Você está na página 1de 3

*A PARÁBOLA DAS DEZ VIRGENS*

Shalom para todos!

É um erro considerar que as Dez Virgens fossem a Igreja, pois colocaria o Messias na condição
de polígamo, algo contrário à ética divina.

Mateus 25: 1:
“ENTÃO o reino dos céus será semelhante a dez virgens que, tomando as suas lâmpadas,
saíram ao encontro do esposo.
E cinco delas eram prudentes, e cinco loucas. As loucas, tomando as sua lâmpadas, não
levaram azeite consigo.
Mas as prudentes levaram azeite em suas vasilhas, com as suas lâmpadas.
E, tardando o esposo, tosquenejaram todas, e adormeceram.
Mas à meia-noite ouviu-se um clamor: Aí vem o esposo, saí-lhe ao encontro.
Então todas aquelas virgens se levantaram, e prepararam as suas lâmpadas.
E as loucas disseram às prudentes: Dai-nos do vosso azeite, porque as nossas lâmpadas se
apagam.
Mas as prudentes responderam, dizendo: Não seja caso que nos falte a nós e a vós, ide antes
aos que o vendem, e comprai-o para vós. E, tendo elas ido comprá-lo, chegou o esposo, e as
que estavam preparadas entraram com ele para as bodas, e fechou-se a porta.
E depois chegaram também as outras virgens, dizendo: SENHOR, Senhor, abre-nos.
E ele, respondendo, disse: Em verdade vos digo que vos não conheço. Vigiai, pois, porque não
sabeis o dia nem a hora em que o Filho do Homem há de vir.”

A parábola das dez virgens tem sido tema de muitas pregações em nossos púlpitos, em
estudos nas classes da EBD, grupos de estudos bíblicos e em comentários. Devemos nos
lembrar que sobre o texto da Parábola temos pelo menos duas correntes de interpretação:

1. Totalista - Segundo essa corrente, os capítulos 23, 24 e 25 de Mateus não se referem à


Igreja, referem-se à Grande Tribulação;

2. Parcialista - Essa corrente crê que só subirão os crentes que estiverem preparados para o
arrebatamento, sendo essa corrente a mais usada em nossos púlpitos.
No entanto, enfrenta alguns problemas sérios como:
a) Primeiramente vejamos a narrativa do apóstolo Paulo em I TESSALONICENSES 4.16, 17:
"Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido, e com voz de arcanjo, e com a trombeta
de D’us; e os que morreram no Messias ressuscitarão primeiro.
“Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas
nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor”.

Onde diz "os que morreram no Messias" - "Os que ficarmos vivos". Os termos assinados como
"os" significa e abrange a "todos" os salvos e não apenas a "alguns"
b) As palavras do Senhor às virgens loucas são muito fortes:
"Em verdade vos digo que não vos conheço".
Todos os salvos são conhecidos do Senhor, conforme João 10.14 "Eu sou o bom Pastor,
e conheço as minhas ovelhas, e das minhas sou conhecido".

c) Essa corrente também admite que apenas aqueles que morreram preparados, cheios do
Espírito do Santo, irão participar do arrebatamento e do Reino Milenar do Messias. Embora
ausentes da ressurreição que antecede o grande arrebatamento e o milênio, serão
participantes da Eternidade com o Messias, ressurgindo em uma "ressurreição especial".

Somos favoráveis à primeira corrente de interpretação pelos motivos a seguir:

a) O livro de Mateus foi endereçado originalmente aos judeus.


Então o texto da parábola de Yeshua é dirigido aos judeus e israelitas, sendo encontrada nos
outros três evangelhos.

b) O texto retrata a cerimônia de um casamento judaico, onde o noivo vem buscar a noiva e a
torna sua esposa no ato nupcial em que atesta a sua virgindade, o que leva algum tempo, para
depois retornar para a festa das bodas.

c) Yeshua desposa a noiva, a Igreja, e não as noivas (virgens) que são acompanhantes das
festas. Tomar a Igreja como as dez virgens apresenta-se como uma poligamia.
O texto se refere à nação de Israel compreendendo as doze tribos no final dos tempos e da
Grande Tribulação; após o tempo da "Graça", portanto.
Também é uma cerimônia tipicamente judaica ou israelita. Isso é reforçado pela expressão:
"...com o noivo e a noiva.." (v.1), encontrada em alguns manuscritos.
O contexto bíblico da parábola localiza-a no final da Grande Tribulação (vide os dois capítulos
anteriores), isto é, na segunda vinda do Messias à Terra que não deve ser confundida com o
Arrebatamento da Igreja e dos salvos.
Há um texto paralelo que reforça essa posição, está em Lucas 12. 35-40, quando menciona o
"senhor" que é o Senhor Yeshua voltando das festas de casamento ou núpcias. Que casamento
é esse? Do noivo Yeshua com a noiva que é a Igreja, cujas núpcias dá-se no tempo
compreendido entre o arrebatamento até a Sua volta triunfante à Terra no final da Grande
Tribulação.
Quem são as dez virgens? O termo virgem aqui se refere ao que chamamos de "damas de
honra". É o remanescente de Israel dividido em dois grupos:
- Muitos crerão em Yeshua como o Messias e, crendo, terão o Espírito do Santo para a
salvação, o azeite para acender e manter as suas lâmpadas acesas.
- Outros rejeitarão a Yeshua como o Messias e por isso não terão o azeite do Espírito. Os
pavios de suas lâmpadas não terão o óleo combustível para abastecer o fogo e produzir luz,
queimando-se e, fumegando, logo se apagarão.
Correrão para adquirir o azeite, mas não haverá mais quem o venda. Voltarão sem azeite e
sem luz, baterão à porta como os contemporâneos de Noé e a porta não mais se abrirá. Ainda
hão de ouvir as terríveis palavras: "não vos conheço".
Esta parábola é, às vezes, usada para ilustrar a precária posição dos “desviados” na Igreja, mas
há diversos problemas com essa visão.
Em Ap.16:15, indica que os crentes da Tribulação são responsáveis por se manter firmes em
sua fé para evitar perder sua salvação.
Mateus 25:8 concorda, dizendo que todas as 10 virgens tinham óleo em suas lâmpadas no
começo, mas as cinco tolas não tinham o suficiente para continuar até o fim.
Lembre-se, todas as 10 virgens são apanhadas dormindo quando Ele volta. Todas elas se
comportaram mal. É o óleo que distingue um grupo do outro.
Os eruditos nunca chamam essas 10 Virgens de Noiva, mas freqüentemente as chamam de
damas de companhia (Israel).
A Igreja é a Noiva, não uma dama de companhia! Quando foi que você ouviu falar de uma
noiva tendo que pedir ao noivo para ser admitida em seu próprio casamento?
Parece que elas estão tentando entrar na Seudas Mitzvah (festa de casamento), um banquete
que vem após a cerimônia de casamento.
Se é assim, nenhuma delas esteve na cerimônia propriamente dita, com óleo ou não, então,
nenhuma delas pode ser a noiva. De fato, não há menção a nenhuma noiva em lugar algum
desta parábola.
Essas virgens não são a Igreja. Elas são os judeus, sobreviventes da Tribulação.
Esta parábola ensina que Sua 2ª vinda assinala o limite após o qual mesmo os pedidos para ser
salvo e receber o Espírito do Santo serão negados. (As virgens tolas, como a parábola as
chama, estavam a caminho de reabastecer seu óleo quando o noivo chegou.) A porta será
fechada, e o Senhor negará jamais ter conhecido quem chegar atrasado.

Você também pode gostar