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TRODUÇÃO
A paixão do homem por carro de passeio tem aumentando nas últimas décadas,
sendo hoje uma das maiores no mundo. Esse cenário estimula a indústria a produzir esse
bem de consumo cada vez mais caro, com mais comodidade e tecnologia. Para muitas
pessoas o maior gasto anual não é com saúde, alimentação e moradia, mas sim com a
manutenção de seus automóveis, o que inclui licenciamento, seguro e combustível.
Segundo Castilho (2012) “o consumidor brasileiro, com poucas condições de
financiar um imóvel mira seus sonhos para a conquista de um carro novo,
permanecendo cada vez menos com o mesmo carro, comportamento idêntico ao
observado nos países mais modernos.”.
Com o passar dos anos os avanços tecnológicos têm levado à redução da vida útil
de diversos produtos, devido à fragilidade dos materiais e dos sistemas. Quem nunca
ouviu alguém de mais idade dizer, por exemplo, “não se fazem mais carros como
antigamente!”, essa exclamação tem relação justamente com durabilidade dos produtos
atuais. “Os automóveis estão entre os bens que são frequentemente reprojetados com o
objetivo atender nossas necessidades crescentes por melhores produtos”, (FILHO, 2012)
mas a indústria automobilística incentiva com isso cada vez mais a troca de um carro
defasado por um com mais tecnologia.
Entretanto, Essas buscas por itens novos e mais tecnológicos, tem tido um grande
alto para os recursos naturais, excessivamente usados como matéria prima na produção
e no final do ciclo de vida destes pertences. Está claro que não poderemos sustentar
esse, pode-se dizer vício da humanidade atual, desconsiderando os impactos ambientais
e econômicos que causamos ao planeta.
O pequeno numero de áreas disponíveis para a destinação adequada dos resíduos
automobilísticos, os altos custos de ampliação dessas áreas e as distâncias cada vez
maiores dos centros urbanos implicam na necessidade de se reduzir a geração desse tipo
de resíduo, dando outras opções de destino.
Quando um carro chega ao seu final de vida útil, cerca de 20 anos de uso, não
tendo destino correto sendo abandonado nas vias, resultando despesas desnecessário
para a prefeitura, ocupando impropriamente espaço publico, por volta de 500 carros em
media são abandonados por ano nas ruas de São Paulo segundo a prefeitura presente
trabalho tem como objetivo realizar um levantamento sobre o ciclo de vida de
automóveis de passeio, buscando novas formas de revitalização ou reciclagem com
vistas à proteção do meio ambiente.
Realizar um levantamento de métodos de descarte de automóveis; pesquisar os
vários materiais constituintes do e seu impacto no meio ambiente; propor novos
possíveis métodos com base no levantamento teórico.
A longa permanência de automóvel no fim de vida nos depósitos das prefeituras,
departamentos de trânsito e pátios das administradoras de rodovias comprometem o
ecossistemas devido à exposição aos fatores climáticos, gerando penetração de fluidos
no solo desprotegido e contaminando o lençol freático. É então um grande problema de
âmbito ambiental que está tendendo a crescer e que deve ser dada atenção e estudado
encontrando soluções técnicas e políticas que sejam iguais aos princípios de
desenvolvimento sustentável
Segundo Iervolino (2012), a frota mundial em 2010 foi estimada em 1,02 bilhão
de automóveis. O Brasil possuía nesta data a 8ª maior frota, com um total de 32,1
milhões de carros, o que representava 3,1% da frota mundial. Por outro lado, o
crescimento nos últimos dez anos foi de 59,6%, ficando atrás somente da China, com
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CAPITULO I
Fundamentação Teórica
Tabela 1: As dez maiores frotas mundiais (x1. 000 unidades), sua parcela na frota total e o
crescimento entre 2001 e 2010 –.
CAPITULO II
Os automóveis sofrem vários tipos de danos, sejam pelos desgastes, pelas, mas
condições das vias, mau uso dos mesmos, vandalismos, colisões, roubos ou causas
naturais. Tendo em vista esses motivos, eles podem ser revitalizados recuperados e
reimplantados a frota ou não.
Automóveis sem condições de revitalização, chamados de automóveis em final de
vida útil (VFVU), são descartados nas ruas, rios, terrenos, causando um impacto
Ambiental muito grande.
E de uso obrigatório o air bairg junto ao sistema de travas nas rodas os sistema
Anti Block System o ABS, será inserido aos poucos, e teve inicio em 2010 com 8% dos
automóveis comercializados e será concluído em 2014 conforme o cronograma
especifico, segundo resolução de nº 311 e 312 no CONTRAN ,2009.
