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ESCOLA ESTADUAL MARECHAL HENRIQUE TEIXEIRA LOTT

CARLOS Nº 05

FELIPE BRANDÃO Nº11

ROSIMARA BENFICA Nº 32

CRISE POLÍTICA NO BRASIL DE HOJE

EMBU DAS ARTES –SP

2015
Sumário
INTRODUÇÃO...........................................................................................................................2
QUANDO A CRISE REALMENTE COMEÇOU?..................................................................3
AGRAVAMENTO DA CRISE..............................................................................................6
A CRISE E SEUS DESDOBRAMENTOS..............................................................................7
OPERAÇÃO LAVA A JATO.....................................................................................................8
POSIÇÃO DE PAÍSES E INSTITUIÇÕES VIZINHAS (AMERICA LATINA)....................10
VISÃO DE ANALISTAS E CIENTISTAS POLÍTICOS........................................................12
Nacionais e internacionais......................................................................................................12
ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS DO BRASIL.........................................................................13
CRISE POLÍTICA OU ECONÔMICA?..................................................................................15
PREVISÕES DO FUTURO....................................................................................................15
ANÁLISE REFLEXIVA E COMPARATIVA DO TEXTO: A ESTRATÉGIA DO
DOUTRINADOR......................................................................................................................17
CONCLUSÃO..........................................................................................................................18
BIBLIOGRAFIA........................................................................................................................19
INTRODUÇÃO
A crise política tem se tornado o assunto mais preocupante e tratado nos
últimos tempos, isso tem levado diversos analistas econômicos a estudar a
mesma e tirar as conclusões a partir de fatos, para assim então notificar sobre
os possíveis desdobramentos sobre a crise. Esse e outros aspectos como o
motivo que se deu a crise\ quando a mesma se iniciou e entre outros, serão
destacados neste trabalho.
QUANDO A CRISE REALMENTE COMEÇOU?
A indústria brasileira enfrenta uma crise histórica e que parece sem fim,
esta vinha sofrendo com a queda na produção industrial , sendo que nos seis
primeiros meses de 2015 a mesma recuou para 6,3% voltando assim para o
nível de 2009, quando a economia ainda se recuperava da crise financeira
internacional.

A produção industrial tem sofrido com uma combinação perversa: o


mercado externo dá claros sinais de fraqueza e o interno está parado. As crises
política e econômica derrubaram a confiança de consumidores e empresários,
o que estancou os investimentos.

A indústria brasileira já vinha enfrentando problemas nos últimos anos e


o quadro passou a se agravar depois da crise internacional. Com as principais
economias em recessão, mercados emergentes, como o brasileiro, passaram a
ser destino de produtos importados mais baratos. “Desde a crise mundial,
nossa indústria não se encontrou e passou a ter uma oscilação muito grande,
com grande tendência de piora”, afirma Julio Gomes de Almeida, ex-secretário
de Política Econômica do Ministério da Fazenda.

Além do chamado Custo Brasil, que engloba a alta carga tributária e os


entraves burocráticos para se fazer negócios no País, o câmbio valorizado nos
últimos anos também contribuiu para onerar o produto brasileiro. Segundo
pesquisa da Fiesp de 2013, o produto nacional é, em média, 34,4% mais caro
do que um similar importado, o que tira sua competitividade.

O resultado desse declínio industrial fica evidente quando se analisa a


participação do setor no Produto Interno Bruto (PIB). No ano passado, a fatia
da indústria de transformação na economia foi de apenas 10,9%. Em 2010, era
de 15%.

Para uma reviravolta na situação seria necessária uma agenda de


políticas públicas comprometidas com o aumento da produtividade e da
competitividade, bem como da expansão para novos mercados.
Outro fator que contribui para o início da crise foi a desaceleração do
crescimento chinês, esta tem causado efeitos perversos no Brasil. O menor
apetite do gigante asiático fez com que o preço das commodities - matérias-
primas negociadas nos mercados internacionais – despencasse e atingisse o
menor nível deste século. O temor de um “pouso forçado” vem gerando fortes
oscilações na Bolsa de Xangai, com efeitos em diversos mercados do mundo.
Essa volatilidade, juntamente com a recente desvalorização do yuan, atinge em
cheio as siderúrgicas, mineradoras e petroleiras brasileiras - tanto na Bovespa
como fora dela.

