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CURSO DE PEDAGOGIA

VIVIANE FREITAS DO CARMO

LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE


DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA.

Ariquemes
2020
VIVIANE FREITAS DO CARMO

LAZER, APRENDIZAGEM, INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE


DE CRIANÇAS COM DEFICIÊNCIA.

Trabalho de Pedagogia apresentado como requisito


parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina
de; Educação Inclusiva, Libras – Língua Brasileira de
Sinais, Educação e Tecnologia, Homem, Cultura e
Sociedade, Práticas Pedagógicas: Identidade Docente e
Educação a Distância.

Orientador: Prof. Rozangela Eliete da Silva

Ariquemes
2020
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.......................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...........................................................................................4
3 CONCLUSÃO........................................................................................................8
REFERÊNCIAS.............................................................................................................9
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1 INTRODUÇÃO

Este trabalho tem como objetivo conhecer e criar estratégias, que possam
garantir as crianças com deficiência o acesso ao lazer, a aprendizagem a uma educação
de qualidade e assim possibilitando a inclusão em todos os âmbitos da sociedade. Criar
possibilidades para que todas as crianças com deficiências tenham os seus direitos
respeitados. No entanto percebe que alguns desses direitos não são aplicados de forma
significativa, apenas em partes, para cumprir um termo burocrático, que não auxilia na
vida das crianças de maneira pratica e objetiva, seja no âmbito escolar ou no social.
Discutir as dificuldades e os desafios e os desrespeitos aos direitos já
adquiridos. Mediante as leituras de projetos e textos que mostram meios e ações para
melhorar a qualidade de vida das crianças com deficiência e garantido o cumprimento dos
seus direitos garantidos na legislação.
A participação crianças com deficiência na escola é um direito (BRASIL,
1996), que para ser acessado depende, entre outros aspectos, da articulação entre
profissionais, famílias e sociedade para o cumprimento de diretrizes educacionais.
Destinação de recursos humanos e materiais e formação de profissionais habilitados para
o enfrentamento dos diferentes desafios trazidos pela prática cotidiana do ensino.
Para que aja a inclusão a escola precisa oferecer qualidade de ensino
para todos. Pressupõe a organização de propostas pedagógicas eficaz, relacionadas as
necessidades das crianças contemplando todos os níveis de aprendizagem. Diante dos
relatos e leituras dos projetos e textos pode se afirmar que todos as crianças ou alunos
tem dificuldades, ritmos e capacidades diferentes.
Porém para que ocorra a inclusão requer um olhar diferenciado por parte
dos professores, familiares e a sociedade como um todo. Enfatizaram a necessidade da
formação continuada para atender à diversidade das experiências e demandas dos
estudantes em sala de aula e em outros ambientes nas escolas, e uma rede de apoio
para desenvolver o seu trabalho com qualidade. É Necessário projetos que amplie as
informações, um trabalho que atendam e contemplem a todas as crianças com deficiência
dentro e fora da sala de aula.
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2 DESENVOLVIMENTO

A inclusão escolar de crianças com deficiência ainda é um processo em


construção e os agentes da comunidade escolar têm pouca participação para construir
uma lógica, que acolha as diferenças. De fato, em sua maioria, ainda vivenciam um papel
de executores da política de Educação Inclusiva.
É necessário mudanças de atitudes, saindo do campo teórico para o
âmbito prático. As escolas devem garantir uma acessibilidade viável em todas as áreas.
Comunicacional, arquitetônica, programática, metodológica e atitudinal. Tanto na sala de
aula quanto nas dependências da instituição.
A constituição federal Brasileira de 1988 é considerada uma das mais
avançadas do mundo o que se refere aos Direitos Humanos, pôde ser considerada um
instrumento eficaz na contemplação de especificidades referente a gênero, raça, cor,
idade e deficiência, com garantia de direitos específicos e diferenciados.

