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EDUCAÇÃO POPULAR EM SAÚDE PÚBLICA

AFONSO, Bruna Soares Mariano; JESUS, Vítor Maurício; MUNIZ, João Paulo Marques;
OLIVEIRA, Mateus Barros Lara;

Universidade Federal Do Triângulo Mineiro, Instituto de Ciências da Saúde, Departamento de


Fisioterapia Aplicada, Curso de Fisioterapia.

1. CONTEXTUALIZAÇÃO

A Política Nacional de Educação Popular em Saúde – PNEP-SUS foi apresentada e


aprovada no Conselho Nacional de Saúde, na reunião de julho de 2012 e só em 2013 foi
apresentada no Grupo Técnico de Gestão da Comissão Intergestores Tripartite para discussão e
pactuação na CIT (CONASS, 2013).

1.1 PRINCÍPIOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS DA PNEP-SUS

A PNEP-SUS reafirma o compromisso com a universalidade, a equidade, a


integralidade e a efetiva participação popular no SUS. Propõe uma prática políticopedagógica
que perpassa as ações voltadas para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a partir do
diálogo entre a diversidade de saberes valorizando os saberes populares, a ancestralidade, o
incentivo à produção individual e coletiva de conhecimentos e a sua inserção destes no SUS.
Os pressupostos teóricos metodológicos, contemplam dimensões filosóficas, políticas, éticas e
metodológicas que dão sentido e coerência à práxis de educação popular em saúde. São
pressupostos da Política: Diálogo, Amorosidade, Problematização, Construção compartilhada
do conhecimento, Emancipação, Compromisso com a construção do projeto democrático e
popular (CONASS, 2013).

EIXOS ESTRATÉGICOS: Participação, controle social e gestão participativa; Formação,


comunicação e produção de conhecimento; Cuidado em saúde; Intersetorialidade e diálogos
multiculturais.

2. TEMAS DEBATIDOS NAS AULAS REFERENTES A EDUCAÇÃO EM


SAÚDE POPULAR
Doenças Crônicas: As estratégias de educação em saúde no contexto das doenças
crônicas são consideradas muito eficientes. Segundo dados do IBGE, em 2050 os idosos
representarão 30% da população brasileira e com o crescente aumento desta população.
Observa-se também, o aumento da expectativa de vida, com consequente aumento natural do
número de indivíduos portadores de doenças crônicas. Em uma pesquisa realizada sobre a
eficácia da educação popular principalmente para idosos, mostrou que os resultados das ações
educativas foram considerados positivos, conforme relatado em 18 artigos. Em apenas 2 artigos,
não foram constatadas mudanças significativas. (AZEVEDO, 2018)

Educação em saúde do homem: A estratégia de educação em saúde do homem,


também produz um impacto positivo, com resultados estatisticamente significantes sobre o
conhecimento das doenças (HAS, DM, CA de próstata e AVE). Os participantes de grupos de
educação em saúde possuem uma maior conscientização sobre a importância da prevenção, de
buscar orientação médica periódica e de adotar hábitos de vida mais saudáveis. (LEITE, 2010)

Tabagismo: A estratégia de educação em saúde para usuários de nicotina, produz um


impacto amplo, de diferentes faixas etárias e gêneros, onde os participantes comentam suas
dificuldades e desafios, e também comemoram suas vitórias no combate ao cigarro. Oficinas
desta temática produzem uma grande reflexão também, visto que a nicotina é responsável por
30% das mortes por câncer no Brasil.

