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TRODUÇÃO

A paixão do homem por carro de passeio tem aumentando nas últimas décadas,
sendo hoje uma das maiores no mundo. Esse cenário estimula a indústria a produzir esse
bem de consumo cada vez mais caro, com mais comodidade e tecnologia. Para muitas
pessoas o maior gasto anual não é com saúde, alimentação e moradia, mas sim com a
manutenção de seus automóveis, o que inclui licenciamento, seguro e combustível.
Segundo Castilho (2012) “o consumidor brasileiro, com poucas condições de
financiar um imóvel mira seus sonhos para a conquista de um carro novo,
permanecendo cada vez menos com o mesmo carro, comportamento idêntico ao
observado nos países mais modernos.”. 
Com o passar dos anos os avanços tecnológicos têm levado à redução da vida útil
de diversos produtos, devido à fragilidade dos materiais e dos sistemas. Quem nunca
ouviu alguém de mais idade dizer, por exemplo, “não se fazem mais carros como
antigamente!”, essa exclamação tem relação justamente com durabilidade dos produtos
atuais. “Os automóveis estão entre os bens  que são frequentemente reprojetados com o
objetivo atender nossas necessidades crescentes por melhores produtos”, (FILHO, 2012)
mas a indústria automobilística incentiva com isso cada vez mais a troca de um carro
defasado por um com mais tecnologia.
Entretanto, Essas buscas por itens novos e mais tecnológicos, tem tido um grande
alto para os recursos naturais, excessivamente usados como matéria prima na produção
e no final do ciclo de vida destes pertences. Está claro que não poderemos sustentar
esse, pode-se dizer vício da humanidade atual, desconsiderando os impactos ambientais
e econômicos que causamos ao planeta. 
O pequeno numero de áreas disponíveis para a destinação adequada dos resíduos
automobilísticos, os altos custos de ampliação dessas áreas e as distâncias cada vez
maiores dos centros urbanos implicam na necessidade de se reduzir a geração desse tipo
de resíduo, dando outras opções de destino.
Quando um carro chega ao seu final de vida útil, cerca de 20 anos de uso, não
tendo destino correto sendo abandonado nas vias, resultando despesas desnecessário
para a prefeitura, ocupando impropriamente espaço publico, por volta de 500 carros em
media são abandonados por ano nas ruas de São Paulo segundo a prefeitura presente
trabalho tem como objetivo realizar um levantamento sobre o ciclo de vida de
automóveis de passeio, buscando novas formas de revitalização ou reciclagem com
vistas à proteção do meio ambiente.
Realizar um levantamento de métodos de descarte de automóveis; pesquisar os
vários materiais constituintes do e seu impacto no meio ambiente; propor novos
possíveis métodos com base no levantamento teórico.
A longa permanência de automóvel no fim de vida nos depósitos das prefeituras,
departamentos de trânsito e pátios das administradoras de rodovias comprometem o
ecossistemas devido à exposição aos fatores climáticos, gerando penetração de fluidos
no solo desprotegido e contaminando o lençol freático. É então um grande problema de
âmbito ambiental que está tendendo a crescer e que deve ser dada atenção e estudado
encontrando soluções técnicas e políticas que sejam iguais aos princípios de
desenvolvimento sustentável
Segundo Iervolino (2012), a frota mundial em 2010 foi estimada em 1,02 bilhão
de automóveis. O Brasil possuía nesta data a 8ª maior frota, com um total de 32,1
milhões de carros, o que representava 3,1% da frota mundial. Por outro lado, o
crescimento nos últimos dez anos foi de 59,6%, ficando atrás somente da China, com
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impressionantes 912% de crescimento, e do México, com 83,2%. Os EUA, China e o


Japão possuem as maiores frotas, com respectivamente 240.5, 78.0 e 75.4 milhões de
automóveis e representando 39% do total mundial.
Observando esse cenário, a discussão proposta neste trabalho tem sua
importância evidenciada e comprova a necessidade de nos prepararmos para absorver
essa quantidade de automóveis que dentro de algumas décadas não terão outro destino
senão o ecossistema.
No desenvolvimento deste trabalho procurou-se informações importantes sobre o
setor automotivo, revisões bibliográficas revisadas que abordando as questões
ambientais relativas aos componentes utilizados na fabricação de um carro sua
reciclagem e soluções usadas em outros países.
Assim, formou-se uma base teórica por meio da busca de pesquisas de diversos
meios.

Figura 1: símbolo da reciclagem de automóveis


Fonte: http://meioambiente.culturamix.com/reciclagem/reciclagem-de-veiculos-
reaproveitamento-ecologico
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CAPITULO I

Fundamentação Teórica

Conforme dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), nos últimos


10 anos, o número de carros circulando nas grandes cidades brasileiras aumentou
consideravelmente. Estima-se que exista um automóvel para cada 4,4 habitantes. Ao
todo, são mais de 45 milhões de automóveis. Essa enorme quantidade de automóveis
passíveis de reciclagem que existem no mundo leva a crer que a reciclagem veicular
torna-se cada vez mais um processo necessário para o tratamento e destinação de
resíduos gerados por um automóvel em fim de vida (JUNIOR, 2005).

