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Material Teórico
Campo Magnético e Forças Magnéticas
Revisão Textual:
Prof. Me. Luciano Vieira Francisco
Campo Magnético e Forças Magnéticas
OBJETIVO DE APRENDIZADO
• Compreender os efeitos da corrente elétrica na geração de campos magnéticos, as-
sim como a ordem de grandeza desses campos;
• Compreender o princípio básico do funcionamento de motores de corrente contínua.
Orientações de estudo
Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem
aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua
formação acadêmica e atuação profissional, siga
algumas recomendações básicas:
Conserve seu
material e local de
estudos sempre
organizados.
Aproveite as
Procure manter indicações
contato com seus de Material
colegas e tutores Complementar.
para trocar ideias!
Determine um Isso amplia a
horário fixo aprendizagem.
para estudar.
Mantenha o foco!
Evite se distrair com
as redes sociais.
Seja original!
Nunca plagie
trabalhos.
Não se esqueça
de se alimentar
Assim: e de se manter
Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte hidratado.
da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e
horário fixos como seu “momento do estudo”;
No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e
sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam-
bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão
sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados;
Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus-
são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o
contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e
de aprendizagem.
UNIDADE Campo Magnético e Forças Magnéticas
Magnetismo e Fenômenos
Eletromagnéticos
O magnetismo é observado diariamente. Podemos fazer essas observações em
objetos complexos, tais como motores, ou em materiais imantados, como em um
simples porta-clipes, cuja saída tem um ímã que deixa cada clipe à mão. Inicialmen-
te, esses fenômenos foram observados e registrados há 2500 anos, na Magnésia
– atualmente chamada de Manisa. Foi visto que um ímã poderia exercer força de
atração ou repulsão sobre outro ímã, ou ainda sobre um pedaço de ferro não iman-
tado – tais conceitos iniciais foram ilustrados nesta Figura:
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(a)
F F
S N
F F
N S
(b)
Figura 2
Fonte: Adaptado de iStock/Getty Images
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UNIDADE Campo Magnético e Forças Magnéticas
Figura 3
Fonte: Young e Freedman, 2016
Novamente, vemos o ímã como um dipolo, diferente das cargas elétricas – que
são positivas ou negativas.
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3ª. À velocidade com que a carga se move.
Figura 4
Fonte: Young e Freedman, 2016
Figura 5
Fonte: Young e Freedman, 2016
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Exemplo 1:
Um feixe de prótons (q = 1,6·10–19 C)
se move a 3,0·105 m/s em um campo
magnético uniforme, com módulo igual
a 2,0 T, orientado ao longo do eixo po-
sitivo Oz, tal como mostra esta Figura:
em: https://goo.gl/zSvXyN.
Note que a força magnética é sempre perpendicular ao plano que contém v e B ,
conforme vimos no Exemplo 1. Assim, devemos observar que linhas de campo mag-
nético não são linhas de força, pois indicam o sentido do campo magnético, veja:
Figura 7
Fonte: Young e Freedman, 2016
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Observar as linhas de campo magnético nessa Figura nos faz refletir sobre o
fluxo magnético através de uma superfície. Essa grandeza é relevante quando sa-
bemos que está diretamente relacionada a correntes induzidas pela variação desse
mesmo fluxo em uma superfície.
Explor
Φ B = ∫ Bcosq ⋅ dA
Onde Ø é o ângulo existente entre a direção do campo magnético B e o vetor
normal à superfície A . A sua unidade de medida no sistema internacional de uni-
dades é o Weber (Wb).
Figura 8
Fonte: Young e Freedman, 2016
qvB = mac
v2
Onde ac é uma aceleração centrípeta com equação ac = , então:
R
v2
qvB = m
R
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UNIDADE Campo Magnético e Forças Magnéticas
Onde tal igualdade nos permite calcular o módulo do campo magnético B a
que foi submetida a partícula; ou ainda o raio R de curvatura, então esperado para
determinado valor do campo B .
ω = 2pf
E:
v
w=
R
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Exemplo 2:
Uma barra de cobre retilínea conduz uma corrente de 50,0 A de oeste para
leste em uma região entre os polos de um grande eletroímã. Nessa região existe
um campo magnético no plano horizontal orientado para o nordeste – ou seja,
considerando uma rotação de 45° a nordeste – com módulo igual a 1,20 T. Assim:
1. Determine o módulo, a direção e o sentido da força magnética que atua
sobre uma seção de 1,0 m da barra.