No Art.205 – A educação, direito de todos e dever do estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando o pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho. (...).
No Art.208:III – Atendimento educacional especializado aos portadores de
deficiência, preferencialmente na rede regular de ensino; lV -1º - O acesso ao
ensino obrigatório e gratuito é direito público e subjetivo; V – Acesso aos níveis
mais elevados de ensino, da pesquisa e da criação artística, segundo a
capacidade de cada um.
Na Lei Nº 7.853 de 1989, nesta lei a previsão de matricula obrigatória em cursos
regulares de estabelecimentos públicos ou particulares de pessoa com deficiência
capaz de se integrar no sistema regular de ensino. Estabelece ainda, que é crime
recusar, suspender, adiar, cancelar ou fazer cessar, sem justa causa, a inscrição
de aluno em estabelecimento de ensino de qualquer curso ou grau, público ou
privado, por motivos derivados da deficiência que este porte

Mediante estas leis estabelecidas é necessário adequar a escola e


profissionais capacitados e conhecedores dos recursos tecnológicos disponíveis no
mercado. Procurar adequar a realidade e especificidade de cada criança com deficiência.
Vivenciamos um momento em que se fala na inclusão escolar de alunos com
necessidades educacionais especiais, na rede regular de ensino. A legislação é explícita,
quanto à obrigatoriedade em acolher e matricular todos os alunos, independentemente de
suas necessidades ou diferenças.
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Entretanto, não é suficiente apenas esse acolhimento, mas que a criança


com deficiências com tenha condições efetivas de aprendizagem e desenvolvimento de
suas potencialidades. Essa é função da escola e o papel do professor no processo de
inclusão. Amparando-se nos pressupostos da concepção histórica-crítica, focar a
importância da relação entre professor/aluno para o sucesso na aprendizagem, propondo
dessa forma, algumas sugestões sobre “possíveis ações na prática do dia-a-dia.
Desta forma, é necessário e urgente, que os sistemas de ensino se
organizem para que além de assegurar essas matrículas, assegurem também a
permanência de todos os alunos, sem perder de vista a intencionalidade pedagógica e a
qualidade do ensino. Considerando que os fundamentos teórico-metodológicos da
Educação Inclusiva, baseiam-se numa concepção de educação de qualidade para todos e
no respeito à diversidade dos educandos.
É imprescindível uma participação mais qualificada dos educadores para
o avanço de uma reforma educacional. De modo geral dentre essas adaptações que
fazem parte do currículo, para garantir a inclusão e a permanência do aluno com
deficiência na escola estão: A criação de condições físicas, materiais e ambientais na
sala de aula. Favorecer o melhor nível possível de comunicação e interação do aluno com
toda a comunidade escolar. Propiciar a participação do aluno em toda e qualquer
atividade escolar. Lutar pela aquisição de equipamentos e materiais específicos
necessários. Realizar adaptações em materiais de uso comum em sala de aula, sistemas
alternativos de comunicação, tanto no decorrer das aulas como nas avaliações, as
adaptações de pequeno porte constituem pequenos ajustes nas ações planejadas a
serem desenvolvidas no contexto da sala de aula.
Além dessas adaptações gerais, é importante refletir também nas
adaptações mais específicas de acordo com cada necessidade. Ressaltar ainda, que
antes de se iniciar um trabalho com alunos com necessidades educacionais especiais, no
ensino regular, é necessário que se faça um preparo dos demais alunos, no sentido de
conscientização da importância da convivência na diversidade e no respeito às
diferenças.
É um desafio muito grande para a escola desde mudanças curriculares,
pedagógicas, físicas e comportamentais, havendo essas mudanças pode se tornar um
ambiente acolhedor e favorável para o desenvolvimento das crianças com deficiência,
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possibilitando autonomia e melhor qualidade de vida. No que diz respeito ao lazer na


