas de Estado, do Distrito Federal ou de Município, ou ainda, por conselho
de contas de Município;
II - punidas, em decisão da qual não caiba recurso administrativo, em processo disciplinar por
ato lesivo ao patrimônio público de qualquer esfera de governo;
III - condenadas em processo criminal por prática de crimes contra a Administração
Pública, capitulados nos Títulos II e XI da Parte Especial do Código Penal Brasileiro, na Lei no
7.492, de 16 de junho de 1986, e na Lei no 8.429, de 2 de junho de 1992.

As vedações se aplicam, também, às nomeações para cargos em comissão que impliquem gestão de
dotações orçamentárias, de recursos financeiros ou de patrimônio, na Administração direta e indireta dos
Poderes da União, bem como para as nomeações como membros de comissões de licitações.

8
Disposição semelhante consta na CF/88, no art. 71, VI, em relação ao TCU.

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Sistema de Planejamento e de Orçamento Federal

Cargo, inclusive
Sistema de Controle Interno do P. Executivo Federal
em comissão

Sistema de Contabilidade Federal

atos julgadas irregulares em decisão definitiva de TC

processo disciplinar por ato lesivo ao patrimônio público


Pessoas que
Vedada a
nomeação condenadas em processo criminal por prática de crimes contra
a Administração Pública
2
Prazo últimos 5 anos

gestão de dotações orçamentárias

Também se aplica aos


gestão de recursos financeiros ou de patrimônio
cargos em comissão de:

membros de comissões de licitações

Por fim, cabe à SFC fiscalizar o cumprimento dessas disposições.

XXI - promover capacitação em temas relacionados às atividades de auditoria interna


governamental, governança, gestão de riscos e controles internos;

XXII - planejar, coordenar, supervisionar e realizar auditorias e atuar em conjunto com


outros órgãos na defesa do patrimônio público;

XXIII - elaborar planejamento tático e operacional em alinhamento com o planejamento


estratégico da Controladoria-Geral da União;

Tome cuidado, a SFC faz o planejamento tático e operacional.

XXIV - monitorar e avaliar qualitativa e quantitativamente os processos de trabalho


relativos às atividades de auditoria interna governamental e de controladoria realizadas
no âmbito da Controladoria-Geral da União;

XXV - prospectar soluções tecnológicas, identificar oportunidades de melhoria e propor


inovações para os processos de trabalho de auditoria interna governamental;

XXVI - apoiar, no âmbito de suas competências, as comissões de negociação de acordos


de leniência e ações de operações especiais; e

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Lembrando que o papel central nas negociações de acordos de leniência e na realização de operações
especiais cabe à Secretaria de Combate à Corrupção, por intermédio da Diretoria de Acordos de Leniência.
Assim, o papel da SFC é apenas de apoiar, no âmbito de suas competências, os trabalhos das comissões.

XXVII - emitir parecer acerca da manifestação da Caixa Econômica Federal sobre o


reconhecimento da titularidade, do montante, da liquidez e da certeza da dívida, nos
processos de novação de dívida de que trata a Lei nº 10.150, de 21 de dezembro de 2000.

Este último é um assunto bem específico. A Lei 10.150/2000 trata dos processos de novação de dívida
(entenda como “trocar uma dívida por outra”) relativas ao Fundo de Compensação de Variações Salariais –
FCVS. No processo de novação, haverá uma manifestação da Caixa sobre o tema, cabendo à SFC emitir um
parecer.

2.5.1.2 Competências das diretorias da SFC

Vimos acima que a SFC é formada por seis diretorias. Nesse caso, todas elas possuem duas competências
comuns, mas cada uma nas suas respectivas áreas (Estrutura Regimental, art. 11). Assim, compete a cada
uma das diretorias, nas suas áreas:

a) as atividades de auditoria da execução dos programas e das ações governamentais e da gestão dos
órgãos e das entidades do Poder Executivo federal; e
b) as atividades de supervisão técnica das unidades de auditoria interna dos órgãos e entidades do
Poder Executivo federal.

da execução dos programas e das ações


governamentais
Atividades de
auditoria
Competências da gestão dos órgãos e das entidades
"comuns" das
Diretorias da SFC, em
suas respectivas áreas
Supervisão unidades de auditoria interna dos órgãos e entidades
técnica do Poder Executivo federal

Além disso, sem prejuízo das competências já enumeradas, algumas diretorias possuem competências
específicas.

Nesse caso, compete especificamente (art. 11, § 1º):

a) à Diretoria de Auditoria de Políticas Econômicas e de Desenvolvimento (DE):


1) verificar a consistência dos dados contidos no Relatório de Gestão Fiscal, previsto no art. 54 da
Lei Complementar nº 101, de 2000;
2) consolidar as informações que compõem o relatório de atividades do Poder Executivo federal e
monitorar o processo de elaboração da prestação de contas anual (PCA) do Presidente da
República (PR), a ser encaminhada ao Congresso Nacional, conforme disposto no art. 84, caput,
inciso XXIV, da Constituição;

