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Atmosferas Explosivas

Objetivo

• Abordar os aspectos e técnicas associados às


instalações em atmosferas potencialmente
explosivas.
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Atmosferas Explosivas
Campus Curitiba

Instrumentação Industrial

Atmosferas Explosivas

Marcação de equipamento para atmosfera potencialmente


explosiva
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Atmosferas Explosivas

Definições
• Atmosfera explosiva: área onde existe a possibilidade
de explosão devido à mistura de gases, vapores ou ar
em determinada quantidade.

• Área classificada: local aberto ou fechado, onde existe


a possibilidade de formação de uma atmosfera
explosiva, podendo ser dividida em zonas de diferentes
riscos, sem que haja barreira física.
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Atmosferas Explosivas

Definições
• Explosão: Do ponto de vista da química, a oxidação, a
combustão e a explosão são reações exotérmicas
(Kurski, Bhopal, Guadalajara, Porto Rico) de diferentes
velocidades de reação, sendo iniciadas por uma
detonação ou ignição.

• Ignição: é a chama ocasionada por uma onda de


choque, que tem sua origem térmica ou elétrica.
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Atmosferas Explosivas

Definições
Temperatura de auto-ignição: Uma temperatura fixa
acima da qual uma mistura inflamável é capaz de extrair
energia suficiente do ambiente para entrar em combustão
espontaneamente.

Ponto de Fulgor: O ponto de fulgor de um líquido é a


mínima temperatura em que o líquido se evapora, para
formar uma mistura com ar em concentração suficiente
para provocar uma ignição, próxima da superfície do
líquido. Em inglês, ponto de fulgor é flash point.
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Atmosferas Explosivas

Principais pontos de fulgor e temperaturas de ignição de


alguns combustíveis ou inflamáveis

Combustíveis Temperatura de
Ponto de Fulgor
Inflamáveis Ignição

Álcool etílico 12,6°C 371,0°C


Gasolina -42,0°C 257,0°C
Querosene 38,0°C a 73,5°C 254,0°C
Parafina 199,0°C 245,0°C
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Atmosferas Explosivas

Classificação de Áreas
• Visa agrupar diversas áreas com riscos semelhantes,
tornando possível o projeto de equipamentos específicos.
Baseia-se no grau de periculosidade da substância
combustível e na frequência de formação da atmosfera
explosiva.

• No Brasil, tais normas são padronizadas pela ABNT e


internacionalmente pela IEC.
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Classificação de Áreas
Classe: A classe da área se relaciona com o estado físico da
substância inflamável. A classe denota a natureza genérica
do material perigoso e está relacionada com a apresentação
física do material.

São aceitas e definidas três classes distintas:

Classe I - locais onde há gases ou vapores na presença com


o ar em quantidades suficientes para produzir misturas
explosivas e inflamáveis. Refinarias de petróleo, plantas
petroquímicas.
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Classificação de Áreas
Classe II - locais onde o perigo é devido à presença de pó
combustível. Siderúrgicas, mineração de carvão e
indústrias de artefatos de pneu e nos ensacamentos de
pós petroquímicos.

Classe III - locais onde estão presentes fibras e partículas


sólidas como algodão, rayon, sisal, juta, fibra de côco,
serragem de madeira. Indústrias de madeira, barracão de
escola de samba.
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Classificação de Áreas
Grupo: A designação do grupo é mais específica e constitui
uma subdivisão da classe. O grupo, associado à classe, é
uma especificação de natureza química.

O agrupamento dos materiais é usualmente especificado em


normas e códigos. As normas americanas diferem levemente
das européias.
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Classificação de Áreas

O NEC (National Electrical Code - EUA) estabelece o


seguinte:

Classe I : possui os Grupos A, B, C e D.

Classe II : possui os Grupos E, F e G.

Classe III : não possui grupo associado.