Tabela 1: As dez maiores frotas mundiais (x1. 000 unidades), sua parcela na frota total e o
crescimento entre 2001 e 2010 –.

Fonte: Iervolino, Fernando 2012.

Segundo Junior (2005), a natureza tóxica de alguns componentes dos resíduos de


fragmentação é discutida em inúmeras comissões internacionais que tratam da
classificação dos resíduos gerados no processo de reciclagem veicular. O aumento das
quantidades recicláveis, a inserção de novos materiais recicláveis e o reuso de alguns
componentes, aliados ao desenvolvimento tecnológico, estão entre os fatores apontados
como alternativas para a melhora do desempenho ambiental.
No Brasil não existe regulamentação específica para o descarte dos automóveis
velhos e sem condições de circulação e o país tampouco possuía instituições
especializadas neste serviço, mas essa situação vem mudando. Algumas instituições
estão se propondo a proteger o meio ambiente:
A Renova Ecopeças, é uma empresa da Porto Seguro, é pioneira na reciclagem
e reaproveitamento de peças e componentes automotivos. Todos os processos, pessoas e
parceiros envolvidos com a Renova seguem um rígido padrão de responsabilidade
ambiental e compromisso social. Utilizando um processo de desmontagem sustentável,
a Renova reaproveita e recicla quase todas as peças e componentes de um carro. As
peças em ótimo estado ou com pequenos defeitos voltam para o mercado, com
procedência e garantia. Já as peças e os componentes que não podem ser reaproveitados
são reciclados por parceiros ou empresas especializadas que atende todo o país.
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Com isso, proporciona a redução do consumo de recursos naturais e evita o risco


de poluição do meio ambiente. 
Existe desde 1998 a ADERA, Associação Brasileira de Desmontagem e
Reciclagem Automotiva que recentemente foi atualizada em seu estatuto com novo
conselho e diretoria para atender novas demandas nacional e internacional nos setores
de reciclagem automotiva. A Adera tem como alvo incentivar p crescimento deste setor
de reciclagem automotiva criando oportunidades e benefícios, diversos para a economia
e para o meio ambiente, para isso utiliza os processos.
Na Aquisição é feita uma importante analise onde são levados em consideração
itens como, análise técnica do veiculo, qual a quantidade e qualidade das peças a serem
reutilizadas, a procuro do mercado e ciclo de vida em estoque.
O saber de onde vem o veiculo adquirido e fundamental, não se pode ter duvidas
quanto à procedência, pesquisa prévia é de grande importância para saber a veracidade
das informações do vendedor.
Após a procedência e feito um banco de dados onde e analisado a quantidade de
peças do automóvel antes de ser desmontado, para ajudar nas informações junto às
entidades auxiliando nas ações de prevenção de segurança. Em seguida é feita a
descontaminação dos componentes seguindo as regras e leis ambientais do país, na
extração de resíduos e fluidos em sua armazenagem ate sua retirada adequada.
O desmonte e iniciado checando todo o funcionamento dos sistemas dos
automóveis, após e feito à separação dos itens que vão para descarte e os que são
enviados para o setor de qualidade. Passando o êxito pela analise e pelos testes de
qualidade as peças são identificadas e seladas. Já em estoque os itens recebem uma
identificação rastreável por um código (IRP) de origem, marcadas já para ser vendidas
com rastreamento com seus dados no banco de dados de automóveis em final de vida
útil. As partes a serem recicladas são separadas armazenadas identificadas e vão para
empresa que recicla e trata conforme a lei ambiental determina e na venda são
registrados os dados nas notas de venda e nos resíduos e matérias que são enviados para
reciclagem.

Figura 2: sequencia de retirada de peças


Fonte: renova 2015
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Já o Centro Federal de Educação e Tecnologia de Minas Gerais (CEFET-MG) dá


continuidade à construção da fabrica de reciclagem de automóveis. Espera-se que em
breve já esteja funcionando, mas ainda não existe uma previsão. Com a unidade será
possível reaproveitar mais de 95% dos automóveis reciclados, diminuindo a energia na
produção de aço a partir de sucata ferrosa de carros inservíveis em 56%, quando
comparada à fabricação do metal a partir do minério de ferro.
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CAPITULO II

Revitalização ou descarte de automóveis

Os automóveis sofrem vários tipos de danos, sejam pelos desgastes, pelas, mas
condições das vias, mau uso dos mesmos, vandalismos, colisões, roubos ou causas
naturais. Tendo em vista esses motivos, eles podem ser revitalizados recuperados e
reimplantados a frota ou não.
Automóveis sem condições de revitalização, chamados de automóveis em final de
vida útil (VFVU), são descartados nas ruas, rios, terrenos, causando um impacto
Ambiental muito grande.

Figura3: Descartes indevido de automóveis


Figura 4: veículos que são jogados em rios e lagos
Fonte: Foto: Eduardo de Paula/ TV Vanguarda www.forumchaves.com.br

Para uma sustentabilidade e com preservação da natureza, consolidamos a


Reciclagem dos automóveis VFVU, com um programa para reeducar o usuário e
conscientizar a sociedade.
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2.1 Materiais usados na fabricação de um veiculo e sua reciclagem.