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3) monitorar o atendimento às recomendações do Tribunal de Contas da União constantes do


parecer prévio sobre a prestação de contas anual do Presidente da República;
4) realizar auditorias nos processos, sistemas e órgãos relacionados ao crédito tributário e não
tributário, do lançamento à arrecadação, incluindo a cobrança e os recursos administrativos e a
cobrança judicial; e
5) emitir nota técnica para subsidiar o parecer de que trata o inciso XXVII do caput do art. 10
(parecer sobre a manifestação da Caixa acerca de novação de dívida);

b) à Diretoria de Auditoria de Governança e Gestão (DG):


1) realizar auditorias sobre mecanismos de liderança, estratégia e controle em políticas e
processos transversais de desburocratização, gestão, logística, tecnologia da informação,
pessoal e patrimônio;
2) desenvolver ações sistemáticas para o fomento de boas práticas de governança, voltadas, em
especial, à simplificação administrativa, modernização da gestão pública federal e
==186372==

direcionamento de ações para a busca de resultados para a sociedade;


3) coordenar e executar, em articulação com outras unidades do Sistema de Controle Interno do
Poder Executivo federal, auditorias em projetos de financiamento externo e de cooperação
técnica internacional; e
4) verificar, certificar e controlar as tomadas de contas especiais; e

c) à Diretoria de Auditoria de Estatais (DAE), realizar auditorias em empresas estatais.

Para fins de concurso, é difícil de memorizar todas essas competências. Assim, vou dar uma dica: memorize
competências importantes. Nesse caso, vou destacar duas:

ü a DE é responsável por monitorar a elaboração da prestação de contas do Presidente da República e


por monitorar o cumprimento de recomendações do TCU emitidas no parecer prévio;
ü a DG verifica, certifica e contra as tomadas de contas especiais.

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DE DG DAE

Auditorias: liderançã,
Consistência do RGF Auditoria nas estatais
estratégia, desburocratização

Monitorar a elaboração da PCA Ações de boas práticas de


do PR governança

Monitorar as recomendações auditorias em projetos de


do TCU na PCA financiamento externo

Controle das tomadas de


Auditorias de créditos
contas especiais

Nota técnica sobre parecer da


novação de dívida

Só mais uma observação! As competências das diretorias da SFC não se aplicam, em regra, aos órgãos e às
entidades da:

a) Presidência da República;
b) Vice-Presidência da República;
c) Advocacia-Geral da União;
d) Ministério das Relações Exteriores; e
e) Ministério da Defesa.

Tais unidades dispõem de unidades próprias para o exercício do controle interno, daí o motivo de não se
aplica, a priori, as competências da SFC.

As únicas competências das diretorias que se aplicam aos órgãos acima são aquelas enumeradas nas alíneas
“b” e “c”, do inciso I, do § 1º, do art. 11, da Estrutura Regimental, ou seja, a consolidação dos relatórios do
Poder Executivo, o monitoramento da elaboração da prestação de contas anual do PR e o monitoramento
do atendimento das recomendações do TCU, emitidas no parecer prévio das contas anuais do Presidente.

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Competências comuns e específicas das Diretorias da SFC


Comuns § Atividades de auditoria
§ da execução dos programas e das ações governamentais
§ da gestão dos órgãos e das entidades
§ Supervisão técnica
§ unidades de auditoria interna dos órgãos e entidades do Poder Executivo federal
D. Auditoria de § verificar a consistência dos dados do RGF;
Políticas § consolidar as informações do relatório de atividades do Poder Executivo federal;
Econômicas e de
§ monitorar o processo de elaboração da prestação de contas anual do Presidente da
Desenvolvimento
República;
§ monitorar o atendimento às recomendações do TCU constantes do parecer prévio;
§ realizar auditorias nos processos, sistemas e órgãos relacionados ao crédito tributário e
não tributário; e
§ emitir nota técnica para subsidiar o parecer sobre a manifestação da Caixa acerca de
novação de dívida;
D. Auditoria de § realizar auditorias sobre mecanismos de liderança, estratégia e controle em políticas e
Governança e processos transversais de desburocratização;
Gestão § desenvolver ações sistemáticas para o fomento de boas práticas de governança;
§ coordenar e executar auditorias em projetos de financiamento externo e de cooperação
técnica internacional; e
§ verificar, certificar e controlar as tomadas de contas especiais; e
D. Auditoria de § auditorias em empresas estatais.
Estatais

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Pessoal, acredito que já vimos muita teoria até aqui. Então, vamos resolver algumas questões inéditas.
Recomendo ainda a leitura das normas “secas” e também que vocês assistam às nossas aulas em vídeo.
Vamos lá!

3 QUESTÕES INÉDITAS COM COMENTÁRIOS

1. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Constitui área de competência da Controladoria-Geral da União:

a) decisão definitiva acerca de representações ou denúncias recebidas, com indicação das providências
cabíveis;

b) requisição de instauração de procedimentos administrativos sempre que retardados pela autoridade


responsável;

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c) acompanhamento de procedimentos e processos administrativos em curso em órgãos ou entidades da


administração pública federal, estadual ou municipal;

d) proposição de medidas legislativas ou administrativas e sugestão de ações para evitar a repetição de


irregularidades constatadas;

e) coordenação e gestão do Sistema de Controle Interno e Externo do Poder Executivo federal.