Com a atividade em desaceleração, a China tenta mudar as diretrizes de sua


economia, diminuindo a participação dos investimentos no PIB e focando no
aumento do mercado de consumo interno. Essa mudança de rumos também
ajuda a diminuir o preço de algumas matérias-primas, principalmente do
minério de ferro, que está diretamente ligado à área de infraestrutura.

O preço médio da tonelada do minério caiu 71% em pouco mais de quatro


anos. Do pico de US$ 187,18, em fevereiro de 2011, o produto despencou para
US$ 54,73, em julho de 2015. Apenas nos últimos 12 meses encerrados em
julho, a queda foi de 43%.

Como resultado, as empresas brasileiras têm amargado fortes perdas. A


Usiminas teve prejuízo pela quarta vez seguida no segundo trimestre do ano,
de R$ 781 milhões, e as ações ON acumulam queda de 32,9% em 2015. Em
relação aos primeiros três meses de 2015, as perdas aumentaram 232%. No
segundo trimestre, a Vale conseguiu garantir um lucro de aproximadamente R$
5 bilhões, mas, para isso, focou na diminuição de custos. A companhia
confirmou que o preço do minério de ferro negociado por ela caiu 40% em um
ano. Na Bolsa, as ações ON da mineradora acumulam perdas de 27,7% em
2015.

AGRAVAMENTO DA CRISE

A Presidenta Dilma Rousseff admitiu com menos de três meses de segundo


mandato, que as políticas de combate à crise de 2008 desequilibraram as contas
públicas. A mesma notificou sobre a crise com frases que expressam claramente a
ausência de recursos. Para que situação se amenize seria necessário: reduzir
despesas, o que no curto prazo significa corte de investimento público, ou
aumentar receitas, sobretudo com mais impostos. Ou os dois juntos como está
sendo feito agora - ainda que a alíquota da maioria dos tributos tenha sido
apenas recomposta. Essa reorganização das contas ajuda a explicar parte da
freada brasileira em 2015 - ano em que devemos enfrentar a maior recessão
desde 1990.

Foi anunciado em maio pelo governo, um congelamento recorde de


despesas, no valor de R$ 70 bilhões. O corte atingiu todos os 39 ministérios e
tirou quase R$ 26 bilhões do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).
Dois meses depois, nova tesourada: R$ 8,6 bilhões, mais da metade em cortes
no PAC, que também abrange o programa “Minha Casa Minha Vida”.

Na visão dos especialistas, a sociedade atribui a doença ao remédio.


“Em 2014 já havia destruição de emprego e uma economia estagnada,
entrando em recessão. O ajuste é simplesmente uma tentativa de reduzir a
crise”, diz Marcos Lisboa, presidente do Insper. Segundo ele, o aumento do
desemprego só não ocorreu no ano passado porque menos pessoas estavam
procurando vagas – quadro que se inverteu em 2015.

A CRISE E SEUS DESDOBRAMENTOS

Com a economia quebrada logicamente iriam ocorrer conseqüências. O


impacto no cotidiano, no entanto, é grande e por isso o ajuste fiscal é tão
impopular. A liberação dos preços administrados - como energia, água e
combustível - aumentou o custo de vida. Apenas este ano, a conta de luz ficou
quase 50% mais cara na média das principais regiões do País. O aumento de
IOF encareceu o crédito ao consumidor, que já está sendo pressionado pela
alta da taxa básica de juros. O fim das desonerações levou à volta da alíquota
cheia do IPI de veículos e ao retorno da Cide Combustíveis. E o acesso a
benefícios sociais, como seguro-desemprego e abono salarial, ficou mais
restrito.

Originalmente, a Medida Provisória exigia 18 meses de salário nos


últimos dois anos. O texto aprovado no Congresso, porém, é mais brando: 12
meses de salário para os últimos 18 meses. Ouve também cortes no Fundo de
Financiamento Estudantil (Fies) .No primeiro semestre do ano de 2015, 500 mil
pessoas tentaram obter o crédito, mas o governo só conseguiu financiar
metade delas. Até 2014, a demanda era atendida completamente.

