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16/09/2021

20212
U2S1

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16/09/2021

Problema Proposto:
Você foi contratado por uma empresa fabricante de aeronaves para atuar no projeto e desenvolvimento de
uma nova aeronave que será lançada futuramente no mercado brasileiro. Nesse primeiro momento, tem-se
que você é o projetista responsável pelo cálculo da velocidade dos gases de exaustão na saída do motor a jato
que será utilizado no projeto dessa aeronave, desenvolvendo o raciocínio crítico e de solução de problemas.
Esse cálculo, que será entregue ao seu gestor, deve ser realizado considerando diversas velocidades de voo e
consumos de combustível.
Quais são as variáveis relevantes para esse cálculo?
Quais as considerações necessárias para simplificar o problema?
Como selecionar o volume de controle de forma correta?
Quais equações devem ser utilizadas?

O princípio da conservação de massa é um dos mais fundamentais da natureza.


É intuito que a massa não pode ser criada ou destruída, mas poder transformada.
• Princípio da relatividade - Albert Einstein (1879-1955):
𝐸 = 𝑚∗𝐶
𝐸
𝑚=
𝐶
E= energia [J]
m= massa [kg]
C= velocidade da luz [m/s]
C= 299 792 458 m/s  300 000 000 m/s= 3*10 m/s
𝐶 = 3*10 m/s
exemplo:
m (bala comestível)= .6,5 g = 0,0065 kg
𝐸 = 0,0065 ∗ 3 ∗ 10 = 1,95 ∗ 10 = 195 000 000 000 000,00 𝐽 =

• Princípio da continuidade para fluidos:

𝜌 = massa específica [kg/m³]


V= velocidade [m/s]
A= área molhada [m²]
𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝐴 = 𝜌 ∗ 𝑄 = 𝑄 = 𝑄̇ [kg/s]
Q= vazão volumétrica [m³/s]
𝑄 = 𝑄̇= vazão mássica [kg/s]

• Princípio da Conservação da Massa de Lavoisier para reações químicas

Lavoisier constatou que a massa do sistema antes e depois da reação é a mesma, ou seja: "Numa reação química, não ocorre
alteração na massa do sistema".

Num sistema qualquer, o somatório das massas dos REAGENTES é igual ao somatório das massas dos PRODUTOS.

Por exemplo, quando um pedaço de ferro é abandonado ao ar, vai se "enferrujando", ou seja, vai sofrendo uma reação
química de oxidação. Comparando a massa do ferro inicial com a do ferro "enferrujado", nota-se que este último tem massa
maior, mas a expressão ponderal é: massa do ferro + massa dos gases (ar) = massa do ferro "enferrujado".

Assim, por exemplo:


1 H2 + O2 => 1 H2O
2*(1 g)+1*(16) => 18 g de H2O
• quando reagem 2 gramas do fluido gás hidrogênio (H) reagem com 16 gramas do fluido gás oxigênio (O) verifica-se a
formação de 18 gramas do fluido líquido água (H2O);

Na engenharia química o cálculo da conservação de massa é denominado estequiométrico.

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𝑫𝑵 𝜕
= ∗ 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝛿𝐴
𝑫𝒕 𝑺𝒊𝒔
𝜕𝑡 ∀
N=m 𝜌= massa específica [kg/m³]
𝑚 V= velocidade [m/s]
𝜂= =1
𝑚 A= área molhada [m²]
𝐷𝑁
=0 𝜌∗𝑉∗𝐴= 𝜌∗𝑄= 𝑄𝑚= 𝑄̇ ̇ [kg/s]
𝐷𝑡 Q= vazão volumétrica [m³/s]
𝜕 𝑄𝑚=𝑄̇ ̇= vazão mássica [kg/s]
∗ 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝜕𝑡 ∀ 𝑺𝑪

Líquido= incompressível
Gás= compressível
𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝑺𝑪

𝒏 𝒏

𝝆∗𝑽∗𝑨 𝑨𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 − 𝝆∗𝑽∗𝑨 𝑬𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 =𝟎


