Influência da Desigualdade Social na Criminalização
Um dos fatores que influenciou no momento da criminalidade foi o desarmamento. A
impunidade também contribui no aumento da criminalidade. Pois existem várias leis que não funcionam totalmente, e essas leis acabam dando espaço para que mais crimes sejam cometidos. A criminalidade não está relacionada diretamente com as questões sociais e econômicas, pois até mesmo as pessoas que tem uma boa condição financeira e é da classe alta , com salários altos e diversos benefícios, também cometem crimes de estelionato, corrupção, tráfico de drogas, dentre outros fatores. Inclusive um dos maiores exemplos que pode ser visto é a corrupção política. Quando algum criminoso comete um crime, geralmente justificam isso com a falta de oportunidades, desigualdade social, a ausência de educação, desenvolvimento econômico, dentre outros. Mesmo quando um lugar tem desenvolvimento ele também é suscetível à altas taxas de criminalidade, há como exemplo os estudos do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) o Nordeste foi a região que mais se desenvolveu entre 2000 e 2010. A pesquisa leva em conta dados de emprego, renda, educação e saúde. E mesmo sendo a região que mais se desenvolveu nesses últimos anos, o Ministério da Saúde aponta o Nordeste como a região mais perigosa do Brasil em relação aos homicídios. Na década de 1980 quase todo mundo tinha armas de fogo. Na época a taxa de homicídios era de 11,7 para cada 100 mil habitantes (considerada pacífica pela ONU), mas a partir da década de 90 foram feitas campanhas e propostas de desamamento pelo Governo Federal, que impactou as taxas de homicídio. Em 1980 a taxa era de 11,7 e em 2012 já era de 29, e continua aumentando. Fonte: ONG Movimento Viva Brasil. Também há o problema da reincidência. De acordo com uma pesquisa do CNJ (Conselho Nacional de Justiça) em 2009 estima-se que a taxa de reincidência no Brasil é de aproximadamente 70%. E na maioria das vezes que as pessoas voltam para a cadeia é por crimes piores que os anteriores. Quando há leis frágeis e ineficazes, a sensação de impunidade estimula mais a prática de um crime. No Brasil a concentração de renda é muito intensa. O Coeficiente de Gini, usado mundialmente para expressar a concentração de renda, já atingia 0,50 em 1960. Trinta anos depois, aumentadas as desigualdades sociais, o Índice de Gini saltou para 0,63, demonstrando a abissal diferença entre as classes sociais. Do ponto de vista da sociologia, a criminalidade pode ser apartada em violenta e em não violenta. Não é demais salientar que são fatores de natureza econômica, como a falta de oportunidades e a desigualdade social, a mola propulsora para o comportamento criminoso, em especial o violento. Do ponto de vista da sociologia, a criminalidade pode ser apartada em violenta e em não violenta. Não é demais salientar que são fatores de natureza econômica, como a falta de oportunidades e a desigualdade social, a mola propulsora para o comportamento criminoso, em especial o violento. Do ponto de vista da sociologia, a criminalidade pode ser apartada em violenta e em não violenta. Não é demais salientar que são fatores de natureza econômica, como a falta de oportunidades e a desigualdade social, a mola propulsora para o comportamento criminoso, em especial o violento. A teoria econômica sugere que a desigualdade de renda contribui para o aumento da criminalidade. Esse resultado é observado em estudos nacionais que utilizam dados de taxas de homicídio. Na literatura internacional, no entanto, em que os trabalhos buscam desagregar os diferentes tipos de crimes, os resultados nem sempre são significativos. Este trabalho explora base inédita de dados de boletins de ocorrência da Secretaria Nacional de Segurança Pública para os municípios brasileiros com população superior a cem mil habitantes, o que permitiu a análise de diferentes tipos de crimes. Os resultados revelam que o efeito da desigualdade apresenta correlação positiva e robusta, principalmente para os crimes contra o patrimônio. Como esse tipo de crime responde pela grande maioria dos crimes registrados, a desigualdade de renda assume papel central como determinante da criminalidade urbana no Brasil, induzindo, nesse sentido, a substanciais perdas de bem- estar social. Essas evidências sugerem que, no Brasil, a desigualdade de renda afeta de forma peculiar a criminalidade, principalmente se levarmos em consideração os ainda elevados índices de desigualdade observados no país. Resta saber, no entanto, se esses resultados persistem quando os indicadores de criminalidade são desagregados por tipo de delito, conforme é a prática na literatura internacional. A relação entre crime e