DESEMPREGO
Quem atua no setor de serviços começou a ver mais recentemente os
reflexos da crise econômica no País.“O setor que ainda sustentava o mercado
de trabalho aquecido, mesmo com desempenho ruim, era serviços. Isso mudou
e ele começou a demitir com mais força no fim do primeiro trimestre deste ano”,
aponta Rodrigo Leandro de Moura, pesquisador do Instituto Brasileiro de
Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). Além disso, um número
maior de pessoas passou a procurar trabalho em 2015, o que fez com que as
taxas de desemprego crescessem em ritmo acelerado. “A renda sendo
comprimida pela inflação e a perda do emprego obrigam mais pessoas a entrar
no mercado”, diz o pesquisador.

Indústria e construção. Desde 2009, com a economia se voltando mais


para o setor de serviços, a indústria já vinha perdendo espaço no Produto
Interno Bruto (PIB). No último mês de junho, o emprego no setor recuou 6,3%
ante o mesmo período de 2014. O índice está em queda há 45 meses, ou seja,
quase quatro anos.

A construção também tem destaque negativo. Afetado pela queda no


preço dos imóveis e pelos desdobramentos da Operação Lava Jato, o setor
vem realizando demissões em massa. “O próprio ajuste fiscal gerou
contingenciamento de verba para programas do governo, como PAC e Minha
Casa, e isso resultou em demissões”, diz Rodrigo Leandro de Moura, da FGV.

Entretanto, ainda não chegamos ao fundo do poço, como aponta


Chahad: “Historicamente, a trajetória do mercado de trabalho acompanha o
PIB. Se confirmada a previsão de queda de 2,1% em 2015, a queda no
emprego será ainda maior.”

Para os economistas, a retomada do emprego está longe no horizonte,


porque depende do ajuste fiscal do governo, da queda da inflação e da volta do
crescimento da economia. Segundo a previsão do Ibre/FGV, isso só deve
ocorrer entre o fim de 2017 e o começo de 2018, se tudo der certo.
OPERAÇÃO LAVA A JATO
Ainda no desenvolvimento da crise, desencadeou- se a operação Lava
a Jato, esta que é a maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o
Brasil já teve. Estima-se que o volume de recursos desviados dos cofres da Petrobras,
maior estatal do país, esteja na casa de bilhões de reais. Soma-se a isso a expressão
econômica e política dos suspeitos de participar do esquema de corrupção que
envolve a companhia.

No primeiro momento da investigação, desenvolvido a partir de março de 2014,


perante a Justiça Federal em Curitiba, foram investigadas e processadas quatro
organizações criminosas lideradas por doleiros, que são operadores do mercado
paralelo de câmbio. Depois, o Ministério Público Federal recolheu provas de um
imenso esquema criminoso de corrupção envolvendo a Petrobras.

A Operação Lava Jato completa um ano e meio de investigações e o


impacto não deve sair barato. Nas projeções de Oliveira, da GO Associados, a
economia brasileira pode perder até R$ 229 bilhões neste ano por conta da
paralisia provocada pela operação.
POSIÇÃO DE PAÍSES E INSTITUIÇÕES VIZINHAS (AMERICA
LATINA)

"Qualquer crise econômica e política no Brasil tem grande impacto nos


vizinhos devido ao tamanho do país e à sua presença na economia dos
vizinhos", diz Oliver Stuenkel, professor de relações internacionais da FGV. "O
país deixou de promover uma discussão regional sobre os rumos do
continente. Áreas como crime organizado internacional ou tráfico de armas e
de drogas exigem uma resposta regional, e o país está ausente. O Brasil é hoje
uma fonte de problemas e não de soluções."

Os problemas do Brasil já transbordam os limites do país e começa a se


derramar sobre as nações vizinhas, que acompanham com preocupação a
“queda do gigante''. A avaliação é do jornal argentino “La Nación'', que publicou
uma reportagem sobre os possíveis impactos continentais das dificuldades
enfrentadas pelo Brasil. “O estrondo faz todos tremerem'', diz.