𝒏 𝟏 𝒏 𝟏

𝜹∀
=𝟎
𝜹𝒕
𝒏 𝒏

𝝆∗𝑽∗𝑨 𝑨𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 − 𝝆∗𝑽∗𝑨 𝑬𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 =𝟎 𝜌= massa específica [kg/m³]


𝒏 𝟏 𝒏 𝟏 V= velocidade [m/s]
𝒏 𝒏
A= área molhada [m²]
𝝆∗𝑸 𝑨𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 − 𝝆∗𝑸 𝑬𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 =𝟎 𝜌∗𝑉∗𝐴= 𝜌∗𝑄= 𝑄𝑚= [kg/s]
𝒏 𝟏 𝒏 𝟏 Q= vazão volumétrica [m³/s]
𝒏 𝒏
𝑄𝑚= vazão mássica [kg/s]
𝑸𝒎 𝑨𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 − 𝑸𝒎 𝑬𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 =𝟎
𝒏 𝟏 𝒏 𝟏

Exemplo 1:
Um compressor de palhetas alimenta o reservatório de ar comprimido de uma indústria de pequeno porte. Sabe-se que esse
compressor comprime ar a uma taxa de 200 kg/s, enquanto o consumo total de ar requerido pelos equipamentos dessa
indústria é de 150 kg/s.
Dessa forma, o fluxo de massa que entra no reservatório é 200 kg/s, o fluxo de massa que sai do reservatório é de 150 kg/s e a
taxa de variação da massa dentro do reservatório é 50 kg/s. Portanto, fica evidente que a massa de ar dentro do reservatório
está aumentando.

𝑄𝑚 = 200 𝑘𝑔/𝑠
𝑄𝑚 = 150 𝑘𝑔/𝑠
𝛿∀
= +50 𝑘𝑔/𝑠
𝛿𝑡

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O volume de controle (∀𝑐) pode ser fixo ou estacionário, móvel ou deformável

a) volume de controle (∀𝑐) fixo ou estacionário para análise de tensões em um bocal


b) volume de controle (∀𝑐) movendo-se à velocidade de um navio para análise de arrasto
c) volume de controle (∀𝑐) deformável no interior de um cilindro para análise variação do transientes de
pressão

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Escolha de um volume de controle (∀𝑪 )

a) fixo: escoamento permanente em um


difusor cônico de uma tubulação

( =0e = cte);

b) Fixo: enchimento com o gás Ar de um


tanque

( >0e ≠ cte);

c) fixo: escoamento com gás através de uma


região aquecida de uma tubulação

( >0e = cte);

d) deformável: escoamento de fluido


líquido em um carrinho em movimento.

( <0e ≠ cte);

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escoamento de
ar para
escoamento de gás aquecido em um balão junino enchimento da
𝛿∀/𝛿𝑡≠0 e bexiga.
𝛿𝑚/𝛿𝑡≠cte; 𝛿∀/𝛿𝑡≠0 e
𝛿𝑚/𝛿𝑡≠cte;

escoamento de fluido numa caixa de passagem


𝛿∀/𝛿𝑡≠0 e
𝛿𝑚/𝛿𝑡=cte;

escoamento de fluido num reservatório


com saída no fundo
𝜕
𝛿∀/𝛿𝑡≠0 e 0= ∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝛿𝐴 +
𝛿𝑚/𝛿𝑡≠cte; 𝜕𝑡 ∀
𝜕
∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝛿𝐴
𝜕𝑡 ∀

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Conservação de massa para escoamento estacionário

𝜹∀
+ 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝜹𝒕 𝑺𝑪
𝑄𝑚 = 2 𝑘𝑔/𝑠 𝑄𝑚 = 3 𝑘𝑔/𝑠