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Classificação de Áreas
No sistema europeu os grupos são diferentes:
Grupo I: minas subterrâneas, onde pode haver gases.
Assume-se, na prática que o perigo é causado pelo gás
metano.
Grupo II: locais de superfície, onde os materiais são indicados
pelos sufixos A, B e C.
Subdivisões do Grupo II:
IIC similar ao NEC Grupo A e B
IIB similar ao NEC Grupo C.
IIA similar ao NEC Grupo D.
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Classificação de Áreas
Comparação dos Grupos de Gases Europa (IEC) e EUA (NEC)
Gás Típico Grupo (EUA) Grupo (Europa)

Metano D I

Propano D IIA

Etileno C IIB

Hidrogênio B IIC

Acetileno A IIC
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Classificação de Áreas
Grupo A ou Grupo IIC (1 gás)
Acetileno

Grupo B ou Grupo IIC (6 gases)


1. Acrolein (inibido)
2. Butadieno
3. Hidrogênio
4. Gases com >30% de H2 (por volume)
5. Óxido de propileno
6. Óxido de etileno
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Classificação de Áreas
Grupo C ou Grupo IIB (16 gases)
1. acetaldeido 9. éter dietil
2. álcool alquil 10. etilenimina
3. n-butil-aldeildo 11. etileno
4. ciclopropano 12. monóxido de carbono
5. croto-aldeido 13. morfoline
6. di-etil-amina 14. 2-nitropropano
7. dimetil hidrazine assimétrico 15. sulfeto de hidrogênio
8. epiclorohidrin 16. tetrahidrofuran
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Classificação de Áreas
Grupo D ou Grupo IIA (44 gases)
acido acético (glacial) gasolina
acetona heptano
amônia hexano
benzeno metano
butano metanol
etano nafta de petróleo
etanol (álcool etílico) propano
éter isopropílico tolueno
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Classificação de Áreas
Grupos da Classe II (Pó)

Grupo E: Pós metálicos: alumínio, magnésio, titânio e suas


ligas metálicas.

Grupo F: Pós carbonáceos: carbono coloidal, carvão, negro


de fumo, coque.

Grupo G: Pós agrícolas: polvilho, fécula, pó de grãos, pós


químicos e plásticos.
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Classificação de Áreas
• Na prática, foi estabelecido dividir as áreas perigosas
em zonas. Zonas com perigo de explosão são
classificadas dependendo da frequência e duração da
atmosfera potencialmente explosiva.
• A zona de uma área expressa a probabilidade relativa do
material perigoso estar presente no ar ambiente, formando
uma mistura em concentração perigosa e provável de
provocar uma explosão ou incêndio.
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Classificação de Áreas
Gases, vapores e névoas flamáveis
Zona 0: Um local em que uma atmosfera explosiva consistindo
de uma mistura com ar de substâncias flamáveis na forma de
gás, vapor ou névoa está presente continuamente ou por
longos períodos ou freqüentemente.

Exemplos de Zona 0 são:


1. interior de um tanque cheio de gás
2. espaço cheio de vapor dentro de um tanque com líquido
volátil.
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Classificação de Áreas
Gases, vapores e névoas flamáveis
Zona 1: Um local em que uma atmosfera explosiva consistindo de
uma mistura com ar de substâncias flamáveis na forma de gás,
vapor ou névoa é provável de ocorrer em operação normal
ocasionalmente. A probabilidade da presença de uma atmosfera
perigosa na Zona 1 é relativamente elevada.
Exemplos típicos de Zona 1: as áreas de ensacamento e
esvaziamento e equipamento de manipulação de pós, dos quais
pode ocorrer liberação de produtos em condição normal em
quantidade suficiente para produzir uma nuvem de pó inflamável.
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Classificação de Áreas
Gases, vapores e névoas flamáveis
Zona 2: Um local em que uma atmosfera explosiva consistindo de
uma mistura com ar de substâncias flamáveis na forma de gás,
vapor ou névoa não é provável de ocorrer em operação normal,
mas se ocorrer, irá persistir somente por um curto período de
tempo. A zona 2 pode ser a área que separa a zona 1 de áreas
seguras. A zona 2 é uma área mais segura que a zona 1, porém, é
ainda um local perigoso, classificado. A probabilidade de ocorrer
condições de perigo é pequena, quando comparada a
probabilidade da zona 1, porém não é zero.
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Classificação de Áreas
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Classificação de Áreas

Classificação de área para um tanque de armazenamento de líquido inflamável


com ponto de fulgor menor que 32 oC e com teto fixo (Imperial Chemical
Industries Ltd, ICI/RoSPA 1972 IS/91).
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Classificação de Áreas
Pós combustíveis

Zona 20: Um local em que uma atmosfera explosiva na


forma de uma nuvem de pó combustível no ar está presente
continuamente ou por longos períodos ou frequentemente.