“Além da Argentina, que sofre diretamente por conta do comércio e da


economia, são muitos os que seguem de perto o cotidiano complicado de um
país que costumava ser citado com admiração'', diz o jornal.

Segundo a reportagem, Argentina, Uruguai, Paraguai e Bolívia são os


primeiros a sentir o impacto da queda do Brasil, mas todo o continente sofre
junto com o país.

A crise política e econômica brasileira tem sido acompanhada com


preocupação pelos países da América do Sul. O grau de inquietude muda de
acordo com a intensidade da relação de cada país da região com o Brasil, segundo
analistas ouvidos pela BBC Brasil.
Três motivos justificam a apreensão: a incerteza política; o fato de a Petrobras e
empreiteiras investigadas na Lava Jato terem investimentos na região; e os
possíveis efeitos da recessão econômica brasileira.
Maior economia regional, o Brasil costuma ser chamado pelos vizinhos de "gigante
da América do Sul" - um gigante que tanto pode influenciar sua vizinhança por sua
"saúde" ou "por seus problemas".
"Parece que estamos vendo o fim do ciclo" de influência do Brasil em países como
Bolívia, Argentina e Venezuela, opinou o analista político e econômico boliviano
Javier Gómez, do Centro de Estudos para o Desenvolvimento Trabalhista e Agrário
(CEDLA, na sigla em espanhol), em La Paz.
Na Argentina, a maior preocupação atual é com a desvalorização do real,
que poderia afetar a economia do país e o comércio bilateral, de acordo com
economistas.
Ao mesmo tempo, analistas argentinos estão atentos aos fatos políticos,
"como o risco de impeachment" e seu possível efeito nos investimentos
internacionais.
Nos países com menor vínculo econômico e comercial com o Brasil, as
preocupações são outras. No Chile, a expectativa é se a situação política chegará
a comprometer a esperança de que o Brasil se aproximará da Aliança do Pacífico
(Chile, Colômbia, Peru e México).
"(A presidente) Dilma enfraquecida afeta interna e externamente", disse o
professor de Ciências Política Guillermo Holzmann, da Universidade de Valparaíso.
No Peru, na Colômbia e no Equador, as atenções se voltam sobretudo ao
desenrolar das investigações da operação Lava Jato envolvendo as empreiteiras
brasileiras com obras milionárias em seus territórios.
Nos bastidores de alguns setores políticos e entre analistas comenta-se em
Buenos Aires que, se a crise política brasileira continuar, pode "ter eco" na política
da Argentina, que elege o sucessor de Cristina Kirchner em outubro.
"O próximo governo (argentino) não terá o poder que tem o de Cristina. E se o
risco de impeachment de Dilma aumentar, poderá ter eco aqui", disse um dos
analistas, pedindo anonimato. "Um Brasil fraco não é bom para a Argentina.
Investidores que esperam o novo governo para investir, pensando em exportar ao
Brasil a partir do ano que vem, podem acabar revendo seus planos, infelizmente."
VISÃO DE ANALISTAS E CIENTISTAS POLÍTICOS
Nacionais e internacionais

Diversos cientistas políticos se posicionaram com o desencadeamento


da crise, estes mostraram seus pontos de vista de acordo com os fatos
presentes. Destaca-se a visão ou análise de alguns destes:

Paulo Roberto Figueira Leal, doutor em Ciência Política é professor da


Universidade Federal De Juiz de Fora (UFJF), este considera que a crise
brasileira atual teve seu início quando as questões econômicas no mundo
começaram a mudar, este acontecimento interferiu na economia brasileira esta
que por sua vez também veio a sua queda devido ao fato de que evoluções
como o aumento da renda média do trabalhador, aumento do mercado de
consumo e aumento da renda do salário mínimo ocasionou um efeito
econômico que seus limites escasseiam.

Segundo Paulo as medidas até então tomadas pelo parlamento para conduzir a
crise não pode ser considerado de efeito positivo ou negativo até então, porém
a conjunção de fatos leva a população menos liberal a se posicionar contra
essas medidas por não a considerar adequada.