escola ou em outros ambientes fora da escola, no dia 12 de maio de 2017, o Presidente
Michel Temer sancionou a lei que garante Lazer para crianças com deficiência. A nova lei
obriga os parques públicos infantis a fazerem adaptações nos brinquedos. De acordo com
a lei de nº 13.443/17, todos os parquinhos públicos deverão ter, no mínimo, 5% de seus
brinquedos adaptados.
A norma é originária do projeto de lei do Senado (PLS) 219/2014. Ele foi
aprovado na Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) em 9 de
setembro de 2015. A medida abrange vias públicas, parques e demais espaços de uso
público existentes. Isso visa a garantir o lazer para crianças com deficiência. Na
justificativa do projeto, o senador ressaltou que as crianças com deficiência têm o direito
de brincar. Isso é garantido no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). E mais
explicitamente, na Convenção sobre os Direitos da Criança.
Ela reconhece o direito “às oportunidades de lazer para crianças com
deficiência. De maneira que a criança atinja a mais completa integração social possível e
o maior desenvolvimento cultural e espiritual”. A Constituição, também assegura o direito
das crianças ao lazer. O direito à dignidade, ao respeito, à convivência familiar e
comunitária. A salvo de toda forma de negligência e discriminação, além do acesso
adequado das pessoas com deficiência aos logradouros e edifícios de uso público. Para
Vicentinho Alves, é importante garantir que os espaços de uso comum. Tanto públicos
como privados, nos quais haja brinquedos ou equipamentos de lazer, sejam espaços de
inclusão das crianças com deficiência ou mobilidade reduzida.
No texto de apresentação do projeto o parlamentar argumenta que “é evidente
que a exclusão das crianças com deficiência nos locais e equipamentos destinados à
recreação. É uma forma intolerável de discriminação e uma violação dos direitos
fundamentais dessas crianças à igualdade, à inclusão e ao lazer” .

§ 1o Considera-se discriminação em razão da deficiência toda forma de distinção,


restrição ou exclusão, por ação ou omissão, que tenha o propósito ou o efeito de
prejudicar, impedir ou anular o reconhecimento ou o exercício dos direitos e das
liberdades fundamentais de pessoa com deficiência, incluindo a recusa de
adaptações razoáveis e de fornecimento de tecnologias assistivas.
Art. 5o A pessoa com deficiência será protegida de toda forma de negligência,
discriminação, exploração, violência, tortura, crueldade, opressão e tratamento
desumano ou degradante.
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Percebe se que mediante a lei ela garante uma qualidade de vida de igualdade,
porém não acontece na pratica, um dos fatores é falta de conhecimento por parte da
família e da própria sociedade, deixando a responsabilidade para o poder público e as
instituições de ensino. Mediante as leituras dos textos sugeridos percebe-se uma
necessidade urgente de iniciativas advindas das famílias e da própria sociedade, tendo
como exemplo o projeto LIA, buscando ações e meios que colaborem com a execução
das leis já estabelecidas. Como colaborador e fiscal fazendo com que as crianças tenham
os seus direitos respeitados.

Apud: Não existe nada de muito novo em termos de acessibilidade a espaços


públicos. Quase todos os países têm legislação e conhecimento sobre a forma
como devem ser construídos e adaptados os locais e equipamentos públicos
(nomeadamente escolas) de forma a serem acessíveis. A acessibilidade física, a
sinalética, a circulação e a segurança podem, hoje, ser facilmente uma realidade
se... sim, se...as suas regras forem cumpridas (RODRIGUES, 2008, p. 33) .

O que diz respeito a tecnologia assistiva ela engloba todo o acesso a


locomoção, e todos os outros serviços e necessidades do dia adia, levando em
consideração a especificidade de cada pessoa e qual o tipo de deficiência. Todas as
pessoas devem usufruir dessas tecnologias. A tecnologia assistiva ela é dividida em
várias categorias: Como rampas de acesso a calçadas e prédios, andadores, softwares
ampliadores de tela.
Hoje com o avanço da tecnologia favorece melhor qualidade de vida as
pessoas com deficiência, são necessárias conhecer melhor essas ferramentas que
permitem melhor acessibilidade em todos os âmbitos. Tanto a produtos, serviços e in
formações. Mediante a um conjunto de recursos e serviços que irão contribuir e ampliar
características funcionais dentro das especificidades de cada um são ferramentas que
agem como instrumento facilitador de funções das crianças com deficiências.
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3 CONCLUSÃO