Zona 21: Um local em que uma atmosfera explosiva na


forma de uma nuvem de pó combustível no ar é provável de
ocorrer em operação normal ocasionalmente.
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Classificação de Áreas
Pós combustíveis

Zona 22: Um local em que uma atmosfera explosiva na


forma de uma nuvem de pó combustível no ar não é provável
de ocorrer em operação normal, mas se ocorrer, irá persistir
somente por um curto período de tempo.
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Classificação de Áreas
Classes de Temperatura

Há seis classes de temperatura, de T1 a T6. A classe de


temperatura T1 tem a temperatura de superfície permissível
mais alta e a classe de temperatura T6, a mais baixa. Uma
superfície aquecida aumenta o conteúdo da energia de uma
mistura potencialmente explosiva em contato com ela. Se a
temperatura da superfície é muito alta, este alto conteúdo de
energia pode iniciar uma reação explosiva.
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Classificação de Áreas
Classes de Temperatura

Classe de Temperatura T1: Misturas com uma


temperatura de ignição de t > 450 oC e uma temperatura de
superfície máxima de 450 oC. T1 inclui as substâncias:
propano, monóxido de carbono, amônia, acetona, estireno,
acido acético, benzeno, metano, tolueno, hidrogênio e gás
natural. T1 se relaciona principalmente a trabalhos de gás e a
indústria de mina.
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Classificação de Áreas
Classes de Temperatura

Classe de Temperatura T2: Misturas com uma temperatura


de ignição de t > 300 oC e uma temperatura de superfície
máxima de 300 oC. As principais substâncias cobertas por T2
são: isopentano, acetato de butil, álcool etílico e acetileno,
que são usados industrialmente na química de acetileno.
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Classificação de Áreas
Classes de Temperatura

Classe de Temperatura T3: Misturas com uma temperatura


de ignição de t > 200 oC e uma temperatura de superfície
máxima de 200 oC. T3 cobre benzeno e os derivados
correspondentes, que são encontrados principalmente na
indústria petroquímica.
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Classificação de Áreas
Classes de Temperatura

Classe de Temperatura T4: Misturas com uma temperatura


de ignição de t > 135 oC e uma temperatura de superfície
máxima de 135 oC. T4 inclui principalmente éter etílico e
acetaldeído, que são usados em fabricação de plásticos e
solventes.
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Classificação de Áreas
Classes de Temperatura

Classe de Temperatura T5: Misturas com uma temperatura


de ignição de t > 100 oC e uma temperatura de superfície
máxima de 100 oC. A importância prática de T5 é
principalmente na fabricação de fibras têxteis.
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Classificação de Áreas
Classes de Temperatura

Classe de Temperatura T6: Misturas com uma temperatura


de ignição de t > 85 oC e uma temperatura de superfície
máxima de 85 oC. Esta classe de temperatura é de
importância prática principalmente nas envolvendo o uso de
bissulfeto de carbono e etil nitrito.
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Classificação de Áreas
Classificação de Máxima Temperatura de Superfície de Equipamento Grupo
II
Classe de Máxima temperatura admissível da Temperatura de ignição de
Temperatura superfície dos equipamentos, oC substâncias inflamáveis,oC
T1 450 >450
T2 300 300 a 450
T3 200 200 a 300
T4 135 135 a 200
T5 100 100 a 135
T6 85 85 a 100
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Atmosferas Explosivas
Gás GRUPO C. TEMP. T. IGNIÇÃO (ºC)
Amônia IIA T1 630
Anilina IIA T1 617
Butanol IIA T2 340
Nafta IIA T3 290
“CO” IIB T1 605
Benzeno IIA T1 560
Hidrogênio IIC T1 560
Eteno IIB T2 425
Propano IIA T1 470
Metano I T1 595
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Atmosferas Explosivas
Grupos Energia para a ignição (IEC 79-3)

I 500 µJ

IIA 240 µJ

IIB 110 µJ

IIC 40 µJ
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Atmosferas Explosivas

Produto Energia (mJ)

Acetileno 0,017

Etileno 0,08

Hidrogênio 0,017

Metano 0,30

Propano 0,25
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Atmosferas Explosivas

Categorias dos Equipamentos

Categoria 1

A categoria 1 compreende o equipamento que é


permitido ser usado em Zonas 0 ou 20 (e é também
utilizado em Zonas 1, 2 ou 21 e 22). Equipamento
Categoria 1 usualmente tem dois tipos de proteção e
permanece seguro mesmo se duas falhas
independentes entre si ocorrerem.
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Categorias dos Equipamentos