𝜹∀
=𝟎
𝜹𝒕

𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝑺𝑪

𝑸𝒎 = 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝑨 = 𝝆 ∗ 𝑸

𝒏 𝒏

𝑸𝒎 𝑨𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 − 𝑸𝒎 𝑬𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 =𝟎
𝑄𝑚 = 𝑄𝑚 + 𝑄𝑚 = 5 𝑘𝑔/𝑠
𝒏 𝟏 𝒏 𝟏

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Fluido incompressível
Aplicação da conservação da vazão volumétrica para um escoamento incompressível.
• um escoamento incompressível= Líquido
• 𝜌 = 𝑐𝑡𝑒
• vazão volumétrica (Q)= V*A [m³/s]
• Afluxo: SC1
• Efluxos: SC2; SC3; SC4

• =0
𝜹∀
+ 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝜹𝒕 𝑺𝑪

𝟎+ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝑺𝑪
𝑽∗𝑨 =𝑸
𝒏 𝒏

𝑸 𝑨𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 − 𝑸 𝑬𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐
𝒏 𝟏 𝒏 𝟏

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Fluido incompressível
Aplicação da conservação da vazão volumétrica para um escoamento incompressível
• um escoamento incompressível= Líquido
• 𝜌 = 𝑐𝑡𝑒
• vazão volumétrica (Q)= V*A [m³/s]
• Afluxo: SC1
• Efluxos: SC2; SC3; SC4

• =0
𝜹∀
+ 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝜹𝒕 𝑺𝑪

𝟎+ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝑺𝑪
𝑽∗𝑨 =𝑸
𝒏 𝒏

𝑸 𝑨𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐 − 𝑸 𝑬𝒇𝒍𝒖𝒙𝒐
𝒏 𝟏 𝒏 𝟏

Q1 - Q2 - Q3 - Q4=0
0,5 – 0,28 – 0,20 – 0,02= 0

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Fluido incompressível
Exemplo 2
Aplicação da conservação da vazão mássica para um escoamento incompressível
um escoamento incompressível= Líquido
vazão mássica (Qm)= *V*A [kg/s]
Afluxo: SC1; SC2
Efluxos: SC3
𝜹∀
𝑘𝑔 + 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝜌 = 1000 𝜹𝒕 𝑺𝑪
𝑚
𝜌á = 800 𝑘𝑔/𝑚³
𝜌 =? 𝟎+ 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝑺𝑪
(𝛿∀)/𝛿𝑡=0
𝑸𝒎 = 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝑨
1 𝑸𝒎𝟏 + 𝑸𝒎𝟐 − 𝑸𝒎𝟑
𝝆𝑯𝟐𝑶 ∗ 𝑸𝑯𝟐𝑶 + 𝝆á𝒍𝒄𝒐𝒐𝒍 ∗ 𝑸á𝒍𝒄𝒐𝒐𝒍 − 𝝆𝟑 ∗ 𝑸𝟑 = 𝟎

3 𝑸𝟑 = 𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 = 𝟎, 𝟏 + 𝟎, 𝟑 = 𝟎, 𝟒 𝒎 /𝒔

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Fluido incompressível
Exemplo 2
Aplicação da conservação da vazão mássica para um escoamento incompressível
um escoamento incompressível= Líquido
vazão mássica (Qm)= *V*A [kg/s]
Afluxo: SC1; SC2
Efluxos: SC3
𝜹∀
𝑘𝑔 + 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝜌 = 1000 𝜹𝒕 𝑺𝑪
𝑚
𝜌á = 800 𝑘𝑔/𝑚³
𝜌 =? 𝟎+ 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝑺𝑪
(𝛿∀)/𝛿𝑡=0
𝑸𝒎 = 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝑨
1 𝑸𝒎𝟏 + 𝑸𝒎𝟐 − 𝑸𝒎𝟑
𝝆𝑯𝟐𝑶 ∗ 𝑸𝑯𝟐𝑶 + 𝝆á𝒍𝒄𝒐𝒐𝒍 ∗ 𝑸á𝒍𝒄𝒐𝒐𝒍 − 𝝆𝟑 ∗ 𝑸𝟑 = 𝟎