Os materiais utilizados na fabricação de um veiculo, sofrem alteração conforme o


passar dos anos, automóveis antigos mais rústicos mais pesados, menos componentes
eletrônicos, automóveis mais novos, fabricados em linha de produção tecnologia mais
avançadas, com um bom percentual de reaproveitamento e reciclagem de suas peças e
componentes.

2.1.1 Air bags, Disparadores, Cintos


Os airbags e os pré-tensionadores dos cintos de segurança são itens importantes
dos sistemas de segurança dos automóveis mais atuais com mais tecnologias. Os airbags
juntamente com os cintos de segurança agem simultaneamente com o objetivo de parar
o movimento dos passageiros para frente.
A partir da metade da década de 90 começou a generalizar esses sistemas, devido ao
alto custo do Brasil ainda e baixa a utilização desta tecnologia,

E de uso obrigatório o air bairg junto ao sistema de travas nas rodas os sistema
Anti Block System o ABS, será inserido aos poucos, e teve inicio em 2010 com 8% dos
automóveis comercializados e será concluído em 2014 conforme o cronograma
especifico, segundo resolução de nº 311 e 312 no CONTRAN ,2009.
Os airbags são bolsas compostas por um tecido de nylon ou de poliamida que se
inflam por um gatilho pirotécnico ativado eletricamente em caso de batida ou
capotamento do carro. por serem equipamento de segurança essas peças não devem ser
reaproveitadas e sim isolados e desarmados para não colocar em risco a segurança de
pessoas que o manuseia principalmente no seu desmonte para a reciclagem por possuir
produtos químicos.

2.1.2 Baterias
Sua reciclagem resume-se em extrair o liquido eletrólito e triturar a bateria para
separar a seus componentes, seu acido sulfúrico tem que ser neutralizado com uso de
soda caustica, que é utilizada na fabricação de vidro, detergente e outros produtos, já o
chumbo deve ser fundido, após extrair as impurezas, podem ser usadas para fabricar
novas baterias e o plástico e processado e usados novamente.
. Item de armazenamento de energia elétrica para alimentar o motor de partida e
os sistemas eletroeletrônicos, baterias dos automóveis são feitas de Chumbo (60%),
Plástico (p. ex. PP - polipropileno) e líquido eletrolítico, que por ser uma dissolvência
de ácido sulfúrico. Tem que ser retirado do VFVU por serem corrosivas e armazenadas
de forma correta, as baterias mais novas e potentes, de lítio, tem menos valor para a
reciclagem que as mais antigas. O lítio é abundante em seus principais países produtores
como Chile e Bolívia, além de ser de cinco vezes cara para reciclar do que para extrair.
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Figura 5: Baterias descartadas


Fonte: http://3e-machine.com/6-lead-acid-battery-recycling-line/157873

2.1.3 Borrachas
São as matérias primas que compõem os pneus, mangueiras, pedais, volante,
vedações das portas e cavidades, coxins do motor e suspensão, sendo que grande parte
destas borrachas, não estão apresentadas na forma mais pura, completa-se também por
malha de aço, almas de aço ou anéis de aço, nos pneus mangueiras e coxins para que
seja maior sua resistência estrutura.
A reciclagem das borrachas se caracteriza principalmente pela a trituração.
Depois de triturada fica na forma granulada sendo reutilizada em pisos sintéticos ou na
fabricação de asfalto, quando usado para pavimento asfáltico colabora para que o
pavimento tenha maior vida útil e que o ruído criado pelo atrito dos pneus com o solo
seja menor. Também usado como fonte de energia em siderúrgicas nos fornos por suas
características de queima similar ao carvão e pouco inferior ao petróleo.
O Conama em 1999 publicou uma resolução de numero258, onde obriga
empresas nacionais e importadoras a recolher e dar destino apropriado a pneus do
território nacional, abjetivando prevenir um pactos ambientais.
Em 2010 o Brasil reciclou 311 toneladas de pneus correspondente a 67 milhões
de pneus de carros, e cerca de 64% desse total e enviado para caldeiras da indústria de
cimento e papel e celulose e 36% são transformado em cimento ecológico, asfalto
permeável e artefatos de borracha, segunda a Reciclanip (2010).

2.1.4 Catalisadores
O catalisador funciona como um conversor catalítico, utilizado nos automóveis
com mais tecnologia para diminuir a toxicidade das emissões dos gases de escape de um
motor de combustão interna, onde há reações químicas com metais preciosos.
È usado juntamente com um sensor de oxigênio para regular a mistura de
ar/combustível no motor. É formado por estrutura de aço que envolve um bloco de
cerâmica recoberto por uma película na qual e feita por combinação de óxidos raros,
pulverizada com pequenas quantidades de metais preciosos como Platina, Ródio e
Paládio.
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O catalisador é retirado do VFVU devido ao alto valor dos metais nele presentes.
Sua reciclagem e feita da abertura do corpo de aço e na remoção do material cerâmico,
que é enviado para o processo de depuração (atividade de limpeza ou exclusão de
substâncias indesejáveis), e estágios de trituração e fusão para a separação dos metais
preciosos.