Comentário: as áreas de competência da CGU estão definidas no art. 51 da Lei n° 13.844/2019. Vamos
analisar cada alternativa de acordo com os incisos desse artigo:

a) o inciso II traz a competência da CGU para a decisão preliminar (e não definitiva) acerca de
representações ou denúncias fundamentadas recebidas e indicação das providências cabíveis – ERRADA;

b) o inciso III traz a competência da CGU para requerer a instauração de procedimentos e processos
administrativos injustificadamente retardados pela autoridade responsável – ERRADA;

c) acompanhamento de procedimentos e processos administrativos em curso em órgãos ou entidades da


administração pública federal apenas, e não estadual e municipal como dito na assertiva (inciso IV) –
ERRADA;

d) essa é realmente uma competência da CGU, constante do inciso X do art. 51 – CORRETA;

e) a competência da CGU é quanto à coordenação e gestão do Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo federal (inciso XII) – ERRADA.

Gabarito: alternativa D.

2. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) No que diz respeito às áreas de competência da Controladoria-
Geral da União, analise:

I - providências necessárias à defesa do patrimônio público, ao controle interno, à auditoria pública, à


correição, à prevenção e ao combate à corrupção, às atividades de ouvidoria e ao incremento da
transparência da gestão no âmbito da administração pública federal;

II - decisão preliminar acerca de representações ou denúncias fundamentadas recebidas e indicação das


providências cabíveis;

III - instauração de procedimentos e processos administrativos a seu cargo, com a constituição de


comissões;

IV - requisição de instauração de procedimentos e processos administrativos injustificadamente retardados


pela autoridade responsável.

Estão corretas apenas as competências listadas no(s) item(ns):

a) I;

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b) II;

c) I e III;

d) II e IV;

e) I, II, III e IV.

Comentário: as áreas de competência da CGU estão listadas no art. 51 da Lei n° 13.844/2019. Logo nos três
primeiros incisos, temos as seguintes competências:

I - providências necessárias à defesa do patrimônio público, ao controle interno, à


auditoria pública, à correição, à prevenção e ao combate à corrupção, às atividades de
ouvidoria e ao incremento da transparência da gestão no âmbito da administração
pública federal;

II - decisão preliminar acerca de representações ou denúncias fundamentadas recebidas


e indicação das providências cabíveis;

III - instauração de procedimentos e processos administrativos a seu cargo, com a


constituição de comissões, e requisição de instauração daqueles injustificadamente
retardados pela autoridade responsável;

Assim, chegamos à conclusão de que todas as assertivas estão corretas, como consta da alternativa E.

Gabarito: alternativa E.

3. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) A Controladoria-Geral não tem competência para:

a) adoção das providências necessárias ao combate à corrupção;

b) avocação de procedimentos e processos em curso no Poder Executivo federal, para a correção de falhas;

c) promoção da declaração de nulidade de procedimento ou processo administrativo já julgado por


qualquer autoridade do Poder Executivo federal;

d) execução das atividades de controladoria no âmbito do Poder Executivo federal, estadual e municipal.

e) apuração do exercício negligente de cargo, emprego ou função no Poder Executivo federal, desde que
não haja disposição legal atribuindo competência específica de outros órgãos ou entidades.

Comentário: a Controladoria-Geral da União, como órgão central do Sistema de Controle Interno, do


Sistema de Correição e do Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo federal, tem como área de competência
os seguintes assuntos, entre outros:

I - adoção das providências necessárias à defesa do patrimônio público, ao controle


interno, à auditoria pública, à correição, à prevenção e ao combate à corrupção, às

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atividades de ouvidoria e ao incremento da transparência e da integridade da gestão no


âmbito do Poder Executivo federal;

V - realização de inspeções e avocação de procedimentos e processos em curso no Poder


Executivo federal, para o exame de sua regularidade e a proposição de providências ou a
correção de falhas;

VI - efetivação ou promoção da declaração de nulidade de procedimento ou processo


administrativo, em curso ou já julgado por qualquer autoridade do Poder Executivo
federal, e, se for o caso, da apuração imediata e regular dos fatos envolvidos nos autos e
na nulidade declarada;

XIV - execução das atividades de controladoria no âmbito do Poder Executivo federal;

XII - recebimento de manifestações de usuários de serviços públicos, em geral, e apuração


do exercício negligente de cargo, emprego ou função no Poder Executivo federal, quando
não houver disposição legal que atribua competências específicas a outros órgãos ou
entidades;

Podemos notar que as alternativas A, B, C e E de fato constam no Decreto n° 9.681/2019 como


competências da CGU. Contudo, no caso da alternativa D, o erro está na parte final da afirmativa, pois a
competência para execução das atividades de controladoria se dá apenas no âmbito do Poder Executivo
federal, e não do estadual e municipal como diz a alternativa.

Gabarito: alternativa D.

4. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) É área de competência da Controladoria-Geral da União,


segundo a Lei n° 13.844/2019:

a) efetivação ou promoção da declaração da nulidade de procedimento ou processo administrativo, desde


que já julgados;

b) requisição de dados e documentos de processos administrativos, desde que ainda em curso;

c) requisição a órgãos ou a entidades da administração pública federal de servidores ou de empregados


necessários à constituição de comissões;

d) proposição de medidas administrativas e sugestões para evitar repetição de irregularidades, vedada a


apresentação de propostas legislativas sobre o tema;

e) coordenação e gestão do sistema de controle externo do Poder Executivo federal.

