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SIMULAÇÃO COMPUTACIONAL

Variação na Composição Química do Material


P
or quais razões obtemos
propriedades mecânicas distintas Ponto de controle
da dureza
após o mesmo tratamento
térmico realizado mais de uma vez, como
por exemplo no caso da têmpera e do
revenimento? Além das condições de
processo, as condições da matéria prima
também têm influência.
ALISSON DUARTE
Para mostrar isso, consideremos uma
análise via simulação, sendo possível
alisson@sixpro.pro portanto manter a repetibilidade do processo.
Contudo, vamos variar a composição Fig. 1. Garfo a ser tratado termicamente (Mettis Aerospace
Atua no setor de Engenharia da
SIXPRO Virtual&Pratical Process.
química do material dentro da sua faixa Plc. UK)
É também professor do Dep. de nominal normatizada. Tomemos o aço ligado Para esse aço, consideremos três diferentes
Eng. de Materiais da UFMG e do ao NiCrMo (norma BS S154), utilizado em composições químicas, dentro da faixa nominal:
Dept. de Eng. Metalúrgica da PUC
aplicações estruturais aeroespaciais, como no uma no limite inferior, outra com um nível
Minas. Possui Pós-Doutorado em
Metalurgia da Transformação. garfo mostrado na Fig. 1. médio de elementos de liga e a terceira no
limite superior.
Tabela. Propriedades mecânicas pós têmpera no ponto de controle (QForm)
Após a têmpera, as três composições
químicas irão apresentar a formação de
sistência à Tração
elementos de liga

pós revenimento
Tensão residual
Martensita (%)

Limite de Re-

revenimento
Dureza (HV)

Dureza pós

uma microestrutura martensítica, como


Nível dos

(N/mm2)

(N/mm2)

exemplificado na Fig. 2. Entretanto, haverá


uma variação da dureza em função da
variação na composição química (Fig.3) e,
Inferior 95 599 1870 269 751 consequentemente, uma variação das demais
Médio 91 543 1680 265 690 propriedades mecânicas (Tabela 1).
Superior 64 427 1285 247 615

HV 427
a) 89.0
88.0
HV 543 87.0
86.0
85.0
84.0
HV 599 83.0
82.0
81.0
Inferior 80.0
79.0

Médio b)

Superior
Fig. 3. Dureza simulada após a têmpera para um mesmo aço com diferentes níveis de Fig. 2. (a) Fração martensítica simulada e a (b) micrografia
elementos de liga, dentro da sua faixa nominal (QForm) martensítica obtida (QForm)

Industrial Heating JUL A SET 2019 19

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