2.1.5 Combustíveis
Os Combustíveis dos automóveis do Brasil normalmente são etanol, gasolina, ou
Gás Natural, para ser feito a remoção que é obrigatória deve ter o máximo de cuidado
para que não haja risco de explosão já que são poluentes tóxicos e inflamáveis, o tanque
de armazenamento deve ser cuidadosamente furado para que seja feito o escoamento ou
a retirada por sucção para recipiente adequado, em caso de uso de reservatório para
facilitar a partida de automóveis a frio, estes também devem ser esvaziados juntamente
com as linhas de distribuição, após retirado o combustível pode ser utilizado
novamente.·.
2.1.6 Componentes elétricos e eletrônicos
Nos automóveis circuitos tem varias funções como, por exemplo, transferir dados,
enviar comandos e controlar funções entre outros. Geralmente envoltos em caixas de
plásticos ou metais que são mais resistentes preservando- os de poeira e umidade entre
outros fatores externos os fragmentos são soldados em laminado plástico industrial
utilizado como isolante elétrico, fibra de vidro com fios de cobre prata ou ouro,
conectando eletronicamente os componentes, e os circuitos elétricos também são
composto por metais como cobre estanho gálio, entre outros.

No Brasil a um pequeno numero de estabelecimentos no setor de reciclagem de


peças eletrônicas, com técnica adequada e responsabilidade ambiental, mesmo contendo
metais tóxicos e nocivos a saúde partes deste lixo e descarta em aterros sanitários,
mesmo necessitando de procedimento adequado.

E temos outras peças que contem componentes eletrônicos que em seu composto
possui mercúrios, como por exemplo, sensores telas de entretenimento e navegação
vidros e interruptores.

2.1.7 Espumas, tecidos, carpetes e forrações.


As espumas com sua formulação o Poliuretano (PU) e tem baixo potencial de
reciclagem, pelo pequeno valor comercial. Oferecem conforto amortecendo falhas do
assoalho assim evitam que passe aos passageiros, os tecidos são usados para forrar
assentos painéis de porta e em lugares que os ocupantes têm atrito constante com o
veiculo permitindo mais conforto aos usuários e também com finalidade estética,
geralmente são feitos de fibras sintéticas. Já a reciclagem desses componentes são
menos atrativa já que não são usadas como matéria prima. Carpetes que são os
acabamentos estéticos, também servem para a redução de ruído interno. Composto por
nylon que pode ser reutilizado, alguns destes itens antirruídos podem ser usados como
reciclagem energéticas, a forração do teto e feita com substrato de espuma de
poliuretano reforçado com fibra de vidro e coberto de tecido.
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Lã de rocha e assim como lã de vidro só mesmo modo usado no bloqueio


acústico, por suas características físicas, porém estes componentes são de difícil
reciclagem.

Figura 6: espumas e estofados prontos para ser reciclados.


Fonte: renova 2015

Com o custo competitivo entre as fibras naturais e as de vidro usados pela


indústria automotiva, mas pelas naturais serem mais leves e com resistência mecânica
possibilitam a reciclagem energética sendo uma melhor alternativa as fibras sintéticas.

2.1.8 Filtros
Conforme Filho (2012) “Item geralmente cilíndrico em um corpo metálico e
interior em papel”. Em conformidade com a resolução do CONAMA, “devem ser
removidos do VFVU por estarem contaminados com óleo lubrificante”. Após o filtro
ser removido, o óleo de seu interior deve ser retirado, normalmente por prensagem. O
corpo metálico pode ser fragmentado, separado por atração.

2.1.9 Fluidos e lubrificantes


Por Filho (2012), “os lubrificantes operam nas partes internas e externas do
automóvel diminuindo o atrito e contribuindo na dissipação do calor gerado na
combustão do motor. Geralmente possui base mineral ou sintética nos mais modernos,
que apesar de serem mais caros, reduzem a frequência das trocas desse lubrificante.”.
Por serem tóxicos e inflamável devem ser retirados sob cuidados adequados, escorrido
por gravidade em reservatório adequado.
Esta proibido descartar qualquer tipo de óleo usado e contaminados no
ecossistemas seja em água, solo mar, e ou em redes de esgoto ou evacuação de água
residuais segundo norma do Conama de nº 362 de junho de 2005.
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Os óleos usados e contaminados não devem ser incinerados não é uma


reciclagem ou destinação adequada, podem ser usados novamente depois de tratados
removida a sujeita e umidade, após esse processo podem ser reutilizados de forma
energética em fornos caldeiras industriais ou utilizados na formulação de lubrificantes
novos.

Outro tipo de liquido são os aditivos anti-congelantes, antioxidantes, inibidores


de corrosão e reguladores do ponto de ebulição. É obrigatoriamente retirado do VFVU
por se tratar de um componente tóxico, corrosivo e inflamável.
O sistema de freio construído de reservatório, tubulações, cilindros de
compressão e expansão é completamente drenado, sendo o fluido retirado e guardado
em recipientes adequados. Após sua limpeza também sofrem o mesmo processo que os
óleos lubrificantes.
.
2.1.10 Metais (alumínio, ferro fundido).
Os ferros são fundidos em siderurgias e depois de usado como material para
fabricar vigas para construção civil, por exemplo, já os materiais que não são ferrosos
são fundidos local apropriado, fundições, e subsequentemente usados para matéria
prima na produção de outros produtos. Metais não ferrosos, desagregados com métodos
de triagem automatizadas ou manuais.

