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INTRODUÇÃO

A otite externa é uma inflamação dos componentes de tecido mole do meato auditivo
externo. Essa afecção constitui um dos problemas mais comuns encontrados na clínica de
pequenos animais. A otite pode ser um processo patológico primário ou secundário. A
causa da otite externa em um paciente pode ser multifatorial, tornando o diagnóstico e o
tratamento difíceis. A otite externa é freqüentemente uma manifestação clínica de uma
afecção dermatológica generalizada.

ETIOLOGIA

Os fatores primários são as afecções ou os distúrbios que iniciam o processo inflamatório


dentro do canal auditivo. Os fatores primários são as afecções ou os distúrbios que iniciam
o processo inflamatório dentro do canal auditivo. Os fatores primários podem induzir
inicialmente uma doença fora do canal auditivo externo. A otite externa pode ser uma
extensão de um distúrbio do pavilhão auditivo, de otite média ou de otite interna.

Os fatores predisponentes facilitam a inflamação através da permissão de um ambiente


favorável à sobrevivência de fatores perpetuadores. Os exemplos incluem a conformação
do canal auditivo, umidade do canal, pêlos nas orelhas, predisposição racial, síndromes de
imunodeficiência, desequilíbrios endócrinos, traumatismo auditivo iatrogênico e doenças
obstrutivas.

Os exemplos incluem a conformação do canal auditivo, umidade do canal, pêlos nas


orelhas, predisposição racial, síndromes de imunodeficiência, desequilíbrios endócrinos,
traumatismo auditivo iatrogênico e doenças obstrutivas. Os exemplos incluem a
conformação do canal auditivo, umidade do canal, pêlos nas orelhas, predisposição racial,
síndromes de imunodeficiência, desequilíbrios endócrinos, traumatismo auditivo
iatrogênico e doenças obstrutivas. Os exemplos incluem a conformação do canal auditivo,
umidade do canal, pêlos nas orelhas, predisposição racial, síndromes de imunodeficiência,
desequilíbrios endócrinos, traumatismo auditivo iatrogênico e doenças obstrutivas. A otite
média serve como fonte de agentes infecciosos e as alterações hiperplásicas crônicas do
canal auditivo podem obstruir o canal. Importante: devemos saber que a medicação
também pode agir como um fator perpetuador, ou um fator primário, de otite externa,
através da irritação que pode causar, ou pode provocar também uma alergia de contato
secundária (por exemplo, neomicina e anestésicos tópicos).

CAUSAS DE OTITE

Infecciosa
Causada por bactérias e, geralmente, acompanhada de pus. Às vezes, é difícil de ser
tratada e necessita de exames complementares, como coleta da secreção para análise e
determinação do antibiótico que deve ser usado (cultura e antibiograma). Causada por
bactérias e, geralmente, acompanhada de pus. Às vezes, é difícil de ser tratada e necessita
de exames complementares, como coleta da secreção para análise e determinação do
antibiótico que deve ser usado (cultura e antibiograma).

Parasitária
Causada por ácaros (sarna). É muito comum encontrarmos excesso de cera de cor marrom
muito escura, o cão coça bastante as orelhas. O ácaro que acomete o conduto auditivo não
é o mesmo que causa a sarna de pele. Ele é transmitido entre cães e gatos, mas não para o
homem. A recidiva desse tipo de otite é comum se o animal freqüenta ambientes
contaminados.

Fúngica
É similar à otite bacteriana, mas o tipo de agente é outro. Apenas o exame da secreção do
ouvido poderá diferenciar o microrganismo causador.

Seborreica
É causada por excesso de produção de cera. Alguns cães produzem muito cerúmen e o
mesmo não é eliminado. O acúmulo do material vai causar fermentação, o que leva ao
mau cheiro e posterior inflamação dos ouvidos.

Por Umidade
O acúmulo do material vai causar fermentação, o que leva ao mau cheiro e posterior
inflamação dos ouvidos. O acúmulo do material vai causar fermentação, o que leva ao mau
cheiro e posterior inflamação dos ouvidos.

SINAIS CLÍNICOS

Com envolvimento auditivo


Agitação da cabeça;
Coceira e esfregadura das orelhas;
Mau cheiro;
Dor ao redor das orelhas ou da cabeça (manifesta gritos ou choro);
Alterações comportamentais – os animais podem ficar irritáveis e agressivos com relação
aos membros da família como resultado da dor ótica;
Perda de audição, embora difícil de se registrar, constitui queixa comum do proprietário.

Por distúrbios dermatológicos subjacentes


Esfregadura da face, espirros, lambedura do pé, a corrida arrastando o ânus no chão e
coceira generalizada sugerem doença alérgica subjacente;
O prurido severo pode indicar causas parasitárias (sarna sarcóptica e sarna notoédrica) ou
alérgicas (dermatites alérgicas a picada de pulgas);
A dermatite bacteriana recorrente sugere desequilíbrio endócrino ou insuficiência
imunológica.