Comentário:

a) essa competência também se refere a processos em curso, e não somente a processos já julgados (art.
51, VI) – ERRADA;

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b) os processos não precisam estar em curso, a lei fala de processos já arquivados (art. 51, VII) – ERRADA;

c) essa, de fato, é uma competência da CGU prevista no art. 51, IX – CORRETA;

d) é competência da CGU a proposição de medidas legislativas ou administrativas e sugestão de ações para


evitar a repetição de irregularidades constatadas (art. 51, X) – ERRADA;

e) a CGU é competente para coordenação e gestão do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
federal (art. 51, XII).

Gabarito: alternativa C.

5. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Em relação às competências da CGU, previstas na Lei n°


13.844/2019, assinale a afirmativa correta:

a) é papel da Controladoria-Geral da União dar andamento às representações ou às denúncias que receber,


independentemente da fundamentação destas, desde que relativas à lesão ou à ameaça de lesão ao
patrimônio público;

b) sempre que a Controladoria-Geral da União constatar ação da autoridade competente, cumpre requisitar
a instauração de sindicância, procedimentos e processos administrativos.

c) a Controladoria-Geral da União encaminhará à Advocacia-Geral da União os casos que configurarem


improbidade administrativa;

d) a Controladoria-Geral da União não tem competência para provocar a Polícia Federal, quando houver
indícios de responsabilidade penal;

e) a Controladoria-Geral da União não tem competência para avocar processos administrativos disciplinares
relativos a servidores regidos pela lei n° 8.112/1990.

Comentário:

a) o art. 51, § 1° diz que à Controladoria-Geral da União, no exercício de suas competências, cumpre dar
andamento às representações ou às denúncias fundamentadas que receber, relativas a lesão ou ameaça
de lesão ao patrimônio público, e velar por seu integral deslinde – ERRADA;

b) a previsão diz respeito à omissão: à Controladoria-Geral da União, sempre que constatar omissão da
autoridade competente, cumpre requisitar a instauração de sindicância, procedimentos e processos
administrativo (art. 51, §2°) – ERRADA;

c) é exatamente isso que diz o art. 51, § 4°. De certa forma, essa competência ficou um pouco “prejudicada”
com a reforma da Lei de Improbidade. Porém, como ela ainda consta expressamente na Lei 13.844/2019,
é possível a sua cobrança literal - CORRETA;

d) a Controladoria-Geral da União provocará, quando houver indícios de responsabilidade penal, a Polícia


Federal do Ministério da Justiça e Segurança Pública e o Ministério Público Federal, inclusive quanto a
representações ou denúncias manifestamente caluniosas (art. 51, §4°) – ERRADA;

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e) a lei expressamente prevê que os procedimentos e os processos administrativos de instauração e


avocação facultados à Controladoria-Geral da União, incluindo aqueles de que tratam o Título V da Lei nº
8.112, de 11 de dezembro de 1990 – ERRADA.

Gabarito: alternativa C.

6. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) São considerados órgãos específicos singulares, incluindo as suas
diretorias, exceto:

a) Secretaria Federal de Controle Interno;.

b) Diretoria de Auditoria de Políticas Econômicas e de Desenvolvimento;

c) Ouvidoria-Geral da União;

d) Controladorias Regionais da União nos Estados;

e) Corregedoria-Geral da União.

Comentário: os órgãos específicos singulares fazem parte da estrutura organizacional da CGU, e estão
listados no inciso II do art. 2° do Decreto n° 9.681/2019. Suas competências são especificadas no Capítulo
III, Seção II.

Nesse sentido, dos órgãos apresentados na questão, apenas as Controladorias Regionais da União nos
Estados não são consideradas órgãos específicos singulares, pois são unidades descentralizadas com
competência para desempenhar, sob a supervisão técnica das unidades centrais, as atribuições
estabelecidas em regimento interno (art. 24).

Gabarito: alternativa D.

7. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Ao Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União, no


exercício da sua competência, incumbe, especialmente, nos termos da Lei n° 13.844/2019:

a) decidir, definitivamente, sobre representações ou denúncias fundamentadas que receber;

b) instruir procedimentos e processos administrativos a seu cargo;

c) decidir todos os procedimentos e processos administrativos em curso em órgãos ou entidades da


administração pública federal;

d) determinar que se promova a apuração de exercício negligente de cargo, emprego ou função na


administração pública federal, ainda que tal competência também seja outorgada a outros órgãos;

e) requisitar processos administrativos julgados há menos de cinco anos, no âmbito da administração


pública federal, para reexame e, se necessário, proferir nova decisão.