José Murilo de Carvalho, grande historiador brasileiro, oferece uma visão


pessimista do atual momento político brasileiro. o também cientista político
mostra preocupação com a crise política - mais precisamente com o
acirramento de ânimos desde as eleições de 2014.

Assim como outros colegas de profissão, Carvalho cita o longo histórico de


revoltas e conflitos que marcam o Brasil República. Porém, diferentemente de
outros analistas, o integrante da Academia Brasileira de Letras diz que a crise
atual não pode ser meramente comparada a momentos anteriores de
turbulência na história brasileira. Incluindo a constantemente citada crise de
1954, que culminou com o suicídio do presidente Getúlio Vargas.
Mark Weisbrot, economista e codiretor do Center for Economic and Policy
Research, centro de estudos econômicos de tendência de esquerda, vê sinais
de apoio à oposição.

Ele cita o encontro entre o ex-embaixador americano no Brasil e atual


subsecretário de Assuntos Políticos do Departamento de Estado, Thomas
Shannon, e o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), presidente da Comissão de
Relações Exteriores do Senado, que visitou Washington no início da semana.

"Esse encontro é um forte sinal de que eles (o governo americano) apoiam a


oposição e o impeachment", disse Weisbrot à BBC Brasil.

Na avaliação de Weisbrot, a oposição brasileira saiu prejudicada do que define


como "circo televisionado" da votação do impeachment na Câmara e pelo fato
de mais da metade dos deputados ser alvo de investigações ou acusações
criminais.

Para Weisbrot, a imprensa estrangeira, que inicialmente seguia a brasileira,


começou a cobrir o processo de maneira mais crítica, questionando sua
legitimidade.

"Tudo isso prejudica a imagem do Brasil como uma democracia", diz Weisbrot,
para quem esses fatores impulsionaram os esforços da oposição no exterior,
em busca de legitimidade.

ASPECTOS SOCIAIS E ECONÔMICOS DO BRASIL

O Brasil ainda precisa avançar muito em aspectos sociais e econômicos


e,para isso, o governo aposta em programas de transferência de renda.
O Brasil é um país de dimensões continentais, cheio de diferenças regionais.
Com uma população de 190 milhões de pessoas e grandes desafios de
desenvolvimento, o Brasil precisa avançar em muitos setores para proporcionar
uma vida digna para seus cidadãos.
Hoje, o Brasil tem a quinta maior população do mundo, mas alguns
aspectos sociais deixam a desejar. O país ainda sofre com uma alta taxa de
crescimento urbano sem planejamento de infraestrutura, baixos índices de
desenvolvimento humano e altas taxas de analfabetismo.

O Governo Federal tem trabalhado nos últimos 10 anos para tentar


reduzir os índices de famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. Alguns
programas sociais, como o Bolsa Família, têm contribuído para isso.
Entretanto, a medida é considerada paliativa.

O Brasil é a maior economia da América Latina e, apesar de estar


vivendo uma fase de expansão econômica, ainda precisa ter uma política
pública eficaz para distribuir a riqueza do país.

Atualmente, Brasil se destaca como um grande exportador de


produtos agropecuários e minerais. A nação é importante produtora mundial de
soja, laranja, cana-de-açúcar e carne bovina.

Em relação aos aspectos sociais, o Brasil vive uma estratificação


social. Temos uma pequena parcela da população vivendo com riquezas, e
muitos cidadãos amargando a extrema pobreza.

O Brasil possui uma distribuição de renda muito desigual. Por isso, o


Programa Bolsa Família tem sido importante para a transferência direta de
renda para famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza.

Hoje, esse programa atente cerca de 16 milhões de brasileiros com


renda familiar per capita inferior a R$ 70 mensais. O programa tem o objetivo
de garantir renda, inclusão produtiva e o acesso aos serviços públicos.
CRISE POLÍTICA OU ECONÔMICA?
Grandes analistas consideram que a crise sofrida pelo Brasil nos últimos
anos é mais política do que econômica, isso se da devida a má administração
do governo e crimes de responsabilidades que vieram a ocorrer.

