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DEFINIÇÕES TÉCNICAS

• Tratamento Térmico • Curva TTT • Nitretação


• Aço • Deformação Plástica • Normalização
• Aço Alta Liga • Descarbonetação • Nucleação
• Aço Alto Carbono • Difusão • Perlita
• Aço Baixa Liga • Dureza • Perlita Lamelar
• Aço Baixo Carbono • Elemento de Liga • Perlitização
• Aço Carbono • Encharcamento • Plasticidade
• Aço Ferramenta • Endurecimento Secundário • Preaquecimento
• Aço Fundido • Esferoidização • Recozimento
• Aço Inoxidável • Estrutura • Recozimento para Alívio de Tensões
• Aço Ligado • Estrutura Encruada • Recozimento para Esferoidização
• Aço para Beneficiamento • Ferrita • Recozimento para Recristalização
• Aço Rápido • Ferro Fundido • Recozimento Pleno
• Alívio de Tensões • Ferro Fundido Cinzento • Recristalização
• Aquecimento por Indução • Ferro Fundido Nodular • Revenimento
• Austêmpera • Ferro Alfa • Têmpera
• Austenita • Ferro Delta • Têmpera por Chama
• Austenitização • Ferro Gama • Têmpera por Indução
• Bainita • Grafita • Têmpera Superficial
• Beneficiamento • Inclusão • Temperabilidade
• Carboneto • Lamelas • Tensão
• Carbonitretação • Martêmpera • Tensões Residuais
• Cementação • Martensita • Transformação Isotérmica
• Cementita • Metalografia • Tratamento Termoquímico
• Coalescimento • Microdureza • Zona Critica

• Tratamento Térmico
Conjunto de operações de aquecimento e resfriamento a que são submetidos os materiais,
objetivando alterar sua microestrutura e, consequentemente, suas propriedades.

• Aço
Liga ferrosa, passível de deformação plástica, contendo carbono (entre 0,008 e 2,0%) e
elementos de liga,adicionados intencionalmente ou residuais.

• Aço Alta Liga


Aço ligado, cujo teor total de elemento de liga é maior que 10%.

• Aço Alto Carbono


Aço ao carbono com teor nominal de carbono acima de 0.5%.

• Aço Baixa Liga


Aço ligado, cujo teor total de elemento de liga é menor que 5%.

• Aço Baixo Carbono


Aço ao carbono com teor nominal de carbono abaixo de 0,3%.

• Aço Carbono
Aço que tem em sua estrutura o carbono como elemento principal.

• Aço Ferramenta
Aço fabricado em fornos especiais, com matéria prima selecionada e com cuidados
especiais, o que confere ao mesmo excelente qualidade tornando-o adequado á fabricação
de ferramentas de corte ou conformação, a frio ou a quente.

• Aço Fundido
Aço vazado em molde e utilizado sem ser conformado plasticamente.

• Aço Inoxidável
Aço normalmente com baixo carbono e Cr acima de 12%, além de outros elementos de
liga, cuja característica principal é a elevada resistência à corrosão.

• Aço Ligado
Aço que contém elementos de liga, adicionados com a finalidade de conferir determinadas
propriedades.

• Aço para Beneficiamento


Aço para construção mecânica de composição química adequada à realização de têmpera
e revenimento.

• Aço Rápido
Aço ferramenta altamente ligado, capaz de suportar elevadas temperaturas resultantes de
usinagem em altas velocidades de corte, sem perder a dureza.

• Alívio de Tensão
Tratamento térmico que objetiva reduzir o nível de tensões residuais (realizado a baixas
temperaturas ou com trabalho mecânico leve).

• Aquecimento por Indução


Aquecimento da peça, superficial ou total, através de indução elétrica.

• Austêmpera
Tratamento térmico onde o aço austenitizado é resfriado rapidamente num banho para
transformar-se isotermicamente, objetivando-se obter microestrutura bainítica.

• Austenita
Ferro gama, contendo ou não carbono e elemento de liga em solução sólida, com estrutura
cúbica de face centrada.

• Austenitização
Aquecimento do aço até uma determinada temperatura, acima da zona critica
(austenitização total) ou dentro da zona crítica (austenitização parcial), objetivando obter
estrutura austenítica; a velocidade de resfriamento utilizada, assim como a composição
química do aço, vão determinar a microestrutura, a temperatura ambiente, a qual, por sua
vez, determina as características do aço.

• Bainita
Constituinte obtido no processo de austêmpera, formado por ferrita e dispersão fina de
carboneto.

• Beneficiamento
Tratamento térmico composto de têmpera imediatamente seguido de revenimento, tendo
as propriedades de resistência reduzidas, a fim de que seja reduzido o perigo
defissuramento com paralelo aumento da tenacidade, não havendo queda significativa da
dureza.
• Carboneto
Composto de carbono com um ou mais elementos metálicos a cementita (Fe3C), por
exemplo, e o carboneto de ferro.