3 𝑸𝟑 = 𝑸𝟏 + 𝑸𝟐 = 𝟎, 𝟏 + 𝟎, 𝟑 = 𝟎, 𝟒 𝒎 /𝒔

𝟏𝟎𝟎𝟎 ∗ 𝟎, 𝟏 + 𝟖𝟎𝟎 ∗ 𝟎, 𝟑 − 𝝆𝟑 ∗ 𝟎, 𝟒 = 𝟎
2 𝟏𝟎𝟎 + 𝟐𝟒𝟎 − 𝟎, 𝟒 ∗ 𝝆𝟑 = 𝟎

𝟑𝟒𝟎
𝝆𝟑 = = 𝟖𝟓𝟎 𝒌𝒈/𝒎³
𝟎, 𝟒

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Exemplo 2
A cruzeta da figura transporta óleo (𝜌 = 850 𝑘𝑔/𝑚³). Tem-se o afluxo na seção 1 e nas demais seções efluxos. A velocidade do
óleo no afluxo é de 0,5 m/s. Todos os diâmetros internos são iguais a 0,05 m.
Determine as vazões volumétricas e mássicas.
𝜕
∗ 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝝆 ∗ 𝑽 ∗ 𝜹𝑨 = 𝟎
𝜕𝑡 ∀ 𝑺𝑪
𝛿∀
c =0
𝛿𝑡

𝜌∗𝑉∗𝐴 = 𝜌∗𝑉∗𝐴

𝑄 =𝑄 +𝑄 +𝑄
𝑚
𝑄 =𝑉∗𝐴
𝑠
𝐴 = 𝐴 = 𝐴 = 𝐴 = 3,1416 ∗ 0,025 =
𝑄 =𝑉 ∗𝐴 =
𝑄 =𝑄 +𝑄 +𝑄
Seção Q (m³/s) Qm (kg/s) 𝑄
𝑄 =𝑄 =𝑄 = =
1 0,00098 0,833 3
𝑄𝑚 = 𝑄 ∗ 𝜌 [kg/s]
2 0,00033 0,278 𝑄𝑚 = 𝑄 ∗ 𝜌
3 0,00033 0,278 𝑄
𝑄𝑚 = 𝑄𝑚 = 𝑄𝑚 = ∗𝜌
4 0,00033 0,278 3

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Problema Proposto:
Você foi contratado por uma empresa fabricante de aeronaves para atuar no projeto e desenvolvimento de
uma nova aeronave que será lançada futuramente no mercado brasileiro. Nesse primeiro momento, tem-se
que você é o projetista responsável pelo cálculo da velocidade dos gases de exaustão na saída do motor a jato
que será utilizado no projeto dessa aeronave, desenvolvendo o raciocínio crítico e de solução de problemas.
Esse cálculo, que será entregue ao seu gestor, deve ser realizado considerando diversas velocidades de voo e
consumos de combustível.
Quais são as variáveis relevantes para esse cálculo?
Quais as considerações necessárias para simplificar o problema?
Como selecionar o volume de controle de forma correta?
Quais equações devem ser utilizadas?

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𝑫𝑵 𝜕
= ∗ 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝛿𝐴
𝑫𝒕 𝑺𝒊𝒔
𝜕𝑡 ∀
𝜕
∗ 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝛿𝐴 = 0
𝜕𝑡 ∀
𝛿∀= 0

𝑄𝑚 − 𝑄𝑚 =0

𝑄𝑚 = 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝐴 = 𝜌 ∗ 𝑄
𝑄𝑚 = 𝑄𝑚 + 𝑄𝑚
𝜌 ∗𝑉 ∗𝐴 =𝜌 ∗𝑉 ∗𝐴 +𝜌 ∗𝑉 ∗𝐴

𝝆𝟏 ∗ 𝑽𝟏 ∗ 𝑨𝟏 + 𝝆𝟐 ∗ 𝑽𝟐 ∗ 𝑨𝟐
𝑽𝟑 =
(𝝆𝟑 ∗ 𝑨𝟑 )

Com essa expressão, é possível calcular a velocidade dos gases de exaustão (𝑉 ) em função da velocidade
de voo (𝑉 ) e do consumo de combustível (𝑄𝑚 ), sendo conhecidas a geometria do motor a jato e as
massas específicas do ar (𝜌 ) e dos gases de exaustão (𝜌 ) .