Os airbags são bolsas compostas por um tecido de nylon ou de poliamida que se
inflam por um gatilho pirotécnico ativado eletricamente em caso de batida ou
capotamento do carro. por serem equipamento de segurança essas peças não devem ser
reaproveitadas e sim isolados e desarmados para não colocar em risco a segurança de
pessoas que o manuseia principalmente no seu desmonte para a reciclagem por possuir
produtos químicos.
2.1.2 Baterias
Sua reciclagem resume-se em extrair o liquido eletrólito e triturar a bateria para
separar a seus componentes, seu acido sulfúrico tem que ser neutralizado com uso de
soda caustica, que é utilizada na fabricação de vidro, detergente e outros produtos, já o
chumbo deve ser fundido, após extrair as impurezas, podem ser usadas para fabricar
novas baterias e o plástico e processado e usados novamente.
. Item de armazenamento de energia elétrica para alimentar o motor de partida e
os sistemas eletroeletrônicos, baterias dos automóveis são feitas de Chumbo (60%),
Plástico (p. ex. PP - polipropileno) e líquido eletrolítico, que por ser uma dissolvência
de ácido sulfúrico. Tem que ser retirado do VFVU por serem corrosivas e armazenadas
de forma correta, as baterias mais novas e potentes, de lítio, tem menos valor para a
reciclagem que as mais antigas. O lítio é abundante em seus principais países produtores
como Chile e Bolívia, além de ser de cinco vezes cara para reciclar do que para extrair.
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2.1.3 Borrachas
São as matérias primas que compõem os pneus, mangueiras, pedais, volante,
vedações das portas e cavidades, coxins do motor e suspensão, sendo que grande parte
destas borrachas, não estão apresentadas na forma mais pura, completa-se também por
malha de aço, almas de aço ou anéis de aço, nos pneus mangueiras e coxins para que
seja maior sua resistência estrutura.
A reciclagem das borrachas se caracteriza principalmente pela a trituração.
Depois de triturada fica na forma granulada sendo reutilizada em pisos sintéticos ou na
fabricação de asfalto, quando usado para pavimento asfáltico colabora para que o
pavimento tenha maior vida útil e que o ruído criado pelo atrito dos pneus com o solo
seja menor. Também usado como fonte de energia em siderúrgicas nos fornos por suas
características de queima similar ao carvão e pouco inferior ao petróleo.
O Conama em 1999 publicou uma resolução de numero258, onde obriga
empresas nacionais e importadoras a recolher e dar destino apropriado a pneus do
território nacional, abjetivando prevenir um pactos ambientais.
Em 2010 o Brasil reciclou 311 toneladas de pneus correspondente a 67 milhões
de pneus de carros, e cerca de 64% desse total e enviado para caldeiras da indústria de
cimento e papel e celulose e 36% são transformado em cimento ecológico, asfalto
permeável e artefatos de borracha, segunda a Reciclanip (2010).
2.1.4 Catalisadores
O catalisador funciona como um conversor catalítico, utilizado nos automóveis
com mais tecnologia para diminuir a toxicidade das emissões dos gases de escape de um
motor de combustão interna, onde há reações químicas com metais preciosos.
È usado juntamente com um sensor de oxigênio para regular a mistura de
ar/combustível no motor. É formado por estrutura de aço que envolve um bloco de
cerâmica recoberto por uma película na qual e feita por combinação de óxidos raros,
pulverizada com pequenas quantidades de metais preciosos como Platina, Ródio e
Paládio.
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O catalisador é retirado do VFVU devido ao alto valor dos metais nele presentes.
Sua reciclagem e feita da abertura do corpo de aço e na remoção do material cerâmico,
que é enviado para o processo de depuração (atividade de limpeza ou exclusão de
substâncias indesejáveis), e estágios de trituração e fusão para a separação dos metais
preciosos.
2.1.5 Combustíveis
Os Combustíveis dos automóveis do Brasil normalmente são etanol, gasolina, ou
Gás Natural, para ser feito a remoção que é obrigatória deve ter o máximo de cuidado
para que não haja risco de explosão já que são poluentes tóxicos e inflamáveis, o tanque
de armazenamento deve ser cuidadosamente furado para que seja feito o escoamento ou
a retirada por sucção para recipiente adequado, em caso de uso de reservatório para
facilitar a partida de automóveis a frio, estes também devem ser esvaziados juntamente
com as linhas de distribuição, após retirado o combustível pode ser utilizado
novamente.·.