• Carbonitretação
Tratamento termoquímico de endurecimento superficial de ligas ferrosas baseado na
introdução de carbono e nitrogênio em sua superfície; o processo é realizado mantendo a
peça aquecida em um meio contendo carbono e nitrogênio.

• Cementação
Tratamento termoquímico através do qual um aço, austenitizado num meio contendo
carbono ativo, absorve este elemento na superfície e, através de difusão, cria um gradiente
de concentração; a camada enriquecida em carbono, após têmpera e revenimento,
apresenta excelentes características de dureza, resistência ao desgaste, resistência à
nucleação de trincas, etc.

• Cementita
É um composto químico de ferro e carbono muito duro e quebradiço, correspondente a
fórmula Fe3C.

• Coalescimento
É um tratamento térmico de recozimento com a finalidade de se obterem os carbonetos
sob a forma esferoidal. Usualmente, é caracterizado por permanência em temperatura
adequada seguida de resfriamento lento. Também é conhecida como esferoidização

• Curva TTT
Diagrama tempo-temperatura-transformação que, para uma determinada temperatura,
apresenta os tempos de início e término da transformação austenítica.

• Deformação Plástica
Deformações causadas superficialmente na peça devido a sua própria característica
estrutural.

• Descarbonetação
Tratamento térmico para perda de carbono superficial de um aço quando este é
austenitizado numa atmosfera contendo O2, CO2, vapor de água, etc.

• Difusão
Movimento expontâneo de átomos ou moléculas em um material; o processo de difusão é
que controla a resposta do material à maioria dos tratamentos térmicos.

• Dureza
Resistência que um determinado material tem à penetração de outro material ainda mais
duro, por exemplo, o diamante.

• Elemento de Liga
Elemento adicionado ou não removido propositalmente do aço, objetivando obter
determinadas propriedades físicas, mecânicas ou químicas; são exemplos de elemento de
liga: Cr, Mo, W, Mn e Ni.

• Encharcamento
Tempo que leva para a peça atingir a equalização da temperatura em todos os pontos
desde a superfície até o núcleo.
• Endurecimento Secundário
Um possível endurecimento ocorrido na etapa de revenimento em peças anteriormente
temperadas.

• Esferoidização
Recozimento que tem como finalidade transformar a estrutura perlítica contida em um aço
em esferoidita lamelar.

• Estrutura
Forma como os elementos químicos se dispõem na composição de um determinado
material.

• Estrutura Encruada
Estrutura resultante de um processo de deformação a frio; caracteriza-se por apresentar
linha de escorregamento e elevado nível de discordâncias quanto maior o nível de
encruamento, maior a dureza e menor a dutilidade do metal ou liga.

• Ferrita
Ferro alfa, contendo ou não carbono e elemento de liga em solução sólida, com estrutura
cúbica de corpo centrado estável a temperatura ambiente.

• Ferro Alfa:
Forma alotrópica do ferro, estável abaixo de 912ºC.

• Ferro Delta:
Forma alotrópica do ferro, estável entre 1394ºC e 1536ºC.

• Ferro Fundido
Liga ferrosa, não conformável plasticamente, com carbono acima de 2% e silício.

• Ferro Fundido Cinzento


Ferro fundido com grafita.

• Ferro Fundido Nodular


Ferro fundido com carbono em forma esférica.

• Ferro Gama:
Forma alotrópica do ferro, estável entre 912 e 1394 0C.

• Grafita
Disposição do carbono em forma lamelar.

• Inclusão
Quando um material apresenta partículas de impureza.

• Lamelas
Disposição da grafita em forma de lâminas bidimensionais no ferro fundido.

• Martêmpera
Têmpera interrompida onde o aço austenitizado e resfriado num banho à uma determinada
temperatura, onde é mantido por um curto tempo, até eqüalização da temperatura da peça;
a seguir esta é resfriada ao ar calmo; a estrutura obtida é martensítica; a vantagem deste
processo é o desenvolvimento de menor nível de tensões, provocando menor nível de
distorções, empenamento e risco de trincas.
• Martensita
Em ligas ferrosas, é o nome da microestrutura obtida por têmpera sua cristalografia é TCC
(tetragonal de corpo centrado) e seu aspecto metalográfico é acicular; este
microconstituinte caracteriza-se por apresentar elevada dureza, conferindo ao aço alta
resistência mecânica, porém com baixa tenacidade.

• Metalografia
Ramo da tecnologia que estuda e interpreta a estrutura interna dos metais e suas ligas,
bem como a relação entre as suas composições químicas, propriedades físicas e
mecânicas.

• Microdureza
Dureza obtida pela aplicação de cargas leves, que variam de 1 a 5000g, cuja penetração é
geralmente medida com auxílio de um microscópio.

• Nitretação
Tratamento termoquímico de endurecimento superficial de ligas ferrosas, baseado na
introdução de nitrogênio em sua superfície; o processo é realizado mantendo a peça
aquecida em um meio contendo nitrogênio.

• Normalização
Tratamento térmico através do qual determinados aços, após austenitização e
homogeneização química, são resfriados uniformemente ao ar calmo.