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Exercício Proposto 2:
Dimensionamento de dutos para um sistema de ventilação
Você foi recém-contratado por uma empresa de engenharia que atua na área de projeto de sistemas de ventilação. Em sua
primeira semana de trabalho, foi escalado para o primeiro projeto, descrito a seguir: normas para ventilação de ar em salas de
aula especificam renovação do ar da sala com uma vazão de pelo menos 8,0 l/s de ar fresco por pessoa. Um sistema de
ventilação para alimentar 6 salas com capacidade para 20 pessoas deve ser projetado. Nesse projeto, o ar entra através de um
duto central de alimentação, de seção retangular, com ramificações curtas que chegam sucessivamente a cada sala. Sabe-se
que ruídos de ventilação aumentam com a velocidade do ar. Fixando a altura H do duto central de alimentação em 500 mm,
determine a largura L do duto que limitará a velocidade do ar a um valor máximo de 1,92 m/s.
𝐿
𝑄 = 8 = 0,008 𝑚 /𝑠
𝑠 𝑄 =𝑛 ∗𝑄 = 20 ∗ 0,008 = 0,16
𝑛 =6
𝑛 = 20 𝑚
𝑄 =𝑛 ∗𝑄 = 6 ∗ 0,16 = 0,96
H= 500 mm= 0,5 m 𝑠
𝑉 = 1,92 𝑚/𝑠 𝑄 =𝑉∗𝐴
𝑄 =? 𝑄 = 𝑉 á ∗ 𝐴 = 𝑉 á ∗(H*L)
𝑄 0,96
𝑄 =? 𝐿= = = 1,0 𝑚
L= ? 𝑉 á ∗ 𝐻 1,92 ∗ 0,5

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Um balão com velocidade (𝑉) ascendente constante de 1 m/s, queima combustível à taxa de 𝛽 = 0,01 𝑘𝑔/𝑠. A massa
inicial (𝑚 ) do combustível (tocha) é de 150 g e a seção de exaustão (A) ou boca mede 0,0082 m². Pede-se a massa
específica (𝜌 á ) dos gás.
𝑚( ) = 𝑚 − 𝛽 ∗ 𝑡
𝑚
𝜌 = ∴ 𝑚= 𝜌∗∀

𝑁 =m
𝑁 𝑚
𝜂= = =1
𝑚 𝑚
𝜕
∗ 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝛿𝐴 = 0
𝜕𝑡 ∀ 𝜕
∗𝑚 −𝛽∗𝑡 =0−𝛽∗𝑡
𝜕 𝜕𝑡
∗ 1 ∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝐴 = 𝟎
𝜕𝑡 ∀
𝜕
∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝐴 = 0
𝜕𝑡 ∀
𝜕
∗𝜌∗∀ + 𝜌∗𝑉∗𝐴 =0
𝜕𝑡
𝜕
∗ 𝑚( ) + 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝐴 = 0
𝜕𝑡
𝜕
∗𝑚 −𝛽∗𝑡 + 𝜌∗𝑉∗𝐴 =0
𝜕𝑡
𝟎, 𝟎𝟏
−𝛽 + 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝐴 = −𝟎, 𝟎𝟏 + 𝝆 ∗ 𝟏 ∗ 𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟐 ∴ 𝝆𝒈á𝒔 = = 𝟏, 𝟐 𝒌𝒈/𝒎³
𝟎, 𝟎𝟎𝟖𝟐

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1. Uma sala para fumantes deve acomodar 40 pessoas que fumam.