Não existem casos na história, de economias que se desenvolveram


sem antes o Estado ter se desenvolvido. Hoje, temos um Estado grande e
ineficaz, que fica com 40% de tudo que a sociedade produz (muito para um
país de renda média) e não entrega serviços públicos de boa qualidade.
Depois, ele fala sobre o crescimento contínuo dos gastos públicos. O
problema é que não existe governo grátis, como muitos imaginam. Quanto
mais o Estado aumenta seus gastos, mais dinheiro ele precisa tirar do bolso
da população, esse aumento nos gastos, acima da nossa capacidade de
produzir riquezas, é o que pressiona os juros do país para cima e pressiona
a capacidade de investir.

Há relatos indicativos de que a crise brasileira é conseqüência de


uma crise internacional que abala todos os países do mundo neste exato
momento. Há uma variação do PIB brasileiro com o PIB dos principais
países do mundo. O Brasil só está ganhando da Venezuela (país em
colapso) e da Rússia (país em guerra). Até o Iraque, que ainda vive uma
guerra interna, terá resultados melhores que o Brasil.

PREVISÕES DO FUTURO

Fazer previsões do futuro, imaginar como será o futuro daqui alguns


anos muitas vezes parece difícil e desafiador. Imaginar como será o mundo
dentro de alguns anos, as tendências de comportamento e inovações
tecnológicas nos deixa um tanto quanto curiosos também. Quando se trata de
uma crise econômica fazer previsões é um modo de já se preparar e começar a
mudar o que for possível em sua volta, o Brasil com a crise em que está
vivendo deixa evidente a probabilidade de que a situação tenha que piorar
muito para que todos comecem a perder. Quando todos perceberem que
não existirão vitoriosos com a degradação da economia, que todos sairão
perdendo, é que a coisa começará a melhorar. Nos momentos extremos de
crise, as pessoas tendem a deixar o egoísmo de lado e começam a abrir
mão na busca acordos. Enquanto isto não acontece os juros vão continuar
elevados e a inflação vai continuar elevada.

Analistas também palpitam a respeito do futuro do País com essa


crise. Segundo MARCELO PORTUGAL (Economista e professor da UFRGS)
A crise deve começar a melhorar no segundo semestre de 2016. Como um
todo, o ano vai ter crescimento zero: primeiro semestre de queda, mas uma
segunda metade de retomada. O câmbio mais desvalorizado estimula a
indústria que exporta e incentiva o consumo de produtos domésticos, já que os
importados ficam mais caros. A inflação já vai estar mais baixa porque o
aumento do juro vai ter tido efeito. O Banco Central deve continuar subindo o
juro agora, mas vai começar a reduzir a partir de março. Depois disso, as
perspectivas melhoram gradualmente. Até porque os índices de confiança não
podem continuar caindo sem parar. Em algum momento voltam a subir.Já o
FERNANDO FERRARI (Economista e professor da UFRGS) acredita que em
2015 teremos um aperto fiscal muito pequeno tendo em vista a dificuldade do
Planalto de convencer o Congresso da adoção de medidas de ajuste. Então,
devem vir com mais força em 2016. Além disso, o aumento na taxa de juro
contamina a decisão futura dos empresários, que devem diminuir investimentos
no ano que vem. Devemos voltar a crescer — e de forma tímida — só em
2017, algo em torno de 2%, a média nos primeiros três anos do governo Dilma.
Este ano, vamos ter recuo acentuado e, em 2016, devemos ficar bem próximos
de zero. A tendência é de que, de olho nas eleições, o governo volte a liberar
incentivos a partir do segundo trimestre de 2017.
ANÁLISE REFLEXIVA E COMPARATIVA DO TEXTO: A
ESTRATÉGIA DO DOUTRINADOR

Antônio Gramsci em seu texto: A Estratégia do Doutrinador idealiza a


idéia de que é necessária a criação de uma mentalidade uniforme em torno de
determinadas questões, fazendo com que a população acredite ser correta esta
ou aquela medida, este ou aquele critério, esta ou aquela análise de situação,
de modo que quando o Comunismo tiver tomado o poder, já não haja qualquer
resistência. Para que isso se concretize é importante atentar-se para uma
mudança social, que ocasionaria conseqüentemente uma mudança radical nos
hábitos da população como um todo. O Ideal de Gramsci prega que uma
população deve se tornar de fato uma população justa para assim então o
governo ser justo.

