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Nome: Kauany Dos Santos Gomes.

Data: 11/12/2020.
Prof: Júnior Carvalho.

Influência da Desigualdade Social na Criminalização

Um dos fatores que influenciou no momento da criminalidade foi o desarmamento. A


impunidade também contribui no aumento da criminalidade. Pois existem várias leis que não
funcionam totalmente, e essas leis acabam dando espaço para que mais crimes sejam cometidos. A
criminalidade não está relacionada diretamente com as questões sociais e econômicas, pois até
mesmo as pessoas que tem uma boa condição financeira e é da classe alta , com salários altos e
diversos benefícios, também cometem crimes de estelionato, corrupção, tráfico de drogas, dentre
outros fatores.
Inclusive um dos maiores exemplos que pode ser visto é a corrupção política. Quando algum
criminoso comete um crime, geralmente justificam isso com a falta de oportunidades, desigualdade
social, a ausência de educação, desenvolvimento econômico, dentre outros. Mesmo quando um
lugar tem desenvolvimento ele também é suscetível à altas taxas de criminalidade, há como
exemplo os estudos do Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM) o Nordeste foi a região
que mais se desenvolveu entre 2000 e 2010. A pesquisa leva em conta dados de emprego, renda,
educação e saúde. E mesmo sendo a região que mais se desenvolveu nesses últimos anos, o
Ministério da Saúde aponta o Nordeste como a região mais perigosa do Brasil em relação aos
homicídios.
Na década de 1980 quase todo mundo tinha armas de fogo. Na época a taxa de
homicídios era de 11,7 para cada 100 mil habitantes (considerada pacífica pela ONU),
mas a partir da década de 90 foram feitas campanhas e propostas de desamamento pelo
Governo Federal, que impactou as taxas de homicídio. Em 1980 a taxa era de 11,7 e em
2012 já era de 29, e continua aumentando.
Fonte:  ONG Movimento Viva Brasil.
Também há o problema da reincidência. De acordo com uma pesquisa do CNJ
(Conselho Nacional de Justiça) em 2009 estima-se que a taxa de reincidência no Brasil é
de aproximadamente 70%. E na maioria das vezes que as pessoas voltam para a cadeia
é por crimes piores que os anteriores. Quando há leis frágeis e ineficazes, a sensação de
impunidade estimula mais a prática de um crime.
No Brasil a concentração de renda é muito intensa. O Coeficiente de Gini, usado
mundialmente para expressar a concentração de renda, já atingia 0,50 em 1960. Trinta
anos depois, aumentadas as desigualdades sociais, o Índice de Gini saltou para 0,63,
demonstrando a abissal diferença entre as classes sociais.
Do ponto de vista da sociologia, a criminalidade pode ser apartada em
violenta e em não violenta. Não é demais salientar que são fatores de natureza econômica,
como a falta de oportunidades e a desigualdade social, a mola propulsora para o
comportamento criminoso, em especial o violento.
Do ponto de vista da sociologia, a criminalidade pode ser apartada em violenta e em
não violenta. Não é demais salientar que são fatores de natureza econômica, como a falta
de oportunidades e a desigualdade social, a mola propulsora para o comportamento
criminoso, em especial o violento.
Do ponto de vista da sociologia, a criminalidade pode ser apartada em violenta e em
não violenta. Não é demais salientar que são fatores de natureza econômica, como a falta
de oportunidades e a desigualdade social, a mola propulsora para o comportamento
criminoso, em especial o violento.
A teoria econômica sugere que a desigualdade de renda contribui para o aumento da
criminalidade. Esse resultado é observado em estudos nacionais que utilizam dados de
taxas de homicídio. Na literatura internacional, no entanto, em que os trabalhos buscam
desagregar os diferentes tipos de crimes, os resultados nem sempre são significativos. Este
trabalho explora base inédita de dados de boletins de ocorrência da Secretaria Nacional de
Segurança Pública para os municípios brasileiros com população superior a cem mil
habitantes, o que permitiu a análise de diferentes tipos de crimes. Os resultados revelam
que o efeito da desigualdade apresenta correlação positiva e robusta, principalmente para
os crimes contra o patrimônio. Como esse tipo de crime responde pela grande maioria dos
crimes registrados, a desigualdade de renda assume papel central como determinante da
criminalidade urbana no Brasil, induzindo, nesse sentido, a substanciais perdas de bem-
estar social.
Essas evidências sugerem que, no Brasil, a desigualdade de renda afeta
de forma peculiar a criminalidade, principalmente se levarmos em
consideração os ainda elevados índices de desigualdade observados no país.
Resta saber, no entanto, se esses resultados persistem quando os indicadores
de criminalidade são desagregados por tipo de delito, conforme é a prática na