Percebe-se que a educação inclusiva tem sido uma das principais


vertentes educacional, tem havido grandes resultados, mas ainda é necessário um olhar
diferenciado o que diz respeito a inclusão, principalmente voltada para o lazer e cultura.
Contemplando as adversidades da condição humana seja física, intelectual e social.
Sendo construídas no dia a dia nas relações interpessoais, no convívio social e também
no contesto politico que tendem a reduzir as situações discriminatórias e preconceituosas.
A rapidez do mundo moderno exige dos educadores e familiares soluções
inteligentes e relevantes, na área da educação são necessárias basear se em três
vertentes, inovação, coragem e compromisso com a qualidade de vida da criança com
deficiência, possibilitar o desenvolvimento e autonomia, desenvolvendo e habilidades,
aplicando conceitos teóricos em situação de realidade.
A formação do professor é um dos fatores fundamentais para o avanço na
educação inclusiva, exige um novo perfil de educador, frente ao desafio de uma educação
inclusiva de qualidade, onde sejam garantidos os seus direitos. Porém não pode atribuir
toda responsabilidade ao professor ou mesmo a escola, para que aja uma inclusão real
depende de condições adequadas do poder publico dando suporte ao trabalho dos
educandos. Também depende da participação ativa por parte dos responsáveis pela
criança, buscando conhecimento e melhores condições, e possibilidades de
desenvolvimento da criança com deficiência. Meios que possibilitem informações a
sociedade acerca do assunto, e assim, respeitando os direitos, e cumprindo com seus
deveres.
O fato é que nossa sociedade ainda apresenta muitas dificuldades de
compreender a deficiência e principalmente o processo de inclusão, pode-se observar que
cada família apresenta sua peculiaridade buscando suas próprias formas para o
equilíbrio. As vezes pela falta de informação e conhecimento leva a um desequilíbrio
familiar. Sendo assim é relevante que o professor contribua em mais esse desafio imposto
pela educação inclusiva, e assuma uma postura que possa, por meio de suas ações,
oportunizar informação e compreensão da deficiência, favorecendo com isso a superação
dos obstáculos da inclusão.
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REFERÊNCIAS

ALMEIDA, M I. Ações organizacionais e pedagógicas dos sistemas de ensino:


políticas de inclusão? In: ROSA, Dalva E. Gonçalves et e Sousa, Vanilton Camilo de
(Orgs.). Políticas organizativas e curriculares, educação inclusiva e formação de
professores. Rio de Janeiro: DP&A, 2002.

AMIRALIAN, M. L. T. M. Desmistificando a inclusão. Revista Psicopedagogia, São


Paulo, v. 22, n. 67, p. 59-66, 2005.

Battistella Rizzo Linamara Secretária de Estado de São Paulo, Secretaria de Estado dos
Direitos da Pessoa com Deficiência.
BERGER, P.; LUCKMANN, T. A construção social da realidade: tratado de sociologia
do conhecimento. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 1999

BLASCOVI-ASSIS, S. M. Lazer e deficiência mental: o papel da família e da escola


em uma proposta de educação pelo e para o lazer. 2. ed. Campinas: Papirus, 2001.

BLASCOVI-ASSIS, S. M. Lazer para deficientes mentais. In: MARCELINO, N. C. (Org.).


Lúdico, educação e educação física. 2. ed. Ijuí: Unijuí, 2003. p. 101-111
BRASIL, Constituição da República Federativa do Brasil – 1967

BRASIL, Lei 9.394/96. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.


Brasília,1996

BRASIL, Ministério da Educação. Coordenação Geral SEESP/MEC. Saberes e práticas


da inclusão: recomendações para a construção de escolas inclusivas. Brasília:
Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial, 2005.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Especial. A inclusão Escolar


de Alunos com Necessidades Educacionais Especiais, Deficiência Física. Brasília,
2006ª

MENDES, Enicéia Gonçalves; PICCOLO, Gustavo Martins. Nas pegadas da história:


tracejando relações entre deficiência e sociedade. Revista Educação Especial. Vol 25,
n° 42 p. 32. Jan/Abr 2012.

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