2.1.6 Componentes elétricos e eletrônicos
Nos automóveis circuitos tem varias funções como, por exemplo, transferir dados,
enviar comandos e controlar funções entre outros. Geralmente envoltos em caixas de
plásticos ou metais que são mais resistentes preservando- os de poeira e umidade entre
outros fatores externos os fragmentos são soldados em laminado plástico industrial
utilizado como isolante elétrico, fibra de vidro com fios de cobre prata ou ouro,
conectando eletronicamente os componentes, e os circuitos elétricos também são
composto por metais como cobre estanho gálio, entre outros.
E temos outras peças que contem componentes eletrônicos que em seu composto
possui mercúrios, como por exemplo, sensores telas de entretenimento e navegação
vidros e interruptores.
2.1.8 Filtros
Conforme Filho (2012) “Item geralmente cilíndrico em um corpo metálico e
interior em papel”. Em conformidade com a resolução do CONAMA, “devem ser
removidos do VFVU por estarem contaminados com óleo lubrificante”. Após o filtro
ser removido, o óleo de seu interior deve ser retirado, normalmente por prensagem. O
corpo metálico pode ser fragmentado, separado por atração.
2.1.11 Plásticos
Por ter uma grande diversidade os plásticos requerem uma marcação espefecifica, já que
quase todo utilizado em um carro pode ser reciclado. (MEDINA, 2002).
Até 40 tipos diferentes de plásticos podem ser achados em um carro variando
apenas os componentes e aditivos e corantes. Essa diversidade às vezes dificulta ou faz
com que seja inviável a reciclagem, por reduzir o peso e aumentar a eficiência dos
automóveis esse componente o plástico tem sido cada vez mais usado. o método usado
para a reciclagem desse material e a desmontagem ,separação e depois a trituração
separada do material. Hoje tecnicamente todos os plásticos utilizados em automóveis
são recicláveis, mas exige uma marcação específica dada sua grande diversidade.
(MEDINA,2002).
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2.1.12 Vidros
O vidro é uma matéria prima que não perde as suas propriedades durante o
processo de reciclagem, tem como característica praticamente infinita de reciclagem o
que faz dele um aliado do meio ambiente. Como matéria prima para fabricação de
outros produtos sua preocupação e com o impacto deste material quando lançado na
natureza, considerando que o vidro leva mais de 5000 anos para se decompor.
CAPITULO III
Reciclagem
Ao passar dos anos vários estudos são realizados com intuito de desenvolver
métodos para a desagregação de RFA não sendo de forma manual. Parte desses
procedimentos, usam como fator a facilitar à separação as características de cada peças:
a) Magnetismo, para as peças de ferro, utiliza-se o ferromagnestimos onde as peças são
atraídas por um campo magnético.
CAPITULO IV
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A cada 100 carros que deixam de circular no Brasil, só 1,5 tem destinação
adequada. Com tal índice, falar em reciclar automóveis parece distante, mas não é
preciso ir longe para se inspirar em um modelo bem-sucedido. Basta ver como os
argentinos estão tratando com o devido cuidado da aposentadoria de seus automóveis
Desde 2007, mais de 1,2 mil pessoas já foram capacitadas no Brasil, Chile, Peru e
Uruguai para orientar sucateiros e cooperativas a como fazer o descarte responsável.
Considerações finais
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Numa primeira etapa, serão elegíveis para baixa e sucateamento automóveis com
quinze anos ou mais de fabricação. Tal piso seria oportunamente reduzido para a faixa
de automóveis com dez anos ou mais de fabricação.
Referencias
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http://2010.irec-conference.com/Accepted_Papers-REA.htm
http://adera.org.br/
http://revistavidroealuminio.com.br/reciclagem-de-vidros-automotivos/
http://www.denatran.gov.br/download/Resolucoes/
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33
http://www.portalresiduossolidos.com/reciclagem-de-automoveis/About Gleysson B.
Machado
http://www.reciclanip.com.br/sala_de_imprensa_ultimasnoticias.php?
tipo=interno&id=410> Acesso em: 15 abril. 2016.
http://www.renovaecopecas.com.br/?gclid=CLSW18fG18wCFQmAkQod0IcPzg
Revista PENSE CARROS Saiba o que acontece com um carro ao ficar imerso em
grandes volumes de água e quais são as alternativas para recuperá-
lo;http://revista.pensecarros.com.br/servicos/dicas-de-Mecanica/noticia/2012/05/o-que-
fazer-em-caso-de-inundacao-do-automovel-3772250.html> acesso em 28 mai 2016.
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RODRIGUES, G.; Por mês, Cerca de 40 Carros São Largados em Vias da Cidade;
Folha da Vila Prudente; São Paulo; SP. 30 set. 2011; Disponível em: <
http://www.folhavp.com.br/acontece-na-regiao/751-por-mes-cerca-de-40-carros-sao-
largados-em-vias-da-cidade.html>. Acesso em 20 mar 2016.