Os requisitos mínimos de ar fresco para essas salas são especificados pela ASHRAE (American
Society of Heating, Refrigerating and Air-Conditioning Engineers) como 30 l/s por pessoa.
Determine a mínima vazão necessária de ar fresco que precisa ser fornecida à sala e o diâmetro
(D) o do duto se a velocidade (V) do ar não pode exceder os 8 m/s.
Determine o diâmetro (D) do duto de alimentação, se a velocidade do ar não pode exceder os 8
m/s:
a) 0,123 m. 𝐿
b) 0,224 m. 𝑄 = 40 ∗ 30 = 1200 = 1,2 𝑚 /𝑠
𝑠
c) 0,376 m. 𝜋 ∗ 𝐷²
𝑄 =𝑉∗𝐴=𝑉∗
d) 0,437 m. 4
e) 0,518 m. 𝑄∗4 𝑄∗4
𝐷= =
𝜋∗𝑉 𝜋∗8

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1. Alternativa Correta: D
Resposta comentada:
Conforme a norma da ASHRAE (American Society of Heating, Refrigeration and Air-Conditioning Engineers) o
requisito mínimo de ar fresco por pessoa é de 30 l/s. Dessa forma:
𝐿 𝑚
𝑄 = 40 ∗ 30 = 1200 = 1,2
𝑠 𝑠
Com a vazão volumétrica total (Q) é possível calcular o diâmetro (D).
𝜋∗𝐷
𝑄 =𝑉∗𝐴= 𝑉∗
4
𝑄∗4 1,2 ∗ 4
𝐷= = = 0,437 𝑚
𝜋∗𝑉 3,1416 ∗ 8

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2. Na tubulação da Figura, escoa água em regime permanente. A seção (S1) possui uma área de 10 cm², enquanto, na seção
(S2), a área é menor e vale 5 cm². Sabe-se ainda que a velocidade média (V1) do escoamento é de 1 m/s na seção (S1).

Determine a velocidade média do escoamento na seção (S2): 𝛿∀


=0
a) 1 m/s. 𝛿𝑡
b) 2 m/s. 𝜌 = 𝑐𝑡𝑒
c) 3 m/s. 𝐴 = 10 𝑐𝑚 = 10 ∗ 10 = 0,0010 𝑚²
d) 4 m/s. 𝐴 = 5 𝑐𝑚 = 5 ∗ 10 = 0,0005 𝑚²
e) 5 m/s. 𝑉 = 1 𝑚/𝑠
𝑉 =?

𝑄 − 𝑄 =0

𝑄 −𝑄 = 𝑉 ∗𝐴 −𝑉 ∗𝐴 =0

𝑉 ∗𝐴
𝑉 =
𝐴

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2. Alternativa correta: B
Resposta comentada:
Com a equação geral de conservação de massa para um volume de controle:
𝜕
∗ 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝛿𝐴 = 0
𝜕𝑡 ∀
O volume do fluido é constante e incompressível, portanto, a vazão que entra ou afluxo (Q1) é igual a vazão que sai ou
efluxo (Q2) conforme o princípio da continuidade:
𝑑∀
=0
𝑑𝑡

𝜌∗𝑄 − 𝜌∗𝑄 =0

𝑄 − 𝑄 =0

𝑄 −𝑄 =𝑉 ∗𝐴 −𝑉 ∗𝐴 = 0

𝑉 ∗𝐴 1 ∗ 10 ∗ 10
𝑉 = = = 2 𝑚/𝑠
𝐴 5 ∗ 10

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3. Um tubo admite água (𝜌 =1000 kg/m³) em um reservatório com uma vazão (Q) de 20 l/s. No mesmo reservatório, é
trazido óleo (𝜌ó = 800 kg/m³) por outro tubo com uma vazão (Q) de 10 l s. A mistura homogênea formada é descarregada
por um tubo de descarga cuja seção tem uma área de 30 cm², conforme mostra a Figura.