Comentário:

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a) a competência do Ministro é para decidir, preliminarmente, sobre representações ou denúncias


fundamentadas que receber, com indicação das providências cabíveis (art. 52, I) – ERRADA;

b) o Ministro não instrui o processo, ele tem competência para instaurar procedimentos e processos
administrativos a seu cargo (art. 52, II). Em regra, a instrução será realizada por servidores ou comissões.
Já imaginou o Ministro da CGU realizando inquirições e coletando provas diretamente? – ERRADA;

c) a competência do Ministro é para acompanhar procedimentos e processos administrativos em curso em


órgãos ou entidades da administração pública federal (art. 52, III) – ERRADA;

d) o Ministro tem competência para promover (e não determinar que se promova) a apuração de exercício
negligente de cargo, emprego ou função na administração pública federal. Além disso, a competência é
residual, ou seja, ocorrerá quando não houver disposição legal que atribua a competência a outros órgãos
(art. 52, X) – ERRADA;

e) de fato, compete ao Ministro requisitar procedimentos e processos administrativos julgados há menos


de 5 (cinco) anos ou já arquivados, no âmbito da administração pública federal, para reexame e, se
necessário, proferir nova decisão (art. 52, VI) – CORRETA.

Gabarito: alternativa E.

8. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) NÃO integra a estrutura básica da Controladoria-Geral da União:

a) a Secretaria Federal de Controle Interno;

b) a Ouvidoria-Geral da União;

c) a Corregedoria-Geral da União;

d) o Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção;

e) a Comissão de Coordenação de Controle Externo.

Comentário: nos termos do art. 53 da Lei n° 13.844/2019, integram a estrutura básica da Controladoria-
Geral da União:

I - o Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção;

II - a Comissão de Coordenação de Controle Interno;

III - a Corregedoria-Geral da União;

IV - a Ouvidoria-Geral da União;

V - a Secretaria Federal de Controle Interno; e

VI - até 2 (duas) Secretarias.

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Então, a alternativa E está errada, pois é a Comissão de Coordenação de Controle Interno, e não “externo”,
que integra a estrutura básica da CGU.

Gabarito: alternativa E.

9. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção


terá em sua composição:

a) o Ministro da CGU, como representante paritário;

b) representantes da sociedade civil organizada, elegendo-se dentre estes o presidente;

c) representantes do governo federal, assumindo estes a presidência;

d) a maioria dos membros compostas por representantes da sociedade civil;

e) o Ministro da CGU, como presidente.

Comentário: nos termos do art. 53, parágrafo único, o Conselho de Transparência Pública e Combate à
Corrupção será presidido pelo Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União e será composto,
paritariamente, de representantes da sociedade civil organizada e de representantes do governo federal.

Então, o presidente será o Ministro; os representantes do governo federal e da sociedade compõem o


conselho de forma paritária, sendo esses os erros das demais alternativas.

Gabarito: alternativa E.

10. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Segundo previsão do Decreto n° 9.681/2019, a Controladoria-
Geral NÃO tem competência para adoção das providências necessárias:

a) à defesa do patrimônio público;

b) ao controle externo;

c) à auditoria pública;

d) à correição;

e) à prevenção e ao combate à corrupção.

Comentário: a Controladoria-Geral da União, órgão central do Sistema de Controle Interno, do Sistema de


Correição e do Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo federal, tem como área de competência os
seguintes assuntos, entre outros, a adoção das providências necessárias à defesa do patrimônio público,
ao controle interno (e não externo), à auditoria pública, à correição, à prevenção e ao combate à corrupção,
às atividades de ouvidoria e ao incremento da transparência e da integridade da gestão no âmbito do Poder
Executivo federal (art. 1°, I). Portanto, o erro está na alternativa B.

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Gabarito: alternativa B.

11. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Acerca da competência da Controladoria-Geral da União, nos
termos do Decreto n° 9.681/20218, analise as seguintes atividades:

I - execução das atividades de controladoria no âmbito do Poder Executivo federal;

II - requisição a órgãos ou entidades do Poder Executivo federal de servidores ou de empregados públicos


necessários à constituição de comissões;

III - requisição de dados, de informações e de documentos relativos a procedimentos e processos


administrativos já arquivados por autoridade do Poder Executivo federal.

São assuntos de competência da CGU os contidos na(s) afirmativa(s):

a) I, apenas;

b) II, apenas;

c) III, apenas;

d) I e III, apenas;

e) I, II e III.

Comentário: as competências da CGU constam do art. 1° do Decreto. Vamos analisar as hipóteses trazidas
na questão:

XIV - execução das atividades de controladoria no âmbito do Poder Executivo federal.

X - requisição a órgãos ou entidades do Poder Executivo federal de servidores ou de


empregados públicos necessários à constituição de comissões, incluídas as que são objeto
do disposto no inciso III, e de qualquer servidor ou empregado público indispensável à
instrução do processo ou do procedimento;

VIII - requisição de dados, de informações e de documentos relativos a procedimentos e


processos administrativos já arquivados por autoridade do Poder Executivo federal;

Todas as alternativas constam do texto da Estrutura Regimental, portanto.

Gabarito: alternativa E.

12. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Nos termos do Decreto n° 9.681/2019, são órgãos que compõem
a estrutura organizacional da Controladoria-Geral da União, dando assistência direta e imediata ao
Ministro da CGU, exceto:

a) Gabinete;

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b) Assessoria Especial para Assuntos Internacionais;

c) Presidência da Casa Civil;

d) Secretaria-Executiva;

e) Consultoria Jurídica.