É preciso conquistar gradativamente o apoio do país.

A questão da alienação pode também ser excluída com tal processo,


pois, a partir do momento que a população entra em consenso sobre
determinado assunto manipulações alheias, seja de mídia ou até de um grupo
de pessoas se tornam insignificante.

Fazer com que grande parte da população compartilhe da mesmo opinião é


uma tarefa complicada que requer uma excelente argumentação e fatos
concretos para se defender uma opinião.

Ao comparar a crise econômica em que estamos vivendo com esse texto


pode-se notar um aspecto interligado entre ambos isso se da devido a posição
do povo quanto essa crise, tal política, tal econômica. A população está dividida
na questão política , há aqueles que defendem um determinado lado e aqueles
que são contra o mesmo. O texto de Gramsci se mostra útil nesse contexto da
história quando se percebe que grande parte da população está se deixando
levar por mídia manipuladora ou sensacionalista. O poder de manipulação é
tamanho que até mesmo o senso crítico fica completamente imobilizado,
incapaz de ajudar o indivíduo a analisar as questões de maneira isenta.
Comparando o texto com a atual crise brasileira pode-se entender
que a solução pode está na própria população, esta que tanto exige mudança e
honestidade para com o governo e que também tem que esta preparada pra
mudar. É necessário estabelecer a hegemonia político-cultural dentro da
sociedade. 

CONCLUSÃO

O Brasil vem enfrentando uma crise econômica e também


política, isso tem se tornado motivo de preocupação para o desenvolvimento
do país: juros altos, aumento de taxas tributárias e entre outros tornam esse
processo ainda mais difícil.

A solução pra esta crise está ainda em questionamento, grandes aspectos


como crimes e irregularidades na questão política pode sim ter agravado todo o
processo de crise do País, mas o que de início ocasionou a crise foi a questão
econômica de países desenvolvidos e sua relação com o Brasil.

Contudo pode-se concluir que a crise que está acontecendo tende a


prejudicar países vizinhos e deixa incerto o futuro da mesma. A resolução para
este problema segundo analistas seria a implantação da ideologia de Gramsci,
o que de fato apresenta grande importância para o momento delicado em que o
país está passando.
BIBLIOGRAFIA

SOARES, Lucas (repórter)- Política. Disponível em:


<www.acessa.com/politica/arquivo/noticias>

OLIVEIRA, Malena. “Desemprego chega ao setor de serviços e mercado de


trabalho se deteriora” e “Ajuste fiscal reduz investimento público e tira ainda
mais fôlego da economia”. Disponível em:
<infograficos.estadao.com.br/economia/por-que-o-brasil-parou/emprego>

CAROLINA, Anna. “Crise na Indústria se aprofunda e dificulta retomada da


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brasil-parou/emprego>

PASSARELLI, Hugo. “Em cinco anos, Brasil vai da euforia ao pessimismo”.


Disponível em: <infograficos.estadao.com.br/economia/por-que-o-brasil-
parou/emprego>

DUARTE, Fernando. “Tudo pode acontecer, até um sério conflito social”.


Disponível em: <noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/bbc/2016/03/21/>

DISPONÍVEL EM: <zh.clicrbs.com.br/rs/noticias/noticia/2015/08/analistas-


projetam-quando-o-brasil-sera-capaz-de-superar-a-crise-economica-
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DISPONÍVEL EM: < http://antigramsci.blogspot.com.br/2006/06/o-pt-e-


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DISPONÍVEL EM: <


http://brasilianismo.blogosfera.uol.com.br/2016/04/04/crise-no-brasil-afeta-
paises-vizinhos-diz-jornal-argentino-la-nacion/>

DISPONÍVEL EM: < http://g1.globo.com/economia/noticia/2015/07/crise-do-


brasil-preocupa-vizinhos-da-america-do-sul.html>

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