As partes pintadas, vedações, massas e mantas antirruídos que são utilizadas


na carroceria, também são recicladas junto com o metal, apesar de ser contaminante
pelo custo que isso causaria, eles são eliminados quando o metal para pela sua fundição
virado cinza.
Uma das vantagens do metal nos automóveis, em vista de outros materiais, é que
o metal pode ser reutilizado indefinidamente com baixo custo e alta eficiência no
processo mantendo as mesmas qualidades.

2.1.11 Plásticos
Por ter uma grande diversidade os plásticos requerem uma marcação espefecifica, já que
quase todo utilizado em um carro pode ser reciclado. (MEDINA, 2002).
Até 40 tipos diferentes de plásticos podem ser achados em um carro variando
apenas os componentes e aditivos e corantes. Essa diversidade às vezes dificulta ou faz
com que seja inviável a reciclagem, por reduzir o peso e aumentar a eficiência dos
automóveis esse componente o plástico tem sido cada vez mais usado. o método usado
para a reciclagem desse material e a desmontagem ,separação e depois a trituração
separada do material. Hoje tecnicamente todos os plásticos utilizados em automóveis
são recicláveis, mas exige uma marcação específica dada sua grande diversidade.
(MEDINA,2002).
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Tabela 2: principais tipos de plásticos utilizados em um veiculo

Fonte: DURAND, C. La valorisation des vehicules hors d`usage-Determination des


applications de l`électricité dans ce secteur, enjeu économique et difficultés techniques. 1995.
Tese (pós-graduação) – ISIGE (Institut Supérieur de l`Ingénierie et de la Gestion de
l`Environnement – École des Mines de Paris, Paris.

2.1.12 Vidros
O vidro é uma matéria prima que não perde as suas propriedades durante o
processo de reciclagem, tem como característica praticamente infinita de reciclagem o
que faz dele um aliado do meio ambiente. Como matéria prima para fabricação de
outros produtos sua preocupação e com o impacto deste material quando lançado na
natureza, considerando que o vidro leva mais de 5000 anos para se decompor.

Nos Estados Unidos a organização Vehicle Recycling Partnership (Parceria para


Reciclagem de Veículos) custeou um estudo de reciclagem de para-brisas em Detroit
para estimar a possibilidade econômica dessa atividade. O objetivo do projeto era
reutilizar os vidros danificados retirados dos automóveis nas oficinas de reparo com um
valor igual ou inferior aos valores de disposição em aterros, mas infelizmente as
despesas de coleta e transporte estão sendo um impedimento econômico. Estudos
concluíram que deveria ser recolhida na rota de coleta mais de três toneladas de vidro
por hora, quantidade que as oficinas não poderiam fornecer. Segundo (STAUDINGER
e KEOLEIAN, 2001),

 O grupo Saint-Gobain, é uma das pioneiras na questão de reciclagem deste


material. Através de uma parceria com a empresa Massfix, em reciclagem de vidros de
diferentes tipos, o grupo adquire atualmente 1800 toneladas de vidro reciclado por mês
junto à empresa. Estes resíduos são sobras de vidros automotivos, principalmente os
vidros utilizados em pára-brisas encontrados em oficinas. A Massfix se encarrega de
coletar este tipo de material em empresas do segmento de vidros automotivos como
Carglass e Autoglass fazem a descontaminação (limpeza) e reciclagem destes, que
depois de passarem por estas etapas podem ser novamente industrializados na produção
de garrafas de cervejas nas fábricas da Saint-Gobain, conforme Wagner Sabatini “a
parceria com a Massfix gerou inúmeros benefícios para os negócios da empresa e
consequentemente para o meio-ambiente e a sociedade em geral”.
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Figura 7: vidros automobilísticos a serem reciclados


Fonte: revista vidro e alumínio 2014

. Hoje a matéria-prima reciclada para o processo de fabricação de outros produtos é


basicamente proveniente de vidros automotivos, captados pelas empresas Carglass e
Autoglass pela Massfix, e recicladas em sua fábrica que se localiza em Guarulhos. “Esta
redução da dependência do vidro de embalagens foi extremamente vantajosa, pois
passamos a utilizar o vidro de para-brisas, que é encontrado mais facilmente e em maior
quantidade no mercado, com menor custo, o que consequentemente aumentou o volume
de utilização de cacos no forno. Resultando em mudanças financeiramente importantes,
pois conseguimos diminuir o custo de fabricação e agregamos mais valor à compra de
cacos”,
Segundo. Saint-Gobain Glass (2014) a empresa produz um percentual de 55% de
cacos de vidro automotivo reciclados no forno, podendo chegar até 80% de cacos
reciclados, dependendo da disponibilidade deste material no mercado. Ou seja, há uma
menor extração de matéria-prima natural – areia, sulfato, barrilha, feldspato e calcário –
utilizados para a produção do vidro e uma economia de energia significativa, em torno
de 30% dependendo da proporção de cacos utilizados. Isto porque o caco de vidro já
está no processo de pré-fusão e demanda menos esforços.