Comentário: a estrutura organizacional da CGU está prevista no art. 2° do Decreto, e, de forma resumida,
é a seguinte:

Art. 2º A Controladoria-Geral da União tem a seguinte estrutura organizacional:

I - órgãos de assistência direta e imediata ao Ministro de Estado da Controladoria-Geral


da União:

a) Gabinete;

b) Assessoria Especial para Assuntos Internacionais;

c) Assessoria Especial de Comunicação Social;

d) Secretaria-Executiva;

e) Consultoria Jurídica;

Portanto, “Presidência da Casa Civil” não é um órgão que compõe a estrutura da CGU, sendo a alternativa
C o nosso gabarito.

Gabarito: alternativa C.

13. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Nos termos do Decreto n° 9.681/2019, não é competência da
Secretaria Federal de Controle Interno (SFC):

a) exercer as competências de órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal;

b) propor ao Ministro de Estado a normatização, a sistematização e a padronização dos procedimentos


operacionais dos órgãos e das unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
federal;

c) coordenar as atividades que exijam ações integradas dos órgãos e das unidades do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo federal;

d) auxiliar o Ministro de Estado na supervisão técnica das atividades desempenhadas pelos órgãos e pelas
unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal;

e) avaliar a execução dos orçamentos da União, dos Estados, do DF e dos Municípios.

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Comentário: a competência da Secretaria de Federal de Controle Interno consta do art. 10 do Decreto.

As alternativas A, B, C e D representam, respectivamente, o previsto dos incisos I, II, III e IV, do art. 10:

Art. 10. À Secretaria Federal de Controle Interno compete:

I - exercer as competências de órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder


Executivo federal;

II - propor ao Ministro de Estado a normatização, a sistematização e a padronização dos


procedimentos operacionais dos órgãos e das unidades integrantes do Sistema de
Controle Interno do Poder Executivo federal;

III - coordenar as atividades que exijam ações integradas dos órgãos e das unidades do
Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal;

IV - auxiliar o Ministro de Estado na supervisão técnica das atividades desempenhadas


pelos órgãos e pelas unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo federal;

A alternativa E, portanto, está errada. Isso porque a SFCI tem competência para avaliar a execução dos
orçamentos da União, e não dos Estados, DF e Municípios (inciso XIII).

Gabarito: alternativa E.

14. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Joana é servidora da Controladoria-Geral da União, lotada na
Secretaria Federal de Controle Interno (SFC). Para realizar seu trabalho, a Secretaria de Joana possui
algumas competências outorgadas pela legislação. Entre as competências conferidas à SFC, nos termos
do Decreto n° 9.681/2019, está a de:

a) exercer as competências de órgão central do Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo federal;

b) receber e analisar denúncias, reclamações, solicitações, elogios, sugestões e pedidos de acesso à


informação direcionados à Controladoria-Geral da União e encaminhá-los, conforme a matéria, ao órgão
ou à entidade competente;

c) auxiliar o Ministro de Estado na elaboração da prestação de contas anual do Presidente da República, a


ser encaminhada ao Congresso Nacional;

d) monitorar, para fins estatísticos, a atuação das ouvidorias federais no tratamento das manifestações
recebidas;

e) produzir estatísticas do nível de satisfação dos usuários dos serviços públicos prestados no âmbito do
Poder Executivo federal.

Comentário: as alternativas A, B, D e E trazem competências outorgadas à Ouvidoria-Geral da União (art.


12).

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Já a alternativa C, de fato, é uma competência que pode ser exercida por Joana, pois prevista no art. 10, VI,
que diz que à Secretaria Federal de Controle Interno compete auxiliar o Ministro de Estado na elaboração
da prestação de contas anual do Presidente da República, a ser encaminhada ao Congresso Nacional,
conforme disposto no art. 84, caput, inciso XXIV, Constituição.

Gabarito: alternativa C.

15. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) A Secretaria Federal de Controle Interno se divide em Diretorias,
dentre as quais podemos mencionar, EXCETO:

a) Diretoria de Responsabilização de Agentes Públicos;

b) Diretoria de Auditoria de Políticas Econômicas e de Desenvolvimento;

c) Diretoria de Auditoria de Políticas Sociais e de Segurança Pública;

d) Diretoria de Auditoria de Previdência e Benefícios;

e) Diretoria de Auditoria de Políticas de Infraestrutura.

Comentário: a Diretoria mencionada na alternativa A está na estrutura da Corregedoria-Geral da União


(art. 2°, II, ‘c’, 3), e não da SFC. Já as demais alternativas são diretorias existentes na estrutura da SFC, nos
termos do art. 2°, II, ‘a’.

Gabarito: alternativa A.

16. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Compete especificamente à Diretoria de Auditoria de Políticas
econômicas e de Desenvolvimento:

a) realizar auditorias sobre mecanismos de liderança, estratégia e controle em políticas e processos


transversais de desburocratização, gestão, logística, tecnologia da informação, pessoal e patrimônio;

b) desenvolver ações sistemáticas para o fomento de boas práticas de governança, voltadas, em especial,
à simplificação administrativa, modernização da gestão pública federal e direcionamento de ações para a
busca de resultados para a sociedade;

c) coordenar e executar, em articulação com outras unidades do Sistema de Controle Interno do Poder
Executivo federal, auditorias em projetos de financiamento externo e de cooperação técnica internacional;

d) verificar, certificar e controlar as tomadas de contas especiais;

e) verificar a consistência dos dados contidos no Relatório de Gestão Fiscal.