𝜌 =1000 kg/m³
𝐿
𝑄 = 20 = 0,02 𝑚 /𝑠
𝑠
𝜌ó = 800 kg/m³
𝐿 𝑚
𝑄 = 10 = 0,01
𝑠 𝑠
𝑚
𝑄 = 𝑄 + 𝑄 = 0,01 + 0,02 = 0,03
𝑠
𝜌 ≠𝜌 ≠𝜌
Qual é a massa específica da mistura no tubo de descarga? 𝜌 =?
a) 721 kg/m³ .
b) 933 kg/m³ .
𝜕
c) 1198 kg/m³ . ∗ 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝛿𝐴 = 0
d) 885 kg/m³ . 𝜕𝑡 ∀
e) 1029 kg/m³ . 𝑑∀
=0
𝑑𝑡
𝑄=𝑉∗𝐴

𝜌∗𝑄 − 𝜌∗𝑄 =0

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3. Alternativa correta: B
Resposta Comentada:
O escoamento é incompressível. Dessa forma, a vazão volumétrica que entra no volume de controle é igual à vazão
volumétrica que sai do volume de controle:
𝜕
∗ 𝜂 ∗ 𝜌 ∗ 𝛿∀ + 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝛿𝐴 = 0
𝜕𝑡 ∀
𝑑∀
=0
𝑑𝑡

𝜌∗𝑄 − 𝜌∗𝑄 =0

𝑄𝑚 − 𝑄𝑚 =0

𝑄𝑚 = 𝜌 ∗ 𝑄
𝑚
𝑄 + 𝑄 − 𝑄 = 0 ∴ 𝑄 = 𝑄 + 𝑄 = 0,01 + 0,02 = 0,03
𝑠
𝑄𝑚 + 𝑄𝑚 − 𝑄𝑚 = 0
𝑄𝑚 = 𝜌 ∗ 𝑄
𝜌 ∗ 𝑄 + 𝜌ó ∗ 𝑄 − 𝝆𝟑 ∗ 𝑄 = 0
1000 ∗ 0,02 + 800 ∗ 0,01 − 𝝆𝟑 ∗ 0,03 = 0
20 + 8
𝜌 = = 933,33 𝑘𝑔/𝑚³
0,03

29

• Cálculo e fórmulas mínimas.


• Respostas com unidades no SI
• Preencher a tabela
• Enviar via E-mail institucional (AVA) em PDF ou imagem.
• Não será aceito cópia dos cálculos e tabela.

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Tarefa 1
Num circuito pressurizado é conduzido o fluido ácido sulfúrico (H2SO4) na temperatura de 20°C, que corresponde à massa
específica (𝜌) de 1520 kg/m³. Esse fluido é lançado em dois recipientes distintos através de uma bifurcação, conforme indicado
no esquema. Os efluxos são lançados em forma de jato livre, isto é, à pressão atmosférica e o afluxo possui uma pressão efetiva
igual a 9 m de coluna de ácido sulfúrico (9 mH2SO4). O afluxo (𝑄 ) é 7 l/s e a velocidade na saída com ângulo de 15°, (𝑉 ), é 0,5
m/s. Utilizando o conhecimento de transporte de massa e o princípio da continuidade quando não há variação de volume no

sistema = 0 , determine a velocidade média no efluxo da seção 3, (𝑉 ) .
• Desconsiderar a pressão e os ângulos.
𝛿∀
+ 𝜌 ∗ 𝑉 ∗ 𝛿𝐴 = 0
𝛿𝑡
Afl.= afluxo (entrada)
Efl.= efluxo (saída)
𝑄 =𝑄 +𝑄
𝐴=𝜋∗𝑟
Q= V*A
Qm= *V*A= 𝜌 ∗ 𝑄 Seção  (kg/m³) A (m²) V (m/s) Q (m³/s) Qm (kg/s)

1: Afl. 1520 0,07069 0,099 0,007 10,64

2: Efl 1520 0,03142 0,5 0,01571 23,88

3: Efl 1520 0,01767 0,493 0,00871 13,24

- - - 0 0

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