2.1.13 Resíduos de fragmentação automotiva

O resíduo resultante do processo de fragmentação representa entre 20% a 25% do


peso do veiculo do qual ele foi gerado (IREC, 2010). Devido ao crescente aumento das
frotas em circulação e do crescimento dos processos de reciclagem veicular, estima-se
que são geradas aproximadamente 10 milhões de toneladas de Resíduos. Devido ao seu
volume e também ao seu potencial de crescimento existem restrições cada vez mais
severas no que se refere à destinação deste resíduo para aterros sanitários ou processos
de incineração, especialmente no âmbito dos países da Comunidade Europeia.
A fragmentação de carcaças permite recuperar entre 45% e 55% dos metais
existentes, o que representa aproximadamente dois terços do peso dos materiais
metálicos de um automóvel novo. São fragmentos podem ser totalmente reciclados
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(100%) e transformados em matérias primas originais para a fabricação de novos


automóveis ou de outros produtos. Os fragmentos metálicos podem ser facilmente
transportados em containers e comercializados internacionalmente, se forem
adequadamente controlados. É importante ressaltar que alguns metais utilizados nos
automóveis, especialmente o cobre, já estão escassos no planeta e o seu valor de
mercado deverá aumentar consideravelmente. A tendência é que sua reciclagem se torne
obrigatória. (MINISTÉRIO DE MINAS E ENERGIA – MME, 2009).·.
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CAPITULO III

Reciclagem

A reciclagem item importante no pós-uso de qualquer produto. Reciclar após


ter terminado seu período de utilização e poder ser reprocessado, volta ao ciclo dos
materiais recolocados em outro produto, processo pode ser repetido varias vezes.
Conforme Fernandes e Domingues (2007) a reciclagem é essencial para o
reprocessamento dos materiais utilizados de um automóvel, no seu ciclo de vida. As
empresas do segmento automotivo estão interessadas nessa atividade para redução
dos custos na aquisição de matéria prima e pela correlação direta com o meio
ambiente.

3.1 Técnicas de separação

Ao passar dos anos vários estudos são realizados com intuito de desenvolver
métodos para a desagregação de RFA não sendo de forma manual. Parte desses
procedimentos, usam como fator a facilitar à separação as características de cada peças:
a) Magnetismo, para as peças de ferro, utiliza-se o ferromagnestimos onde as peças são
atraídas por um campo magnético.

Figura 8: Máquina de separar por magnetismo


Fonte: http://pt.slideshare.net/search/slideshow?searchfrom=header&q=separ
%C3%A7ao+por+magnetismo&ud=any&ft=all&lang=**&sort=

b) Corrente de Vento, já os materiais sólidos são isolados por gravidade onde


uma corrente de vento em diferentes níveis de densidade, formato e proporção. Pedaços
menos densos são sopradas e partes mais pesadas precipitam.
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c) Ciclone de Ar divide o pó de demais componentes por uma força centrifuga.


Hidro clone, procedimento equivalente ao ciclone de ar, porém é usado para isolar
partículas sólidas de líquidos.
d) Decantação, Sólidos é separada pelas suas densidades através da submersão
em fluidos de condensação intermediária.
e) Corrente Induzida, Componentes condutores são aproximados por magnetismo
por intermédio de correntes elétricas conduzidas que atravessam os materiais.
f) Precipita dor eletrostático, menores partes eletricamente carregadas e
posteriormente aproximadas através de eletricidade.

Figura 9: Fragmentadora de automóveis


Fonte: http://rarakean.livejournal.com

Apesar de várias formas com tecnologia a desenvolver-se para facilitar a


separação destes RFA, com a ressalva da isolação por magnetismo, o alto custo ainda e
um grande problema longe de ser solucionado.

CAPITULO IV
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Legislações no Brasil e em outros países

Segundo Junior (2002),

As tratativas da comunidade europeia com relação à reciclagem


veicular levaram o Parlamento Europeu a publicar em setembro de
2002 uma diretiva sobre o assunto essa diretiva 2000/53/CE do
Parlamento Europeu propôs a universalização de um acordo comum
de padronização de procedimento e regras para as operações de
reciclagem de automóveis nos países que compõem o bloco europeu.

Esse documento considerou que a junção das diversas medidas que existem em


cada país componente do bloco poderia ser efetuada com o objetivo de reduzir os
impactos ambientais negativos decorrentes da reciclagem, sugerir a minimização do
consumo de energia e balancear os mercados internos e a concorrência dentro da
comunidade. 
Essa diretiva estabeleceu requisitos e objetivos para as instalações
de acolhimento e tratamento dos automóveis, para utilizá-la novamente  e reciclagem de
suas partes integrantes e para a valorizar os resíduos remanescentes da atividade. 
Estes objetivos foram feitos baseados aos princípios da subsidiariedade e do
poluidor-pagador onde  princípio da subsidiariedade define que o Estado deve atuar de
forma a promover o bem comum, estimulando a atividade própria da sociedade. E
o princípio do poluidor-pagador adotado como um dos “alicerces” da diretiva que é
como um instrumento econômico e ambiental, onde se exige do poluidor, quando
identificado arcar com os custos das ações preventivas e convenientes para neutralizar
ou banir os danos ambientais. 
Segundo Junior (2002),

No Brasil, o princípio do poluidor-pagador evidencia-se em algumas


leis, como se comprova pela Lei Estadual n° 9921/93 do Rio Grande
do Sul, prescrevendo em seu Artigo Oitavo a responsabilidade
pela geração de resíduos industriais, em conformidade com o tratado
comum, o proprietário ou último detentor do automóvel torna-se o
responsável por entregá-lo para a reciclagem. Ao proprietário é
imputado o direito de não contrair despesas em função do
recolhimento ou tratamento do mesmo, definindo que o fabricante seja
o responsável por parte ou totalidade dos custos inerentes às operações
de reciclagem. 