Comentário: as quatro primeiras alternativas trazem competências da Diretoria de Auditoria de


Governança e Gestão, nos termos do art. 11, § 1°, II.

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As competências da Diretoria de Auditoria de Políticas Econômicas e de Desenvolvimento estão listadas


no art. 11, § 1°, I, e na questão apenas a alternativa E está de acordo com a previsão legal.

Gabarito: alternativa E.

Fechamos a nossa primeira aula.

Espero por vocês na próxima!

Bons estudos.

HERBERT ALMEIDA.

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Se preferir, basta escanear as figuras abaixo:

4 LISTA DE QUESTÕES

1. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Constitui área de competência da Controladoria-Geral da União:

a) decisão definitiva acerca de representações ou denúncias recebidas, com indicação das providências
cabíveis;

b) requisição de instauração de procedimentos administrativos sempre que retardados pela autoridade


responsável;

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c) acompanhamento de procedimentos e processos administrativos em curso em órgãos ou entidades da


administração pública federal, estadual ou municipal;

d) proposição de medidas legislativas ou administrativas e sugestão de ações para evitar a repetição de


irregularidades constatadas;

e) coordenação e gestão do Sistema de Controle Interno e Externo do Poder Executivo federal.

2. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) No que diz respeito às áreas de competência da Controladoria-
Geral da União, analise:

I - providências necessárias à defesa do patrimônio público, ao controle interno, à auditoria pública, à


correição, à prevenção e ao combate à corrupção, às atividades de ouvidoria e ao incremento da
transparência da gestão no âmbito da administração pública federal;

II - decisão preliminar acerca de representações ou denúncias fundamentadas recebidas e indicação das


providências cabíveis;

III - instauração de procedimentos e processos administrativos a seu cargo, com a constituição de


comissões;

IV - requisição de instauração de procedimentos e processos administrativos injustificadamente retardados


pela autoridade responsável.

Estão corretas apenas as competências listadas no(s) item(ns):

a) I;

b) II;

c) I e III;

d) II e IV;

e) I, II, III e IV.

3. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) A Controladoria-Geral não tem competência para:

a) adoção das providências necessárias ao combate à corrupção;

b) avocação de procedimentos e processos em curso no Poder Executivo federal, para a correção de falhas;

c) promoção da declaração de nulidade de procedimento ou processo administrativo já julgado por


qualquer autoridade do Poder Executivo federal;

d) execução das atividades de controladoria no âmbito do Poder Executivo federal, estadual e municipal.

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e) apuração do exercício negligente de cargo, emprego ou função no Poder Executivo federal, desde que
não haja disposição legal atribuindo competência específica de outros órgãos ou entidades.

4. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) É área de competência da Controladoria-Geral da União, segundo


a Lei n° 13.844/2019:

a) efetivação ou promoção da declaração da nulidade de procedimento ou processo administrativo, desde


que já julgados;

b) requisição de dados e documentos de processos administrativos, desde que ainda em curso;

c) requisição a órgãos ou a entidades da administração pública federal de servidores ou de empregados


necessários à constituição de comissões;

d) proposição de medidas administrativas e sugestões para evitar repetição de irregularidades, vedada a


apresentação de propostas legislativas sobre o tema;

e) coordenação e gestão do sistema de controle externo do Poder Executivo federal.

5. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Em relação às competências da CGU, previstas na Lei n°


13.844/2019, assinale a afirmativa correta:

a) é papel da Controladoria-Geral da União dar andamento às representações ou às denúncias que receber,


independentemente da fundamentação destas, desde que relativas à lesão ou à ameaça de lesão ao
patrimônio público;

b) sempre que a Controladoria-Geral da União constatar ação da autoridade competente, cumpre requisitar
a instauração de sindicância, procedimentos e processos administrativos.

c) a Controladoria-Geral da União encaminhará à Advocacia-Geral da União os casos que configurarem


improbidade administrativa;

d) a Controladoria-Geral da União não tem competência para provocar a Polícia Federal, quando houver
indícios de responsabilidade penal;

e) a Controladoria-Geral da União não tem competência para avocar processos administrativos disciplinares
relativos a servidores regidos pela lei n° 8.112/1990.

6. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) São considerados órgãos específicos singulares, incluindo as suas
diretorias, exceto:

a) Secretaria Federal de Controle Interno;.

b) Diretoria de Auditoria de Políticas Econômicas e de Desenvolvimento;

c) Ouvidoria-Geral da União;

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d) Controladorias Regionais da União nos Estados;

e) Corregedoria-Geral da União.

7. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Ao Ministro de Estado da Controladoria-Geral da União, no


exercício da sua competência, incumbe, especialmente, nos termos da Lei n° 13.844/2019:

a) decidir, definitivamente, sobre representações ou denúncias fundamentadas que receber;

b) instruir procedimentos e processos administrativos a seu cargo;

c) decidir todos os procedimentos e processos administrativos em curso em órgãos ou entidades da


administração pública federal;

d) determinar que se promova a apuração de exercício negligente de cargo, emprego ou função na


administração pública federal, ainda que tal competência também seja outorgada a outros órgãos;

e) requisitar processos administrativos julgados há menos de cinco anos, no âmbito da administração


pública federal, para reexame e, se necessário, proferir nova decisão.

8. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) NÃO integra a estrutura básica da Controladoria-Geral da União:

a) a Secretaria Federal de Controle Interno;

b) a Ouvidoria-Geral da União;

c) a Corregedoria-Geral da União;

d) o Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção;

e) a Comissão de Coordenação de Controle Externo.

9. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) O Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção


terá em sua composição:

a) o Ministro da CGU, como representante paritário;

b) representantes da sociedade civil organizada, elegendo-se dentre estes o presidente;

c) representantes do governo federal, assumindo estes a presidência;

d) a maioria dos membros compostas por representantes da sociedade civil;

e) o Ministro da CGU, como presidente.

10. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Segundo previsão do Decreto n° 9.681/2019, a Controladoria-
Geral NÃO tem competência para adoção das providências necessárias:

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a) à defesa do patrimônio público;

b) ao controle externo;

c) à auditoria pública;

d) à correição;

e) à prevenção e ao combate à corrupção.

11. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Acerca da competência da Controladoria-Geral da União, nos
termos do Decreto n° 9.681/20218, analise as seguintes atividades:

I - execução das atividades de controladoria no âmbito do Poder Executivo federal;

II - requisição a órgãos ou entidades do Poder Executivo federal de servidores ou de empregados públicos


necessários à constituição de comissões;

III - requisição de dados, de informações e de documentos relativos a procedimentos e processos


administrativos já arquivados por autoridade do Poder Executivo federal.

São assuntos de competência da CGU os contidos na(s) afirmativa(s):

a) I, apenas;

b) II, apenas;

c) III, apenas;

d) I e III, apenas;

e) I, II e III.

12. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Nos termos do Decreto n° 9.681/2019, são órgãos que compõem
a estrutura organizacional da Controladoria-Geral da União, dando assistência direta e imediata ao
Ministro da CGU, exceto:

a) Gabinete;

b) Assessoria Especial para Assuntos Internacionais;

c) Presidência da Casa Civil;

d) Secretaria-Executiva;

e) Consultoria Jurídica.

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13. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Nos termos do Decreto n° 9.681/2019, não é competência da
Secretaria Federal de Controle Interno (SFC):

a) exercer as competências de órgão central do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal;

b) propor ao Ministro de Estado a normatização, a sistematização e a padronização dos procedimentos


operacionais dos órgãos e das unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo
federal;

c) coordenar as atividades que exijam ações integradas dos órgãos e das unidades do Sistema de Controle
Interno do Poder Executivo federal;

d) auxiliar o Ministro de Estado na supervisão técnica das atividades desempenhadas pelos órgãos e pelas
unidades integrantes do Sistema de Controle Interno do Poder Executivo federal;

e) avaliar a execução dos orçamentos da União, dos Estados, do DF e dos Municípios.

14. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Joana é servidora da Controladoria-Geral da União, lotada na
Secretaria Federal de Controle Interno (SFC). Para realizar seu trabalho, a Secretaria de Joana possui
algumas competências outorgadas pela legislação. Entre as competências conferidas à SFC, nos termos
do Decreto n° 9.681/2019, está a de:

a) exercer as competências de órgão central do Sistema de Ouvidoria do Poder Executivo federal;

b) receber e analisar denúncias, reclamações, solicitações, elogios, sugestões e pedidos de acesso à


informação direcionados à Controladoria-Geral da União e encaminhá-los, conforme a matéria, ao órgão
ou à entidade competente;

c) auxiliar o Ministro de Estado na elaboração da prestação de contas anual do Presidente da República, a


ser encaminhada ao Congresso Nacional;

d) monitorar, para fins estatísticos, a atuação das ouvidorias federais no tratamento das manifestações
recebidas;

e) produzir estatísticas do nível de satisfação dos usuários dos serviços públicos prestados no âmbito do
Poder Executivo federal.

15. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) A Secretaria Federal de Controle Interno se divide em Diretorias,
dentre as quais podemos mencionar, EXCETO:

a) Diretoria de Responsabilização de Agentes Públicos;

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d) Diretoria de Auditoria de Previdência e Benefícios;

e) Diretoria de Auditoria de Políticas de Infraestrutura.

16. (Prof. Herbert Almeida - Inédita) Compete especificamente à Diretoria de Auditoria de Políticas
econômicas e de Desenvolvimento:

a) realizar auditorias sobre mecanismos de liderança, estratégia e controle em políticas e processos


transversais de desburocratização, gestão, logística, tecnologia da informação, pessoal e patrimônio;

b) desenvolver ações sistemáticas para o fomento de boas práticas de governança, voltadas, em especial,
à simplificação administrativa, modernização da gestão pública federal e direcionamento de ações para a
busca de resultados para a sociedade;

c) coordenar e executar, em articulação com outras unidades do Sistema de Controle Interno do Poder
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d) verificar, certificar e controlar as tomadas de contas especiais;

e) verificar a consistência dos dados contidos no Relatório de Gestão Fiscal.

5 GABARITO
1. D 11. E

2. E 12. C

3. D 13. E

4. C 14. C

5. C 15. A

6. D 16. E

7. E

8. E

9. E

10. B

6 REFERÊNCIAS
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