literatura internacional.
A relação entre crime e desigualdade já tem sido apresentada na
literatura há algum tempo. Algo parecido com o que está sendo colocado neste
trabalho já aparece em algumas teorias sociológicas. Hagan e Petersen (1995)
argumentam que a sensação de frustração que os indivíduos de menor renda
sentem ao perceber a prosperidade de outros, também denominada “privação
relativa”, pode explicar o efeito que a desigualdade exerce sobre a
criminalidade. Alguns estudos ainda apontam, particularmente, a pobreza
como fator que tem influência sobre a criminalidade. O argumento nessa
direção é que a desorganização social gerada pela pobreza reduz os
mecanismos informais de controle sobre o indivíduo, o que resultaria no
aumento da criminalidade
O estudo mostra que há também uma relação proporcional entre o
desenvolvimento econômico municipal e a taxa de roubo: quanto maior o nível
de renda e de desenvolvimento econômico, maior é o retorno dos crimes
contra o patrimônio. Entre 2010 e 2019 houve queda nos diferentes
indicadores de criminalidade no Estado de São Paulo, o que indica sucesso nas
políticas para redução das atividades ilegais. Quando são analisadas as
populações, municípios mais populosos tendem a apresentar maiores taxas de
roubo e furto e roubo de veículos (FRV) por 100 mil habitantes
Na atualidade, há a constatação de uma intenção crise dos valores
sustentados pela sociedade, principalmente com a adesão das políticas
neoliberais, em que a acumulação dos bens de consumo faz parte dos critérios
de qualidade de vida. Chesnais (1999) relaciona o aumento da violência e a
criminalidade com fatores como: a explosão demográfica, a decadência da
Igreja Católica como meio de influência, fatores culturais como a discriminação
racial, a globalização facilitadora das atividades ilegais, a influência, como meio
de poder das mídias que impõe conceitos, principalmente aos jovens, que não
condizem com o respeito à Instituição da Família, a democracia e a cidadania,
além de legitimar a corrupção política mostrando-se favorável a esse ou aquele
partido conforme interesses econômicos e sociais.
Dessa forma, estima-se que a solução para a redução da criminalidade e
da violência torna-se cada vez mais complexa ao passo que se interliga à
problemas sociais, culturais, éticos, políticos e econômicos, além de morais e
étnicos. O crime e o criminoso foram estudados sob diferentes óticas que
atualmente contribuem para que se afirme que os fatores que influenciam a
prática do ato violento e/ou criminoso passam por condições psíquicas, sociais,
políticas e culturais. Atualmente, a sociedade passa por uma crise de valores,
em que os objetos de consumo são mais valorizados que os próprios seres
humanos e suas relações interpessoais, o que contribui para o aumento da
violência e criminalidade na sociedade.
A violência e o crime são doenças endêmicas que ao longo dos anos
corroem o tecido social. Sendo uma das questões de maior preocupação do
brasileiro na atualidade, a Segurança Pública é desafiada constantemente pela
crescente manifestação das práticas de crimes, principalmente nos grandes
centros urbanos. Dessa forma, o presente artigo propõe apresentar as
principais causas que contribuem para o crescimento da violência, por meio
dos estudos da sociologia e da criminologia. Para a pesquisa foi realizada uma
revisão bibliográfica com abordagem qualitativa que revelou que o aumento da
violência e da criminalidade está ligado a uma multiplicidade de fatores que
perpassam o social, político, ético, cultural e econômico além da crise de
valores que vive, atualmente, a sociedade.
Chegou-se a definir os criminosos congênitos, que teria características
que os levaria a ser um criminoso em potencial. Todavia, com inúmeros
estudos, verificou-se que fatores sociais contribuem na trajetória da vida de
um indivíduo, colaborando para a inserção ou não no mundo da criminalidade.
Quando emergem as crises econômicas, mais se instiga a criminalidade.
Pobreza; miséria; mal vivência; fome e desnutrição; civilização cultura,
educação, escola e analfabetismo; casa; rua; desemprego e subemprego;
profissão; guerra; urbanização e densidade demográfica; industrialização;
migração e imigração e política são estimuladores que influenciam o poder de
decisão do indivíduo que tende para a delinqüência. Apontar os motivos e
conseqüências se faz necessários, até mesmo porque trazem em todos os
cidadãos reações quanto aos princípios morais e éticos, construídos ao longo
da vida. Não se pode esperar que um indivíduo faminto, abandonado e
desesperado, revoltado contra tudo e contra todos tenha condições de
discernir princípios morais. Guiado pelo instinto de sobrevivência, disposto a
enfrentar todos os riscos cai na criminalidade.

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