Portanto a legislação encarrega o fabricante pelas despesas da


reciclagem, encobrindo  ao mesmo o funcionamento das estações de desmonte de
automóveis ou credenciar empresas para realizá-la.

 4.1  Programa brasileiro de renovação de frota 


27

Segundo dados no Anuário da ANFAVEA, o número de automóveis licenciados


no Brasil vem caindo nos últimos anos, ou seja, podemos entender que a quantidade de
carros novos circulando pelas ruas esta menor, e carros mais velhos com mais tempo de
uso estão pelas ruas. 

Frota Produzida nos últimos 15 anos.


3,500.00
3,000.00
2,500.00
2,000.00 Frota Produzida nos últimos 15
1,500.00 anos.
1,000.00
500.00
0.00
00 02 04 06 08 10 12 14
20 20 20 20 20 20 20 20

Gráfico1: Frota Produzida


Fonte: ANFAVEA 2016

A Tabela abaixo mostra o número de licenciamentos nos últimos anos e é claro o


declínio que está acontecendo, o quantitativo vem desacelerando visivelmente, apesar
de nas ruas termos centenas de milhares de automóveis, partes destes não estão mais em
condições de uso. 

Frota licenciada nos últimos 15 anos.


3,500.00
3,000.00
2,500.00
2,000.00 Frota licenciada nos últimos
15 anos.
1,500.00
1,000.00
500.00
0.00
00 02 04 06 08 10 12 14
20 20 20 20 20 20 20 20

Gráfico 2: Quantidade de automóveis licenciados por ano.


Fonte – ANFAVEA (2015)
 

Se tirar uma média do total de automóveis licenciados nos anos anteriores,


pegando o valor total dividir por quadrimestre, já e notório que já nos primeiros quatro
meses desde ano, também vem em declive o número de licenciamentos, através do
28

anuário 2016 o quantitativo de automóveis licenciados já está abaixo da dos anos


anteriores conforme mostra o gráfico abaixo. 

Gráfico 3: Media Quadrimetal


Fonte: ANFAVEA 2016

 
Há uma proposta do governo para que esses dados mudem, considerando dois
fatores, diminuir a quantidade de automóveis que já estão em más condições ou que
realmente já não podem mais circular e que causam cada vez mais acidentes e emitem
mais poluentes ao meio ambiente, seja por serem antigos e não ter tecnologia que faça
com a combustão do combustível  cause menos danos, ou pelos automóveis sucateados
e que são abandonados e ficam contaminando o solo, e incentivar o consumidor a trocar
seu antigo automóvel por um modelo mais novo. 
Para isso  governo estuda um programa que pretende renovar a frota veicular
brasileira, onde a intenção é que carro com mais de 15 anos de uso e caminhões com
mais de 30 anos de uso sejam trocados, segundo o programa o proprietário entrega seu
veiculo em uma concessionária que aderir ao programa , e recebe em troca um desconto
de 10 a 12 % para comprar um veiculo novo, e os carros usados seria sucata reciclável. 
Porém o governo teme que o programa seja recebi como enganação pelos
consumidores, já que as montadoras já veem oferecendo descontos para a aquisição de
um veiculo novo. No entanto  essa proposta tem mais de 20 anos segundo ANFAVEA e
só agora saiu do papel porque não havia consenso do setor. 
Um programa similar feito nos Estados Unidos teve um grande número pessoas
que aderiram o programa chamado “Car Allowance Rebate System”, o programa
começou oficialmente em 01de julho de 2009, e tinha previsão de termino para
novembro do mesmo ano com investimento do governo de 1 bilhão de dolares, porém a
procura foi tão grande que mesmo com mais 2 bilhões investidos do governo que
oferecia de US$ 4.500 de desconto cerca de  R$ 8.500 segundo a cotação do dólar na
época, o programa foi encerrado em agosto já que acabaram o fundos do investimentos
do governo. (ANUÁRIO, 2015).
29

4.1.2 Países da união europeia


• DIRETIVA EUROPÉIA

O End of Life Vehicle que é a Diretiva Europeia para Automóveis em Fim de


Vida aprovada em 2009 tem como objetivo realizar decomposição adequada
ambientalmente aos automóveis e sem despesa para o proprietário, tais custos são
repassados para os fabricantes, que já tinham esta obrigação pelos automóveis
fabricados desde 2002, porém agora a medida serve para quaisquer automóveis
independentes de seu ano de fabricação.
Um dono de automóvel em fim de vida útil na União Europeia deve encaminha-lo
para um centro de desmontagem que seja apropriado ambientalmente, e ganhará um
certificado que encerra o registro do veículo.