2. Mantendo a barra no plano horizontal, como deve ser orientada para que
o módulo da força seja máximo? Qual é o módulo da força neste caso?
Para resolver este exemplo, utilizaremos a seguinte Figura proposta como es-
quema pelos mencionados autores:
B = 1,20 T N
I = 50,0 A B i
45º
W E
1,00 m
S
Figura 10
Fonte: Young e Freedman, 2016
Para calculá-lo, observe o esquema – podemos dizer que este exemplo está no
plano xy, com o campo magnético na diagonal central. Assim:
B = 1, 20 (cos 45º iˆ + sen 45º ˆj )T
l = 1, 00m iˆ
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B B B
n
n
n
A
A
A
Figura 12
Fonte: Young e Freedman, 2016
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Note que essa Figura mostra todos os vetores denominados força magnética (F),
assim como
as suas direções, que se cancelam mutuamente; no entanto, gerando
()
torque t . Esse vetor não é mostrado na Figura,
mas é relativo ao momento de
dipolo magnético, representado na Figura por m . O torque, ou seja, o giro da espi-
ra também obedece a um produto vetorial, de modo que podemos escrever:
τ = µ ×B
Para simplificar o entendimento, o momento magnético m é assim ilustrado:
Figura 13
Fonte: Young e Freedman, 2016
O seu sentido pode ser determinado pela regra da mão direita, conforme mostra
a Figura 14, ou ainda com o uso da seguinte equação vetorial:
m=IA
Onde I é a corrente elétrica que circula na espira e A é o vetor área com sentido
dado pelo versor normal ao plano que contém a área da espira. Logo, se escrever-
mos o vetor torque em módulo, teremos:
τ = I.B.A senθ
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Figura 14
Fonte: Young e Freedman, 2016
O torque é suficiente para girar o rotor 180°, de modo que a cada 180° o co-
mutador inverte o sentido da condição elétrica (Figura 13): onde era a saída – em
azul – se torna a entrada. Dessa maneira, o motor permanece girando com movi-
mento inercial.
Você deve ter notado nas figuras que o torque é máximo a 0° e a 180°, no en-
tanto, é mínimo a 90° e a 270°; existem projetos para que essa variação do torque
seja suavizada e as potencialidades dos motores seja aumentada.
Para finalizar este Material teórico, veremos mais um exemplo proposto por
Young e Freedman (2016).
Exemplo 3:
Considerando que um motor cc, com as suas bobinas de campo e o seu rotor
ligados em série, possui uma resistência interna igual a 2,00 Ω, e que quando gira
com a sua carga total em uma linha de 120 V, recebe uma corrente de 4,00 A:
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a) Qual é a fem no rotor?
b) Qual é a potência fornecida pela fonte ao motor?
c) Qual é a taxa de dissipação de energia na resistência interna?
d) Qual é a potência mecânica desenvolvida?
e) Qual é a eficiência do motor?
f) O que ocorreria se, por uma falha, o rotor repentinamente deixasse de girar?
Observe que para solucionar tais itens não temos os dados de torque, de momento
de dipolo magnético, ou ainda do campo magnético. Assim, recorreremos às equa-
ções relativas à tensão e potência elétricas. Se temos como dados do problema a
tensão, corrente e resistência interna, podemos obter a fem no rotor, a saber:
V = e + rI
Aqui cabem algumas observações: havíamos estudado essa equação para circui-
tos elétricos, sendo e aqui conhecida como fem induzida ou fem de realimentação,
isso porque o seu sentido é oposto ao da corrente elétrica – é devido à interação de
condutores se movendo em regiões com campo magnético; de modo que para um
motor de corrente contínua (cc), a tensão Vab é maior que e. Então:
V = e + rI
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Putil 448
Eficiência = → Eficiência = ∴ Eficiência = 0,993 = 93%
Pfornecida 480
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Material Complementar
Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade:
Sites
Motor cc
https://goo.gl/kJ9LLp
Livros
Eletromagnetismo: fundamentos e simulações
SILVA, C. E. da et al. Eletromagnetismo: fundamentos e simulações. [S.l.]: Pearson, [2014].
Vídeos
Motor cc
https://youtu.be/5s07bQcpEnA
Motor V8 eletromagnético
https://youtu.be/SwvucPdO6ik
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UNIDADE Campo Magnético e Forças Magnéticas
Referências
SILVA, C. E. da et al. Eletromagnetismo: fundamentos e simulações. [S.l.]: Pear-
son, [2014].
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