desigualdade já tem sido apresentada na literatura há algum tempo. Algo parecido com o que está sendo colocado neste trabalho já aparece em algumas teorias sociológicas. Hagan e Petersen (1995) argumentam que a sensação de frustração que os indivíduos de menor renda sentem ao perceber a prosperidade de outros, também denominada “privação relativa”, pode explicar o efeito que a desigualdade exerce sobre a criminalidade. Alguns estudos ainda apontam, particularmente, a pobreza como fator que tem influência sobre a criminalidade. O argumento nessa direção é que a desorganização social gerada pela pobreza reduz os mecanismos informais de controle sobre o indivíduo, o que resultaria no aumento da criminalidade O estudo mostra que há também uma relação proporcional entre o desenvolvimento econômico municipal e a taxa de roubo: quanto maior o nível de renda e de desenvolvimento econômico, maior é o retorno dos crimes contra o patrimônio. Entre 2010 e 2019 houve queda nos diferentes indicadores de criminalidade no Estado de São Paulo, o que indica sucesso nas políticas para redução das atividades ilegais. Quando são analisadas as populações, municípios mais populosos tendem a apresentar maiores taxas de roubo e furto e roubo de veículos (FRV) por 100 mil habitantes Na atualidade, há a constatação de uma intenção crise dos valores sustentados pela sociedade, principalmente com a adesão das políticas neoliberais, em que a acumulação dos bens de consumo faz parte dos critérios de qualidade de vida. Chesnais (1999) relaciona o aumento da violência e a criminalidade com fatores como: a explosão demográfica, a decadência da Igreja Católica como meio de influência, fatores culturais como a discriminação racial, a globalização facilitadora das atividades ilegais, a influência, como meio de poder das mídias que impõe conceitos, principalmente aos jovens, que não condizem com o respeito à Instituição da Família, a democracia e a cidadania, além de legitimar a corrupção política mostrando-se favorável a esse ou aquele partido conforme interesses econômicos e sociais. Dessa forma, estima-se que a solução para a redução da criminalidade e da violência torna-se cada vez mais complexa ao passo que se interliga à problemas sociais, culturais, éticos, políticos e econômicos, além de morais e étnicos. O crime e o criminoso foram estudados sob diferentes óticas que atualmente contribuem para que se afirme que os fatores que influenciam a prática do ato violento e/ou criminoso passam por condições psíquicas, sociais, políticas e culturais. Atualmente, a sociedade passa por uma crise de valores, em que os objetos de consumo são mais valorizados que os próprios seres humanos e suas relações interpessoais, o que contribui para o aumento da violência e criminalidade na sociedade. A violência e o crime são doenças endêmicas que ao longo dos anos corroem o tecido social. Sendo uma das questões de maior preocupação do brasileiro na atualidade, a Segurança Pública é desafiada constantemente pela crescente manifestação das práticas de crimes, principalmente nos grandes centros urbanos. Dessa forma, o presente artigo propõe apresentar as principais causas que contribuem para o crescimento da violência, por meio dos estudos da sociologia e da criminologia. Para a pesquisa foi realizada uma revisão bibliográfica com abordagem qualitativa que revelou que o aumento da violência e da criminalidade está ligado a uma multiplicidade de fatores que perpassam o social, político, ético, cultural e econômico além da crise de valores que vive, atualmente, a sociedade. Chegou-se a definir os criminosos congênitos, que teria características que os levaria a ser um criminoso em potencial. Todavia, com inúmeros estudos, verificou-se que fatores sociais contribuem na trajetória da vida de um indivíduo, colaborando para a inserção ou não no mundo da criminalidade. Quando emergem as crises econômicas, mais se instiga a criminalidade. Pobreza; miséria; mal vivência; fome e desnutrição; civilização cultura, educação, escola e analfabetismo; casa; rua; desemprego e subemprego; profissão; guerra; urbanização e densidade demográfica; industrialização; migração e imigração e política são estimuladores que influenciam o poder de decisão do indivíduo que tende para a delinqüência. Apontar os motivos e conseqüências se faz necessários, até mesmo porque trazem em todos os cidadãos reações quanto aos princípios morais e éticos, construídos ao longo da vida. Não se pode esperar que um indivíduo faminto, abandonado e desesperado, revoltado contra tudo e contra todos tenha condições de discernir princípios morais. Guiado pelo instinto de sobrevivência, disposto a enfrentar todos os riscos cai na criminalidade.