• Nucleação:
Fenômeno que indica o início de uma recristalização ou precipitação.

• Perlita
Microestrutura que se compõe por lamelas finas de ferrita e cementita justapostas, quando
submetida a temperatura abaixo de 723ºC nas ligas de Fe-C.

• Perlita Lamear
Quando as fases ferrita alfa e cementita (Fe3C) dispõem-se em lamelas alternadas; ocorre
nos aços submetidos ao recozimento pleno e normalização.

• Perlitização
Tratamento térmico realizado usualmente em ferros fundidos, objetivando-se obter
microestrutura perlítica.

• Plasticidade
Capacidade de um metal ser deformado permanentemente sem ruptura.

• Preaquecimento
Feito em fornos tipo mufla, é uma etapa muito importante antes do aquecimento à
temperatura de tratamento. Quanto mais uniforme for o aquecimento da peça, tanto menor
será o risco de acúmulos de tensões internas e empenamentos. Além de que, aquecimento
demasiadamente rápido, provoca redução dimensional.

• Recozimento
Termo genérico que indica um tratamento térmico composto de aquecimento controlado
até uma determinada temperatura, permanência nesta temperatura durante um certo
intervalo de tempo e resfriamento regulado para a finalidade de amolecer materiais
metálicos, mas também para produzir determinadas microestruturas que conferem ao
material determinadas propriedades.
• Recozimento para Alívio de Tensões
Ao soldar, usinar ou debastar uma peça unilateralmente, podem ser gerados tensões que
levarão a considerável empenamento na têmpera subseqüente. Havendo disposição de
pouca tolerância para o empenamento, as peças, antes da última etapa da elaboração
mecânica, devem ser recozidas. Recozimento este, que se dá em temperatura elevada, a
fim de eliminar as tensões internas do componente pela redução do limite elástico, sem
sofrer praticamente modificações nas propriedades de resistência preliminares.

• Recozimento para Esferoidização


Tratamento térmico no qual a cementita lamelar ou em rede é transformada em esferóides,
originando a perlita esferoidizada.

• Recozimento para Recristalização


Tratamento térmico através do qual o material encruado recristaliza-se resultando uma
estrutura com novos grãos; o tamanho de grão dessa estrutura pode ser maior ou menor
que o original em função principalmente da porcentagem de deformação sofrida e do ciclo
térmico.

• Recozimento Pleno
Tratamento térmico no qual aços ao carbono, após austenitização e homogeneização
química, são resfriados lentamente, normalmente dentro do forno a microestrutura obtida é
prevista pelo diagrama de equilíbrio Fe-C.

• Recristalização
- mudança de estrutura cristalina, decorrente da mudança de temperatura e/ou pressão
- nucleação (e crescimento) de novos grãos sobre uma estrutura encruada.

• Revenimento
É uma etapa do tratamento térmico que complementa a têmpera; caracterizado por
reaquecimento abaixo da zona crítica e resfriamento adequado, objetiva aliviar tensões,
ajustar a dureza, diminuir a fragilidade dos aços temperados vizando ajustar as
propriedades mecânicas; a estrutura final obtida é chamada martensita revenida.

• Têmpera
Tratamento térmico caracterizado pelo aquecimento do aço a uma determinada
temperatura dentro ou acima da zona crítica para obtenção de estrutura austenítica,
seguido de resfriamento brusco, ocorrendo notório aumento da dureza, geralmente
provocado por transformação martensítica.

• Têmpera por Chama


Têmpera em que o aquecimento provem de uma chama direcionada a peça através de
maçaricos, podendo assim, ser parcialmente temperada.

• Têmpera por Indução


Têmpera de peça que o aquecimento superficial é produzido por indução elétrica.

• Têmpera Superficial
Tratamento térmico através do qual apenas a superfície da peça é aquecida, por indução
elétrica ou chama, até austenitização e a seguir é temperada.

• Temperabilidade
Propriedade que indica a maior ou menor facilidade do aço transformar-se em martensita
quando resfriado a partir do campo austenítico; é avaliada pela distância da curva TTT ao
eixo da temperatura.
• Tensão
Relação de uma determinada força exercida por unidade de área.

• Tensões Reziduais
Tensões existentes no material na ausência de esforços externos; são introduzidas no
material em processos industriais, tais como: deformação plástica, usinagem, soldagem,
tratamentos térmicos e estampagem; sua presença pode causar empenamentos,
distorções e mesmo trincas, tanto durante a fabricação como durante o uso da peça; são
removidas do material através de alívio de tensões.

• Transformações Isotérmicas
Transformação que ocorre a uma temperatura constante.

• Tratamento Termoquímico
Tratamento térmico realizado numa atmosfera contendo carbono e/ou nitrogênio ativo;
objetiva alterar a composição química superficial do aço e, consequentemente, sua
microestrutura e propriedades.

• Zona Crítica Região do diagrama de equilíbrio Fe-C onde, no resfriamento de um aço


aquecido, ocorre vtransformação da austenita.

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