DIAGNÓSTICO
Os procedimentos diagnósticos baseiam-se na identificação dos fatores primários, fatores
predisponentes e fatores perpetuantes.
Devem-se considerar todos os fatores etiológicos para que o tratamento seja bem
sucedido.
Utiliza-se a anamnese para detectar evidências de alergias (sazonalidades), parasitas
(possível exposição) e fatores ambientais de interesse;
A avaliação física inclui a palpação dos canais auditivos externos, sentir o odor das orelhas
e o exame cuidadoso da pele sobre o corpo inteiro quanto a evidências de doenças
sistêmicas.
Exame otoscópico: nele avaliamos o tamanho dos canais auditivos e a presença de
parasitas, exudato, pêlos ou material estranho; avaliamos também a cor do epitélio, a
presença de úlceras ou massas, e o aparecimento e integridade da membrana timpânica.
Quando o animal sente muita dor é necessária a sedação do animal, que pode ser tópica
com cloridrato de lidocaína de 1 a 2%; e quando for preciso remover objetos estranhos ou
material para biópsia, indica-se anestesia geral.
Citologia: é um procedimento diagnóstico barato e rápido, que é indicado em todos os
casos de otite externa. A citologia freqüentemente indica o melhor plano de tratamento
inicial.
Devemos usar um aplicador com ponta de algodão (swab) para limpar o canal externo tão
profundamente quanto for possível, sem empurrar mais o exudato no interior do canal
auditivo. Em seguida remova e role gentilmente o aplicador em uma lâmina de vidro limpa.
Depois examine as lâminas ao microscópio.
Cultura e teste de suscetibilidade: indica-se no caso de otite recorrente e no caso de otite
ulcerada severa, quando se observam bactérias durante o exame citológico.
Deve-se fazer cultura de ambas as orelhas se a doença for bilateral, pois a flora pode ser
diferente em cada uma delas.

TRATAMENTO

A primeira etapa do tratamento das otites deve ser a limpeza adequada do canal auditivo
para a remoção de crostas, células mortas e secreções; e eliminação de agentes que
atrapalham o tratamento com medicamentos tópicos.
O objetivo inicial do tratamento da otite externa é limpar e secar o canal externo. Este
processo torna o ambiente menos favorável a um crescimento microbiológico e reduz o
processo inflamatório na maioria dos pacientes.
Limpeza do canal externo: solução de clorexidina diluída é efetiva no tratamento inicial do
canal auditivo. Pode-se realizar esse procedimento em animais não sedados sem causar
desconforto.
Podem-se aplicar agentes ceruminolíticos nos casos de otite exsudativa severa, para
facilitar a remoção da cera – eles são mais efetivos quando aplicados no canal externo por
15 minutos antes da lavagem com jato. Pode-se também utilizar solução salina a 0,9%
morna para lavar o canal auditivo quando se suspeitar da integridade da membrana
timpânica.
O tratamento da otite irá depender muito da causa. Evitar fatores como umidade, excesso
de pêlos e o gotejamento desnecessário de medicamentos no conduto, irão diminuir a
incidência de otites. Uma das freqüentes causas de falha no tratamento é o procedimento
incorreto na hora de pingar o medicamento no ouvido do cão.
Os remédios devem ser aplicados com a cabeça do cão deitada e segura firmemente por
alguns instantes após a instilação das gotas. A maioria dos cães chacoalha a cabeça logo
após a aplicação, o que elimina grande parte do medicamento, não permitindo que ele
atinja toda a extensão do conduto.
Após instalada a infecção, procure ajuda de um profissional especializado. Só ele saberá o
prognóstico da doença. Muitas vezes, além da limpeza e tratamento otológico, há
necessidade do tratamento apropriado, como antibiótico, antiinflamatório, antimicótico
etc.
Otite externa mal tratada pode evoluir para otite média e interna. Em caso de dúvida
procure um veterinário.

Terapia tópica específica


Agentes antiinflamatórios tópicos: uso de glicocorticóides, mas em concentrações mínimas
necessárias para o efeito desejado para que o eixo hipotálamo-hipófise-adrenal não seja
afetado;
Agentes antibacterianos tópicos: sua escolha deve ser baseada nos achados citológicos ou
nos resultados da cultura; as medicações incluem aminoglicosídeos, cloranfenicol,
propilenoglicol e creme de sulfadiazina argêntea a 1%.
Agentes antifúngicos tópicos: como exemplo temos o clotrimazol (que é efetico contra a
Malassezia), a clorexidina, iodo-povidona e creme de cuprimixina, e também podemos
utilizar loção de miconazol.
Agentes antiparasitários tópicos: preparações que contenham tiabendazol, piretrinas e
retenona são eficientes contra os ácaros óticos, devemos aplicar essas soluções no canal
auditivo externo por três semanas.

Terapia sistêmica
Indica-se terapia antimicrobiana sistêmica no caso de um paciente com otite externa
bacteriana quando se rompe a membrana timpânica, quando ulcerar o epitélio do canal ou
se forem encontradas células inflamatórias que contêm bactérias durante o exame
citológico.

Para a segunda etapa do tratamento das otites, a Univet disponibiliza o Aurivet®,


medicamento otológico com atividade antibiótica, antifúngica, antiinflamatória e
analgésica. Esse conjunto de propriedades permite um tratamento eficaz contra variados
tipos de otites que podem acometer os pequenos animais.
Sua formulação 4 em 1 combate de maneira muito eficiente os microorganismos que
causam ou agravam as otites e, ao mesmo tempo, alivia a coceira (prurido), dor e outros
sinais decorrentes da inflamação. Disponível em bisnagas de 13 gramas.

PROFLAXIA

Modificação comportamental: redução das atividades que predispõem o animal a otite,


como, por exemplo, natação, corrida no mato e no campo, etc. No caso da natação,
sempre lavar e secar bem as orelhas dos animais após a atividade.
Cuidados médicos regulares: pode reduzir a ocorrência de otite externa nos pacientes
predisponentes.
Limpar regularmente as orelhas dos animais de estimação com distúrbios seborréicos.

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