A diretiva tem como objetivo:


 Para exemplares de 2002 em diante, o limite 10% podem ser mandados para
aterros.
 Para exemplares a contar 2015, o limite 5% ser mandados para aterros.
Automóveis de 1995 em diante, necessitam ser despoluídos antecipadamente de
ser fragmentados.
 E De 1998 em diante, 10% dos automóveis sucateados devem ser
apropriadamente destinados.
 Contudo, a implementar a Diretiva não tem sido simples. Através de Forton,
Harder e Moles (2005), no Reino Unido, apenas 45%dos núcleos de reciclagem
tem o lencença ambiental para atuar com a nova lei. Os 65% pedem um melhora
consideralvel em decorrência da Diretiva, e o gasto para ter um centro
regulamentado deve aumentar, provocando assim o aumento no numero de VFV
abandonados.

Contudo, a implementar a Diretiva não tem sido simples. Através de Forton,


Harder e Moles (2005), no Reino Unido, apenas 45%dos núcleos de reciclagem tem o
licenciamento ambiental para atuar com a nova lei. Os 65% restantes requerem uma
melhoria significativa em decorrência da Diretiva, e o gasto para ter um centro
regulamentado deve aumentar, provocando assim o aumento no numero de VFV
abandonados.

No Reino Unido por Fonton à regularização dos centros


especializados nos tratamentos talvez trava desvantagens para o
ecossistema, pois o abandono de carros ainda e grande já que os
desmontadores atuais não tem licença ambiental para funcionamento,
e com as condições exigidas poderá vim a fechar estações com os
altos custos de adaptação, (COLOMBO Jr., 2005).

4.1.3 Países do MERCOSUL


30

A cada 100 carros que deixam de circular no Brasil, só 1,5 tem destinação
adequada. Com tal índice, falar em reciclar automóveis parece distante, mas não é
preciso ir longe para se inspirar em um modelo bem-sucedido. Basta ver como os
argentinos estão tratando com o devido cuidado da aposentadoria de seus automóveis

Desde 2007, mais de 1,2 mil pessoas já foram capacitadas no Brasil, Chile, Peru e
Uruguai para orientar sucateiros e cooperativas a como fazer o descarte responsável.

A companhia informa ainda que, com a iniciativa, o volume de sucata coletada


obteve um incremento de 339% desde 2007 e os lucros registrados pelos participantes
evoluíram, em média, 167%.
Existem na Argentina 29 centros legalizados de reciclagem. Eles nasceram após a
edição de uma lei feita para coibir o roubo de carros. No auge da crise político-
econômica de 2002, elevou-se a criminalidade drasticamente: 30% dos homicídios
eram ligados ao roubo de automóveis. “Em 2000 havíamos feito um primeiro projeto de
reciclagem, mas foi rejeitado porque as seguradoras temiam a máfia dos desmanches
ilegais”, afirma Fabian Pons, diretor do Cesvi Argentina e responsável pelo centro que
é referência no país. “A lei foi uma solução para um problema social e também trouxe
ganhos econômicos e ambientais.” 
Todo ano o Cesvi Argentina recebe cerca de 2 200 carros condenados, vindos de
oito seguradoras, que recebem 40% da receita obtida. Cada carro é descontaminado e
tem até 15 tipos de peças recuperadas. “Só usamos a carroceria e a mecânica motriz”,
diz Pons. Partes ligadas à segurança, como freios e suspensão, são enviadas para
empresas que podem reaproveitar o material, assim como pneus (usados na produção de
cimento) e fluidos (queimados em caldeiras). Os 1,5 milhão de dólares aplicados
tiveram retorno em 30 meses e, em setembro, será aberta uma filial. Que bons ventos
tragam sementes dessa ideia para o nosso lado da fronteira. Para se tornar realidade à
reciclagem de carros brasileiros, é preciso não só lei específica, mas incentivo fiscal e
ações por parte das empresas do setor automotivo, segundo o diretor de operações do
Cesvi Brasil, José Aurélio Ramalho. “Poderia haver uma apólice popular que preveja o
uso das peças recicladas no reparo dos automóveis”

Considerações finais
31

Em conclusão, é de esperar-se do Programa de Renovação amplos benefícios no


campo social quando se observa o potencial aumento da segurança veicular e a redução
do montante de poluentes veiculares emitidos.
Quanto aos aspectos econômicos, como já observamos, o Programa cria a
atividade da reciclagem de automóveis que, como tal, será promissora quanto à geração
de recursos e empregos para a sociedade, na medida em que ganhe dimensão e escala.

Criando o Programa de renovação de frota de automóveis leves, de caráter


permanente, propõe-se oferecer aos proprietários de automóveis com mais de 10 anos
de uso a oportunidade de, entregando-os para baixa, sucateamento e reciclagem, receber
certificado-incentivo a ser utilizado como princípio de pagamento na aquisição de um
automóvel leve, e o que acontece em alguns países do MERCOSUL.

A entrega do carro usado para baixa, sucateamento e reciclagem dar-se-á na rede


concessionária oficial, ou em locais devidamente credenciados.

Numa primeira etapa, serão elegíveis para baixa e sucateamento automóveis com
quinze anos ou mais de fabricação. Tal piso seria oportunamente reduzido para a faixa
de automóveis com dez anos ou mais de fabricação.

O Programa terá caráter permanente, introduzindo no País a prática da reciclagem


de bens industriais em condições técnicas e ambientais rigorosas.

Referencias
32

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