Atenção Integral e Saúde da Mulher: Desenvolvida inicialmente em apoio às gestantes


e ao parto. Em meados do século XX, traziam a imagem reduzida da mulher e qual o papel dela
na sociedade, naquela época como mãe e doméstica. Ao decorrer dos anos, foram notando o
número de mulheres mortas em relação aos homens, além de análises feitas sobre toda a
desigualdade. As ações das políticas criadas, são baseadas em prevenção, educação,
diagnóstico, tratamento e recuperação, dando suporte a todas as mulheres brasileiras.
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2011)

Violência Doméstica: No contexto da Educação Popular em Saúde, a violência


doméstica é um fenômeno que não distingue classe social, raça, etnia, religião, orientação
sexual, idade e grau de escolaridade. Os serviços de atendimento às mulheres em situação de
violência são importantes para o enfrentamento desse problema, motivo pelo qual é
imprescindível que estejam articulados com os serviços de saúde no desenvolvimento de ações
preventivas e assistenciais, na perspectiva da atenção integral à mulher (GALVÃO;
ANDRADE, 2004).

3. RELATO DOS MEMBROS DO GRUPO

Mateus Barros Lara de Oliveira: Consegui compreender a importância da Educação Popular


em Saúde, nas formas de abordagem e principalmente na sua eficácia em questões como: na
prevenção de doenças crônicas que é uma das maiores causas de morte no Brasil; de como é
importante no quesito da violência doméstica; e na questão de transformação de homens, na
saúde e, sobretudo, do que é "ser homem" atualmente, o que envolve toda uma questão cultural
enraizada, mas que pode ser solucionada com a educação.

Vitor Mauricio de Jesus: A aula de Educação Popular em Saúde, me proporcionou um maior


aprendizado na temática, onde pude perceber como todos os métodos de se preparar um uma
oficina de conversa sobre algum assunto, tem sua estratégia, desde o diálogo amoroso, como
uma roda onde as pessoas se sentem mais confortáveis e íntimas.

Bruna Soares Mariano Afonso: A aula sobre políticas nacionais de atenção Integral à Saúde
da mulher foi extremamente importante por mostrar a todos, as formas de suporte que existem
hoje no brasil para as mulheres, e toda sua luta ao decorrer dos anos. Também nos deu uma
visão mais ampla sobre todos os assuntos que precisam ter atenção atualmente.

João Paulo Marques Muniz: Acho muito importante sinalizar como é significativo as
abordagens, as quais são pautadas pelo diálogo, pela construção compartilhada do
conhecimento, pela valorização do saber das pessoas e dos grupos populares como protagônico
e pelo delineamento das ações na direção de um compromisso social emancipador em cada
contexto e em cada território. Diante disso, a aula de Educação Popular em Saúde foi mais uma
experiência rica e que será de extrema importância na minha formação profissional. Foi um
prazer fazer parte desse aprendizado juntamente com minha turma.
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Concluímos que a saúde é um dos quesitos importantes para o ser humano. Em defesa
da vida, a saúde é o suporte para que ao decorrer desta, tenha condições humanitárias para a
vivência. No Brasil, as políticas públicas de saúde conseguem atender todo e qualquer cidadão
brasileiro através do Sistema Único de Saúde. O profissional fisioterapeuta fortalece a política
de saúde contemporânea contribuindo tanto na prevenção e promoção de saúde, não apenas em
seu local de trabalho, mas na comunidade em geral.

REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Política nacional de atenção


integral à saúde da mulher: princípios e diretrizes. Ministério da Saúde, Secretaria de
Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas - Brasília: Ministério da
Saúde, 2011.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Política Nacional


de Educação Popular em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde; 2012.

Conass. Política Nacional de Educação Popular em Saúde. Nota Técnica no 16/2013.


Brasília 2013.

DE AZEVEDO, Priscylla Rique et al. Ações de educação em saúde no contexto das doenças
crônicas: revisão integrativa. 2018.

GALVÃO, Elaine Ferreira; ANDRADE, Selma Maffei de. Violência contra a mulher: análise
de casos atendidos em serviço de atenção à mulher em município do Sul do Brasil. Saúde
e sociedade, v. 13, n. 2, p. 89-99, 2004

LEITE, Denise Fernandes et al. A influência de um programa de educação na saúde do


homem. O Mundo da Saúde, v. 34, n. 1, p. 50-56, 2010.

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