Geotecnologias do Ensino Prof. Dr. Daniel Hideki Bando
TECNOLOGIAS E GEOTECNOLOGIAS NO ENSINO
As discussões acerca dos métodos de ensino, tanto o ensino de geografia, tanto
aos demais ensinos do ciclo básico (fundamental I e II e Ensino Médio), apresentam diversos caminhos, direções e metodologias, do qual evidencia-se limites, avanços e melhores aperfeiçoamentos.
Primeiramente, é necessário identificar sobre essa educação e o ambiente escolar.
O entendimento sobre o uso dessas tecnologias limitam-se apenas aos computadores e internet, ou existe demais ferramentas de ensino? Como projetores, estufas, microscópios, GPS, tablets, lousas interativas em 3D, vídeo, música. O ambiente escolar em questão, quando é posto em debate sobre as tecnologias de ensino devem ser voltadas apenas às escolas públicas, privadas ou ambas? Partindo-se da compreensão de um ensino tecnológico mais limitado aos computadores e a rede de internet, e as escolas públicas, seguimos por um caminho.
Com base nas argumentações de Karnal (2016) sobre o uso de tecnologias na
educação escolar, esta é considerada enquanto uma das ferramentas de aprendizagem durante o processo de mediação do conhecimento entre professor e estudantes. Assim, apenas as tecnologias não garantem uma boa aula, um bom aprendizado. O que gira em torno de uma melhor compreensão sobre o conteúdo é torna-se a sala de aula um ambiente em que os estudantes possam interagir, argumentar, ampliar seus conhecimentos, aprender coisas novas, independente das ferramentas. A preocupação do autor é evidenciar a falsa impressão de que equipamentos de última geração inseridos em uma escola, como tablets, possam garantir uma excelência de ensino. Neste caso, é a apenas a medicação e formas de ensino do professor que podem garantir essa qualidade, ao despertar dos estudantes ao interesse de busca e compreensão acerca dos conteúdos.
No caso do ensino de geografia, utilizando-se as geotecnologias, apresentam
maiores complexidades devido ao uso de ferramentas pela própria ciência, dentre elas, a mais conhecida, o uso dos mapas e seus softwares. A produção e leitura dos mapas, sejam eles impressos ou via uma tela de computador e um software, devem partir de criticidade estimulada pelos professores, e acima disto, análises que possam fazer sentido na rotina e “mundo” desse estudantes.
No ensino de geografia, é mais comum o conhecimento de práticas a partir do uso
de imagens de satélite, mapas, cartas topográficas e programas mais acessíveis, como o Google Earth ou Maps, para o estudante visualizar o bairro da escola, o bairro de sua residência, sua cidade. O uso dessa ferramenta e tarefa por si só não estimula a transformação ao uma maior ampliação do conhecimento geográfico e demais disciplinas. Quais questões serão apresentadas ao redor dessas ferramentas? Qual a importância de localizar sua casa? O que tem de inovador observar o município no mapa do Estado? Cabe ao professor estabelecer as relações sociais, políticas, ambientais, físicas, de forma que elas possam ser correlacionadas e interpretadas, a partir das compreensões do tempo e do espaço, da transformação do homem com a natureza e os problemas ambientais ao redor dos elementos observados no mapa. Ou em outro caso, qual a importância em se utilizar um GPS? Apenas para uma simples localização? Neste caso, podem ser trabalhadas as coordenadas geográficas, a identificação e conhecimento sobre a altitude do relevo próximo a escola ou a moradia do estudante a partir de um simples trabalho de campo nas ruas próximas a escola.
Apenas a leitura e alfabetização cartográfica não garante uma aprendizagem crítica
e que possa responder às seguintes questões: por que devo aprender geografia? Por fim, para o avanço dos usos de ferramentas no ensino de geotecnologias precisam de um maior apoio por parte do Estado na aquisição de equipamentos de qualidade, salas menos lotadas, capacitação contínua dos professores de geografia e uma maior valorização desses aprendizados lúdicos para além sala de aula, além lousa e giz.