Categoria 2

A categoria 2 compreende o equipamento que é


permitido ser usado em Zonas 1 ou 21 (e é também
utilizado em Zonas 2 ou 22). Equipamento Categoria 2
permanece seguro mesmo se ocorrerem distúrbios ou
falhas no equipamento.
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Atmosferas Explosivas

Categorias dos Equipamentos

Categoria 3

Categoria 3 compreende o equipamento que é


permitido ser usado em Zonas 2 ou 22 apenas.
Equipamento Categoria 3 fornece o nível de requisito
de segurança durante a operação normal. Distúrbios e
falhas de equipamento não são considerados na
categoria 3.
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Atmosferas Explosivas
Métodos de Proteção
Triângulo do Fogo
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Atmosferas Explosivas
Métodos de Proteção
Existem vários métodos de proteção que são baseados em um
desses princípios:

• Confinamento: evita a detonação da atmosfera, confinando a


explosão em um compartimento capaz de resistir a pressão
envolvida no processo, não permitindo a propagação para
superfícies vizinhas (ex: equipamentos à prova de explosão).

• Segregação: é a técnica que visa separar fisicamente a atmosfera


potencialmente explosiva da fonte de ignição (ex: equipamentos
pressurizados, imersos e encapsulados).

• Prevenção: Controla-se a fonte de ignição de forma a não possuir


energia elétrica e térmica suficiente para detonar a atmosfera
explosiva.
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Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
• Baseado totalmente no conceito de confinamento.

• Deve possuir um invólucro resistente, normalmente alumínio ou


ferro fundido. Dever possuir também um interstício estreito e longo
para que os gases quentes desenvolvidos durante um possível
explosão possam ser resfriados.

• Caso haja a necessidade de haver cabos elétricos, esses devem


ser envoltos por eletrodutos metálicos, e devem haver unidades
seladoras para evitar propagação de chamas
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Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
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Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
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Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
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Atmosferas Explosivas
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Atmosferas Explosivas
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Atmosferas Explosivas
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Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
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Atmosferas Explosivas
À Prova de Explosão (Ex d)
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Atmosferas Explosivas

Pressurizado (Ex p)
• Baseado no princípio da segregação.

• A atmosfera explosiva é impedida de entrar no invólucro


devido à presença de um gás de proteção (ar ou inerte)
que é mantido numa pressão levemente maior que a da
atmosfera externa.

• É recomendado o uso de dispositivos auxiliares de


detecção de nível de pressão interno para não afetar o
funcionamento do equipamento.
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Atmosferas Explosivas
Pressurizado (Ex p)
• Pode ser aplicado para painéis elétricos em geral,
principalmente quando as salas de controle ficam
próximas à atmosferas explosivas.

• Desta forma o gás inerte deve ser mantido em


quantidade tal que a concentração da mistura nunca
alcance 25 % do limite inferior da explosividade do gás
gerado.
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Atmosferas Explosivas

Pressurizado (Ex p)
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Atmosferas Explosivas
Pressurizado (Ex p)
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Atmosferas Explosivas
Pressurizado (Ex p)
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Atmosferas Explosivas
Gás Inerte: Um gás inerte é qualquer um dos gases que não é reativo
em circunstâncias normais. É um gás que não participa da reação
como, por exemplo, os gases nobres.
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Atmosferas Explosivas
Gás Inerte

• O nitrogênio (N2) é um gás inerte que existe em


maior quantidade na atmosfera 78% no ar ambiente.
• Ser inerte significa que ele não participa nas reações
de obtenção de energia (papel do oxigênio).
• Os gases inertes são aplicados às bebidas de uma
forma geral, seja como ingrediente de sua
formulação, como é o caso do gás carbônico (CO2)
utilizado na carbonatação de bebidas ou como uma
atmosfera protetora nas diversas etapas do
processamento.
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Atmosferas Explosivas

Gás Inerte

Lago Nyos, o lago


mais mortal do mundo,
calcula-se em 90
milhões de toneladas
a quantidade média
de CO2 . Tubos para
exaustão do gás.
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Atmosferas Explosivas

Encapsulado (Ex m)
• Baseado no princípio de segração.

• Envolve os componentes elétricos com uma resina de


forma que a atmosfera explosiva externa não seja
inflamada.

• Não permite manutenção corretiva dos componentes.

• Aplicação em: reed relé, botoeiras, sensores de


proximidade e obrigatoriamente nas barreiras zener.
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Encapsulado (Ex m)
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Atmosferas Explosivas

Imersão em Óleo (Ex o)


• Baseado no princípio da
segregação.

• Envolve as partes vivas do


circuito em um invólucro
com óleo.

• Normalmente utilizado em
grandes transformadores e
disjuntores.
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Atmosferas Explosivas

Enchimento de Areia (Ex q)


• Baseado no princípio da
segregação, onde ocorre
um preenchimento de
um invólucro com pó de
quartz ou areia evitando
o inflamar da chama,
normalmente utilizada
em proteção de cabos
que passam atráves de
pisos.
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Enchimento de Areia (Ex q)


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Atmosferas Explosivas

Segurança Aumentada (Ex e)


• Este método de proteção baseia-se nos conceitos de supressão da fonte
de ignição, aplicável que em condições normais de operação, não
produza arcos, faíscas ou superfícies quentes que podem causar a
ignição da atmosfera explosiva para a qual ele foi projetado. Esta
técnica pode ser aplicada a motores de indução, luminárias, solenóides,
botões de comando, terminais e blocos de conexão e principalmente em
conjunto com outros tipos de proteção. A normas técnicas prevêem
grande flexibilidade para os equipamentos de Segurança Aumentada,
pois permitem sua instalação em Zonas 1 e 2, onde todos os cabos
podem ser conectados aos equipamentos através de prensa-cabos, não
necessitando mais dos eletrodutos metálicos e suas unidades seladoras.
Segurança Aumentada (Ex e) Campus Curitiba
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Atmosferas Explosivas

Não Ascendível (Ex n)

Este método de proteção, de origem alemã, não


está coberto por nenhuma norma técnica e foi
desenvolvido para permitir a certificação de equipamentos
que não sigam nenhum método de proteção, e possam ser
considerados seguros para a instalação em áreas
classificadas, por meios de testes e análises do projeto,
visando não limitar a inventividade humana.
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Não Ascendível (Ex n)


• Também baseado nos conceitos de supressão da fonte de ignição, os
equipamentos não ascendíveis são similares aos de Segurança Aumentada.
Este método os equipamentos não possui energia suficiente para provocar a
detonação da atmosfera explosiva, como os de Segurança Intrínseca, mas não
prevêem nenhuma condição de falha ou defeito. Sua utilização será restrita
à Zona 2, onde existe pouca probabilidade de formação da atmosfera
potencialmente explosiva, o que pode parecer um fator limitante, mas se
observar que a maior parte dos equipamentos elétricos estão localizados nesta
zona, pode-se tornar muito interessante. Um exemplo importante dos
equipamentos não ascendíveis são os multiplex, instalados na Zona 2, que
manipulam sinais das Zonas 1 e os transmite para a sala de controle, com uma
combinação perfeita para a Segurança Intrínseca, tornando a solução mais
simples e econômica.
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Não Ascendível (Ex n)


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Atmosferas Explosivas
Aplicação dos Métodos de Proteção
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Segurança Intrínseca (Ex i)


• A Segurança Intrínseca é o método representativo do conceito de
prevenção da ignição, através da limitação da energia elétrica.
O princípio de funcionamento baseia-se em manipular e
estocar baixa energia elétrica, que deve ser incapaz de provocar
a detonação da atmosfera explosiva, quer por efeito térmico ou
por faíscas elétricas. Em geral pode ser aplicado a vários
equipamentos e sistemas de instrumentação, pois a energia
elétrica só pode ser controlada a baixos níveis em instrumentos,
tais como: transmissores eletrônicos de corrente, conversores
eletropneumáticos, chaves-fim-de-curso, sinaleiros luminosos,
etc.
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Atmosferas Explosivas
A Técnica da Segurança Intrínseca

 Energia de ignição: Toda a mistura possui uma energia


mínima de ignição, sendo que abaixo deste valor torna-
se impossível a detonação, isto em função da
quantidade de combustível em relação a quantidade de
ar.

 Os circuitos de segurança intrínseca sempre manipulam


e armazenam energia abaixo deste limite.
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Atmosferas Explosivas
A Técnica da Segurança Intrínseca
 O ponto que requer menor energia para provocar a detonação é chamado
de MIE (Minimum Ignition Energie), sendo também o ponto onde a
explosão desenvolve maior pressão, ou seja a explosão é maior. Fora do
ponto de menor energia MIE, a mistura necessita de maiores quantidades
de energia para provocar a ignição, ou seja: a energia de ignição é função
da concentração da mistura.

 As concentrações abaixo do limite mínimo de explosividade LEL (Lower


Explosive Limit) não ocorre mais a explosão pois a mistura está muito
pobre ou seja muito oxigênio para pouco combustível.

 Analogamente quando a concentração aumenta muito, acima do limite


máximo de explosividade UEL (Upper Explosive Limit), também não
ocorre mais a explosão devido ao excesso de combustível, mistura muito
rico.
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Atmosferas Explosivas
A Técnica da Segurança Intrínseca
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Atmosferas Explosivas
Limites de Inflamabilidade dos Gases
Gás Limite Inferior Limite Superior
Hidrogênio
4% 75,6%
Monóxido de Carbono 12,5% 74%
Metano
5% 15%
Propano
2,1% 9,5%
Butano
1,5% 8,5%
Acetileno
2,4% 83%
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Atmosferas Explosivas
Limitadores de Energia
 Para uma instalação ser executada com proteção
intrínseca, temos que interfacear o elemento de campo
com o instrumento de controle, através de um limitador
de energia.
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Atmosferas Explosivas
Limitadores de Energia
São empregadas alguma técnicas para limitar os efeitos
da energia elétrica atuante no circuito em questão.

Limitador de Corrente
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Limitadores de Energia
Limitador de Tensão
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Atmosferas Explosivas
Limitadores de Energia

• Cálculo da potência: considerando as tensões com


que se quer trabalhar, dimensiona-se uma potência que
evita a detonação controlando a energia manipulada.

• Armazenamento de energia: dependendo do sinal e do


circuito utilizados e também do comprimento de cabos,
podem surgir efeitos de armazenamento de energia
(capacitivo/indutivo). O dimensionamento do limitador
deve levar em conta isso.
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Atmosferas Explosivas
Limitadores de Energia
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Atmosferas Explosivas
 Categorias de Proteção: Os equipamentos intrinsecamente seguros são
classificados em duas categorias:

 Categoria “ia”
Esta categoria é mais rigorosa e prevê que o equipamento possa sofrer até
dois defeitos consecutivos e simultâneos, visando a incapacidade de provocar a
ignição. Motivo pelo qual se assegura a utilização desses equipamentos até nas
zonas de risco prolongados (Zona 0).

 Categoria “ib”
A categoria é menos rigorosa, possibilitando a instalação dos
equipamentos apenas nas Zonas 1 e 2 devendo assim assegurar a
incapacidade de provocar a detonação da atmosfera quando houver um defeito
no circuito.
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Atmosferas Explosivas

 Aterramento: Visando ainda eliminar a possibilidade de


ignição, o circuito deve estar apto a desviar as sobretensões
perigosas capazes de provocar uma centelha elétrica na
área classificada.
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Atmosferas Explosivas
 Aterramento: Um sistema de aterramento com alta integridade deve ser
utilizado para conexão do circuito limitador de energia, como único
circuito capaz de desviar a corrente gerada por uma sobretensão em
relação ao potencial da terra. As normas técnicas recomendam que o
sistema de aterramento íntegro deve possuir impedância menor que 1Ω,
para garantir a eficácia do circuito.
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Atmosferas Explosivas
 Isolação Galvânica: Técnica que dispensa a conexão do limitador de energia
ao sistema de aterramento, através da inclusão de proteções contra falhas.
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Atmosferas Explosivas
Análise das Marcações
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Atmosferas Explosivas
Proteção contra água
IP (X) (Y)
Nível de Proteção contra poeira 0: não protegido

0: não protegido 1: proteção contra gotas d’água

1: proteção contra partículas de Ø >= 50mm 2: proteção contra pingos d’água à 15°

2: proteção contra partículas de Ø >= 12.5mm 3: proteção contra sprays de água

3 : proteção contra partículas de Ø >= 2.5mm 4: proteção contra esguicho d’água

4: proteção contra partículas de Ø >= 1mm 5: proteção contra jatos d’água

5: proteção contra poeira 6: proteção contra fortes jatos d’água

6: selado contra poeira 7: proteção contra submersão temporária

8: proteção contra submersão contínua

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